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Introdução

Durante uma crise, as organizações enfrentam diferentes tipos de problemas, tais como
incerteza política, mudanças de mercado e restrições financeiros. Para enfrentar esta situação, os
gestores devem agir rapidamente, adaptar-se novas realidades, identificar novas oportunidades e
implementar mudanças. Para melhor entendimento segue uma breve descrição da temática
norteadora.

Originalmente, a liderança dos Estados Unidos podia demonstrar a sua franqueza e o


crescimento a longo prazo no quadro do capitalismo mundial, no entanto, na era atual de maior
número e profundidade de crises, crescimento lento, desintegração das redes de segurança social e
crises cada vez mais graves, a liderança dos Estados Unidos não pode, a distribuição de
rendimento deteriorou-se. Esta situação torna mais difícil a integração dos indivíduos em
diferentes economias e, em geral, prejudica a coesão social. Se as pessoas ainda tinham ilusões
sobre a liberalização e a prosperidade da economia global liderada pelos EUA na década de 1990,
então, no século XXI, as pessoas tornaram-se cada vez mais preocupadas e assustadas com a
chamada globalização. (Streeck, 2016), apud (Almeida, Silvio Luis, 2022).

Recentemente a humanidade vem percebendo um grande caos com aquecimento global,


pandemia covid-19, crises econômicas, e aquele consumo em massa que outrora era visto na
capital do Tio Sam, já não é o mesmo cenário que era visto na grande depressão e a segunda
guerra mundial, esse motor do crescimento mundial e esse capitalismo mundial liderado pelos
Estados Unidos já não é mais tão potente.

Sistema está em colapso e podemos concordar com Fiori, que tem o mérito de salientar o
caráter de tensão permanente e desordem no Sistema. Mas, por outro lado, uma questão que pode
ser levantada é a seguinte: “Universo em Expansão”, mas expansão até onde? Nos marcos de sua
reflexão “a energia que move esse sistema vem da luta e da competição entre seus Estados e
economias nacionais, pela conquista de posições monopólios, escassas e desiguais, por definição”.
(Ibidem, p. 27).” Com isto se institui um processo infinito e ascendente que projeta sempre para
frente o Sistema (Fiori, 2014, p. 31). (FELDMANN, 2019)
Desenvolvimento

FELDMANN afirmou em seu artigo que pretendia trazer elementos importantes para a
compreensão do capitalismo contemporâneo, iniciando com pressuposto de que o capitalismo
contemporâneo está sujeito a uma crise em sua estrutura, dando enfoque especial para a lógica de
imposta pelo capital que subordinam os diferentes países; e por articularem conjuntamente as
esferas econômica, política e social, sendo possível revelar questões consideráveis para o
entendimento das transformações vigentes; uma compreensão plena do capitalismo contemporâneo
pressupõe uma reflexão sobre as origens e consequências desta racionalidade universal, que molda
as práticas dos indivíduos, das instituições e dos próprios Estados, em vez de resultar de um
planeamento consciente e deliberado. Portanto, parece apropriada uma abordagem que enfatize a
dinâmica provocada pelos mecanismos fetichistas gerados pela lógica do capital no século XXI.
(FELDMANN, 2019)

Segundo relato de Hunty (2019) um dos maiores absurdos do capitalismo é que os serviços
e bens produzidos industrialmente se tornarão obsoletos em um curtíssimo espaço de tempo,
olhando para o exemplo do celular que em pouco tempo fica lento, design fora padrão, obsoleto e é
necessário substitui-lo por um novo; levando em conta que a primeira lâmpada produzida no
planeta, ainda está acesa e iluminando uma sala, desde 1901; podemos perceber que antigamente os
bens eram produzidos para durarem e conforme relato citado, a realidade atual é diferente, temos
que produzir em grandes escalas e quantidades exorbitantes.

Olhando para o exemplo da lâmpada citada anteriormente, que era produzida durabilidade mais
longa; necessitamos vencer essa obsolescência programada, sistema criado para o material ter vida
curta e aumentar o consumo gerando desperdício de matéria prima e um elevado custo financeiro
para o cliente final.

Este estudo focou nos “Desafios enfrentados pelas organizações nos momentos de crise e como
fazem para se manter operante”, com o objetivo de entender como as crises são superadas no
capitalismo contemporâneo e para isso esse projeto usa como método de trabalho a pesquisa
bibliográfica, a partir da consulta a artigos acadêmico-científicos, e-books, periódicos e sites que
abordam a temática norteadora.

Podemos perceber que uma das principais dificuldades enfrentadas pelas empresas no mundo
contemporâneo e capitalista é a previsão precisa da demanda ou venda, segundo supervisor de
vendas de uma empresa que trabalhei “ correto o setor financeiro não seja amigo do setor da
produção”, sendo assim perceptível o pensamento que o mais importante é vender, mesmo que o
score (crédito) credito do indivíduo seja baixo; mundo atual e capitalista pensa assim:- temos
produzir em grande escala custe o que custar.

Neste cenário também temos que ponderar que se produz em alta escala e caso não vender o
produto, teremos produto parado em estoque, dinheiro parado, que para os empresários seria uma
grande calamidade, principalmente no meu ramo que trabalho com insumos importados que variam
de acordo com dólar (fosfato, enxofre, ureia pecuária entre outros) e para empresários isso seria um
absurdo.

Conclusão

Podemos concluir que o capitalismo e suas nuances são necessários para nossa sobrevivência e
assistindo ao documentário produzido pela National Geographic, com título The Coconut
Revolution, relata a luta do povo de Bougainville contra a mineradora inglesa multinacional Rio
Tinto Zinc, e depois por sua independência; podemos lutar contra o sistema e ter vida isolada e
tranquila nos primórdios subalternos de uma grota, no entanto, preferimos viver com a comodidade
e conforto de um mundo atual; crise contemporânea que fica visível com as dificuldades para a
retomada de um padrão de acúmulos sustentáveis; mudanças nos padrões da tecnologia e tal
cenário de crise acentua a razão racional e reduz as margens de manobra que podemos fazer no
interior do Sistema.

“Ao mesmo tempo, na medida em que as abordagens sistêmicas buscam refletir a


dinâmica do capitalismo dentro de um quadro de análise que envolve diferentes esferas da vida
social, cremos que o debate com tais abordagens pode abrir um leque profícuo de questões a serem
investigadas.” (FELDMANN, 2019)

Referências:

ALMEIDA, Silvio Luiz. Estado, regulação e crise. Praxis Interdisciplinar, São Paulo, v. 1 n. 1, 2012.
Disponível em: https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/praxis/article/download/270/234 . Acesso em: 4 set.
2022.
FELDMANN, Daniel. A crise contemporânea do capitalismo: reflexões a partir de um debate com as
abordagens sistêmicas de Arrighi, Fiori e Wallerstein. Economia e Sociedade, Campinas, v. 28, n. 2 (66), p.
339-364, maio-agosto 2019. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/ecos/a/45KddRk5zk9Ddwx58tWNRHF/?format=pdf&lang=pt . Acesso em: 4
set. 2022.
HUNTY, Rita von. “Desenvolvimento sustentável ou consumo consciente”. Publicado em: 31/12/2019;
Disponível em: https://eadfatec.cps.sp.gov.br/moodle20232/mod/page/view.php?id=1271. Acesso em:
29/09/2023.
STREECK, W. Como será a nossa sociedade nos próximos decênios? 2017. Disponível em
https://eleuterioprado.files.wordpress.com/2017/01/como-serc3a1-a-nossa-sociedade-nos-prc3b3ximos-
decc3aanios.pd apud Almeida, Silvio Luiz 2012.

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