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Fiscalidade

Imposto sobre
Rendimento das
Pessoas Coletivas
(IRC)

Sofia Gomes
Bruno Pereira
2022/2023

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CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

2. Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas

2.4. Isenções

2.5. Determinação da matéria coletável

2.5.1. Definição de matéria coletável

2.5.2. Periodização económica

IMP.GE.193.0
2
ISENÇÕES

Enquanto que as normas de incidência estabelecem quais os factos tributários


constitutivos da obrigação de imposto e quais os sujeitos passivos da obrigação
tributária, nas normas de isenção estão previstas algumas situações cuja
verificação impede a produção dos efeitos desses factos, constituindo, assim, uma
exceção às regras de incidência.

IMP.GE.193.0
3
ISENÇÕES

IMP.GE.193.0
4
ISENÇÕES

Isenção Pessoal | Automática


(Art. 9º do CIRC)
Estão isentos de IRC:
§ O Estado, as Regiões Autónomas e as autarquias locais, bem como qualquer
dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados,
compreendidos os institutos públicos, com exceção das entidades públicas com
natureza empresarial;

§ As associações e federações de municípios e as associações de f reguesia que


não exerçam atividades comerciais, industriais ou agrícolas;

§ Instituições de segurança social e previdência;

§ Fundos de capitalização e os rendimentos de capitais administrados pelas


instituições de segurança social.
IMP.GE.193.0
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ISENÇÕES
Isenção pessoal, por reconhecimento
(sujeita a verificação de pressupostos)
(Art. 10º do CIRC)

• As pessoas coletivas de mera utilidade pública que prossigam, exclusiva ou


predominantemente, fins científicos ou culturais, de caridade, assistência,
beneficência, solidariedade social ou defesa d o meio ambiente. Carece de
reconhecimento pelo Ministro das Finanças

Estão isentos de IRC:


• As pessoas coletivas de utilidade pública administrativa

• As IPSS, bem como as pessoas coletivas àquelas equiparáveis

Não abrange os rendimentos empresariais derivados do exercício das atividades comerciais ou


industriais desenvolvidas fora do âmbito dos fins estatutários, bem como os rendimentos de títulos ao
portador, não registados nem depositados, nos termos da legislação em vigor.

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ISENÇÕES
Isenção Real | Automática
(Art. 11º do CIRC)

• Estão isentos de IRC os rendimentos diretamente derivados do exercício de


atividades culturais, recreativas e desportivas, desenvolvida por associações
legalmente constituídas.

Não abrange os rendimentos provenientes de qualquer atividade comercial, industrial


ou agrícola exercida ainda que a título acessório.

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ISENÇÕES
Atividades Culturais , Recreativas e Desportivas
(Art. 11º do CIRC)

Relativamente às situações passíveis ou não de tributação, temos:

a) Rendimentos NÃO sujeitos (art. 54, n.º 3):


• Quotas pagas pelos associados em conformidade com os estatutos
• Subsídios recebidos e destinados a financiar a realização dos fins
estatutários

b) Rendimentos sujeitos
• Juros dos depósitos a prazo, obrigações dividendos de ações
• Lucros de bares ou restaurantes
• Rendas de prédios

c) Rendimentos isentos (art. 54, n.º 4 CIRC):


• Consideram-se rendimentos isentos os incrementos patrimoniais obtidos a
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título gratuito destinados à direta e imediata realização dos fins estatutários.
ISENÇÕES

Coletividades Desportivas, de Cultura e Recreio


(Art. 54º EBF)

• Concede a isenção de IRC quando o rendimento bruto sujeito a tributação das


coletividades desportivas, de cultura e recreio, seja menor ou igual a €
7.500,00.

É prorrogada a vigência até 31 de dezembro de 2025,


(n.º 1, Art.º 2º da Lei n.º 21/2021, de 20/04)

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ISENÇÕES

Coletividades Desportivas, de Cultura e Recreio


• Permite a dedução, à matéria coletável d os clubes desportivos, das
importâncias investidas em novas infraestruturas até 50% da mesma, sendo
o eventual excesso deduzido até ao final do segundo exercício seguinte ao do
investimento.

• Este valor deverá constar no campo 399 do Quadro 09 da declaração Modelo


22.

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ISENÇÕES
Pessoas Coletivas Religiosas

• As pessoas coletivas religiosas são, para efeitos de IRC, entidades residentes


que não exercem a título principal uma atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola, como tal entidade do setor não lucrativo (ESNL).

• Quanto ao respetivo enquadramento em IRC cumpre referir a doutrina


administrativa constante do Ofício Circulado n.º 20167/2013, de 12/04, da
DSIRC/AT, com as necessárias adaptações.

• O apuramento da matéria coletável deve obedecer ao disposto nos arts. 53º e


54º do CIRC, sendo que a mesma deve ser apurada no Anexo D à IES.

• A taxa de IRC, existindo matéria tributável, é de 21% (n.º 5 do art. 87º do


CIRC).

• As pessoas coletivas religiosas beneficiam em IRC das isenções previstas no


art. 32º da Lei n.º 16/2001, de 22.01 (Lei da Liberdade Religiosa).
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ISENÇÕES

Exercício 1:

A Associação recreativa auferiu no ano N teve:


1) Rendimentos:
- Quotas dos associados – 2500€
- Exploração do bar – 8000€
- Donativos relacionados com os fins estatutários – 3000€
- Subsídios relacionados com os fins estatutários – 5000€
2) Gastos:
- Exploração do bar - 6500€
- Relacionados com a atividade isenta – 1100€

Qual o tratamento fiscal dos referidos rendimentos?

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ISENÇÕES
Exercício 2:

Uma sociedade cultural auferiu no ano t, os seguintes rendimentos:


- Quotas de associados: 5.200 €
- Donativos relacionados com fins estatutários: 10.000 €
- Venda da revista da Associação não prevista nos estatutos: 2.300 €
- Subsídios relacionados com a atividade: 5.500 €.
No mesmo ano, suportou os seguintes gastos:
• Relacionados com a atividade isenta: 2.500 €
• Com a revista: 2.000 €

Qual o tratamento fiscal dos referidos rendimento?

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ISENÇÕES
Exercício 3:

Uma IPSS adquiriu, por doação, 2 imóveis (um em Lisboa e outro em Coimbra). O
imóvel de Lisboa irá ser utilizado na prossecução da atividade da entidade
beneficiária. O imóvel de Coimbra irá ser arrendado para assim produzir algum
rendimento. Os valores patrimoniais tributários que constavam na respetiva matriz,
no momento da aquisição, eram 750.000 € e 500.000 €, respetivamente do prédio
de Lisboa e Coimbra.

Qual o impacto desta operação em termos fiscais?

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ISENÇÕES
Exercício 4:

Uma associação cultural tem os seguintes rendimentos: quotas dos associados


totalizaram 4.000 €, os subsídios foram de 1.000 € e o lucro obtido no bar foi de
3.000 €. O rendimento global será de:

a) 3.000 €
b) 4.000 €
c) 1.000 €
d) 8.000 €

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ISENÇÕES
Exercício 5:

Uma associação recreativa com fins estatutários de promoção de música auferiu,


no ano N, os seguintes rendimentos: quotas de associados: 2,500 €; subsídios:
5.000 € e donativos: 4000 €; lucro da exploração de numa bar: 2.000 €.
Qual a incidência de IRC?
a) Rendimentos não sujeitos: 2.500 €, rendimentos sujeitos mas isentos: 9.000 €
e rendimentos sujeitos: 2.000 €
b) Rendimentos não sujeitos: 7.500 €, rendimentos sujeitos mas isentos: 4.000 €
e rendimentos sujeitos: 2.000 €
c) Rendimentos não sujeitos: 7.500 €, rendimentos sujeitos mas isentos: 6.000 €
e rendimentos sujeitos: 2.000 €
d) Rendimentos sujeitos mas isentos: 11.500 € e rendimentos sujeitos: 2.000 €

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ISENÇÕES
Exercício 6:

Não obstante não se enquadrar nos seus fins estatutários, uma associação
recreativa, legalmente constituída, candidatou-se à realização de uma ação de
formação profissional para os seus associados, recebendo para o efeito subsídios
do Estado. Tais subsídios:
a) Estão sujeitos a IRC, embora dele isentos
b) Não estão sujeitos a IRC
c) Estão sujeitos e não podem, em nenhuma circunstância, ser isentos de IRC
d) Estão sujeitos mas podem ser isentos de IRC

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

ARTIGO 15º - Definição da matéria coletável

1. Para entidades que exercem, a título principal, atividade de


natureza comercial, industrial ou agrícola;
RESIDENTES
2. Para entidades que não exercem, a título principal, atividade
de natureza comercial, industrial ou agrícola;

NÃO 3. Entidades com estabelecimento estável;


RESIDENTES
4. Entidades sem estabelecimento estável ou que obtenham
rendimentos não imputáveis a estabelecimento estável.

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Definição da Matéria Coletável


(Art. 15º, n.º 1, a) do CIRC)

1. Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza


comercial, industrial ou agrícola:

Matéria coletável = Lucro Tributável – Prejuízos Fiscais – Benefícios Fiscais


(os que operem por dedução ao lucro tributável)

Lucro Tributável = Resultado Líquido do Exercício (contabilístico) + Variações


Patrimoniais Positivas – Variações Patrimoniais Negativas +- Correções Fiscais

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Definição da Matéria Coletável


(Art. 15º, n.º 1, b) do CIRC)

2. Para entidades que não exercem, a título principal, atividade de natureza


comercial, industrial ou agrícola:

Matéria coletável = Rendimento Global + Incrementos patrimoniais obtidos a


título gratuito – Gastos comuns e outros imputáveis aos rendimentos sujeitos a
imposto e não isentos – Benefícios fiscais (os que operem por dedução ao lucro
tributável)

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Definição da Matéria Coletável


(Art. 15º, n.º 1, c) do CIRC)

3. Entidades não residentes com estabelecimento estável

Matéria coletável = Lucro Tributável – Prejuízos Fiscais – Benefícios Fiscais


(os que operem por dedução ao lucro tributável)

Lucro Tributável = Resultado Líquido do Exercício (contabilístico) + Variações


Patrimoniais Positivas – Variações Patrimoniais Negativas +- Correções Fiscais

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Definição da matéria coletável
(Art. 15º, n.º 1, d) do CIRC)

4. Entidades não residentes sem estabelecimento estável ou que


obtenham rendimentos não imputáveis a estabelecimento estável:

Matéria coletável = Rendimentos das várias categorias e os


incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola

Resultado Líquido do Exercício (contabilístico)


+
Variações Patrimoniais Positivas

Variações Patrimoniais Negativas
+-
Correções Fiscais
=
Lucro Tributável

Prejuízos Fiscais

Benefícios Fiscais
=
IMP.GE.193.0 Matéria coletável
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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza
comercial, industrial ou agrícola

§ Com a adaptação do CIRC ao SNC manteve-se a estreita ligação entre


contabilidade e fiscalidade.

§ As regras fiscais não devem interferir com as normas contabilísticas.


Quando o tratamento é diverso do que preceitua a norma fiscal, então existem
correções fiscais a efetuar, não na contabilidade, mas sim na declaração fiscal
modelo 22.

§ Manutenção do modelo de dependência parcial – sempre que não estejam


estabelecidas regras fiscais próprias no Código do IRC, verifica-se o acolhimento
do tratamento contabilístico decorrente das normas do SNC.
IMP.GE.193.0

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Periodização económica

Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza


comercial, industrial ou agrícola (Art. 18º do CIRC)

Rendimentos e os gastos, assim como as outras componentes positivas ou


negativas do lucro tributável, são imputáveis ao período de tributação em que sejam
obtidos ou suportados, independentemente do seu recebimento ou pagamento, de
acordo com o regime de periodização económica.

a) Os réditos relativos a vendas c onsideram-se em geral realizados, e os


correspondentes gastos suportados, n a data da entrega ou expedição dos bens
correspondentes ou, se anterior, na data em que se opera a transferência de
propriedade;
IMP.GE.193.0

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

Periodização económica

Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza


comercial, industrial ou agrícola (Art. 18º do CIRC)

b) Os réditos relativos a prestações de serviços consideram-se em geral


realizados, e os correspondentes gastos suportados, na data em que o
serviço é concluído, exceto tratando-se de serviços que consistam na prestação
de mais de um ato ou numa prestação continuada ou sucessiva, que são
imputáveis proporcionalmente à sua execução (percentagem de acabamento).

c) Os réditos e gastos de contratos de construção devem ser periodizados tendo


em consideração o disposto no artigo 19º (percentagem de acabamento).

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Periodização económica

Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial,


industrial ou agrícola (Art. 18º do CIRC)
d) No caso da venda em que existam cláusulas de reserva de propriedade, o facto
da propriedade só ser transmitida posteriormente, não altera o critério de
reconhecimento do rédito;

e) Obras efetuadas por conta própria e vendidas fracionadamente, a


determinação dos resultados é efetuada à medida que forem sendo concluídas e
entregues aos adquirentes;

f) Gastos do período anteriores que estejam a influenciar o resultado do exercício


corrente, só serão aceites fiscalmente se, na data do encerramento das contas
daquele a que deviam, ser imputados eram imprevisíveis ou manifestamente
desconhecidos;
IMP.GE.193.0

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Periodização económica

Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial,


industrial ou agrícola (Art. 18º do CIRC)

g) Os gastos das explorações silvícolas plurianuais podem ser imputadas ao


lucro tributável tendo em consideração o ciclo de produção;

IMP.GE.193.0

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Periodização económica

Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial,


industrial ou agrícola (Art. 18º do CIRC)

h) Não tem relevância para efeitos de apuramento do lucro tributável, os


ajustamentos decorrentes da aplicação do justo valor, exceto:

• Se forem instrumentos financeiros reconhecidos pelo justo valor através de


resultados, desde que, quando se trate de instrumentos de capital próprio
tenham um preço formado num mercado regulamentado e o sujeito passivo
não detenha, direta ou indiretamente, uma participação de capital igual ou
superior a 5% do respetivo capital social.

• Se tratem de ativos biológicos consumíveis.

IMP.GE.193.0

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Periodização económica

Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial,


industrial ou agrícola (Art. 18º do CIRC)

i) No caso de benefícios de cessação de emprego, benefícios de


reforma e ainda outros benefícios pós emprego ou a longo prazo dos
empregados que não sejam considerados rendimentos de trabalho dependente,
tais gastos são imputáveis ao período de tributação em que as importâncias sejam
pagas ou colocadas à disposição dos respetivos beneficiários.

IMP.GE.193.0

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Periodização económica

Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial,


industrial ou agrícola (Art. 18º do CIRC)

Contratos de construção
Aplica-se à determinação dos resultados de contratos que se iniciem e se concluam
em períodos contabilísticos diferentes, mesmo que, no total tenha um período de
realização inferior a um ano.

Na determinação de resultados para efeitos de apuramento de lucro tributável, o


critério da percentagem de acabamento.

Percentagem de acabamento = Custos incorridos / Custos totais (Custos


incorridos + custos estimados até ao final da obra).
IMP.GE.193.0

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Periodização económica

Para entidades que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial,


industrial ou agrícola (Art. 18º do CIRC)

Contratos de construção – art. 19º CIRC

Quando, de acordo com a normalização contabilística, o desfecho de um


contrato de construção não possa ser estimado de forma fiável, considera-
se que o rédito do contrato corresponde aos gastos totais do contrato.

Não são dedutíveis as perdas esperadas relativas a contratos de


construção correspondentes a gastos ainda não suportados.

IMP.GE.193.0

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Contratos de Construção

Exercício 1:

A empresa A Lda. tem como atividade principal a construção civil e, no ano N, foi-
lhe adjudicada uma obra para construção de um hotel. Os réditos da obra, cujo
orçamento foi aprovado pelo cliente e os gastos estimados são:
Réditos – 2 000 000
Gastos – 1 500 000
A obra só foi concluída em N+2. a informação financeira relativa aos vários
períodos de tributação é a seguinte:

Admitindo que o desfecho do contrato é estimado com fiabilidade , qual o


resultado fiscal desse contrato?
IMP.GE.193.0

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Contratos de Construção

Exercício 2:

A empresa Constrói celebrou um contrato de construção de um imóvel, no valor de


1.200.000 €. O prazo previsto para a construção do imóvel era de 26 meses, iniciando-
se em março do ano t e terminando em abril do ano t+2.
O custo estimado para a realização da obra no início era de 1.000.000 €, tendo sido
revisto no fim do ano t+1 para 950.000 €. A faturação acordada com o cliente é a
seguinte: 40% no ano t, 40% no ano t + 1 e 20% no ano t+2. Sabe-se ainda:
Ano t Ano t + 1 Ano t + 2
Encargos incorridos no 350.000 440.000 160.000
ano
Custos estimados até ao 650.000 160.000 -
final da obra
Faturação 480.000 480.000 240.000

IMP.GE.193.0

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Contratos de Construção

Exercício 2:

a) Calcule o resultado fiscal, considerando-se que o desfecho do contrato é


estimado com fiabilidade.
b) Admita-se que o desfecho do contrato não é estimado com fiabilidade.
Qual o resultado fiscal?

IMP.GE.193.0

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Contratos de Construção

Exercício 3:

A março do ano t, a sociedade Subempreitadas Lda celebrou um contrato com uma


empresa para a construção de um centro comercial. O contrato prevê que os
trabalhos fiquem concluídos em dezembro do ano t+1 e o preço de venda acordado
foi de 9.000.000 €. A empresa estima que os gastos sejam de 8.200.000 €. No final
do ano t, aquando do encerramento de contas, os custos incorridos ascendiam a
4.000.000 € e o montante faturado ao cliente foi de 4.300.000 €. Tendo em conta a
informação financeira a 31 de dezembro do ano t, qual o valor dos réditos a
considerar para efeitos de determinação do lucro tributável?

a) 4.300.000 €
b) 9.000.000 €
c) 4.299.300 €
d) 4.390.244 €
IMP.GE.193.0

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DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL
Contratos de Construção

Exercício 4:

No ano t, a sociedade XPTO celebrou um contrato com uma empresa para a


construção de um hotel. A obra foi iniciada em junho desse ano e estima-se que
ficará concluída em dezembro de t+1. De acordo com o orçamento entregue ao
cliente, o preço da obra é de 1.100.000 €. Por sua vez, os gastos estimados
ascendem a 1.000.000 €. A 31 de dezembro do ano t, a XPTO tinha faturado ao
cliente o valor de 500.000 € tendo por sua vez, suportado o montante de 600.000 €
de gastos. Qual o valor do rédito a reconhecer a 31 de dezembro do ano t?

a) 600.000 €
b) 0 €
c) 660.000 €
d) 500.000 €
IMP.GE.193.0

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IMP.GE.193.0

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