Você está na página 1de 30

Prof.

ª Especialista Edlaine
Ronconi de Abreu Dias

Novo Ensino Médio 1° ao


3° ano – Turmas 2021
Globalização

É o atual estágio do modo de produção


capitalista.

Período marcado pela maior conexão e


interdependência entre as economias nacionais.

Sua origem está relacionada a fase/época das


Grandes Navegações.
As Grande Navegações e o
início da Mundialização
A mundialização está mais ligada à integração crescente de
certas partes do mundo do ponto de vista econômico.
A globalização
A globalização é mais holística e
abrange além da esfera econômica
também as dimensões sociais,
políticas, culturais, religiosas, etc.
Conceito criado na década de 1980 por
Theodore Levitz (economista
britânico).
Origem do processo de
globalização:
O processo de mundialização do capitalismo,
com as Grandes Navegações (Séc. XV), o
planeta era composto de vários “mundos”.
Ao atingir o período informacional, o
capitalismo integrou países e regiões do
planeta num único sistema-mundo.
Capitalismo Capitalismo Capitalismo
comercial industrial financeiro

Séc. XV- Séc. XVIII Séc. XIX - 1914 1945

Expansão Imperialismo
colonial Descolonização
Europeu

Colônia de exploração Congresso de Berlim Neocolonialismo


Colônias de povoamento Partilha da África e da Ásia Neo imperialismo

Revolução Guerras
Industrial Mundiais
Pautas do Neoliberalismo
Redução dos gastos públicos: deve contar com a disciplina fiscal e com outras medidas,
como a privatização dos serviços públicos.
Abertura comercial: liberar o comércio com outros países não colocando entraves
ideológicos ou políticos que dificultem as relações comerciais exteriores.
Investimento estrangeiro direto: abrir filiais de empresas estrangeiras no país em
desenvolvimento.
Privatização de empresas estatais: privatizar todos os serviços que forem possíveis de
privatização, ou seja, entregá-los à iniciativa privada. No Brasil, tivemos experiências de
privatização escandalosas no governo de Fernando Henrique Cardoso, porque nele as
nossas empresas estatais foram vendidas a preços muito baixos.
Desregulamentação (flexibilização de leis econômicas e trabalhistas): flexibilização das
leis que regulamentam a economia, o que significa diminuição da participação do Estado
na economia, e das leis trabalhistas, o que significa menos direitos para os trabalhadores.
A compressão do Tempo- Espaço
Redes de cabos de fibra
ótica submarinos (2013)

Fonte: KMI Corporation (adaptado).


FLUXO DE INFORMAÇÕES
Apesar da difusão desigual, a internet tem ampliado as possibilidades de contatos entre
as pessoas e pode-se dizer até mesmo abrindo a possibilidade de gestação de uma
cidadania global.
INTITULAMENTOS de AMARTYA SEN (1976)

MEIOS: são os condicionantes ou ativos que caracterizam recursos que


os indivíduos possuem.
Liberdades políticas: direitos civis, liberdade de expressão, de voto,
direito de escolha informativa, etc.
Facilidades econômicas: consumo, condições de troca, renda, riqueza.
Oportunidades sociais: educação, saúde, emprego (com foco na vida pri-
vada.
Garantias de transparência: relações de confiança (institucional ou indi-
vidual)
Segurança protetora: rede de segurança social, habitação,
saneamento,aposentadoria, transporte, etc.
O PAPEL DO ESTADO E A INDUSTRIALIZAÇÃO COM O
DESENVOLVIMENTO

Como alude Bielschowsky (2000, p. 35), “a ação estatal em


apoio ao processo de desenvolvimento aparece no pensamento
cepalino como corolário natural do diagnóstico de problemas
estruturais de produção, emprego e distribuição de renda nas
condições específicas da periferia subdesenvolvida”. Esta
centralidade do Estado funda-se em razões sociais e históricas
estreitamente vinculadas à própria ascensão da teoria do
desenvolvimento.
A crise de 1929 e o estrangulamento externo, responsáveis por
reduzir drasticamente as possibilidades de importação,
serviram como propulsores do desenvolvimento da indústria
interna1. Por outro lado, tanto a intervenção
desenvolvimentista para a reconstrução europeia no
pós-guerraatravés do Plano Marshall quanto a proeminência
do regime planificado soviético constituíram um terreno
ideológico quelegitimava a intervenção estatal, ainda que com
diferençasessenciais quanto ao seu formato.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe ou Comissão
Econôica para a América Latina e Caraíbas foi criada em 1948 pelo
Conselho Econômico e Social das Nações Unidas com o objetivo de
incentivar a cooperação econômica entre os seus membros
• A análise da Cepal considerava o desequilíbrio um atributo
intrínseco à natureza do desenvolvimento dos países periféricos.
• O planejamento era a única forma de assegurar apoio aos setores
propulsores do crescimento econômico, mobilizar a integração e a
complementaridade entre os segmentos da economia e compatibilizar
o ritmo projetado de desenvolvimento com possibilidades de
crescimento de cada setor.
Raúl Prebisch (sociólogo, enomista, 1980)

•A difusão do progresso técnico, que é o aspecto essencial do


desenvolvimento, ocorreu de forma distinta nos dois pólis:
 No centro, o processo propagou-se pelo conjunto da economia,
produzindo o efeito de elevar a produtividade geral do sistema.
 Na periferia, as tecnologias modernas foram incorporadas nos
setores exportadores, voltados ao abastecimento de alimentos e
matérias-primas das economias centrais.
• Da assimetria de efeitos decorrentes da difusão do progresso técnico no
centro e na periferia, Prebisch deduziu a deterioração dos termos de
troca no comércio internacional em prejuízo da periferia.
• Como os preços dos produtos manufaturados tendem a aumentar e os
preços dos produtos primários tendem a declinar, os benefícios
decorrentes da introdução das novas tecnologias nas duas áreas parece
concentrar-se cada vez mais no centro (áreas difusoras das inovações
técnicas).
A década de 1980 marca o declínio da economia política do
desenvolvimento latino-americano, acompanhando o próprio
arrefecimento da discussão sobre desenvolvimento. Um período
de instabilidade mundial e de perda de força do Estado
desenvolvimentista pôs em xeque o paradigma keynesiano e abriu
caminho para a expansão da ortodoxia neoliberal. A palavra de
ordem passou a ser desenvolvimento via “ajuste com
crescimento”, mediante o qual se visava a enfrentar basicamente
os problemas do endividamento externo e da crise inflacionária,
heranças do modelo de substituição de importações.
Pelo mesmo caminho vão os anos 90, quando cabe ao
“neoestruturalismo cepalino” a defesa de temas como equidade
social e democracia pluralista como condições básicas e
necessárias do desenvolvimento (BIELSCHOWSKY, 2006),
demonstrando a importância do pensamento de Celso Furtado e
de seu legado para interpretações contemporâneas acerca dos
processos de desenvolvimento (vide infra, cap. 8).
Emergência do
Neoliberalismo
O termo neoliberalismo começou a aparecer com mais força na literatura acadêmica no
final dos anos 1980, como uma forma de classificar o que seria um ressurgimento do
liberalismo como ideologia predominante na política e economia internacionais. A ideia é
que durante um certo período de tempo, o liberalismo perdeu predominância para
o keynesianismo, inspirado pelo trabalho de John Maynard Keynes, que defendeu a
tese de que os gastos públicos devem impulsionar a economia, especialmente em tempos
de recessão. Keynes era favorável ao Estado de bem-estar social.
Estruturalismo

• Para o estruturalismo, os sistemas constituem fenômenos que não


podem ser analisados segundo leis universais aplicadas indistintamente
a cada caso e também não podem ser observadas numa perspectiva
linear e evolutiva ou baseada em critério de valores.
• Para os primeiros formuladores do estruturalismo econômico, o
subdesenvolvimento e a pobreza não se resumiam a um estágio de
uma sequência evolutiva, não eram, simplesmente, um ponto numa
trajetória.
• Essas economias representavam um ponto de chegada, o
resultado de um itinerário, uma forma de existência da sociedade
industrial, que tendia a se reproduzir indefinidamente se nada fosse
feito para alterar a maneira como os componentes da estrutura
estavam relacionados e se reiteravam.
As mudanças globais do pós-guerra mostraram faces do
desenvolvimento que extrapolavam as medidas convencionais
relacionadas ao crescimento econômico, tais como os
indicadores de renda e o Produto Interno Bruto (PIB). Neste
contexto, emergem diversas abordagens que buscam
compreender de modo mais amplo e integrado as
transformações sociais e econômicas, sem cair nas armadilhas
do economicismo, que geralmentere corre a uma ideia de etapas
de desenvolvimento, com os países ditos “subdesenvolvi-dos”
tendo que se adequar aos modelos das economias “avançadas”
A Superação do subdesenvolvimento é tarefa complexa, pois não se
trata de explicá-lo pela ausência escassez, mas pela necessidade de
evidenciar suas potencialidades, o que implica na necessidade de
um “agente coordenador” para mobilizar a sociedade em nome de
um projeto de nação.
•“agente coordenador” (Estado) deve definir metas e caminhos,
sobretudo apto a enfrentar conflitos e obstáculos – intervencionismo
eficaz se houver planejamento
•Capital estrangeiro pode ter papel positivo para o plano, pois não
tem compromissos políticos e é o principal agente da inovação; porém
demanda um cuidado com a balança de pagamentos
•Processo de desenvolvimento é eivado de desequilíbrios e
tensões,
tensões que podem se transformar em fator de impulso e desafio;
•Imposição institucional saída inadequada
Quem são os pobres? Qual das famílias é a mais pobre? Como
avaliar tal heterogeneidade? Estas são perguntas com as quais
estudiosos dedicados à temática da pobreza, desigualdade social,
qualidade de vida e bem-estar vêm se defrontando a partir
da“Abordagem das Capacitações” proposta por Amartya Sen.

Você também pode gostar