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OBJETIVO
DEFINIÇÕES
Os termos que se seguem são usados neste Pronunciamento com os seguintes significados:
Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo ou de passivo, ou nos
montantes relativos ao consumo periódico de ativo, que decorre da avaliação da situação atual e das
obrigações e dos benefícios futuros esperados associados aos ativos e passivos. As alterações nas
estimativas contábeis decorrem de nova informação ou inovações e, portanto, não são retificações de
erros.
Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas demonstrações contábeis da entidade
de um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informação
confiável que:
(a) estava disponível quando da autorização para divulgação das demonstrações contábeis desses
períodos; e
(b) pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração na elaboração e na apresentação
dessas demonstrações contábeis.
Tais erros incluem os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de políticas contábeis, descuidos
ou interpretações incorretas de fatos e fraudes.
Aplicação impraticável de requisito ocorre quando a entidade não pode aplicá-lo depois de ter feito
todos os esforços razoáveis nesse sentido.
(a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e a condições que ocorram
após a data em que a política é alterada; e
(b) o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos períodos corrente e futuro
afetados pela mudança.
A entidade deve selecionar e aplicar suas políticas contábeis uniformemente para transações
semelhantes, outros eventos e condições, a menos que Pronunciamento, Interpretação ou
Orientação especificamente exija ou permita a classificação de itens para os quais possam ser
aplicadas diferentes políticas. Se um Pronunciamento, Interpretação ou Orientação exigir ou permitir
tal classificação, uma política contábil apropriada deve ser selecionada e aplicada
uniformemente para cada categoria.
(b) resultar em informação confiável e mais relevante nas demonstrações contábeis sobre os
efeitos das transações, outros eventos ou condições acerca da posição patrimonial e financeira, do
desempenho ou dos fluxos de caixa da entidade.
APLICAÇÃO RETROSPECTIVA
Quando uma mudança na política contábil é aplicada retrospectivamente, a entidade deve ajustar o
saldo de abertura de cada componente do patrimônio líquido afetado para o período anterior mais
antigo apresentado e os demais montantes comparativos divulgados para cada período anterior
apresentado, como se a nova política contábil tivesse sempre sido aplicada.
Quando a entidade aplicar a nova política contábil retrospectivamente, ela deve aplicar a nova política
contábil à informação comparativa para períodos anteriores tão antigos quanto for praticável.
A aplicação retrospectiva a um período anterior pode ser considerada não praticável se não
for praticável determinar o efeito cumulativo nos montantes dos balanços de abertura e de
encerramento desse período. O valor do ajuste resultante, relacionado com períodos anteriores aos
apresentados nas demonstrações contábeis, é registrado no saldo de abertura de cada componente do
patrimônio líquido afetado do período anterior mais antigo apresentado. Geralmente, o ajuste é
registrado em Lucros ou Prejuízos Acumulados. Contudo, o ajuste pode ser feito em outro
componente do patrimônio líquido (por exemplo, para cumprir um Pronunciamento, Interpretação ou
Orientação específico).
32. Como consequência das incertezas inerentes às atividades empresariais, muitos itens nas
demonstrações contábeis não podem ser mensurados com precisão, podendo apenas ser estimados. A
estimativa envolve julgamentos baseados na última informação disponível e confiável. Por exemplo,
podem ser exigidas estimativas de:
34. A estimativa pode necessitar de revisão se ocorrerem alterações nas circunstâncias em que a
estimativa se baseou ou em consequência de novas informações ou de maior experiência. Dada a sua
natureza, a revisão da estimativa não se relaciona com períodos anteriores nem representa
correção de erro.
CORREÇÃO DE ERROS
As estimativas contábeis, por sua natureza, são aproximações que podem necessitar de revisão à
medida que se conhece informação adicional. Por exemplo, o ganho ou a perda reconhecida no
momento do desfecho de contingência, que, anteriormente, não podia ser estimada com precisão, não
constitui retificação de erro.
02. De acordo com a NBC TG 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro,
a) não estavam disponíveis quando da autorização para divulgação das demonstrações contábeis
desses períodos e não retroagissem a prazo superior a dois exercícios contábeis.
b) somente quando se verifica efetivamente fraudes administrativas nos cálculos e informações que
respaldaram as informações sobre as quais as demonstrações retrospectivas foram baseadas.
c) na avaliação de seus efeitos incluíssem os efeitos decorrentes de cálculos matemáticos ou aplicação
equivocada de políticas contábeis que não retroagissem a cinco períodos contábeis.
d) contivessem informações que pudessem ter sido razoavelmente obtidas e levadas em consideração
na elaboração e na apresentação dessas demonstrações contábeis.
e) a necessidade de uma reapresentação retrospectiva exigir premissas baseadas no que teria sido a
intenção da Administração naquele momento passado e não produzissem efeitos fiscais.
I. Um erro de período anterior deve ser corrigido por reapresentação retrospectiva, salvo quando for
impraticável determinar os efeitos específicos do período ou o efeito cumulativo do erro.
II. A retificação de erro de período anterior deve ser excluída dos resultados do período em que o erro
é descoberto.
III. As mudanças nas estimativas contábeis à medida que se conhece informação adicional, se constitui
retificação de erro.
05. (CFC/2014) Com relação à retificação dos erros de períodos anteriores, estabelecida na NBC TG
23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, julgue os itens abaixo e, em
seguida assinale a opção CORRETA.
Nesse aspecto da mudança de práticas contábeis, o CPC informa que a entidade deve alterar uma
política contábil apenas se a mudança
a) atender às necessidades gerenciais de ordem interna.
b) contribuir de forma mais relevante para a evidenciação e segurança dos ativos.
c) for imposta pela Assembleia Geral dos Acionistas, controladores e não controladores.
d) resultar em informação confiável e mais relevante nas demonstrações contábeis sobre os efeitos
de transações, posição patrimonial e financeira, desempenho ou dos fluxos de caixa.
e) ocorrer por livre decisão dos órgãos administrativos para gerar informações gerenciais mais
confiáveis e relevantes para a tomada de decisão.
08. (VUNESP/2014) Na observância do pronunciamento técnico que trata das Políticas Contábeis,
Mudança e Estimativa e Retificação de Erro, quando for impraticável determinar os efeitos de erro em
um período específico na informação comparativa para um ou mais períodos anteriores apresentados,
a entidade deve
a) ratificar os saldos de abertura do balanço patrimonial para o período mais antigo para o qual tenha
sido impraticável a reapresentação retrospectiva (que pode ser o período corrente)
09. (FCC/TCE/RS/2014) Em abril de 2014, a Cia. Revisão verificou que o valor da despesa com
Provisões, reconhecidas em 2013 e decorrentes de seus processos tributários, foi calculado
considerando informações incorretas do departamento jurídico. Considerando que a diferença entre os
valores (calculado e o que deveria ter sido calculado) é material, a Cia. Revisão
(A) precisa apenas ajustar suas demonstrações contábeis de 2013 para fins de comparação com as de
2014.
(B) não precisa fazer nenhum ajuste nas demonstrações contábeis nem divulgar tal fato, considerando
que é apenas um erro.
(C) precisa apenas divulgar o erro nas demonstrações contábeis de 2014.
(D) precisa divulgar o erro em 2014 e corrigir suas demonstrações contábeis de forma prospectiva.
(E) precisa divulgar o erro em 2014 e corrigir suas demonstrações contábeis de forma retrospectiva.
DEFINIÇÕES
Benefício de curto prazo a empregado é o benefício (exceto benefício por desligamento) devido
dentro de um período de doze meses após a prestação do serviço pelos empregados.
Benefício pós-emprego é o benefício a empregado (exceto benefício por desligamento) que será
pago após o período de emprego.
Plano de benefício pós-emprego é o acordo formal ou informal pelo qual a entidade compromete-
se a proporcionar benefícios pós-emprego para um ou mais empregados.
Plano de benefício definido é o plano de benefício pós-emprego que não seja plano de contribuição
definida.
O Passivo Atuarial aparece no caso de benefícios pós-emprego, no caso de plano de benefício definido.
Planos de contribuição definida são planos de benefícios pós-emprego pelos quais a entidade
patrocinadora paga contribuições a uma entidade separada (fundo de pensão), não tendo a obrigação
legal ou construtiva de pagar contribuições adicionais se o fundo vier a não possuir ativos suficientes
para pagar todos os benefícios devidos. Nos planos de contribuição definida:
(a) a obrigação legal ou construtiva da entidade está limitada à quantia que ela aceita contribuir para
o fundo. Assim, o valor do benefício pós-emprego recebido pelo empregado é determinado pelo
montante de contribuições pagas pela entidade (e, em alguns casos, também pelo empregado) para
um plano de benefícios pós-emprego ou para uma entidade de seguros, juntamente com o retorno dos
investimentos provenientes das contribuições; e
(b) em consequência, o risco atuarial (risco de que os benefícios sejam inferiores ao esperado) e o
risco de investimento (risco de que os ativos investidos sejam insuficientes para cobrir os benefícios
esperados) recaem no empregado.
Quando o empregado tiver prestado serviços a uma entidade durante um período, a entidade deve
reconhecer a contribuição a ser paga para o plano de contribuição definida em troca desses serviços:
(a) como passivo, após a dedução de qualquer contribuição já paga. Se a contribuição já paga exceder
a contribuição devida relativa ao serviço prestado antes do período contábil a que se referem as
demonstrações contábeis, a entidade deve reconhecer esse excesso como um ativo, na medida em que
as antecipações conduzirão, por exemplo, à redução nos pagamentos futuros ou ao reembolso em
dinheiro; e
(b) como despesa, salvo se outro Pronunciamento Técnico exigir ou permitir a inclusão dos benefícios
no custo de um ativo (ver, por exemplo, os Pronunciamentos Técnicos CPC 16 e CPC 27).
Planos de benefício definido são planos de benefícios pós-emprego que não sejam planos de
contribuição definida. Nos planos de benefício definido:
(a) a obrigação da entidade patrocinadora é prover os benefícios acordados com os empregados
atuais e antigos; e
(b) o risco atuarial (risco associado ao descasamento das premissas de que o custo dos benefícios seja
maior que o esperado) e o risco de investimento recaem parcial ou inteiramente na entidade
A contabilização pela entidade patrocinadora dos planos de benefício definido envolve os seguintes
passos:
(a) utilização de técnicas atuariais para estimar de maneira confiável o montante de benefício obtido
pelos empregados em troca dos serviços prestados no período corrente e nos anteriores. Isso exige
que a entidade determine quanto de benefício é atribuível aos períodos corrente e anteriores e que
faça estimativas (premissas atuariais) acerca de variáveis demográficas (tais como rotatividade e
mortalidade dos empregados) e variáveis financeiras (tais como projeções de aumentos salariais e nos
custos médicos) que influenciarão o custo do benefício;
(b) desconto desse benefício usando o Método de Crédito Unitário Projetado, a fim de determinar o
valor presente da obrigação de benefício definido e do custo do serviço corrente;
(c) determinação do valor justo dos ativos do plano;
(d)determinação do montante total dos ganhos e das perdas atuariais que serão reconhecidos;
(e) quando da introdução ou alteração de plano de benefício, determinação do custo do serviço
passado resultante;
(f) quando um plano tenha sido reduzido ou liquidado, determinar o ganho ou a perda resultante;
(g) reconhecimento dos componentes de custo de benefício definido;
(h) determinação dos juros sobre o valor do passivo(ativo) de benefício definido;e
(i) remensurar o valor líquido do passivo (ativo) de benefício definido líquido.
03. (CESPE/TELEBRÁS/2013) Nos planos de benefício definido, o valor da contribuição devida pela
entidade patrocinadora, em determinado período contábil, não equivale, necessariamente, à despesa
que ela deve reconhecer contabilmente em relação a esse mesmo período.
04. (CESPE/TELEBRÁS/2013) Além da obrigação legal, constituída com base nos termos formais do
contrato de benefício pós-emprego, o plano de benefício definido requer o reconhecimento das
chamadas obrigações construtivas, que podem surgir de práticas informais da entidade patrocinadora
do plano.
Os Juros sobre o Capital Próprio (JSCP) constituem-se numa espécie de remuneração do capital do
sócio e/ou acionista pelo capital investido no empreendimento, sem prejuízo da distribuição dos lucros
que tem direito. A Remuneração do Capital Próprio, seria a garantia dado ao investidor pelo capital
emprestado.
A pessoa jurídica poderá deduzir na determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição
social sobre o lucro liquido, observado o regime de competência, os juros pagos ou creditados
individualizadamente a titular, sócios ou acionista s, a título de remuneração do capital próprio ,
calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação pro rata dia da Taxa de Juros
de Longo Prazo - TJLP (Lei no9.249, de 1995, art. 9o; RIR/1999, art. 347; e IN SRF no 93, de 1997,
art. 29).
O montante dos juros remuneratórios do capital passível de dedução como despesa operacional
(financeira) limita-se a 50% (cinquenta por cento) do maior dos seguintes valores (RIR/1999, art. 347,
§ 1o):
Cuidados:
I) no cálculo dos juros sobre o capital próprio, não devem ser computados como integrantes do
patrimônio líquido o lucro do próprio período de apuração (trimestral ou anual) – Solução de Consulta
nº 95/2000 da 10ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil.
II) no cálculo dos juros sobre o capital próprio não será considerado o valor da reserva de reavaliação
de bens e direitos da pessoa jurídica, exceto se esta for adicionada na determinação da base de cálculo
do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido (redação do RIR/1999).
II) o valor dos juros pagos ou creditados poderá ser imputado ao valor dos dividendos obrigatórios a
que tem direito os acionistas, na forma do art. 202 da lei das S.A (6.404/76), sem prejuízo da
incidência
do imposto de renda retido na fonte.
III) Retenção na Fonte – Os juros remuneratórios do Capital Próprio ficam sujeitos a incidência do
Imposto de Renda Retido na Fonte á alíquota de 15% na data do pagamento ou crédito.
(CESPE/SUFRAMA/2014) Os juros sobre o capital próprio, calculados com base na taxa de juros de
longo prazo, integram o grupo de despesas financeiras na DRE.
(CESPE/SEPRO/2013) Os juros sobre o capital próprio creditado aos seus beneficiários são fato
gerador para incidência de imposto de renda.
• o valor da remuneração sobre o capital próprio seja limitado à aplicação pro rata dia da TJLP (Taxa
de Juros de Longo Prazo) sobre o montante do Patrimônio Líquido subtraído do saldo da Reserva de
reavaliação, salvo se esta tiver sido adicionada às bases de cálculo do Imposto de Renda (IR) e da
Contribuição Social (CS), do saldo de Ajustes de Avaliação Patrimonial e do saldo da conta de
ganhos/perdas na conversão relativo a investimento no exterior; e
• o valor apurado seja limitado ao maior valor entre
a)25% do lucro líquido do exercício, após a dedução da CS e do Imposto de Renda e antes da dedução
dos referidos juros; e 25% do somatório dos saldos de lucros acumulados e reservas de lucros.
b)50% do lucro líquido do exercício, após a dedução da CS, antes das despesas de Imposto de Renda
e antes da dedução dos referidos juros; e 50% do somatório dos saldos de lucros acumulados e
reservas de lucros.
C)50% do valor da reserva de lucros a realizar, desde que os eventos previstos para sua constituição
tenham se realizado no exercício; e 25% do valor excedente do resultado atribuído à reserva legal,
deduzida a parcela destinada ao pagamento de dividendos obrigatórios.
d)50% do lucro líquido do exercício, após a dedução da CS e do Imposto de Renda e antes da dedução
dos referidos juros; e 50% do somatório dos saldos de lucros acumulados, reservas de lucros e
reservas de capital.
e)60% do valor transferido da conta lucros acumulados para reservas de lucros, deduzidos da CS e do
Imposto de Renda e com a incorporação da reversão da reserva de contingência; e 60% do valor do
lucro do exercício, após as deduções legais e antes da constituição das reservas.
GABARITO
CPC 23
Dez/Und 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0 X E C D A C C D B E
CPC 33
Dez/Und 0 1 2 3 4
0 X F F V V