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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR

Sociologia

Discente: Tamyres Eidt Fernandes.

Democracia e desemprego: reflexões em torno da


crise política na sociedade brasileira

Barra do Garças- Mato Grosso


2022
Discente: Tamyres Eidt Fernandes.

Democracia e desemprego: reflexões em torno da


crise política na sociedade brasileira

Trabalho apresentado as disciplinas de


(Ciência Política, Economia Política,
Fundamentos filosóficos, Práticas Pedagógicas
em Ciências Humanas: Transformações sociais
no espaço e no tempo e Sociologia do Trabalho.

Docentes: Altair Ferraz Neto, Erica Ramos


Moimaz, Leonardo Antonio Silvano Ferreira, Jose
Matis dos Santos filho e Maria Eliza Correa
Pacheco.

Barra do Garças- Mato Grosso


2022
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO...............................................................................04

2.DESENVOLVIMENTO...................................................................06

3.CONCLUSÃO................................................................................08

4.REFERÊNCIAS.............................................................................09
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1.INTRODUÇÃO

Desde o início da história da humanidade percebe-se uma sociedade dividida


em classes, sendo um fator que vem se tornado cada vez mais evidente. Com o
começo do capitalismo que ocorreu no século XIII, a partir da desestruturação do
sistema feudal, houve modificações no sistema de produção e nas relações de
trabalho, havendo um renascimento comercial que ficou caracterizado pelo processo
de transição do feudalismo pro capitalismo. Com um mundo fundado em cima do
modo de produção capitalista, problemas relacionados ao desemprego começam a
surgir, principalmente na sociedade brasileira e para solucionar esse problema cada
governo deverá redirecionar suas políticas públicas, bem como da comunidade
internacional estabelecer uma estrutura eficaz e cooperativa.

O feudalismo teve início no século V e perdurou até o século XV, quando o


capitalismo começou a tomar forma. O feudalismo era um sistema de organização
econômica, política e social, fundamentando-se na posse de terras e em
estamentos. Estamentos eram classes sociais estáticas, ou seja, não havia nenhum
tipo de mobilidade social, as pessoas nasciam e morriam pertencendo a mesma
classe social. As três classes no sistema feudal eram: nobreza, o clero e os
servos.

Com o desenvolvimento da atividade comercial surge uma nova classe


econômica chamada burguesia que rompeu essa organização econômica e social
chamada feudalismo, permitindo assim uma mobilidade social que passou a
desenvolver diversas atividades comerciais. O comércio, diferente da organização
feudal estruturava-se no trabalho livre e assalariado.

Fases do sistema capitalista:

 Primeira fase do sistema capitalista: capitalismo comercial (século XV-


XVIII), era um sistema baseado em trocas comerciais, pois naquele
momento ainda não havia a industrialização. O modelo econômico
desse período foi o mercantilismo (acumulava riquezas e dava poder
ao rei).
 Segunda fase do sistema capitalista: capitalismo industrial (século
XVIII-XIX), se deu em meio a revoluções tecnológicas e políticas, que
se iniciou na Inglaterra em 1760. Nessa fase do capitalismo, o poder
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passou para as mãos da burguesia, que começou a crescer com a


intensificação do comércio. O modelo econômico desse período
baseava-se no liberalismo econômico (defendia o Estado mínimo e a
não intervenção estatal na economia)
 Terceira fase do sistema capitalista: capitalismo financeiro (século XX),
essa nova fase tem seu início quando bancos e empresas se unem
para obter maiores lucros. É nesse momento que surgem as empresas
multinacionais e transnacionais, e se fortalecem as práticas
monopolistas. É um período caracterizado por elevada concorrência
internacional, monopólio comercial, evolução tecnológica,
globalização e elevadas taxas de urbanização.

O desemprego no Brasil é um assunto que envolve uma série de fatores


sociais e econômicos, podendo afetar milhares de pessoas anualmente. Com a
modernização dos campos industriais foram surgindo diversos fatores que
colaboraram para uma mudança radical na sociedade brasileira. Podemos citar
variados fatores que geram o desemprego no país, como: A substituição da mão-de-
obra braçal por máquinas; a redução drástica dos investimentos em setores
estratégicos da economia, como o de serviços e indústria; diminuição do poder
aquisitivo do brasileiro, o que o obriga a consumir menos e reduzir a circulação de
dinheiro no país e a baixa capacitação da população (o que é agravado quando os
habitantes não têm acesso a uma educação pública de qualidade).

Confira abaixo os números em porcentagem do desemprego no Brasil ao


longo dos anos:

2004-11,4% 2010-6,7% 2016-9,6%

2005-9,8% 2011-5,9% 2017-12,7%

2006-10% 2012-5,5% 2018-11,6%

2007-9,3% 2013-5,3% 2019-11,9%

2008-7,9% 2014-4,8% 2020-14,4%

2009- 8,0% 2015-6,8% 2021-11,1%


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2.DESENVOLVIMENTO

A doutrina Keynesiana é uma teoria econômica que apoia e afirmava que o


Estado devia intervir na economia sempre que necessário, afim de evitar a
retração econômica e garantir o pleno emprego. De acordo com Keynes, a teoria
liberal-capitalista não disponibiliza mecanismos e ferramentas capazes de garantir a
estabilidade empregatícia de um país. Principais características do
keynesianismo: Defesa da intervenção estatal em áreas que as empresas privadas
não podem atuar; Oposição do sistema liberal; Redução de taxas de juros; Equilíbrio
entre demanda e oferta; Garantia do pleno emprego; Introdução de benefícios
sociais para a população de baixa renda, afim de garantir um sustento mínimo. O
liberalismo econômico e o neoliberalismo defendem propostas de políticas
econômicas totalmente diferentes do keynesianismo. A Teoria Keynesiana acredita
na intervenção estatal, enquanto as outras duas teorias pregam exatamente o
contrário. A partir dos anos 60, com a crise dos países centrais, ocasionada pela
acumulação intensiva e por uma regulação monopolista, o keynesianismo também
foi questionado, pois problemas como inflação e instabilidade econômica tornaram-
se reais. Foi assim que nasceu um novo modelo de liberalismo: o neoliberalismo, o
qual estabelecia certo limite ao Estado e afirmava que as garantias da liberdade
econômica e política estavam ameaçadas pelo intervencionismo.

A pandemia do covid-19 provocou forte retração no mercado de trabalho e


aumentou potencialmente as desigualdades sociais em diversos países, A pesquisa
do IBGE confirma a manutenção das desigualdades históricas no mercado de
trabalho nacional, enquanto os pobres estão cada vez mais pobres os mais ricos
estão prosperando como nunca. O desemprego é causado por fatores de ordem
estrutural ou conjuntural, podendo ainda estar atrelado a motivações de caráter
pessoal. A crise expôs nossa fragilidade coletiva e a incapacidade econômica
profundamente desigual para a população menos favorecida. Algumas das principais
consequências decorrentes do desemprego são:

 Aumento da pobreza, principalmente nos grandes centros urbanos;


 Aumento da violência (domiciliar e urbana);
 Maiores índices de criminalidade;
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 Redução do poder aquisitivo entre as famílias;


 Aumento do trabalho informal e do subemprego;
 Aumento de problemas psicológicos como depressão e ansiedade,
diretamente associadas à frustração, insegurança e tristeza que o
individuo pode desenvolver pela falta de ocupação ou renda.

O processo de globalização é um dos fatores que propiciou as mudanças


estruturais, a modernização e informatização das técnicas produtivas levou as
indústrias e setores da economia a aumentar o índice de automatização dos
processos de produção. Esse processo corrobora a redução e extinção de
determinados postos de trabalho, principalmente os braçais. Além disso, ocorre a
criação de novas funções, que exige maior qualificação do trabalhador, excluindo
uma parcela de indivíduos do mercado. Nos países subdesenvolvidos, as causas
estruturais para o desemprego estão mais profundamente ligadas ao sistema
econômico e à organização social. A condição de desemprego se relaciona
diretamente nas crises econômicas e políticas que afetam os investimentos
(nacionais ou internacionais, estatais ou privados) realizados em setores
estratégicos da economia, reduzem a demanda por mão de obra ou são
responsáveis por uma onda de demissões em função do quadro de recessão.

 A crise econômica é um dos principais motivos que levam ao


desemprego nos países, quando a economia não está bem, as
empresas acabam demitindo seus funcionários e algumas até fecham
as portas.
 Crises políticas também geram efeitos negativos relacionados ao
desemprego. Isso porque, em geral, elas causam instabilidade na
economia.
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3.CONCLUSÃO

Com a elaboração deste trabalho nota-se que a pandemia escancarou


dificuldades e fragilidades do meio social na sociedade contemporânea, revelando o
medo, piorando o quadro de desigualdade social, potencializando o desemprego e
as exclusões enfrentadas a anos pela sociedade brasileira. Esses fatores provam
como a população está submetida à inconstância capitalista em suas conexões
internas e externas, formando blocos econômicos em interesses diversos.

Pode-se associar diretamente à democracia, a crise política e econômica com


o desemprego no país, a pandemia só servia para enfatizar a vulnerabilidade
econômica e a desigualdade social. No pós-pandemia, a população sairá mais
pobre, com maior concentração de riqueza, menos globais, mais digitalizados, mais
isolados, mais ansiosos. Portanto, devemos investir em ações que aumentem a
justiça social e diminuam as desigualdades.

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4.REFERÊNCIAS

As cinco principais causas do desemprego e como fugir delas.


blogcarreiras.cruzeirodosuleducacional.edu.br. disponível em:

https://blogcarreiras.cruzeirodosuleducacional.edu.br/causas-do-desemprego/
Acesso em: 29 de março 2022

Desemprego. preparaenem.com/geografia/ disponível em:

https://www.preparaenem.com/geografia/desemprego.htm Acesso em: 29 de março


2022

Pesquisa do IBGE mostra enfraquecimento do mercado de trabalho de 2020.


Agenciabrasil.ebc.com.br disponível em:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-12/pesquisa-do-ibge-mostra-
enfraquecimento-do-mercado-de-trabalho-em-2020 Acesso: 29 de março 2022

Liberalismo x Keynesianismo. Brasilescola.uol.com.br disponível em:

https://brasilescola.uol.com.br/politica/liberalismo-x-keynesianismo.htm Acesso: 29
de março 2022

O problema da democracia econômica e social. www.scielo.br disponível em:

https://www.scielo.br/j/ea/a/LNh9BTFsh7RGmhTkhLdNvhR/?lang=pt Acesso: 29 de
março 2022

Pandemia e desigualdades: super ricos recuperam perdas em tempo recorde, os


mais pobres terão que esperar mais de uma década.Oxfam.org.br.2021 disponível
em:

https://www.oxfam.org.br/noticias/pandemia-e-desigualdades-super-ricos-
recuperam-perdas-em-tempo-recorde-os-mais-pobres-terao-que-esperar-mais-de-
uma-decada/ Acesso em: 28 de março de 2022

Pandemia global, governo e desigualdades no Brasil: um olhar das ciências


sociais.Ihu.unisinos.br.2020 disponível em:
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http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/597877-pandemia-global-governo-e-
desigualdade-no-brasil-um-olhar-das-ciencias-sociais. Acesso em: 28 de março de
2021

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