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2014
Breve Resumo
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3
IRT - IMPOSTO SOBRE OS RENDIMENTOS DO TRABALHO ...................................................... 4
1 - Quais os rendimentos que serão alvo de IRT? ............................................................ 4
2 – Quem paga IRT?.......................................................................................................... 4
3 – Quem está isento de pagar IRT?................................................................................. 5
4 – Como se determina a matéria colectável para IRT? ................................................... 5
5 – Quem deve pagar o IRT? ............................................................................................ 7
6 – Quando se deve pagar o IRT? ..................................................................................... 7
7- Declaração anual de rendimentos ............................................................................... 7
8 – Quadro resumo........................................................................................................... 8
CII – CÓDIGO DO IMPOSTO INDUSTRIAL ...............................................................................9
Incidência ......................................................................................................................... 9
Isenções .......................................................................................................................... 10
Grupos de Tributação ..................................................................................................... 10
Matéria Colectável ......................................................................................................... 10
Outras Disposições ......................................................................................................... 12
Penalidades .................................................................................................................... 15
IAC – IMPOSTO SOBRE A APLICAÇÃO DE CAPITAIS ................................................................... 16
Incidência ....................................................................................................................... 16
Taxa Aplicável ................................................................................................................. 16
Outras Disposições ......................................................................................................... 16
IS – IMPOSTO DO SELO ............................................................................................................... 18
1 – Quem paga IS............................................................................................................ 18
2 – O que está isento de pagar IS? ................................................................................. 18
3 – Tabela do Imposto do Selo IS ................................................................................... 19
4– Quem e onde se paga IS? .......................................................................................... 20
CONTACTOS: ............................................................................................................................... 21
No âmbito da Reforma de Fiscal de Angola, foram publicadas em 22 de Outubro de 2014, Leis que revogam as leis
anteriores e aprovam os novos códigos ao nível de:
Este documento é da nossa inteira responsabilidade e foi elaborado com base na Legislação publicada
mencionada acima, tendo como principal objectivo, ajudar os clientes da ATA e da PROKONTAS no cumprimento
diário das novas regras tributárias.
Este documento tem a função de consulta simples, devendo em caso de dúvida remeter-se para a consulta do
texto integral das leis publicadas em Diário da Republica, 1 série, nº 192, ou consultar directamente os nossos
serviços.
Grupo A
Grupo B
No caso do sujeito passivo ter contabilidade organizada, a matéria colectável é 70% do valor pago.
Quando os sujeitos passivos não têm contabilidade organizada, a matéria colectável apura-se com base nos
registos contabilísticos do sujeito passivo documentos de compra e venda ou dados que a Administração Fiscal
disponha.
Os trabalhadores por conta própria sem contabilidade organizada podem deduzir nos rendimentos colectáveis,
até 30% do seu rendimento bruto:
• Renda de instalação
• Remuneração de pessoal permanente até três colaboradores
• Gastos de água e energia eléctrica
• Comunicações
• Seguros relativos ao exercício da actividade
• Trabalhos laboratoriais
• Despesas indispensáveis à formação do rendimento, incluídas as verbas para reintegração das instalações
Grupo C
Quando o volume de facturação for 4 vezes superior ao valor máximo correspondente à sua actividade na Tabela
dos Lucros Mínimos, a matéria colectável corresponde ao volume de vendas de bens e serviços não sujeitos à
retenção na fonte, no decorrer do exercício.
O valor colectável dos contribuintes sujeitos a retenção é igual ao valor dos serviços.
Havendo lugar à liquidação adicional, a responsabilidade pelo pagamento do imposto pertence às entidades
obrigadas a retenção na fonte, sem prejuízo do direito de regresso que possa caber-lhe e subsidiariamente, às
pessoas sujeitas ao imposto. Isto é válido para os contribuintes do grupo A e B.
Liquidação do imposto é feita pela entidade responsável pelo pagamento desse rendimento, seja a empresa
mediante retenção na fonte, seja o empresário em nome individual, através de preenchimento de Documento de
Liquidação de Imposto.
O pagamento do imposto nos Grupos A e B deve ser entregue pela entidade empregadora até ao final do mês
seguinte ao da respectiva retenção ou pagamento.
• pelo titular dos rendimentos até ao final do mês de Fevereiro relativa aos rendimentos do ano anterior
• pela entidade pagadora até ao final do mês seguinte, quando os serviços são prestados a empresas com
contabilidade organizada
• quando nas liquidações de impostos tiverem sido praticados erros de que possa resultar a entrega de imposto em
importância superior à devida, o Chefe da Repartição pode, a requerimento do interessado, autorizar a entidade
obrigada à retenção na fonte a proceder à respectiva compensação por dedução em futuras entregas, a efectuar
dentro do mesmo ano económico e do mesmo imposto.
Grupo A, B e C – entregar Modelo 2 – declaração anual relativa a informação sobre o exercício anterior, com
dados sobre os beneficiários e montantes globais anuais.
LIQUIDAÇÕES PROVISÓRIAS :
• VENDAS
As liquidações passam a ser devidas até ao final dos meses de Agosto (Grupo A) e Julho ( Grupo
B) com referência ao próprio exercício fiscal, correspondendo a 2% sobre o total de vendas do
contribuinte ( incluídas as matérias primas, peças ou materiais necessários á prestação de
serviços) efectuadas nos primeiros seis meses do exercício.
• PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
Incidência
O Imposto Industrial incide sobre os lucros tributáveis de qualquer actividade comercial ou industrial, com sede
no país, sejam nacionais ou estrangeiras.
Os lucros das sociedades cuja actividade consista na mera gestão de uma carteira de imóveis deixam de beneficiar
de isenção deste imposto.
Por outro lado, é eliminado da base de incidência o lucro obtido por pessoas singulares no exercício de
actividades por conta própria (actual Grupo C), passando o mesmo a ser sujeito a Imposto sobre os Rendimentos
do Trabalho.
Isenções
Mantêm-se em vigor, nos termos da legislação ao abrigo da qual foram concedidos, as isenções e benefícios
fiscais resultantes de acordos com o Estado ou com outra entidade pública dotada desse poder nos termos da lei.
As Fundações, Associações e Cooperativas podem requerer isenção de pagamento de 2 até 5 anos se o Ministério
tutelar assim o considerar.
Grupos de Tributação
Passam a existir apenas dois grupos de tributação:
Os limites das entidades obrigatoriamente incluídas no Grupo A são actualizados para um capital social superior a
AKZ 1.100.000 ou proveitos totais superiores a AKZ 30.000.000,00
• Grupo B - lucros presumivelmente obtidos por contribuintes quando não directamente apuráveis pelos dados
contabilísticos disponibilizados pelo contribuinte.
Matéria Colectável
Grupo A
O valor sujeito a imposto é determinado com base na declaração fiscal e demonstrações financeiras do
contribuinte.
Grupo B
Todos os contribuintes não incluídos no Grupo A incluindo os que exerçam acto isolado (uma actividade industrial
ou comercial com duração inferior a 180 dias / anos).
Proveitos ou Ganhos Passam a ser considerados como proveitos tributáveis, entre outros, os perdões de
dívida e variações patrimoniais positivas, com excepção das entradas de capital e
coberturas de prejuízos realizadas pelos titulares do capital.
Por outro lado, deixam de se encontrar excluídos de tributação os rendimentos
auferidos por entidades decorrentes de quaisquer títulos de dívida pública do
Estado angolano.
Note-se, porém, que, passando estes rendimentos a estar também sujeitos a
Imposto sobre a Aplicação de Capitais, o efeito concreto desta nova realidade
deverá ser devidamente ponderado conjugando a incidência de ambos os
impostos e as isenções eventualmente aplicáveis.
É eliminada a norma que previa o reconhecimento dos proveitos ou ganhos
relativos aos valores de construções, equipamentos ou outros bens de
investimento produzidos e utilizados na própria empresa na exacta medida em que
os respectivos encargos fossem considerados como custo do exercício.
Não se consideraram proveitos ou ganhos, as rendas recebidas pelo exercício de
qualquer actividade sujeita a imposto predial urbano
Custos ou perdas É alargado o elenco de custos ou perdas não dedutíveis para efeitos fiscais,
nomeadamente:
• encargos de conservação e reparação de imóveis relevados como custo
para efeitos de apuramento do Imposto Predial Urbano,
• as correcções da matéria colectável relativas a exercícios anteriores e as
correcções extraordinárias do exercício.
• juros de empréstimos - sob qualquer forma - dos detentores do capital ou
de suprimentos, presumindo-se dolosas e sancionadas com pena de multa, nos
termos do Código Geral Tributário, as práticas contabilísticas que não permitam o
correcto apuramento dos mesmos.
Importa, ainda, sublinhar a não inclusão de uma norma relativa à dedutibilidade
das variações patrimoniais negativas.
Finalmente, são introduzidas alterações ao elenco dos custos não aceites
fiscalmente, passando a ser considerados como tal, nomeadamente, as multas
pela prática de infracções de natureza económica ou administrativa e os seguros
de vida e saúde cujo benefício não seja atribuído à generalidade dos
trabalhadores.
Documentação dos São introduzidas três categorias de custos não aceites para efeitos fiscais e sujeitos
custos a tributação autónoma nos seguintes termos:
• custos indevidamente documentados – 2%;
• custos não documentados – 2%;
• custos incorridos com despesas confidenciais – 15%
ou 30% quando as mesmas originem um custo ou um proveito na esfera de um
sujeito passivo por qualquer forma isento ou não sujeito a tributação em sede de
Imposto Industrial.
Custos ou perdas com Apesar de se manter a dedutibilidade fiscal dos gastos suportados com assistência
assistência social médica, creches, cantinas, bibliotecas e escolas, a mesma passa a estar
Amortizações e São introduzidas diversas regras que passam a regulamentar o regime fiscal das
depreciações amortizações e depreciações, sendo de destacar as seguintes:
(i) impossibilidade de aplicação de taxas iguais a metade das estabelecidas
nas tabelas das taxas anuais de reintegrações e amortizações;
(ii) não dedutibilidade das amortizações de viaturas ligeiras de passageiros
praticadas sobre a parte do valor de aquisição que exceda 60.000 Unidades
de Correcção Fiscal (“UCF”) ou 7 milhões de kwanzas.
(iii) deferimento dos pedidos de desvalorizações extraordinárias caso não
seja obtida resposta por parte da Repartição Fiscal num prazo de 45 dias.
O cálculo das amortizações do exercício deve fazer-se, pelo método das
quotas constantes.
Os contribuintes que considerem o mais apropriado calcular as
amortizações por períodos mensais podem fazê-lo dividindo o valor da
amortização anual por duodécimos, sendo aceites para efeitos fiscais as
amortizações calculadas a a partir do mês em que os bens e elementos do
activo amortizável entram em funcionamento e durante o seu período de
vida útil.
No caso de imóveis que integrem terrenos e edifícios ou outras
construções e que tenham sido adquiridos sem indicação expressa do valor
do custo do terreno, o valor a atribuir a este para efeitos fiscais é fixado
em 20% do valor global, a menos que o contribuinte estime outro valor,
com base em cálculos tecnicamente elaborados e fundamentados por
entidade independente e previamente aceites pela Direcção Nacional de
Impostos.
Regime intensivo de Prevê-se que a taxa de amortização dos bens do activo imobilizado corpóreo em
laboração regime de laboração em dois turnos possa ser majorada em 25% ou, em caso de
laboração contínua, em 50%.
Imóveis No que respeita aos imóveis que tenham sido adquiridos sem indicação expressa
do valor referente ao terreno, passa a ser atribuível a esta componente um valor
corresponde a 20% (actualmente 25%) do valor global do imóvel, excepto se o
sujeito passivo estimar outro valor com base em cálculos tecnicamente elaborados
e fundamentados por entidade independente e previamente aceites pela Direcção
Nacional de Impostos.
Bens de reduzido valor Passam a poder ser totalmente amortizados no exercício em que entram em vigor
os activos amortizáveis cujo custo individualizado não exceda 300 UCF, excepto se
Documentação das Está prevista a aprovação e publicação, por Despacho do Ministro das Finanças, do
amortizações modelo oficial dos mapas de amortizações. Adicionalmente, é estabelecido que,
caso a Direcção Nacional de Impostos ou a Repartição Fiscal competente solicitem
os referidos mapas, estes deverão ser entregues em formato informático.
Investimentos e Os lucros levados a reservas de investimento que dentro dos 3 exercícios seguintes
Reservas voluntárias tenham sido reinvestidos, em instalações ou equipamentos novos, afetos à
actividade produtiva ou administrativa do contribuinte, podem ser deduzidos a
matéria colectável nos 3 anos imediatos ao da conclusão do investimento, até
metade do seu valor.
Não pagamento do imposto no prazo Valor do imposto mais 35% com mínimo de Kz:
4.400,00
Incidência
Passam a estar compreendidos na base de incidência do IAC:
Taxa Aplicável
A taxa aplicável é de 10%.
Prevê-se a aplicação de uma taxa de 5% na atribuição de lucros quando as participações sociais a que digam
respeito os lucros se encontrem admitidas à negociação em mercado regulamentado (taxa reduzida aplicável
apenas durante cinco anos após a entrada em vigor do presente diploma).
Outras Disposições
Adicionalmente, as despesas de transacção inerentes à Anteriormente, o cálculo das mais-valias
aquisição e alienação dos títulos passam a ser deduzidas resultava da diferença positiva entre o preço de
para efeitos do apuramento das mais-valias e menos- alienação e o preço de aquisição dos títulos.
valias
As mais-valias ou menos-valias decorrentes da alienação de títulos de dívida privada e títulos de dívida pública,
com uma maturidade igual ou superior a três anos e realizadas em mercado regulamentado, apenas relevam para
efeitos do saldo positivo sujeito a IAC em 50% do seu valor. Este regime é extensível às mais-valias ou menos-
valias resultantes da alienação de participações sociais, quando realizadas em mercado regulamentado.
Penalidades
A generalidade das infracções passa a ser punida nos termos do Código Geral Tributário.
1 – Quem paga IS
Arrendamento e subarrendamento
Nos contratos de arrendamento e subarrendamento, o sujeito passivo do imposto passa a ser o locador
e o sublocador, respectivamente, recaindo sobre estes a responsabilidade pela liquidação e entrega do
imposto nos cofres do Estado. Esta responsabilidade pertencia anteriormente ao arrendatário e
subarrendatário.
Títulos negociáveis Os títulos negociáveis passam a estar isentos de Imposto do Selo, quando
vendidos em mercado regulamentado.
Contratos contratos não especialmente previstos nesta tabela, incluindo os por cada um AKZ
efectuados perante entidades públicas 1.000;
garantias das obrigações, qualquer que seja a sua natureza ou forma,
Garantias designadamente o aval, a caução, a garantia bancária autónoma, a fiança,
a hipoteca, o penhor e o seguro-caução, salvo quando materialmente
acessórias de contratos especialmente tributados na presente tabela,
considerando-se como tal as que sejam constituídas até 90 dias após a
celebração do contrato constitutivo da obrigação garantida ainda que em
instrumentos ou títulos deferentes, ou no caso de penhor de bens futuros
desde que o mesmo seja inscrito no contrato principal - sobre o respectivo
valor, em função do prazo, considerando-se sempre como nova operação
a prorrogação do prazo do contrato;
Cartazes e cartazes ou anúncios afixados ou expostos em suportes fixos ou móveis AKZ 1.000;
anúncios na via pública ou destinados a serem vistos na via pública que façam
publicitários propaganda de produtos, serviços ou de qualquer indústria, comerciais ou
divertimentos com exclusão dos identificativos do próprio estabelecimento
comercial onde se encontrem afixados - por cada metro quadrado ou
fracção e em cada ano civil
Publicidade em publicidade feita em revista, jornais, catálogos, programas radiofónicos ou AKZ 25.000;
revistas, jornais televisivos, reclamos, etiquetas e outros impressos que se destinem à
distribuição pública (por cada edição de 1000 exemplares)
aeronaves AKZ 45.000;
Registos e
averbamentos em barcos AKZ 23.000;
conservatórias de
bens móveis:
motas de água AKZ 18.000
Recibo de quitação recibo de quitação pelo efectivo recebimento de créditos resultantes do 1%;
exercício da actividade comercial ou industrial, em dinheiro ou em espécie,
com excepção dos resultantes exclusivamente do arrendamento
habitacional feito por pessoas singulares
Abertura de crédito abertura de crédito, por escrito particular ou instrumento público 0,1%.
Na determinação do valor tributável, sempre que os elementos necessários à determinação do valor tributável
não sejam expressos em moeda nacional, a sua equivalência é reajustada pela cotação média do trimestre
anterior ao da liquidação, ao invés da aplicação da taxa de câmbio diária do Banco Nacional de Angola.
Nos contratos em que o Estado ou os demais organismos públicos, com excepção das empresas públicas, sejam
parte, a liquidação do imposto deverá ser efectuada no momento do pagamento da prestação, devendo o
imposto liquidado ser transferido ou depositado na Conta Única do Tesouro, até ao dia 15 do mês seguinte ao da
arrecadação, através de Documento de Arrecadação de Receita.
Lembre-se que o resumo enviado não dispensa a consulta da legislação fiscal em vigor.
A legislação fiscal vai ser actualizada constantemente ao longo de 2015 pelo que sugerimos que o seu
departamento financeiro fique alerta.
A responsabilidade fiscal é da inteira responsabilidade do contribuinte por isso sugerimos que periodicamente
tente rever a sua execução mediante os termos legais em vigor.
Para outras informações ou esclarecimento de dúvidas, continuamos com a nossa equipa disponível para o
atender e ajudar na resolução dos casos concretos da sua Empresa.