Você está na página 1de 86

Fiscalidade

Imposto sobre
Rendimento das
Pessoas Coletivas
(IRC)

Sofia Gomes
Bruno Pereira
2022/2023

IMP.GE.193.0

1
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

2. Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas

2.5. Determinação da matéria colectável (cont.)

2.5.15. Dedução de prejuízos fiscal

2.5.16. Regime Simplificado

2.5.17. Base de Imposto

2.5.18. Dedução de gastos comuns

2.6. Taxas de IRC, Taxas de Trib. Autónoma, Liquidação de IRC


IMP.GE.193.0
2
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Dedução de prejuízos fiscais
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola
(Art. 52º do CIRC)

• Para determinar o prazo da dedução dos prejuízos fiscais serão relevantes as


regras em vigor no exercício em que foi obtido o prejuízo fiscal.
• Para aplicar os limites da dedução permitida (em percentagem do lucro tributável),
deve atender-se ao período em que a dedução do prejuízo está a ser realizada.
• A declaração modelo 22 pede indicação dos anos dos prejuízos reportados.

IMP.GE.193.0

3
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Dedução de prejuízos fiscais
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola
(Art. 52º do CIRC)
Os prejuízos fiscais apurados são deduzidos aos lucros tributáveis, havendo-os, de um ou
mais dos cinco períodos de tributação posteriores, à exceção dos sujeitos passivos que
exerçam, diretamente e a título principal, uma atividade económica de natureza agrícola,
comercial ou industrial e que estejam abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de
novembro, os quais podem fazê-lo em um ou mais dos doze períodos de tributação
posteriores.
Recomendação n.º 2003/361/CE, da Comissão Europeia, de 6 de Maio

Ar#go 2.º
Efec>vos e limiares financeiros que definem as categorias de empresas
1. A categoria das micro, pequenas e médias empresas (PME) é cons;tuída por empresas que empregam menos de 250
pessoas e cujo volume de negócios anual não excede 50 milhões de euros ou cujo balanço total anual não excede 43
milhões de euros.
2. Na categoria das PME, uma pequena empresa é definida como uma empresa que emprega menos de 50 pessoas e cujo
volume de negócios anual ou balanço total anual não excede 10 milhões de euros.
3. Na categoria das PME, uma microempresa é definida como uma empresa que emprega menos de 10 pessoas e cujo
volume de negócios anual ou balanço total anual não excede 2 milhões de euros.
IMP.GE.193.0

4
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Dedução de prejuízos fiscais
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola
(Art. 52º do CIRC)

A dedução a efetuar em cada um dos períodos de tributação não pode


exceder o montante correspondente a 70% do respetivo lucro tributável,
não ficando, porém, prejudicada a dedução da parte desses prejuízos que
não tenham sido deduzidos, nas mesmas condições e até ao final do
respetivo período de dedução.

Nos períodos de tributação em que tiver lugar o apuramento do lucro


tributável com base em métodos indiretos, os prejuízos fiscais não são
dedutíveis, ainda que se encontrem dentro do período referido no n.º 1,
não ficando, porém, prejudicada a dedução, dentro daquele período, dos
prejuízos que não tenham sido anteriormente deduzidos.

IMP.GE.193.0

5
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Dedução de prejuízos fiscais

Criação de um regime especial de dedução de prejuízos fiscais que venham a


ser apurados no período de tributação de 2020 e 2021, e rela?vamente aos
prejuízos fiscais que se encontrem em reporte no primeiro dia do período de
tributação de 2020.

• Prejuízos fiscais de 2020 e 2021: o prazo de reporte passa a ser de 10 anos


(anteriormente, 5 anos). Para as PME, mantém-se o prazo de 12 anos.

• O limite de 70% para dedução ao lucro tributável é elevado para 80% do lucro
tributável, sempre que essa diferença resulte da dedução de prejuízos fiscais
apurados nos períodos de tributação de 2020 e 2021.

• RelaYvamente aos prejuízos fiscais em reporte no primeiro dia do período de


tributação de 2020, a contagem do seu prazo de reporte fica suspensa durante os
períodos de tributação de 2020 e 2021, traduzindo-se num aumento de 2 anos do
prazo de reporte dos prejuízos fiscais apurados em 2014 e anos seguintes.
IMP.GE.193.0

6
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

IMP.GE.193.0

7
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Dedução de prejuízos fiscais
Tabelas prá?cas
Dedução Prejuízos fiscais considerando as alterações previstas no
Orçamento Suplementar do Estado para 2020

IMP.GE.193.0

8
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Dedução de prejuízos fiscais

IMP.GE.193.0

9
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Regime Simplificado
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola
(Art. 86º-A e 86º-B do CIRC)

Abrange os sujeitos passivos residentes, não isentos nem sujeitos a um regime


especial de tributação e que verifiquem, cumulativamente, as seguintes condições:

a)Tenham obtido, no período de tributação imediatamente anterior, um montante anual


ilíquido de rendimentos não superior a (euro) 200 000;

b) O total do seu balanço relativo ao período de tributação imediatamente anterior


não exceda (euro) 500 000;

c) Não estejam legalmente obrigados à revisão legal das contas;

IMP.GE.193.0

10
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Regime Simplificado
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola
(Art. 86º-A e 86º-B do CIRC)

d) O respetivo capital social não seja detido em mais de 20%, direta ou indiretamente,
nos termos do n.º 6 do artigo 69.º, por entidades que não preencham alguma das
condições previstas nas alíneas anteriores, exceto quando sejam sociedades de
capital de risco ou investidores de capital de risco.

e)Adotem o regime de normalização contabilística para microentidades aprovado pelo


Decreto-Lei n.º 36-A/2011, de 9 de março;

f)Não tenham renunciado à aplicação do regime nos três anos anteriores, com
referência à data em que se inicia a aplicação do regime.

IMP.GE.193.0

11
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Regime Simplificado
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola
(Art. 86º-A e 86º-B do CIRC)

Opção pelo regime:


- Na declaração de início de atividade
- Opção pelo regime até final e fevereiro (fim 2º mês do período de tributação) b)
n.º 3 art. 86-A

Renúncia:

-Renúncia efetuada pelo sujeito passivo, que deve ser manifestada em declaração
de alterações a apresentar até ao fim 2º mês desse período de tributação;

IMP.GE.193.0

12
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Regime Simplificado
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola
(Art. 86º-A e 86º-B do CIRC)

Cessação:

Ø Deixe de se verificar algum dos requisitos referidos nas alíneas a) a e) do n.º


1 ou se verifique a causa de cessação prevista no número anterior;

... mas também pode existir cessação do regime que não seja por manifestação
da vontade do sujeito passivo...

Ø Quando o sujeito passivo não cumpra as obrigações de emissão e


comunicação das faturas previstas, respetivamente, no Código do IVA e no
n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, sem
prejuízo das demais sanções aplicáveis. (n.º 5 art. 86_A)
IMP.GE.193.0

13
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Regime Simplificado
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola
(Art. 86º-A e 86º-B do CIRC)

Coeficientes:
• 0,04 das vendas de mercadorias e produtos,
• 0,04 das prestações de serviços (hotelaria e similares, restaurantes e bebidas ,
exceto rendimentos de alojamento local na modalidade de moradias e
apartamentos).
• 0,10 dos restantes rendimentos de prestações de serviços;
• 0,10 subsídios destinados à exploração;
• 0,30 dos subsídios não destinados à exploração;
• 0,35 rendimentos de alojamento local na modalidade de moradias e
apartamentos não localizados em área de contenção (1);
• 0,50 rendimentos de alojamento local na modalidade de moradias e
apartamentos localizados em área de contenção;
IMP.GE.193.0
14
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Regime Simplificado
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola
(Art. 86º-A e 86º-B do CIRC)

Coeficientes:

• 0,75 dos rendimentos das atividades profissionais


• 0,95 dos rendimentos (know how)
• 0,95 Outros rendimentos de capitais
• 0,95 Resultado positivo dos rendimentos prediais
• 0,95 Saldo positivo das mais-valias e menos-valias
• 0,95 Restantes incrementos patrimoniais
• 1,00 do valor de aquisição dos incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito

IMP.GE.193.0

15
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Regime Simplificado
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola
(Art. 86º-A e 86º-B do CIRC)

Os coeficientes previstos nas alíneas a) e c) do n.º 1 e o limite previsto no n.º


2 são reduzidos em 50 % e 25 % no período de tributação do início da
atividade e no período de tributação seguinte, respetivamente.

É o caso:
-0,04 das vendas de mercadorias e produtos;
-0,04 das prestações de serviços (hotelaria e similares , restaurantes e
bebidas, exceto rendimentos de alojamento local na moradias e
apartamentos);
-0,10 dos restantes rendimentos de prestações de serviços; (n.º 5 art. 86-B).

IMP.GE.193.0

16
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Regime Simplificado
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola
(Art. 86º-A e 86º-B do CIRC)

Limitações aos regime simplificado:

• Impossibilidade de deduzir prejuízos fiscais de períodos anteriores;

•Dispensa de realização de PEC, mas não pode deduzir PEC de períodos anteriores

•Apenas pode deduzir à coleta a dupla tributação jurídica internacional e as


retenções na fonte.

IMP.GE.193.0

17
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Rendimentos Totais
Para entidades que não exercem, a título principal, atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola
(Art. 54 n.º 3 do CIRC)

Rendimentos totais:
-Rendimentos não sujeitos;
-Rendimentos sujeitos mas isentos;
-Rendimentos sujeitos e não isentos.

Rendimentos não sujeitos (n.º 3 do art.º 54º):


-As quotas pagas pelo associados em conformidade com os estatutos;
-E os subsídios obtidos destinados a financiar a realização dos fins estatutários.

IMP.GE.193.0

18
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Base de imposto
Para entidades que não exercem, a título principal, atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola
(Art. 54 n.º 3 do CIRC)

Rendimento global =soma algébrica dos rendimentos das diversas


categorias consideradas para efeitos de IRS + incrementos patrimoniais
obtidos a título gratuito

Categoria B – Rendimentos empresariais e profissionais;


Categoria E – Rendimentos de capitais;
Categoria F – Rendimentos prediais;
Categoria G – Incrementos patrimoniais;
Dedução ao rendimento bruto de cada categoria dos gastos previstos nessas
normas de IRS.

IMP.GE.193.0

19
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Dedução dos Gastos Comuns
Para entidades que não exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial
ou agrícola
(Art. 54 n.º 1 e 2 do CIRC)

Calculado o rendimento global, a este serão ainda deduzidos os gastos comuns e


outros imputáveis aos rendimentos sujeitos a imposto e não isentos.
a) Se estiverem apenas ligados à obtenção de rendimentos sujeitos e não isentos
serão deduzidos na totalidade ao rendimento global;
b) Se estiverem ligados à obtenção de rendimentos sujeitos e não isentos, bem
como de rendimentos não sujeitos ou isentos , serão deduzidos de acordo com
a seguinte proporção:

C/(C+D)xB
C – Montante dos rendimentos brutos sujeitos e não isentos;
D – Valor dos rendimentos brutos não sujeitos ou isentos;
B – Montante dos gastos comuns ligados à obtenção de rendimentos sujeitos e não isentos e dos não
sujeitos ou isentos
IMP.GE.193.0

20
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Dedução dos Gastos Comuns


Para entidades que não exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial
ou agrícola
(Art. 54 n.º 1 e 2 do CIRC)

Possibilidade do sujeito passivo fazer esta dedução dos gastos comuns de acordo
com outro critério considerado mais adequado, mas desde que este seja aceite pela
AT.

IMP.GE.193.0

21
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Rendimentos Totais
Para entidades que não exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial
ou agrícola
(Art. 52 n.º 1 e n.º 2 do CIRC)

Ao rendimento global são dedutíveis, até à respetiva concorrência:

Gastos comprovadamente relacionados com a realização dos fins de


natureza social, cultural, ambiental, desportiva ou educacional prosseguidos por
essas pessoas coletivas ou entidades, desde que não exista qualquer interesse
direto ou indireto dos membros de órgãos estatutários, por si mesmos ou por
interposta pessoa, nos resultados da exploração das atividades económicas por
elas prosseguidas.

IMP.GE.193.0

22
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

IMP.GE.193.0

23
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

IMP.GE.193.0

24
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC
Taxas de IRC
TAXAS DE IRC – RESIDENTES – CONTINENTE (ART. 87 DO CIRC)

ü Entidades que e xerçam a título principal atividade de natureza,


comercial, industrial ou a grícola:

• A taxa do IRC é de 21 %, exceto nos casos previstos nos números seguintes.


(n.º 1)

•A taxa de IRC aplicável aos primeiros (euro) 25 000 de matéria coletável é de


17%, aplicando-se a taxa de 21% ao excedente (está sujeita às regras europeias
aplicáveis em matéria de auxílios de minimis) (n.º 2)

ü Entidades que não exerçam a título principal a tividade de natureza


comercial, industrial ou agrícola:

• Rendimento global tributado - taxa é de 21% (n.º 5 art. 87)


IMP.GE.193.0

25
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

Taxas de IRC
TAXAS DE IRC – RESIDENTES - REGIÕES AUTÓNOMAS (ART. 87º DO CIRC)
ü Açores:

• A taxa do IRC é de 16,8%

•A taxa de IRC aplicável aos primeiros (euro) 25 000 de matéria coletável é de


13,6%, aplicando-se a taxa de 16,8% ao excedente

ü Madeira:

• A taxa do IRC é de 20%

•A taxa de IRC aplicável aos primeiros (euro) 25 000 de matéria coletável é de


11,9%, aplicando-se a taxa de 20% ao excedente

IMP.GE.193.0

26
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

Taxas de IRC 2020


Resumo

IMP.GE.193.0

27
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

Taxas de IRC

Comparação
2019 vs 2020

IMP.GE.193.0

28
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC
Taxas de IRC

TAXAS DE IRC - NÃO RESIDENTES (ART. 87 DO CIRC)


üEntidades com estabelecimento estável:

•A taxa do IRC é de 21 %.

üEntidades sem estabelecimento estável ou rendimentos não imputáveis a


estabelecimento estável:

•A taxa do IRC é de 25%, exceto relativamente aos seguintes rendimentos:

•Prémios de rifas, totoloto, jogo de loto, bem como importâncias ou prémios


atribuídos em quaisquer sorteios ou concursos, em que a taxa é de 35%;

•Rendimentos de capitais sempre que sejam pagos ou colocados à disposição


em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de
terceiros não identificados, em que a taxa é de 35%.
IMP.GE.193.0

29
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC
Taxas de IRC

TAXAS DE IRC – DERRAMA ESTADUAL (ART. 87-A DO CIRC)

Sobre a parte do lucro tributável superior a € 1 500 000 sujeito e não isento
de imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas apurado por sujeitos
passivos residentes em território português que exerçam, a título principal,
uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e por não
residentes com estabelecimento estável em território português, incidem as
taxas adicionais constantes da tabela seguinte:

IMP.GE.193.0

30
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC
Taxas de IRC
TAXAS DE IRC – DERRAMA ESTADUAL (ART. 87-A DO CIRC)

O quanYtaYvo da parte do lucro tributável que exceda € 1 500 000:

Ø Quando superior a € 7 500 000 e até € 35 000 000, é dividido em duas


partes:
Ø uma, igual a € 6 000 000, à qual se aplica a taxa de 3%;

Ø outra, igual ao lucro tributável que exceda € 7 500 000, à qual se aplica a taxa de 5%;

Ø Quando superior a € 35 000 000, é dividido em três partes:


Ø uma, igual a € 6 000 000, à qual se aplica a taxa de 3%;

Ø outra, igual a € 27 500 000, à qual se aplica a taxa de 5%, e

Ø outra igual ao lucro tributável que exceda € 35 000 000, à qual se aplica a taxa de 9%.
IMP.GE.193.0

31
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA


Art.º 88º CIRC
• Encargos com viaturas ligeiras de passageiros, viaturas ligeiras de
mercadorias, motos ou motociclos 10 / 27,5 / 35%

• Despesas de representação 10%

• Despesas não documentadas 50 / 70 %

• Pagamentos a entidades residentes em regime fiscal claramente mais


favorável ou contas abertas em instituições financeiras aí residentes ou
domiciliadas 35 / 55%

IMP.GE.193.0

32
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA


Art.º 88º CIRC

• Ajudas de custo e compensação por deslocações em viatura própria não


faturadas a clientes 5%

• Gastos ou encargos relativos a indemnizações decorrentes da cessação de


funções de gestor, administrador e gerente 35%

• Gastos ou encargos relativos a bónus e outras remunerações variáveis


pagas a gestores, administradores e gerentes 35%

• Lucros distribuídos a sujeitos passivos que beneficiam de isenção total ou


parcial 23%

IMP.GE.193.0
IMP.GE.193.0

33
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA


Art.º 88º CIRC

• Regime simplificado

Apenas não existe tributação autónoma em :

o Despesas de representação;

o Ajudas de custo e compensação por deslocação em viatura própria;

o Lucros distribuídos por entidades sujeitas a IRC a sujeitos passivos que


beneficiem de isenção total ou parcial;

o E gastos ou encargos relativos a indeminizações, bónus e outras remunerações


variáveis pagas a gestores, administradores ou gerentes.

IMP.GE.193.0

34
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA


Art.º 88º CIRC

• Despesas não documentadas

o Taxa aplicável – 50%

o Quando as despesas sejam efetuadas a sujeitos passivos total ou parcialmente


isentos, ou que não exerçam, a titulo principal, atividades de natureza
comercial, industrial ou agrícola, a taxa aplicável – 70%

o + 10 p. p., em caso de prejuízo fiscal – taxa de 60% e de 80%, respetivamente,


não é aplicável no período de tributação de início de atividade e no seguinte.

IMP.GE.193.0

35
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA


Art.º 88º CIRC

• Encargos com viaturas ligeiras de passageiros

Aplica-se também a viaturas ligeiras de mercadorias, que para efeitos de ISV,


sejam tributadas às taxas normais deste imposto (as previstas na tabela A
constante n.º 1 do art.º 7º do CISV), e ainda a motos e motociclos.

As taxas de tributação autónoma reduzidas, que se aplicavam às generalidade


das viaturas híbridas plug-in, de 5%, 10% e 17,5%, passam a beneficiar apenas
as viaturas cuja bateria possa ser carregada através de ligação à rede elétrica e
que tenham uma autonomia mínima, no modo elétrico, de 50 quilómetros e
emissões oficiais inferiores a 50 g CO2/km.

IMP.GE.193.0

36
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA


Art.º 88º CIRC

GNV – Gás Natural Veicular

IMP.GE.193.0

37
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA


Art.º 88º CIRC

• Encargos com viaturas ligeiras de passageiros

Encontram-se abrangidos:
• Os encargos efetuados ou suportados, ou seja, todos os gastos registados
na contabilidade e não apenas os fiscalmente dedutíveis;
• Apenas os sujeitos passivos que não beneficiem de isenções subjetivas e
que exerçam, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial
ou agrícola.

IMP.GE.193.0
IMP.GE.193.0

38
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA


Art. 88º do CIRC

• Despesas de representação

o Encargos dedutíveis que sejam despesas de representação – tx 10%.

o Para períodos que se iniciem em, ou após 01/01/2017, a tributação autónoma


de despesas de representação passa a abranger também encargos não
dedutíveis.

o Despesas de representação – encargos relativos à representação da empresa


junto de terceiros, nomeadamente, despesas suportadas com receções,
refeições, viagens, e espetáculos oferecidos no país ou no estrangeiro a cliente
ou fornecedores ou ainda a quaisquer outras pessoas ou entidades.

o + 10 p. p., em caso de prejuízo fiscal, não é aplicável no período de tributação de


início de atividade e no seguinte.
IMP.GE.193.0

39
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA


Art. 88º do CIRC

• Encargos pela compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador

• Encargos relativos a ajudas de custo

o Encargos dedutíveis relativos a ajudas de custo e à compensação pela deslocação


em viatura própria do trabalhador (os designados “quilómetros”) , ao serviço da
entidade patronal, não faturados a clientes e não tributados em IRS na categoria A
– taxa de 5%.

o Para períodos que se iniciem em, ou após 01/01/2017, a tributação autónoma de


despesas de ajudas de custo e quilómetros passa a abranger também encargos
não dedutíveis. E passa a aplicar-se o agravamento de 10 p.p. em caso de prejuízo
fiscal, não é aplicável no período de tributação de início de atividade e no seguinte.

IMP.GE.193.0

40
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA


Art. 88º do CIRC

o Encargos pela compensação pela deslocação em viatura própria do


trabalhador

o Encargos relativos a ajudas de custo

Ajudas de custo e quilómetros não tributados na categoria A IRS:

a) Serão dedutíveis se estiverem comprovados, nomeadamente pela existência do


mapa de itinerário, previsto na h) do n.º 1, do art.º 23º Aº do CIRC, neste caso:

o Se forem faturados a clientes não tem TA

o Se não forem faturados a clientes há TA

IMP.GE.193.0
IMP.GE.193.0

41
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA


Art. 88º do CIRC

REGIME ESPECIAL 2020/2021

O acréscimo de 10 pontos percentuais, relaYvamente aos sujeitos passivos que apresentem


prejuízo fiscal no período, não é aplicável nos períodos de tributação de 2020 e 2021,
quando o sujeito passivo tenha obYdo lucro tributável em um dos três períodos de
tributação anteriores e as obrigações declaraYvas (Mod. 22 e IES) relaYvas aos dois
períodos de tributação anteriores, tenham sido cumpridas nos termos neles previstos.

Também não é igualmente aplicável, nos períodos de tributação de 2020 e 2021, quando
estes correspondam ao período de tributação de início de aYvidade ou a um dos dois
períodos seguintes.

IMP.GE.193.0

42
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 1
Calcule o valor da coleta total para 2020 para uma empresa não abrangida pela
taxa reduzida, para os seguintes valores de matéria coletável:

a) 50 M €
b) 15 M €
c) 5 M €
d) 1 M €
e) 200 mil €

IMP.GE.193.0

43
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 2
Calcule o valor da coleta (para o ano de 2019 e para o ano de 2020) para uma
empresa abrangida pela taxa reduzida, para os seguintes valores de matéria
coletável:

a) 10 mil €
b) 50 mil €
c) 150 mil €

IMP.GE.193.0

44
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 3
Determinada empresa possuía as seguintes viaturas, no seu ativo não corrente, a 31 de
dezembro de 2018:
- 2 viaturas ligeiras de passageiros, adquiridas em 2016. O seu custo de aquisição foi
de, respetivamente, 45.000 € e 63.000 €;
- 1 veículo elétrico, adquirido em 2017, por 36.000 €
- 1 veículo movido a GNV adquirido em 2018 cujo custo de aquisição foi de 28.000 €.

A empresa adota o método de linha reta como política de depreciação, sendo que os
veículos são depreciados à taxa de 25%.

Calcule o valor das tributações autónomas.

IMP.GE.193.0

45
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 4
Suponha que a empresa teve os seguintes gastos:
- Ajudas de custo: 5.000 €
- Despesas de representação: 8.000 €
- Despesas não documentadas: 1.000 €
- Pagou um bónus ao gestor de 35.000 €
- Admite que ele auferiu uma remuneração anual de 25.000 €
Calcule o valor das tributações autónomas.

IMP.GE.193.0

46
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 5
Uma microempresa já com mais de 2 anos de atividade apurou em 2020 um
prejuízo fiscal de 10.000 €. Sabendo que possui no ativo um veículo elétrico
adquirido em 2018, por 34.000 € e que considerou como gasto do período o valor
de 8750 €, a título de depreciação, diga qual o valor da tributação autónoma naquele
ano:
a) 27,5%
b) 37,5%
c) Não está sujeita a tributação autónoma
d) 10%

IMP.GE.193.0

47
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 6
Uma empresa aderiu em janeiro de 2019 ao regime simplificado de tributação,
adquiriu no ano de 2020 uma viatura ligeira de passageiros a gasolina, por 28.000 €.
Qual a taxa de tributação autónoma aplicável?
a) As entidades abrangidas pelo regime simplificado de tributação não estão
sujeitas a tributação autónoma;
b) 27,5%
c) 10%
d) 35%

IMP.GE.193.0

48
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 7
Qual a taxa aplicável ao lucro tributável de uma sociedade enquadrada no regime
simplificado de IRC?
a) 20%
b) 25%
c) 28%
d) A mesma do regime geral

IMP.GE.193.0

49
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 8
Uma empresa que, no início de atividade opte pelo regime simplificado, durante
quanto tempo tem de permanecer no mesmo, assumindo que não ultrapassa os
limites estabelecidos?
a) 3 anos
b) 5 anos
c) 1 ano
d) 2 anos

IMP.GE.193.0

50
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 9
A sociedade C, constituída em janeiro do ano t e que se dedica à venda a retalho de
eletrodomésticos aderiu ao regime simplificado de tributação, com base numa
estimativa de volume de vendas de 170.000 €.
A 31 de dezembro o volume de vendas foi de 138.000 €, tendo sido apurado um
lucro contabilístico no valor de 18.000 €. Qual o valor de matéria coletável do ano t?
a) 18.000 €
b) 6.800 €
c) 5.520 €
d) 2.760 €

IMP.GE.193.0

51
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 10
A empresa Simplifica optou pelo regime simplificado de tributação em fevereiro de
2020. Sabe-se que esta sociedade já havia aderido ao regime simplificado, no
período de tributação de 2018, tendo renunciado, no entanto, ao mesmo em janeiro
de 2019, por considerar que não era vantajoso.
Relativamente a esta empresa sabe-se o seguinte:
- Volume de vendas: 185.000 €
- Mais valia contabilística: 4.000 €
Qual o valor de matéria coletável no ano de 2020?
a) 7.560 €
b) 11.400 €
c) 11.200 €
d) Nenhuma das anteriores
IMP.GE.193.0

52
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 11
A empresa A que se dedica ao comércio a retalho de material informático, aderiu em
janeiro de 2017, ao regime simplificado de tributação. No ano de 2019, o seu volume
de negócios foi de 180.000 €. Sabendo que a sociedade tem prejuízos fiscais a
deduzir de anos anteriores, no valor de 19.500 € e que, no ano de 2020, o seu
volume de negócios foi de 195.000 €, qual o valor da matéria coletável em 2020?
a) 7.800€
b) 0 €
c) 4.242 €
d) 19.500 €

IMP.GE.193.0

53
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 12
Qual o valor da coleta total em 2019 por uma empresa não enquadrada no regime
PME (sem redução de taxa), se tiver um lucro tributável de 40 Milhões?
a) 11,20 M de €
b) 10,405 M de €
c) 10 M de €
d) 12,40 M de €

IMP.GE.193.0

54
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

LIQUIDAÇÃO DE IRC
Art. 89º e 90º do CIRC

-Autoliquidação

-Liquidação efetuada pela AT

s
e
õ
ç
u
d
:D
lta
o
c
à
-A correspondente à dupla tributação internacional
-A correspondente à dupla tributação económica internacional;
-A relativa a benefícios à coleta;
-A relativa ao pagamento especial por conta a que se refere o art. 106 do CIRC;
-A relativa a retenções na fonte não suscetíveis de compensação ou reembolso nos
termos da legislação aplicável, e apenas quando as retenções tenha natureza de
pagamento por conta do imposto (IRC) devido a final.

IMP.GE.193.0

55
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

LIQUIDAÇÃO DE IRC
Art. 89º e 90º do CIRC

Deduções à coleta no regime simplificado:


-A correspondente à dupla tributação jurídica internacional;
-A relativa a retenção na fonte;

Deduções à coleta no regime de transparência fiscal:


-Matéria coletável imputada aos sócios e as deduções referidas no n.º 2 do art.º 90º
do CIRC, também operam na esfera dos sócios.

IMP.GE.193.0

56
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

LIQUIDAÇÃO DE IRC
Art. 91º do CIRC

Crédito de imposto por dupla tributação internacional:

• u
D
:Quando
o
ã
ç
trib
la
p o rendimento é tributado, simultaneamente, no Estado da fonte e no
Estado da residência.

• C
m
e
ito
d

t:forma de minorar a dupla tributação usado pelo Estado da residência;
s
o
p

Crédito de imposto corresponde à menor das seguintes importâncias:


a) Imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro;
b) Fração do IRC, calculado antes da dedução, correspondente

IMP.GE.193.0

57
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

LIQUIDAÇÃO DE IRC
Art. 104º do CIRC

Regras gerais de pagamento:


• Imposto autoliquidado
• Três pagamentos por conta durante o ano;
• Dispensa dos pagamentos por conta quando o cálculo for inferior a 200 €;
• Um pagamento especial por conta (PEC), que pode ser entregue em duas
prestações;
• Três pagamentos adicionais por conta da derrama estadual.
• Não há lugar ao pagamento ou reembolso de IRC que resulte da entrega do
modelo 22, quando o seu montante seja inferior a 25 euros.

IMP.GE.193.0

58
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

LIQUIDAÇÃO DE IRC
Art. 104º, 105º e 107 do CIRC

Três pagamentos por conta com os seguintes vencimentos:

a) Julho
b) Setembro
c) 15 de dezembro

Período de tributação diferente do ano civil – prazos:


-7º mês;
-9º mês;
- Dia 15 do 12º mês

IMP.GE.193.0

59
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

LIQUIDAÇÃO DE IRC
Art. 104º, 105º e 107 do CIRC

Pagamentos por conta:

- Para volume de negócios igual ou inferior a 500 000€


Pagamentos = (coleta do ano anterior – retenções na fonte do período anterior) x
80%

- Para volume de negócios superior a 500 000€


Pagamentos = (coleta do ano anterior – retenções na fonte do período anterior) x
95%

O montante assim obtido é dividido pelas três prestações.

IMP.GE.193.0

60
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

LIQUIDAÇÃO DE IRC
Art. 104º, 105º e 107 do CIRC

Pagamentos por conta:

Apenas é possível limitar ou suspender o terceiro pagamento por


conta, pelo que os dois primeiros pagamento são sempre obrigatórios.

Penalidades
a) Coima art. 114º do Regime Geral das Infrações Tributárias (RGIT)
b) Juros compensatórios

Quando se verificar, no momento da entrega do modelo 22, que deixou de ser paga
uma importância de valor superior a 20% da que, em condições normais, teria sido
entregue.

IMP.GE.193.0

61
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

LIQUIDAÇÃO DE IRC
Art. 104º, 105º e 107 do CIRC

Pagamento especial por conta (PEC)

Um único pagamento, duas prestações: (Art. 106º e 93º do CIRC)


-Março (3º mês do período de tributação)
-Outubro (10º mês do período de tributação)

-Período especial para entrega de PEC para os sujeitos passivos que tenham
cessado o enquadramento no regime simplificado: única prestação até ao final
do 3º mês do período de tributação seguinte.
(Art. 106º Nº 14 do CIRC)
-Não há lugar a PEC, no período de tributação em que se inicia e no seguinte

IMP.GE.193.0

62
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

LIQUIDAÇÃO DE IRC

Pagamento especial por conta (PEC)

Dedutível à coleta do período, ou em caso de insuficiência de coleta ficará em


crédito para a dedução nos períodos seguintes.

s
m
íoc
rP
p
e
d
ia
ê
n
m
e
:
ito
d

c
- Até 31/12/2013 – o próprio ano + 4 seguintes
- Após 01/01/2014 - o próprio ano + 6 seguintes (art.º 93º nº 1)

IMP.GE.193.0

63
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

LIQUIDAÇÃO DE IRC
(Art. 106º e 93º do CIRC)

Pagamento especial por conta (PEC)


PEC a realizar = 1% do volume de negócios relativo ao período de tributação
anterior, com o limite mínimo de 1000€ (períodos até 2016, inclusive).

PEC a realizar = 1% do volume de negócios relativo ao período de tributação


anterior, com o limite mínimo de 850€ (períodos a partir de 2017).

Quando superior, é igual a este limite acrescido de 20% da parte excedente, com o
limite máximo de 70 000€. Ao montante assim, apurado deduzem-se os
pagamento por conta calculados e efetuados no período de tributação anterior.

IMP.GE.193.0

64
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

LIQUIDAÇÃO DE IRC
(Art. 106º e 93º do CIRC)

Pagamento adicional por conta (PAC)

Cálculo do pagamento adicional por conta é feito aplicando as taxas


previstas ao lucro tributável do período anterior que exceda 1.500.000 €:

Lucro Tributável Taxa


De mais de 1.500.000 € até 7.500.000 € 2,5%
De mais de 7.500.000 € até 35.000.000 € 4,5%
Mais de 35.000.000 € 8,5%

IMP.GE.193.0

65
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

LIQUIDAÇÃO DE IRC
(Art. 106º e 93º do CIRC)

Pagamento adicional por conta (PAC)


O quantitativo da parte do lucro tributável que exceda € 1.500.000:
• Quando superior a € 7 500 000 e até € 35 000 000, é dividido em duas
partes: uma, igual a € 6 000 000, à qual se aplica a taxa de 2,5%; outra,
igual ao lucro tributável que exceda € 7 500 000, à qual se aplica a taxa de
4,5%;
• Quando superior a € 35 000 000, é dividido em três partes: uma, igual a €
6 000 000, à qual se aplica a taxa de 2,5%; outra, igual a € 27 500 000, à
qual se aplica a taxa de 4,5%, e outra igual ao lucro tributável que exceda
€ 35 000 000, à qual se aplica a taxa de 8,5%.

IMP.GE.193.0

66
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

LIQUIDAÇÃO DE IRC
(Art. 106º e 93º do CIRC)

Dispensa de pagamento especial por conta (PEC):


11 — Ficam dispensados de efetuar o pagamento especial por conta:

a) Os sujeitos passivos totalmente isentos de IRC, ainda que a isenção não


inclua rendimentos que sejam sujeitos a tributação por retenção na fonte com
caráter definitivo, bem como os sujeitos passivos que apenas aufiram
rendimentos não sujeitos ou isentos;
b) Os sujeitos passivos que se encontrem com processos no âmbito do
Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, a partir da data de
instauração desse processo;
c) Os sujeitos passivos que tenham deixado de efetuar vendas ou
prestações de serviços e tenham entregue a correspondente declaração de
cessação de atividade a que se refere o artigo 33.º do Código do IVA.
IMP.GE.193.0

67
TAXAS DE IRC, TAXAS DE TRIB. AUTÓNOMA, LIQUIDAÇÃO DE IRC

LIQUIDAÇÃO DE IRC
(Art. 106º e 93º do CIRC)

Dispensa de pagamento especial por conta (PEC):


11 — Ficam dispensados de efetuar o pagamento especial por conta:

d) Os sujeitos passivos a que seja aplicado o regime simplificado de


determinação da matéria coletável.
e) Os sujeitos passivos que não efetuem o pagamento até ao final do terceiro
mês do respetivo período de tributação, desde que as obrigações declarativas
previstas nos artigos 120.º e 121.º (Mod.22 e IES), relativas aos dois períodos de
tributação anteriores, tenham sido cumpridas nos termos neles previstos.

IMP.GE.193.0

68
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 1
Uma empresa com um período de tributação que se inicia em março (diferente do
ano civil) deve proceder ao pagamento especial por conta em:
a) Março e outubro do ano t;
b) Maio e dezembro do ano t;
c) Junho do ano t e janeiro do ano t+1;
d) Junho, setembro e dezembro do ano t

IMP.GE.193.0

69
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 2
No exemplo anterior a empresa deve proceder ao pagamento por conta em:
a) Agosto e outubro do ano t e 15 de fevereiro do ano t+1;
b) Julho, setembro e 15 de dezembro do ano t;
c) Setembro e novembro do ano t e 15 de fevereiro do ano t+1
d) Não está obrigada a realizar o pagamento por conta

IMP.GE.193.0

70
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 3
Uma empresa que, em t+1, tenha tido um volume de negócios de 700.000 € e uma
coleta de 30.000 €, qual o valor dos pagamentos por conta que terá de fazer no ano
t?:
a) 24.000 €
b) 27.000 €
c) 22.500 €
d) 28.500 €

IMP.GE.193.0

71
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 3 A
Para efeitos de PEC de 2019, de uma empresa obrigada a realizá-lo, tem-se a
seguinte informação:
- Volume de negócios de 2018: 800.000 €; coleta de 2017: 30.000 €.
- Volume de negócios de 2017: 400.000 €; coleta de 2016: 1.000 €.
Qual o PEC?

a) 1.000 €
b) 800 €
c) 1.480 €
d) 1.450 €

IMP.GE.193.0

72
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 4
Uma empresa cuja atividade tenha mais de 2 anos, tem 1.000 € de prejuízos e
efetuou despesas confidenciais de 100 €. Supondo que não existe nenhuma
correção fiscal a fazer, qual será o IRC a pagar por esta sociedade?

a) 10 €
b) 50 €
c) 0 €
d) 60 €

IMP.GE.193.0

73
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 5
Uma associação cultural apurou, no ano t, uma matéria coletável de 1.000 €. A esta
associação não se aplica a isenção prevista no nº 1 do CIRC por não se verificarem
os requisitos previsto no nº 2.
Sabendo que obteve rendimentos de capital sobre os quais foi retido na fonte IRC
no montante de 180 €, o IRC a pagar é:

a) Recupera 10 €
b) Não tem IRC a pagar
c) Paga 30 €
d) Paga 50 €

IMP.GE.193.0

74
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 6
Determinada sociedade comercial teve no período de tributação de 2017 um lucro
tributável de 18.000.000 €. Qual o montante dos pagamentos adicionais por conta a
realizar em 2018?

IMP.GE.193.0

75
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 7
Considere os seguintes indicadores obtidos pela sociedade Omega em 2018:
Volume de negócios de 2018 (valor das vendas e dos serviços prestados geradores
de rendimentos sujeitos e não isentos): € 50.000.000

Pagamentos por conta calculados e efetuados: € 9.900

Qual o PEC em 2019?

a) 79.900 €
b) 70.000 €
c) 60.100 €
d) Nenhuma das anteriores
IMP.GE.193.0

76
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 8
A sociedade Blue 4 Ever, Lda. obteve, em 2018:

• Volume de negócios de 2018 (valor das vendas e dos serviços


prestados geradores de rendimentos sujeitos e não isentos): € 75.000
• Pagamentos por conta calculados e efetuados: € 550

Qual o montante de PEC a efetuar em 2019?

IMP.GE.193.0

77
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 9
Considere os seguintes dados relaYvamente à sociedade Águia Manca, SA:

• Volume de negócios de 2018 (valor das vendas e dos serviços


prestados geradores de rendimentos sujeitos e não isentos): €
250.000
• Pagamentos por conta calculados e efetuados em 2018: € 1.600

Qual o montante de PEC a efetuar em 2019?

IMP.GE.193.0

78
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 10
Calcule o valor do pagamento por conta e do PEC de 2019, sabendo que:
- Volume de Negócios de 2018: 900.000 €
- Coleta de 2018: 40.000 €
- Volume de negócios de 2017: 600.000 €
- Coleta de 2017: 2.000 €

IMP.GE.193.0

79
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 11
Para efeitos do cálculo do pagamento por conta e PEC de 2019 tem-se a seguinte
informação:
- Volume de Negócios de 2018: 1.300.000 €
- Coleta de 2018: 20.000 €
- Volume de negócios de 2017: 400.000 €
- Coleta de 2017: 1.000 €

IMP.GE.193.0

80
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 12
Indique qual o valor dos pagamentos por conta a efetuar pela empresa Z, no ano de
2019, tendo em conta os seguintes elementos:
- Volume de Negócios de 2018: 450.000 €
- Período de tributação coincidente com o ano civil.
- Coleta de 2018: 64.000 €
- Retenção na fonte em 2018: 4.000 €

IMP.GE.193.0

81
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 13
Indique qual o valor dos pagamentos por conta a efetuar pela empresa Beta, no ano
de 2019, tendo em conta os seguintes elementos:
- Volume de Negócios de 2018: 45.000.000 €
- Período de tributação coincidente com o ano civil.
- Coleta de 2018: 2.000.000 €
- Retenção na fonte em 2018: 50.000 €

IMP.GE.193.0

82
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 14
Qual o valor do pagamento especial por conta a efetuar em 2019, relativamente a
uma empresa que apresenta os seguintes dados:
- Volume de Negócios de 2018: 70.000 €
- Pagamento por conta no ano de 2018: 600 €

IMP.GE.193.0

83
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 15
Qual o valor do pagamento especial por conta a efetuar em 2019, relativamente a
uma empresa que apresenta os seguintes dados:
- Volume de Negócios de 2018: 600.000 €
- Pagamento por conta no ano de 2018: 1.000 €

IMP.GE.193.0

84
DETERMINAÇÃO DA BASE TRIBUTÁVEL:
Taxas: Taxas de IRC e taxas de tributação autónoma

Exercício 16
Qual o valor do pagamento especial por conta a efetuar em 2019, relativamente À
empresa Alfa que apresenta os seguintes dados:
- Volume de Negócios de 2018: 45.000.000 €
- Pagamento por conta no ano de 2018: 11.000 €

IMP.GE.193.0

85
IMP.GE.193.0
IMP.GE.193.0

86

Você também pode gostar