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O conceito de fundo de maneio pode referir-se a diversos indicadores, pelo que é usual
recorrer-se ao conceito de fundo de maneio líquido ou permanente. Sendo o fundo de
maneio bruto igual ao activo circulante (existências + créditos + disponibilidades), o
fundo de maneio líquido é dado pela diferença entre o activo circulante e os débitos de
curto prazo.
Como a proporção dos capitais permanentes que podem ser alocados para o
financiamento do activo circulante;
Como a parte do activo circulante que pode ser transformada em meios líquidos em
menos de um ano.
Podemos ainda definir o fundo de maneio próprio como os capitais próprios deduzidos
do activo imobilizado líquido. Outra forma de calcular o fundo de maneio próprio é
como a diferença entre o fundo de maneio líquido e os débitos de médio e longo prazo.
A existência de fundo da maneio (fundo de maneio positivo) pode, exprimir uma
margem de segurança (liquidez aparentemente excessiva) pois, uma determinada
parcela dos capitais permanentes, caracterizada por um grau de exigibilidade de médio e
longo prazo, financia um certo montante do capital circulante total, cujo grau de
liquidez é de curto prazo.
Em termos gerais, o que a regra de ouro da gestão financeira nos diz é que "os capitais
utilizados pela empresa no financiamento dos seus activos devem ter uma maturidade
(período em que estão ao dispor) igual ou superior à vida económica destes". [10] Em
termos numéricos, esta regra implica que o activo imobilizado deve ser igual aos
capitais permanentes ou que o activo circulante deve ser igual aos débitos de curto
prazo.
Relação fundamental de tesouraria
No que diz respeito ao equilíbrio financeiro, é desejável que a Tesouraria apresente sinal
positivo, ou seja, que o fundo de maneio líquido é mais que suficiente para financiar o
ciclo de exploração.
Uma Tesouraria cujo valor é bastante positivo, poderá ser sinónimo de existência de
demasiado capital ocioso, ou seja, recursos financeiros disponíveis e não aplicados de
forma eficiente, perdendo-se, assim, oportunidades de capitalização que poderão ser
significativas.
Por oposição, uma Tesouraria cujo valor apresenta sinal negativo, é sinónimo de
preocupação, pois a empresa poderá correr risco de crédito.
Analise Dinâmica
A análise dos fluxos pode ser vista quer como complementar quer como substituta da
análise estática. Consiste em analisar as origens e aplicações de fundos na altura de
fecho das contas. Os dados para a análise dinâmica podem ser encontrados nos anexos
às Demonstrações Financeiras.
Apesar de não haver uma concreta definição quanto à qualidade dos resultados, a prática
sugere alguns factores de alta qualidade:
Deve-se ter em conta o sector de actividade em que a empresa actua, pois as práticas
contabilísticas aceites num sector, podem ser rejeitadas noutros.
QdR e Aspectos de Gestão da Empresa
Quanto maior a variabilidade potencial dos resultados, menor a qualidade destes e maior
o risco para o accionista.
Menor qualidade dos resultados significa volatilidade e incerteza, logo, o investidor tem
tendência a atribuir menos valor a essas empresas, pelo que os PER desse tipo de
empresas são mais baixos.
O investidor tem tendência para ter mais confiança nas empresas que são transparentes
na comunicação e na análise dos seus resultados. Fazendo com que essas empresas
tenham tendência para ter PER mais elevados.
QdR e Sinais de Perigo
Os aspectos contabilísticos que podem chamar a atenção para sinais de perigo são:
De toda esta análise podemos facilmente concluir que um dos aspectos limitativos da
análise dos rácios resulta principalmente da qualidade da informação que advém a
contabilidade, logo, toda a cautela é pouca na sua utilização. De qualquer forma, um
bom analista procura sempre determinar a qualidade dos dados em que baseou a sua
análise, pois é uma garantia de validade das conclusões por si retiradas.