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FORMAÇÃO MODULAR
DURAÇÃO: 25 H
Este manual do módulo de Fluxos de Gestão Financeira foi elaborado expressamente para esta ação de formação
do IEFP. Não pretende ser um ponto de chegada, mas apenas um ponto de partida, constituindo a procura de alguma
consistência no assimilar de conhecimentos do formando, por um tema que tem muita importância para os formandos
no que diz respeito à Gestão Financeira, nomeadamente salientar a importância dos fluxos dentro de uma empresa.
Abordaremos individualmente cada tema com recurso a diversos materiais e com atividades práticas para uma melhor
compreensão dos conteúdos por parte dos formandos.
Dentro do âmbito referido, procura-se a sensibilização dos formandos para os aspetos ligados à gestão financeira e
à análise financeira, cada vez mais importante na conjuntura económica nacional e internacional.
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
No final do módulo, o formando deverá ser capaz de descrever, interpretar e aplicar os conceitos afetos aos fluxos
de gestão financeira:
• Planeamento financeiro;
• Custo do Capital;
• Riscos dos investimentos financeiros;
• Racionalização do capital;
• Gestão previsional;
• Valor das ações;
• Valor das obrigações.
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Índice
Índice ............................................................................................................................................................3
Introdução ....................................................................................................................................................4
Planeamento Financeiro.............................................................................................................................13
Custo de Capital..........................................................................................................................................16
Riscos dos Investimentos Financeiros ........................................................................................................19
Valor das ações ...........................................................................................................................................23
Valor das Obrigações ..................................................................................................................................35
Bibliografia..................................................................................................................................................40
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Introdução
O que é a Gestão Financeira?
Tradicionalmente a Gestão Financeira limitava-se ao controlo das entradas e saídas de fluxos monetários
num determinado exercício. As preocupações básicas consistiam na manutenção de um saldo de
disponibilidades que permitisse assegurar o normal funcionamento da empresa. Para esse efeito, deveria
antecipar as entradas resultantes das cobranças dos clientes e escalonar a liquidação dos débitos aos
fornecedores.
Em suma, a função financeira tinha por grande objetivo a gestão das disponibilidades expressa na seguinte
relação:
Saldo inicial + entradas previstas > ou = saídas previstas + saldo final desejado
O fundamental era manter uma caixa com saldo devedor de forma contínua.
Geralmente, a função financeira veio a ser enriquecida com preocupação ao nível das decisões de
financiamento. Nesta situação, as preocupações, além da manutenção de um saldo de disponibilidade
positivo, vieram a consubstanciar-se também com a obtenção de fundos de forma atempada e,
essencialmente, ao menor custo.
O gestor financeiro passa a desempenhar um papel mais ativo, ultrapassando a mera gestão das
disponibilidades. Cabe-lhe, igualmente, a seleção das fontes de financiamento que devem obedecer a
critérios de rendibilidade, oportunidade e equilíbrio financeiro. Outras atribuições dizem respeito não só aos
aspetos de obtenção de fundos, mas, igualmente, à análise económica das aplicações desses mesmos
fundos. Estamos a falar da análise e avaliação dos projetos de investimento e o seu controlo.
Ao gestor financeiro compete-lhe não só analisar o impacto das decisões operacionais na tesouraria, mas,
igualmente, as políticas de financiamento e de investimento que se referem ao médio/longo prazo, isto é, à
continuidade da empresa, à sua sustentabilidade.
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Competirá, por seu turno, à política de financiamento a obtenção de fundos que sustentem essa política de
investimento. Igualmente, deve competir à política financeira definição do modo e tempo de remuneração
desses fundos, nomeadamente, a política de dividendos, ou seja, a melhor forma de afetar riqueza adquirida
pela empresa. Nesta situação, há que optar entre retenção em reservas ou o pagamento dos dividendos,
tendo em consideração o contexto legal.
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O documento que traduz a gestão financeira é o plano financeiro, o qual relata as entradas e saídas de
fundos a médio/longo prazo.
Para esse efeito, deve-se determinar para cada operação o prazo de reembolso (maturidade). Uma das
maneiras de o fazer é construindo perfis de maturidade para os vários montantes. Deste modo, devem-se
considerar vários períodos e, em cada período, indicar os ativos e os passivos que se vencem.
Plano Financeiro
Isto significa que a empresa estaria curta (deficit de liquidez) no 1º período e longa nos dois períodos
subsequentes.
Assim, competiria ao gestor financeiro a obtenção de fundos atempadamente e ao menor custo para o 1º
período, e a aplicação dos excedentes nos períodos subsequentes.
Relativamente ao curto prazo (gestão operacional) o papel do gestor financeiro é o prolongamento das
tarefas tradicionais do tesoureiro, ou seja:
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O documento orientador para o curto prazo é o designado orçamento de tesouraria, que é a tradução dos
recebimentos e pagamentos previsionais, com a final verificação se o equilíbrio financeiro se mantém:
Os orçamentos de tesouraria devem encaixar-se no plano financeiro, que tem uma perspetiva mais global
e de longo prazo (ver à frente um exemplo de construção de orçamento).
As perspetivas futuras da função financeira estão ligadas ao desenvolvimento dos mercados financeiros e
à inovação a que se assiste diariamente.
Se, inicialmente, se perspetivava que o objetivo de uma empresa era a maximização do lucro, hoje, encara-
se a empresa como um organismo complexo em que vários interesses têm de ser satisfeitos.
O paradigma da maximização do lucro foi substituído pela maximização da riqueza dos acionistas, que se
traduz no valor atual dos fluxos de caixa estimados a uma taxa apropriada para o momento presente (que
incorpora o risco do investimento subjacente, ou seja, o custo de oportunidade de uma aplicação
alternativa).
Entretanto, esse paradigma, foi substituído por um mais geral e que assenta na maximização do valor da
empresa. Contudo, levanta um problema interessante: a compatibilização dos interesses dos vários
intervenientes (stakeholders).
A tendência da função financeira é transformar num centro de resultados, contribuindo ativamente para o
crescimento da empresa (aumento do volume de negócios) e, simultaneamente, gerindo o binómio
rendibilidade/risco.
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A rendibilidade exprime a capacidade da empresa para gerar lucros, ou melhor, a aptidão para gerar fluxos
financeiros com valor atual positivo, isto é, dinheiro. Por seu turno, o risco reflete a volatilidade desses fluxos
financeiros no tempo.
Para esse efeito, o gestor deve estar equipado com um sofisticado sistema informático ligado às várias
praças internacionais e às empresas do grupo. A internacionalização, a globalização financeira, a integração
dos mercados financeiros, a inovação e a sofisticação dos produtos são fatores a ter em consideração no
dia a dia do gestor financeiro.
No entanto, não se pode esquecer que a fonte de criação de valor não é a situação financeira, mas a sua
capacidade para manter uma vantagem competitiva duradoura, baseada no trinómio
tecnologia/mercado/produto. O equilíbrio financeiro é condição necessária, mas não suficiente, para a
sobrevivência e desenvolvimento da empresa.
Construção de um orçamento
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O orçamento de tesouraria agrupa as previsões dos recursos a das aplicações de tesouraria. A partir
destas previsões, o tesoureiro calcula, tendo sempre em vista um nível mínimo de liquidez em caixa, a data
e a duração dos créditos necessários ou das aplicações possíveis.
Na generalidade, os fluxos mais relevantes provêm da exploração e são efetuados pela direção comercial.
Caso prático 1:
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A sociedade “Dá tudo, Lda” efetuou as seguintes previsões de venda para os próximos 3 meses*:
Jan: 200.000€
Fev: 280.000€
Mar: 350.000€
Jan: 100.000€
Fev: 120.000€
Mar: 140.000€
Outros pagamentos, 50000 em Janeiro, 45000 em Fevereiro e 95000 em Março
Planeamento Financeiro
Desta definição concluímos facilmente que planeamento financeiro tem seu foco no seu
momento atual, isto é, a sua situação financeira atual, e pretende que estabeleça um
compromisso (objetivos) sobre qual a situação financeira desejada.
Basicamente estabelece um plano para que a sua vida financeira evolua do ponto A para
o ponto B.
• Realista – recursos. Possui recursos para atingir o seu objetivo. Ele está dentro
das suas possibilidades, capacidades e habilidades. Sente-se motivado para o
alcançar? Ele faz sentido?
• Temporal – quando o pretendo alcançar? Saber o dia específico em que
pretende concretizar o seu objetivo. Só assim assume o compromisso e a
responsabilidade de trabalhar para o alcançar.
Planeamento a curto prazo remete a objetivos que podem ser cumpridos dentro de um
curto período de tempo. Curto prazo refere se a qualquer coisa que possa ser feita dentro
de uma semana, como colocar um website em funcionamento, a até um ano, como
expandir a base de consumidores em 50%. Outros planos de curto prazo incluem vender
uma certa quantidade de produtos por dia, ou contratar novos empregados para a área
de marketing.
Planeamento a médio prazo refere se aos planos que podem levar de um a cinco anos
para serem implementados e completados. Exemplos de planos de médio prazo incluem
aumentar a renda através de produtos vendidos, aumentar a linha de produção com 10
novos produtos num período de cinco anos, permitir que fabricantes exteriorizados criem
produtos dentro da própria empresa e estabilizar o património líquido do negócio
ganhando mais ativos e pagando passivos.
Planeamento a longo prazo é aquele que leva mais de cinco anos para ser alcançado.
Na época do lançamento de um negócio, planos de longo prazo podem parecer
irrealistas, então muitos donos de negócios ajustam esses planos para que se adequem
na direção da empresa. Exemplos
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desses planos incluem conseguir sócios para o negócio, expandir a companhia para
diversos estados ou internacionalmente e ter um património líquido o triplo do passivo.
Todos os empréstimos e passivos podem também ser pagos como parte do
planeamento de longo prazo, principalmente se eles forem altos.
Custo de Capital
Os proprietários ou terceiros ao investir ou aplicar recursos em uma determinada
entidade, exigem um retorno mínimo a título de remuneração do seu capital. A taxa
de captação dos recursos entregues à administração da empresa, levando em conta
os princípios contabilísticos da entidade, denota o custo de capital que representa a
taxa de financiamento da entidade.
Uma empresa tem duas formas de financiar a sua atividade: recorrendo a capitais
próprios ou a capitais alheios.
Os capitais próprios, são aqueles que não têm qualquer contrapartida fixa de
remuneração, ou seja, trata-se de capital que pode ou não ser remunerado de acordo
com a rendibilidade gerada pela empresa.
Os capitais alheios, são aqueles que têm à partida uma remuneração mínima fixada
(que pode ser uma taxa fixa ou variável, de acordo com uma taxa de referência de
mercado) e que em regra possuem um esquema de reembolso previamente definido.
CONCEITOS IMPORTANTES
O custo de capital é a taxa de retorno que uma empresa deve obter sobre seus projetos
de investimentos para manter o valor de mercado de suas ações. Também pode ser
considerado como a taxa de rendimento exigida pelos fornecedores de capital do
mercado para atrair seus fundos para a empresa. Se o risco é mantido constante,
projetos com uma taxa de retorno acima do custo de capital aumentarão o valor da
empresa e projetos com uma taxa de retorno abaixo do custo de capital diminuirão o
valor da empresa.
O Custo Médio Ponderado de Capital - CMPC é obtido pelo custo de cada fonte de
capital ponderado por sua respetiva participação na estrutura de financiamento da
empresa.
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Custo Médio Ponderado de Capital – WACC – pode ser intuitivamente definido como
“a média ponderada dos custos dos diversos componentes de financiamento, incluindo
dívida, patrimônio líquido e títulos híbridos, utilizados por uma empresa para financiar
suas necessidades financeiras”.
Se um novo projeto é lucrativo o suficiente para pagar os juros sobre a dívida contraída
para financiá-lo e, também, para gerar uma taxa de retorno superior à esperada sobre
o capital investido, deve-se considerá-lo como um bom projeto.
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Risco de Mercado
Verificável através de flutuações de preços e taxas (sobretudo ao nível das taxas de juro
vigentes) e nas perdas que resultam das variações dos derivativos. Um dos fatores que
mais decisivamente contribui para a sua formação respeita ao facto de se verificarem,
ao nível do mercado externo, variações na taxa de câmbio ou nos aspetos alocados à
dimensão tributária e regulatória de um determinado país.
Risco de Liquidez
Risco de Crédito
Outros riscos:
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Risco de reinvestimento- é o risco dos rendimentos que vão sendo recebidos durante a
vida de uma aplicação não serem investidos, por exemplo, à taxa de remuneração dessa
aplicação. Este risco está associado, por exemplo, a depósitos que pagam
periodicamente juros, sem capitalização automática desses juros. A taxa a que serão
reinvestidos os juros pagos ao longo do depósito é desconhecida à partida e poderá ser
inferior à paga pelo depósito que se encontra vivo.
Risco de inflação - é o risco de redução do valor real, ou do poder de compra, dos fundos
investidos numa aplicação financeira e dos rendimentos por ela gerados devido à subida
dos preços. Se os fundos aplicados num produto financeiro, por exemplo num depósito
a prazo, não forem remunerados a uma taxa nominal pelo menos igual à taxa da inflação,
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no final do período o cabaz de bens e serviços que é possível adquirir com o montante
depositado será inferior devido ao aumento dos preços.
O mercado e o Investidor
Direitos estatutários:
Direitos Económicos:
Tipos de ações
Ações nominativas
Ações ao portador
São aquelas cujas titularidades resulta da posse material do próprio título; estas
devem obedecer a normas no que diz respeito às técnicas de impressão, cores,
papel e remuneração a fim de evitar a sua falsificação.
A empresa AZA, SA decide aumentar o seu capital por desejar alterar a sua
estrutura de financiamento e, simultaneamente pretende concretizar um novo
projeto de investimento.
Entradas em numerário
Formação da Cotação
Para que as cotações das ações possam refletir com objetividade a situação de
uma empresa ou de um sector de atividade, é necessário que muitos milhões de
pessoas invistam regularmente as suas poupanças na Bolsa. É isso que
acontece nas grandes Bolsas internacionais, como a de Nova Iorque ou a de
Tóquio. Só assim se consegue evitar a manipulação das cotações por uma
pessoa ou um conjunto restrito de investidores. Quando existem muitos milhões
de investidores, as decisões de cada um deles quanto a comparar ou a vender
ações não tem senão um efeito insignificante sobre os preços e ninguém pode
influenciar as cotações em seu próprio benefício.
Mas o que será então a cotação de uma ação, ou de qualquer outro título?
A evolução das cotações das ações transacionadas nas Bolsas é medida através
dos chamados Índices Dow-Jones, da Bolsa de Nova Iorque, o Índice Nikkei, da
Bolsa de Tóquio, e o Índice CAC, da Bolsa de Paris.
No entanto, as escolhas não são tão facilitadas, dado que duas empresas com
igual rácio “cotação/valor contabilístico” podem ter graus de risco e de
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Estas considerações implicam que o investidor que paute as suas decisões com
base no valor contabilístico, tenha que, simultaneamente, elaborar um juízo
pessoal sobre o risco e a rendibilidade relativos a cada título. Este é, aliás, um
dos grandes inconvenientes do valor contabilístico como indicador de análise de
cotações por apenas conter informações sobre o passado. Outra das suas
insuficiências prende-se com o facto de assentar em saldos contabilísticos, os
quais, por razões diversas, nem sempre retratam corretamente a situação real
da empresa.
Vimos que uma das grandes insuficiências do valor contabilístico residia no facto
de se fundamentar exclusivamente sobre a informação acumulada do passado,
não se reportando de modo algum à evolução futura.
O valor real é importante, já que tem sido como instrumento crucial de avaliação
do preço de emissão, quer por entidades institucionais, quer por operadores
individuais. O valor real de uma empresa por ação pode ser perspetivado como
um limiar inferior, um nível de referência. A análise comparada de um conjunto
de títulos cotados com base no valor real é igualmente suscetível de ilações
significativas.
Este conceito possui duas componentes: uma, o valor presente (ou do final do
último ano completo) da empresa, designado por valor substancial (equiparado
ao valor contabilístico); outra, a capacidade da empresa gerar maiores ou
menores lucros futuros, sintetizada no conceito de goodwill.
Admita-se, para o caso inicial, uma situação na qual uma determinada empresa,
cotada em Bolsa, é obrigada a paralisar por tempo indeterminado a sua produção
e a realizar vultuosos investimentos por incumprimento de disposições legais
antipoluição. Nesta situação, não surpreenderá que a cotação das suas ações
sofra uma imediata descida, em consequência daquele novo elemento que
certamente conduzirá os investidores a uma reavaliação das perspetivas da
empresa. Aquele acontecimento, no entanto, apenas afetou a rendibilidade dos
títulos de uma empresa, não tendo qualquer influência na das restantes. Trata-
se, pois, de um fator de risco específico.
Uma vez realizada a compra e venda de ações, o seu resultado financeiro pode
ser a obtenção de ganhos – mais-valias – ou de perdas – menos-valias. Para o
cálculo dos valores fiscais a pagar é necessário ter em conta a tabela atualmente
de impostos sobre mais-valias.
uma destas técnicas ou ambas, que podem ser úteis para encontrar boas
oportunidades nos seus índices acionistas favoritos.
A análise Técnica
• Price to Book Value (PBV) – Este indicador mede a relação entre o valor
da empresa em bolsa e o valor contabilístico, num determinado período,
por ação.
• Price to Sales (PS) – Mede a relação entre o valor da empresa em Bolsa
e o valor total de vendas da empresa, num determinado período, por ação.
• Price to Cash-flow (PCF) – Mede a relação entre o valor da empresa em
Bolsa e a sua capacidade de gerar fluxos de caixa, num determinado
período, por ação.
• Price to Ebitda (PEbitda) – Mede a relação entre o valor da empresa em
Bolsa e a sua capacidade de gerar fluxos de caixa das suas atividades
operacionais, num determinado período, por ação.
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Assim, em primeiro lugar, a emitente pode conceder uma garantia real, ficando
os obrigacionistas com a possibilidade de, em caso de incumprimento por parte
da entidade emitente, satisfazer os seus créditos com o produto da alienação
dos bens objeto da garantia, tendo em princípio, preferência sobre os demais
credores. A existência de uma garantia deste tipo é a característica das
obrigações hipotecárias.
• vida útil ou maturidade: prazo do empréstimo, que deve estar definido nas
condições da emissão e que pode não ser igual para todas as obrigações
de uma mesma emissão;
• valor do reembolso: é o montante que a entidade emitente paga ao
detentor da obrigação para proceder à amortização da dívida contraída.
De uma forma geral, o reembolso das obrigações é efetuado ao valor
nominal, mas também pode ser efetuado por um valor diferente. Quando
o reembolso é feito acima do valor nominal diz-se que o reembolso é
“acima do par” e o diferencial entre os valores do reembolso e nominal
constitui o prémio de reembolso. Quando o reembolso é efetuado abaixo
do valor nominal então o mesmo é feito “abaixo do par”;
• data do vencimento: é o momento do último reembolso de capital. A vida
máxima de um empréstimo obrigacionista corresponde ao período de
tempo que medeia entre a data de emissão e o momento do último
reembolso do capital, a data de vencimento. O momento final da vida
máxima designa-se por “maturidade”. Quando o empréstimo não é
reembolsado de uma só vez, é comum falar-se de “vida média” do
empréstimo.
Formas de Reembolso
Quanto mais longo for este período maior será o prémio da opção, uma vez que
o risco de haver alterações das taxas de juro no mercado também é maior.
Por seu turno, as obrigações com opção de venda (put option) dão aos
investidores o direito de vender à entidade emitente as obrigações antes da sua
maturidade. A venda efetua-se através do exercício da opção de venda a um
determinado preço que, regra geral, integra um desconto no rendimento das
obrigações, o qual é estabelecido de maneira idêntica aos prémios de reembolso
das obrigações com call option.
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Bibliografia
Sites consultados:
https://pt.wikipedia.org
https://www.occ.pt
http://www.cmvm.pt