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Unidade III
7 PIS E COFINS
PIS é a sigla para Programa de Integração Social. Cofins significa Contribuição para o Financiamento
da Seguridade Social. Ambas são contribuições sociais com funções fiscais e incidem sobre o
faturamento das empresas, tendo o PIS o objetivo de financiar o pagamento do seguro-desemprego
e do abono (anual do PIS) para os trabalhadores. Quando foi instituído, o PIS tinha a finalidade de
promover a integração social do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas para melhorar
a distribuição de renda.
Por sua vez, a Cofins é destinada às despesas com atividades-fim das áreas da saúde, previdência e
assistência social.
7.1 Contribuintes
Os contribuintes do PIS e da Cofins são as pessoas jurídicas de direito privado, inclusive aquelas a
elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, bem como as sociedades de economia mista e
suas subsidiárias.
7.2 Competência
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta ou indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados e do Distrito Federal, e dos Municípios e
das seguintes contribuições sociais:
b) A receita ou o faturamento.
• o auferimento de receita pelas pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas
pela legislação do Imposto de Renda;
• o auferimento de receita pela pessoa jurídica de direito privado, inclusive aquelas a ela equiparadas
pela legislação do Imposto de Renda.
Lembrete
A legislação prevê basicamente duas modalidades de cálculo mensal do PIS e da Cofins incidentes
sobre o faturamento:
• destina-se exclusivamente às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, sujeitas à
sistemática da não cumulatividade de que tratam as Leis n. 10.637 (BRASIL, 2002d) e 10.833
(BRASIL, 2003b), com as alterações da Lei n. 10.865 (BRASIL, 2004b).
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Unidade III
— base de cálculo e alíquotas diferenciadas para instituições financeiras, entidades sem fins
lucrativos e pessoas jurídicas de direito público interno;
— alíquotas diferenciadas:
7.3.3 Alíquotas
Quanto à aplicação de alíquotas para PIS e Cofins, primeiro vamos estudar a base de cálculo.
O regime cumulativo é usado nas empresas tributadas pelo lucro presumido ou arbitrado; nesse
caso, não é permitida a recuperação dos impostos.
As empresas tributadas pelo lucro presumido ou com seu lucro arbitrado devem calcular PIS e Cofins
com base nas regras cumulativas, utilizando, respectivamente, as alíquotas de 0,65% e 3% sobre o total
de receitas menos as exclusões permitidas. A base será detalhada a seguir.
Total de receitas
O cálculo de PIS e Cofins tem como base inicial a totalidade das receitas da empresa. Basta considerar
no balancete o grupo receitas e informar seu total.
Contudo, existem algumas receitas não tributadas pela contribuição para o PIS e a Cofins, conforme
exposto a seguir:
• receita com vendas de mercadorias para o exterior, seja o recebimento em moeda conversível
ou não;
• renda de prestação de serviços ao exterior cujo valor recebido represente entrada de divisas;
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
• receita de vendas para empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação, e
essa empresa deve comprovar o embarque das mercadorias para o exterior no prazo máximo
de 180 dias;
• receitas com lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição;
• receitas com revenda de produtos com tributação monofásica, como gasolina, óleo diesel,
perfumes, cosméticos, cervejas, refrigerantes e pneus;
Com relação à tributação de PIS e Cofins, a partir de 28 de maio de 2009, as empresas tributadas pelo
regime cumulativo poderão não tributar as receitas decorrentes de atividades alheias ao objeto social da pessoa
jurídica, tais como receitas financeiras, receitas de aluguéis (quando não for o objetivo da empresa).
Assim, o responsável pelo cálculo de PIS e Cofins deve ficar atento, pois o conjunto de receitas
não tributadas é bastante extenso. Um supermercado de médio porte, por exemplo, deve ter um bom
sistema de informações, que facilite o registro e o controle contábil, pois existem diversos produtos para
revenda com tributação monofásica e produtos tributados normalmente. Então, a revenda de suco de
frutas integrará a base das contribuições, enquanto a venda de água mineral não integrará, pois esse
produto foi objeto de tributação monofásica por parte da proprietária da fonte.
Quanto ao IPI, o entendimento é de que este não representa receita efetiva para o industrial, que
cobra o imposto do comerciante ou da pessoa física no momento da venda do produto. O mesmo se
aplica ao ICMS-ST.
Após considerar todas as receitas tributadas pelo PIS e pela Cofins, a empresa poderá deduzir
da base algumas despesas, especialmente aquelas apresentadas como deduções da receita bruta na
demonstração do resultado. São elas:
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Unidade III
• vendas canceladas;
• devolução de vendas;
A base de cálculo de PIS e Cofins para todas as empresas tributadas pelo lucro presumido ou com
seu lucro arbitrado é obtida por meio da seguinte fórmula:
PIS = 0,65%
Cofins = 3%
Suponha que a Cia. Caiçara seja uma empresa comercial tributada pelo lucro presumido e que
apresentou, em janeiro de 2018, as seguintes contas de resultado:
Observe que 20% das revendas são de produtos com tributação monofásica. As devoluções e os
descontos são de produtos tributados normalmente e já estão liquidados de ICMS.
Tabela 29
Observação
O regime não cumulativo é utilizado nas empresas tributadas pelo lucro real. A empresa tributada
pelo lucro real será obrigada a usar o método não cumulativo, com um cálculo bem mais complexo em
relação às empresas tributadas pelo lucro presumido ou que tenham seu lucro arbitrado.
As empresas obrigadas ao cálculo de PIS e Cofins pelo método não cumulativo pagam as contribuições
com alíquotas de 1,65% e 7,6%, respectivamente, sobre a receita bruta da empresa e 0,65% e 4%,
respectivamente, sobre as receitas financeiras. Contudo, essas empresas podem deduzir os créditos
permitidos expressamente em lei.
O sistema de registro de créditos do PIS, inicialmente, parecia guardar similaridade com o modelo
adotado para o ICMS e IPI. Entretanto, não foi o que aconteceu na regulamentação feita por meio das
leis que instituíram o método não cumulativo para PIS e Cofins.
O legislador citou expressamente os itens que permitem crédito de PIS (e, depois, confirmou isso na
Cofins), definindo claramente, em alguns casos, os itens que não permitem crédito, como os gastos com
mão de obra.
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Unidade III
A seguir, serão apresentadas as regras de tributação de PIS e Cofins das empresas tributadas pelo
lucro real. Destaca-se que existem empresas que, mesmo no lucro real, devem efetuar o cálculo das
contribuições de outra forma, por exemplo:
• as empresas com previsão de tributação de parte de suas receitas pelo método não cumulativo,
como o setor de telecomunicações;
Princípios constitucionais
A não cumulatividade está prevista na Lei n. 10.637 (BRASIL, 2002d) para o PIS e na Lei n. 10.833
(BRASIL, 2003b) para a Cofins.
Portanto, se a empresa contribuinte do PIS e da Cofins adquirir mercadorias que sofreram a incidência
desses tributos e que, ao serem vendidas, também sofrerão essas incidências, poderá compensar os
valores pagos desses tributos nas operações seguintes no sistema de débito e crédito.
Após considerar todas as receitas tributadas por PIS e Cofins, a empresa poderá deduzir da
base algumas despesas, especificamente aquelas apresentadas como deduções da receita bruta na
demonstração do resultado. São elas:
• vendas canceladas;
• devolução de vendas;
As devoluções de vendas tributadas pelo método cumulativo não podem ser excluídas da base das
contribuições no método não cumulativo; elas vão gerar crédito, no caso, pelas alíquotas antigas, em
12 parcelas iguais e sucessivas (BRASIL, 2004a, art. 4º, § 6º).
116
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Além das deduções tradicionais, que ocorrem na maior parte das empresas, existem outros itens que
são excluídos das bases de PIS e Cofins, sendo que a maioria desses itens ocorre em empresas tributadas
pelo lucro real. Algumas são elencadas a seguir:
• Os recursos recebidos a título de repasse, oriundos do orçamento geral da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, pelas empresas públicas e sociedades de economia mista.
• Receitas com o fornecimento de mercadorias ou serviços para uso ou consumo de bordo em embarcações
e aeronaves em tráfego internacional, quando o pagamento for efetuado em moeda conversível.
• Receitas auferidas pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção, conservação,
modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no Registro
Especial Brasileiro (REB), instituído pela Lei n. 9.432 (BRASIL, 1997), de 8 de janeiro de 1997.
• Receitas com frete de mercadorias transportadas entre o país e o exterior pelas embarcações
registradas no REB.
• A receita auferida pelas instituições privadas de ensino superior, com fins lucrativos ou sem fins
lucrativos, não beneficentes, que aderirem ao Prouni, decorrentes de atividades de ensino superior,
proveniente de cursos de graduação ou cursos sequenciais de formação específica.
• O IPI destacado nas notas fiscais de venda (quando incluso na receita bruta) e o ICMS cobrado
pelo vendedor na condição de substituto tributário.
• As reversões de provisões e as recuperações de créditos baixados como perda que não representem
ingresso de novas receitas.
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Unidade III
Observação
• A parcela das receitas financeiras decorrentes da variação monetária dos direitos de créditos e das
obrigações do contribuinte, em função das taxas de câmbio, submetida à tributação, segundo o
regime de competência, relativa a períodos compreendidos no ano-calendário de 1999, excedente
ao valor da variação monetária efetivamente realizada, ainda que a operação correspondente já
tenha sido liquidada.
A partir de 26 de julho de 2004, excluem-se da base de cálculo de PIS e Cofins das agências de
publicidade e propaganda as importâncias pagas diretamente ou repassadas por estas a empresas de rádio,
televisão, jornais e revistas, sendo vedado o aproveitamento do crédito em relação às parcelas excluídas
(BRASIL, 2004c, art. 13).
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Lembrete
A base de cálculo das empresas tributadas pelo lucro real, regra geral, será apurada por meio do
somatório das receitas menos as deduções permitidas pelo legislador. Sobre essa base, são aplicadas
alíquotas de 7,6% para a Cofins e de 1,65% para o PIS/Pasep.
Entretanto, as empresas não precisarão pagar exatamente o valor apurado pela aplicação das alíquotas
mais elevadas criadas para o método não cumulativo. O legislador define nos normativos um conjunto
de itens que essas empresas podem utilizar como crédito para diminuir o valor das contribuições a
pagar. Para fins de simplificação, veja a explicação:
(‑) menos
Cofins = 7,6%
Créditos permitidos em lei (X) (X) = PIS e Cofins a recuperar
PIS = 1,65%
(=)igual
Os créditos representam a essência de um método não cumulativo. No Brasil, o ICMS e o IPI têm essa
característica de que o imposto pago na etapa anterior e destacado no documento fiscal é creditado
pela empresa que compra um produto para revenda ou para transformação em outro produto que
será vendido.
Contudo, o modelo utilizado para o PIS e a Cofins é algo diferente, pois a legislação separou as empresas
em dois tipos, conforme a forma de tributação. Com isso, o crédito de uma empresa compradora de um
determinado bem não representa, necessariamente, o valor pago na empresa que vendeu esse bem.
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Unidade III
Portanto, os créditos de PIS e Cofins serão obtidos por meio da aplicação das alíquotas de 1,65% e
7,6% sobre valores expressamente determinados em lei, sem considerar a forma de tributação da empresa
vendedora. O crédito será presumido, sendo considerado como liberalidade concedida pelo legislador.
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Quem contribui para o PIS/Pasep sobre a folha de pagamento são as entidades previstas no art. 13
da Medida Provisória n. 2.158‑35 (BRASIL, 2001b):
II – partidos políticos;
Observação
Essas entidades são isentas da Cofins (BRASIL, 2001b, art. 14, X).
7.4.1 Alíquota
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Unidade III
Observação
Não integram a base de cálculo os valores relativos a salário-família,
tíquete-alimentação, vale-transporte, aviso-prévio indenizado, férias e
licença-prêmio indenizadas, incentivo pago em decorrência de adesão
a Plano de Demissão Voluntária (PDV), ao FGTS pago diretamente ao
empregado decorrente de rescisão contratual e outras indenizações por
dispensa, desde que dentro dos limites legais (BRASIL, 2002b, art. 51).
Instituições financeiras, apesar de serem obrigadas à tributação pelo lucro real, são excluídas do
recolhimento de PIS e Cofins pela não cumulatividade e têm alíquotas especiais.
7.5.1 Alíquotas
PIS = 0,65%
Cofins = 4% – incidentes sobre as receitas aferidas, a partir de 1º de setembro de 2003, pelos bancos
comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades
de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil e cooperativas de
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
(corretoras de seguro) e de crédito e entidades de previdência privada, abertas e fechadas, bem como
pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários ou financeiros.
• receita bruta, considerada como o resultado positivo dos ajustes diários ocorridos no mês nas
operações realizadas em mercados futuros;
• receita bruta, considerada como a diferença positiva entre o preço de venda e o preço de compra
da moeda estrangeira nas operações de câmbio;
• as variações monetárias ativas dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função
da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual.
Saiba mais
Verifique na legislação todas as exclusões permitidas da base de cálculo.
É vedada a dedução de qualquer despesa administrativa.
BRASIL. Decreto n. 9.718, de 27 de novembro de 1998. Altera a legislação
tributária federal. Brasília, 1998b. Disponível em: https://bit.ly/3qVFVLJ.
Acesso em: 5 fev. 2021.
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Unidade III
Serão aplicadas alíquotas de 2,20% para o PIS e 10,30% para a Cofins sobre as receitas com venda,
pelo industrial ou importador, de produtos classificados na Tipi (BRASIL, 2017) nas posições 33.03 a
33.07 e nos códigos 3401.11.90, 3401.20.10 e 9603.21.00. São exemplos de produtos incluídos na lista:
• perfumes e águas-de-colônia;
• cremes de beleza;
• xampus;
• cremes de barbear;
• desodorante;
• fio dental.
Contudo, foi concedido regime especial de utilização de crédito presumido da contribuição para
PIS e Cofins às pessoas jurídicas que procedam à industrialização ou à importação dos produtos
classificados na posição 30.03, exceto no código 3003.90.56, nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3,
3002.20.1, 3002.20.2, 3006.30.1 e 3006.30.2 e nos códigos 3001.20.90, 3001.90.10, 3001.90.90,
3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99, 3005.10.10 e 3006.60.00 e na posição 30.04, exceto no código
3004.90.46, todos da Tipi (BRASIL, 2017), pelas alíquotas utilizadas no regime monofásico. Na prática,
os produtos farmacêuticos listados neste parágrafo não pagam PIS e Cofins.
demais receitas não tributadas no modelo monofásico, aplicando as alíquotas de 0,65% e 3% (se estiverem
no lucro presumido) ou 1,65% e 7,6% (se estiverem no lucro real), para PIS e Cofins, respectivamente.
A Lei n. 10.865 (BRASIL, 2004b) disciplinou que, nas importações de alguns produtos farmacêuticos,
sejam aplicadas alíquotas de 2,10% para o PIS e 9,90% para a Cofins. Nas importações de produtos de
perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal, as alíquotas são de 2,2% e 10,30%, respectivamente.
Em relação à dedução de créditos, a Instrução Normativa SRF n. 594 (BRASIL, 2005b) esclarece
o assunto no art. 26, permitindo às empresas com tributação monofásica a dedução de créditos nos
mesmos moldes concedidos para as demais empresas tributadas pelo lucro real e submetidas ao método
não cumulativo.
7.7 Tratamento de PIS e Cofins em operações de venda para empresas da ZFM e ALC
De acordo com o art. 2º da Lei n. 10.996 (BRASIL, 2004d), as vendas destinadas à ZFM e a ALC:
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Unidade III
§ 5º Nas notas fiscais relativas à venda de que trata o caput deste artigo,
deverá constar a expressão “Venda de mercadoria efetuada com alíquota
zero da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins”, com a especificação
do dispositivo legal correspondente (Incluído pela Lei n. 12.350, de 20 de
dezembro de 2010).
Podemos observar que somente estão reduzidas a zero as alíquotas de PIS e Cofins quando o
adquirente for tributado pelo sistema cumulativo, não abrangendo as demais empresas, conforme
estipulado na Lei n. 12.350 (BRASIL, 2010e).
Saiba mais
Questão 1 (CFC, 2016b) Em 15.8.2016, uma sociedade empresária comprou mercadorias para revenda,
no valor de R$ 156.000,00, para pagamento em 31.8.2016. No valor de R$ 156.000,00, está incluso o ICMS
calculado à alíquota de 17%.
A empresa adota o regime de incidência cumulativo de PIS e Cofins, com as alíquotas de 0,65% e
3%, respectivamente.
126
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Primeiro, é preciso identificar a atividade empresarial para poder classificá-la em comercial, industrial
e/ou prestação de serviços, e, assim, verificar quais os tributos poderão ser recuperados quando se tratar
de aquisições de itens por uma empresa, uma vez que nem todo item adquirido, mesmo com imposto
mencionado na nota fiscal, é passível de recuperação. Conforme estudamos, isso depende da utilização
desse mesmo material na empresa, se haverá continuidade dele (revenda e/ou utilização na produção) ou
seu consumo. Em caso de continuidade, poderá haver a recuperação; porém, em caso de consumo, não
é permitida legalmente sua recuperação.
Deve-se verificar quais tributos estão envolvidos na operação: ICMS, IPI, PIS, Cofins e ISS e, em
seguida, saber quais serão recuperáveis.
Então, é preciso observar o tipo de regime de incidência para PIS e Cofins, isto é, cumulativo e não
cumulativo, porque haverá diferença no valor da alíquota e também no valor a ser recuperado (ou não)
dos respectivos tributos, ou seja:
• cumulativo: em empresas tributadas pelo lucro presumido, não haverá recuperação de PIS e
Confis (alíquotas 0,65% e 3%, respectivamente);
• não cumulativo: em empresas tributadas pelo lucro real, haverá recuperação de PIS e Confis
(alíquotas 1,65% e 7,6%, respectivamente).
Observação
Em seguida, deve-se verificar se a operação foi à vista ou prazo, isto é, se haverá saída de recursos
financeiros de imediato ou se a empresa adquirirá uma dívida. A preocupação aqui está no registro
contábil a ser efetuado.
Na questão apresentada, a empresa adquiriu mercadorias para revenda, portanto, trata-se de uma
empresa com atividade comercial. Logo, poderá recuperar o ICMS, uma vez que a mercadoria será
revendida, ou seja, circulada, portanto, não havendo consumo sobre ela na empresa adquirente.
Destaca-se que nessa questão não consta o valor do IPI, mas, se houvesse, não seria possível sua
recuperação, pois se trata de uma empresa comercial; logo, o IPI seria acrescido ao custo de aquisição.
Por se tratar do regime de incidência cumulativo de PIS e Cofins, não haverá recuperação desses
tributos; como já estão inseridos no preço das mercadorias, farão parte do custo de aquisição
das mercadorias.
Trata-se de uma operação a prazo, uma vez que a aquisição das mercadorias ocorreu em 15.8.2016
com pagamento para 31.8.2016; a empresa acaba de adquirir uma dívida com essa operação, ou seja,
uma obrigação assumida nesse momento.
A questão solicita o lançamento contábil correto dessa operação. Assim, analisaremos cada uma
das alternativas.
Como a mercadoria é para revenda, a empresa compradora terá o direito de recuperar o ICMS, o que
significa dizer que terá um direito com esse imposto. Os direitos são registrados a débito e pertencem
ao ativo, um dos grupos do balanço patrimonial (o outro grupo é o passivo). A alíquota informada no
enunciado do ICMS é de 17%. Então, como base no total da operação, será apurado o valor do ICMS:
Após identificar o ICMS como imposto recuperável e calculá-lo, teremos que apurar o valor líquido
que será registrado a débito da conta de mercadorias para revenda – estoque, que, por se tratar de um
bem, também pertence ao ativo, um dos grupos do balanço patrimonial (o outro grupo é o passivo).
O valor líquido da conta de mercadorias equivale a:
Total da operação
( - ) Imposto recuperável
( = ) Mercadorias para revenda
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Seguem os cálculos:
Considera-se que a operação foi a prazo, logo, não teremos de imediato a saída de um numerário
e, assim, uma dívida assumida, o que está totalmente contemplado ao registrar a crédito na conta de
fornecedores nacionais o valor total da operação, ou seja, valor que deverá ser pago no vencimento
acordado por ambas as partes – comprador/vendedor.
Após todas essas análises sobre a operação de compras de mercadorias para revenda, chega-se à
conclusão de que a alternativa A está correta, uma vez que contempla todos os valores apurados em
nossa análise.
Como destacado, a alternativa A está correta. Contudo, é importante entender o que está errado nas
outras alternativas para obter um aprendizado eficaz.
Na alternativa B, um dos erros é a falta do ICMS a recuperar, uma vez que, havendo circulação de
mercadorias, haverá sua recuperação. Por esse equívoco, já seria possível descartar a alternativa, mas há
mais erros em relação a PIS e Confins.
Conforme o enunciado, não há recuperação para o regime de incidência cumulativo para PIS e Cofins,
embora sejam informados corretamente os percentuais das alíquotas, 0,65% e 3%, respectivamente.
Portanto, é uma empresa tributada pelo lucro presumido.
Embora tenha ocorrido o registro contábil com o valor líquido a débito da conta de mercadorias
para revenda – estoque, que, por se tratar de um bem que também pertence ao ativo, um dos grupos
do balanço patrimonial (o outro grupo é o passivo), o que está incorreto é o valor da operação (e não
a conta contábil), uma vez que não se considerou o valor do ICMS recuperável e, sim, indevidamente,
foram considerados os tributos recuperáveis para PIS e Cofins.
Mesmo com o valor correto registrado contabilmente a crédito na conta de fornecedores nacionais,
que deverá ser pago no vencimento acordado por ambas as partes – comprador/vendedor, não teremos
de imediato a saída de um numerário e, assim, uma dívida assumida; não é possível ter parte do
lançamento contábil efetuado de forma certa para o registro de uma operação.
129
Unidade III
Na alternativa C, embora constem, e de maneira correta, tanto o registro contábil quanto o valor do
ICMS a recuperar, há também o PIS a recuperar, o que está totalmente indevido, uma vez que se trata
do regime de incidência cumulativo para PIS e Cofins. Assim, não há recuperação, mesmo que não tenha
sido apurada a Cofins no registro contábil, o que de fato não deve ser feito.
Embora tenha ocorrido o registro contábil com o valor líquido a débito da conta de mercadorias
para revenda – estoque, que, por tratar-se de um bem que também pertence ao ativo, um dos grupos
do balanço patrimonial (o outro grupo é o passivo), o que está incorreto é o valor da operação (e não
a conta contábil). Mesmo considerando-se o valor do ICMS como recuperável (o que está correto),
considerou‑se indevidamente o tributo do PIS como recuperável; além disso, apurou-se de forma
indevida o valor da mercadoria para revenda.
Mesmo com o valor correto registrado contabilmente a crédito na conta de fornecedores nacionais,
que deverá ser pago no vencimento acordado por ambas as partes – comprador/vendedor, não teremos
de imediato a saída de um numerário e, assim, uma dívida assumida; não é possível ter parte do
lançamento contábil efetuado de forma certa para o registro de uma operação.
Na alternativa D, embora constem de maneira correta tanto o registro contábil quanto o valor do
ICMS a recuperar, há também o PIS a recuperar e a Cofins a recuperar, o que está totalmente indevido,
uma vez que se trata do regime de incidência cumulativo para PIS e Cofins. Logo, não há recuperação.
130
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Embora tenha ocorrido o registro contábil com o valor líquido a débito da conta de mercadorias
para revenda – estoque, que, por se tratar de um bem que também pertence ao ativo, um dos grupos
do balanço patrimonial (o outro grupo é o passivo), o que está incorreto é o valor da operação (e não
a conta contábil). Mesmo considerando-se o valor do ICMS como recuperável (o que está correto),
considerou-se indevidamente o tributo do PIS como recuperável; e, assim, além de ter apresentado
essa conta indevida, apurou-se de forma indevida o valor da mercadoria para revenda.
Mesmo com o valor correto registrado contabilmente a crédito na conta de fornecedores nacionais,
que deverá ser pago no vencimento acordado por ambas as partes – comprador/vendedor, não teremos
de imediato a saída de um numerário e, assim, uma dívida assumida; não é possível ter parte do
lançamento contábil efetuado de forma correta para o registro de uma operação.
Observação
As alternativas B, C e D mencionam a recuperação de PIS e Cofins, ou
seja, totalmente erradas, por se tratar do regime de incidência cumulativo,
isto é, sem recuperação dos respectivos tributos.
8 EXEMPLOS DE CONTABILIZAÇÃO DE OPERAÇÕES COM MERCADORIAS E
SERVIÇOS COM TRIBUTAÇÃO
A seguir, serão acentuados alguns exemplos de operações para que o conteúdo estudado
fique mais claro.
8.1 Compra de mercadorias com incidência de ICMS, PIS e Cofins recuperáveis
Suponhamos uma compra de mercadorias por R$ 100.000, com incidência de ICMS à alíquota de
17% e, considerando as alíquotas do PIS a 1,65% e Cofins a 7,6%, deveremos fazer a contabilização da
seguinte forma:
Tabela 30 – Nota fiscal de compra de mercadorias
R$
1) Valor da compra 100.000
2) ICMS sobre a operação (17%) – incluso no preço 17.000
3) PIS sobre a operação (1,65%) – incluso no preço – base de cálculo 83.000 1.370
4) Cofins sobre a operação (7,6%) – inclusa no preço – base de cálculo 83.000 6.308
Valor líquido de mercadoria = 1 – (2 + 3 + 4) 75.322
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Unidade III
Logo, esses valores pagos na compra de mercadorias representam um direito da empresa contra o
Estado (ICMS) e a União (PIS/Cofins), devendo ser reconhecidos na escrituração contábil por meio de
contas próprias, que podem ser chamadas de contas-correntes – C/C ICMS (ou ICMS a recuperar),
C/C PIS (ou PIS a recuperar) e C/C Cofins (ou Cofins a recuperar). Todas essas contas são contas de ativo,
pois significam direitos.
Quando da compra das mercadorias, são debitadas pelo valor embutido (incluído) no preço. Quando
do encerramento do período de apuração do imposto, são creditadas para a transferência de seu saldo
para as contas do passivo, ICMS a recolher, PIS a recolher e Cofins a recolher.
Débito
Mercadorias (Ativo) R$ 75.322,00
ICMS a recuperar (Ativo) R$ 17.000,00
PIS a recuperar (Ativo) R$ 1.370,00
Cofins a recuperar (Ativo) R$ 6.308,00
Crédito
Caixa (Ativo) R$ 100.000,00
Débito
Mercadorias (Ativo) R$ 75.322,00
ICMS a recuperar (Ativo) R$ 17.000,00
PIS a recuperar (Ativo) R$ 1.370,00
Cofins a recuperar (Ativo) R$ 6.308,00
Crédito
Fornecedores (Passivo) R$ 100.000,00
Observamos que muitas empresas utilizam uma única conta para substituir as contas a recuperar e
a recolher. Essa conta é denominada conta-corrente (C/C ICMS; C/C Cofins).
132
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
8.2 Compra de mercadorias com incidência de IPI, ICMS, PIS e Cofins recuperáveis
A diferença do IPI em relação a ICMS, PIS e Cofins é que seu valor não está incluído no preço dos produtos.
Se o comprador dos produtos sobre os quais incidiu o IPI é contribuinte do IPI (empresa industrial ou equiparada
à industrial) e os produtos adquiridos são utilizados em seu processo de industrialização, o IPI incidente
na operação de compra poderá ser recuperado quando da venda dos bens industrializados pela empresa
(princípio da não cumulatividade).
Por exemplo: considerando uma compra de matéria-prima por R$ 100.000, com incidência de ICMS à
alíquota de 17%, do PIS a 1,65% e Cofins a 7,6%, bem como o IPI com alíquota de 30%, a contabilização
será feita da seguinte forma:
R$
1) Valor da compra 100.000
2) IPI sobre compra (30%) – não incluso no preço da matéria‑prima 30.000
3) Valor da Nota Fiscal 130.000
4) ICMS sobre a compra (17%) – incluso no preço da matéria‑prima 17.000
5) PIS sobre a operação (1,65% x R$83.000) – incluso no preço da matéria‑prima 1.370
6) Cofins sobre a operação (7,6% x R$83.000) – inclusa no preço da matéria‑prima 6.308
7) IPI sobre a compra (30%) – recuperável (neste exemplo) 30.000
8) Valor líquido da matéria‑prima = 3 – (4 + 5 + 6 + 7) 75.322
Como o IPI é recuperável nesse exemplo, seu valor não entra na base de cálculo do ICMS (BRASIL,
1988a, art. 155, § 2º, XI), do PIS (BRASIL, 2002b, art. 66, § 3º) e da Cofins (BRASIL, 2004a, art. 8º, § 3º, I).
133
Unidade III
Tabela 36 – Contabilização
Débito
Mercadorias (Ativo) R$ 75.322,00
IPI a recuperar (Ativo) R$ 30.000,00
ICMS a recuperar (Ativo) R$ 17.000,00
PIS a recuperar (Ativo) R$ 1.370,00
Cofins a recuperar (Ativo) R$ 6.308,00
Crédito
Caixa (Ativo) R$ 130.000,00
8.3 Compra de produtos para revenda por empresa comercial – IPI não
recuperável e ICMS, PIS e Cofins recuperáveis
Nesse caso, a empresa compradora não é contribuinte do IPI, pois é uma empresa comercial, ou,
mesmo sendo contribuinte, não utiliza o produto comprado em seu processo de fabricação. O IPI
incidente na operação de compra não será recuperado, portanto, integrará o custo de aquisição.
Por exemplo: a empresa Comercial Ltda. adquire, a prazo, produtos industrializados para revenda por
R$ 250.000, com IPI à alíquota de 20%, ICMS à alíquota de 17%, PIS à alíquota de 1,65% e a Cofins à
alíquota de 7,6%.
Como a empresa compradora não é contribuinte do IPI, este não será recuperável, devendo integrar
o custo de aquisição.
R$
1) Valor da compra 250.000
2) IPI sobre compra (20%) – cobrado destacadamente 50.000
3) Valor da nota fiscal 300.000
4) ICMS sobre compra (17%) – incluso no preço (17% x 250.000) 42.500
5) PIS sobre compra (1,65%) – incluso no preço (1,65% x 257.500) 4.249
6) Cofins sobre compra (7,6%) – inclusa no preço (7,6% x 257.500) 19.570
7) Valor líquido do produto = 3 – (4 + 5 + 6) 233.681
134
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Como o IPI não é recuperável, porém o produto é destinado à comercialização, seu valor (do IPI) não
entra na base de cálculo do ICMS (BRASIL, 1988a, art. 155, § 2º, XI). Entretanto, o valor do IPI integra a
base de cálculo do PIS e da Cofins, por interpretação do disposto nos art. 167, II, da Instrução Normativa 1.911,
de 11 de outubro de 2019.
Tabela 39 – Contabilização
Débito
Mercadorias (Ativo) R$ 233.681,00
ICMS a recuperar (Ativo) R$ 42.500,00
PIS a recuperar (Ativo) R$ 4.249,00
Cofins a recuperar (Ativo) R$ 19.570,00
Crédito
Fornecedores (Passivo) R$ 300.000,00
8.4 Compra de bens para uso da empresa quando o IPI não é recuperável e
ICMS, PIS e Cofins são recuperáveis
Por exemplo: uma empresa comercial adquire à vista uma máquina para seu ativo não circulante
imobilizado diretamente da indústria por R$ 50.000, com alíquota de IPI de 20%, de ICMS de 17%, de
PIS de 1,65% e da Cofins de 7,6%. Como se trata de uma aquisição para uso, e não para revenda, o IPI
não será recuperável, devendo integrar o custo de aquisição.
Máquina 50.000
IPI – 20% sobre 50.000 10.000
ICMS (17% sobre 60.000) R$ 10.200 60.000
R$
1) Valor da compra 50.000
2) IPI sobre compra (20%) – cobrado destacadamente 10.000
3) Valor da nota fiscal 60.000
4) ICMS sobre compra (17%) – incluso no preço 10.200
5) PIS sobre compra (1,65%) – incluso no preço (1,65% x 39.800) 657
6) Cofins sobre compra (7,6%) – inclusa no preço (7,6% x 39.800) 3.025
7) Valor líquido da máquina = 3 – (4 + 5 + 6) 46.118
135
Unidade III
Tabela 42 – Contabilização
Débito
Máquinas (Ativo) R$ 46.118,00
ICMS a recuperar (Ativo) R$ 10.000,00
PIS a recuperar (Ativo) R$ 657,00
Cofins a recuperar (Ativo) R$ 3.025,00
Crédito
Caixa (Ativo) R$ 60.000,00
Quanto ao imposto de importação, não existe a possibilidade de sua recuperação pelo importador.
Portanto, o importador deverá acrescer o custo de aquisição das mercadorias importadas.
Quanto aos fretes e seguros que o comprador é obrigado a pagar, seus valores devem integrar o
custo de aquisição das mercadorias compradas.
Para o registro das operações de vendas de mercadorias, são efetuados débitos de uma conta que
representa a disponibilidade (caixa ou bancos) no caso de venda à vista, ou de uma conta representativa
de um direito (clientes ou duplicatas a receber), no caso de venda a prazo. Como contrapartida, tem-se
um crédito em uma conta de receita (vendas ou receita bruta de vendas).
Considerando-se as diversas legislações (federal, estadual), quando uma empresa vende uma
mercadoria ou um produto, no preço desses bens estão embutidos impostos e contribuições sobre o
valor das vendas, tais como ICMS, PIS, Cofins, que deverão ser recolhidos aos cofres públicos.
Observamos que o IPI não integra a receita bruta, apesar de compor o preço final da nota fiscal,
conforme o Decreto n. 3.000 (BRASIL, 1999a, art. 279, § único).
136
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
A conta tributos sobre vendas foi debitada, pois vai reduzir as vendas brutas. A contrapartida foi
efetuada em contas que representam obrigações da empresa com as fazendas públicas.
Dos 100.000 cobrados, somente R$ 75.322 pertencem à empresa. O restante, R$ 24.678, pertence
aos cofres públicos.
Nessa operação, o valor do IPI é de R$ 10.000, sendo a contabilização feita da seguinte forma:
D – Clientes 110.000
Pelo reconhecimento de vendas com IPI
C – Receita bruta 110.000
137
Unidade III
R$
Vendas brutas 110.000
IPI faturado (10.000)
= Receita bruta de vendas 100.000
ICMS sobre vendas (17.000)
PIS sobre vendas (1.370)
Cofins sobre vendas (6.308)
= Receita líquida de vendas 75.322
Observamos que substituímos na memória de cálculo a conta tributos sobre vendas por outras três
contas: ICMS sobre vendas, PIS sobre vendas e Cofins sobre vendas.
Devoluções de compras
Exemplo:
Compra de 100 unidades de mercadoria Y para revenda pela empresa X por R$ 10.000, à vista,
mais IPI de 10%, com ICMS de 17%, PIS de 1,65% e Cofins de 7,6%. Quando do recebimento das
mercadorias, foram verificados defeitos em 5 unidades e, por esse motivo, a empresa compradora
resolveu devolvê‑las. Assim teremos:
R$
Valor da compra 10.000
IPI sobre compra – cobrado separadamente 1.000
Valor total da nota 11.000
ICMS sobre compra – incluso no preço – base de cálculo 9.300,00 1.700
PIS sobre compra – incluso no preço – base de cálculo 9.300,00 153,45
Cofins sobre compra – inclusa no preço – base de cálculo 9.300,00 706,80
Valor líquido da mercadoria 8.439,75
138
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Como o IPI não é recuperável, porém o produto é destinado à comercialização, seu valor não entra
na base de cálculo do ICMS nem na base de cálculo de PIS e Cofins.
Tabela 48 – Contabilização
Débito
Mecadorias (Ativo) R$ 8.439,75
ICMS a recuperar (Ativo) R$ 1.700,00
PIS a recuperar (Ativo) R$ 153,45
Cofins a recuperar (Ativo) R$ 706,80
Crédito
Caixa (Ativo) R$ 11.000,00
Valor da devolução R$
Devolução da compra 500,00
IPI sobre devolução – cobrado destacadamente 50,00
Valor total da nota de devolução 550,00
ICMS sobre devolução (17% sobre 500,00) – incluso no preço 85,00
PIS sobre devolução (1,65%) – incluso no preço (1,65% x 465,00) 7,67
Cofins sobre devolução (7,6%) – inclusa no preço (7,6% x 465,00) 35,34
Valor líquido da mercadoria devolvida 421,99
139
Unidade III
Tabela 51 – Contabilização
Débito
Caixa (Ativo) R$ 550,00
Crédito
Mecadorias (Ativo) R$ 421,99
ICMS a recuperar (Ativo) R$ 85,00
PIS a recuperar (Ativo) R$ 7,67
Cofins a recuperar (Ativo) R$ 35,34
Devoluções de vendas
R$
Valor dos produtos 10.000
IPI sobre venda 10% – cobrado destacadamente 1.000
Valor total da nota de venda 11.000
ICMS sobre venda (17%) – incluso no preço 1.700
PIS sobre venda (1,65%) – incluso no preço (1,65% x 8.300,00) 136,95
Cofins sobre venda (7,6%) – inclusa no preço (7,6% x 8.300,00) 630,80
A) D – caixa R$ 11.000
C – faturamento bruto R$ 11.000
Da devolução
B) D – IPI a recolher R$ 50
D – ICMS a recolher R$ 85
D – PIS a recolher R$ 6,85
D – Cofins a recolher R$ 31,54
C – IPI faturado R$ 50
C – ICMS sobre venda R$ 85
C – PIS sobre venda R$ 6,85
C – Cofins sobre venda R$ 31,54
Note que a base de cálculo do PIS e da Cofins sobre a devolução de vendas será de R$ 415,00
(total da nota de devolução diminuídos o ICMS e IPI, que são recuperáveis na indústria).
Observamos que as devoluções de vendas constarão da DRE como parcela redutora das
vendas brutas.
Nas operações mercantis podem ocorrer situações entre a saída da mercadoria do estabelecimento
vendedor e o ingresso no estabelecimento comprador. O comprador adquire mercadoria de primeira
qualidade e recebe mercadoria de segunda qualidade, por exemplo. Então, para evitar a devolução da
mercadoria, as partes podem negociar um abatimento no preço da mercadoria.
Assim, por exemplo, a empresa Comércio de Equipamentos Ltda. compra 20 computadores para
revenda por R$ 20.000, à vista, com as seguintes alíquotas: ICMS 17%, PIS 1,65% e Cofins 7,6%.
Ao receber a mercadoria, é constatado que dois computadores estão fora das especificações técnicas
acordadas. Para que as 2 unidades não fossem devolvidas, o vendedor concedeu um abatimento no
valor total de R$ 400, que foi prontamente aceito pelo comprador.
141
Unidade III
A – Compra da mercadoria
R$
Valor da compra 20.000
ICMS sobre compra (17%) – incluso no preço 3.400
PIS sobre compra (1,65%) – incluso no preço (1,65% x 16.600,00) 273,90
Cofins sobre devolução (7,6%) – inclusa no preço (7,6% x 1.261,60
16.600,00)
Valor da nota 20.000
Valor líquido da mercadoria 15.064,50
Tabela 56 – Contabilização
Débito
Mecadorias (Ativo) R$ 15.064,50
ICMS a recuperar (Ativo) R$ 3.400,00
PIS a recuperar (Ativo) R$ 273,90
Cofins a recuperar (Ativo) R$ 1.261,60
Crédito
Caixa (Ativo) R$ 20.000,00
Observamos que não houve ajuste sobre o valor dos impostos incidentes na operação, devido a ter
sido um fato posterior à emissão da nota fiscal e que não resultou na devolução de mercadorias.
142
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Para o vendedor da mercadoria, o abatimento concedido reduz o resultado e deverá ser registrado
como uma conta de resultado, redutora da receita bruta de vendas, para apuração da receita
líquida de vendas.
Utilizamos o mesmo exemplo do item anterior, e a contabilização será feita sob o ponto de vista
do vendedor.
A – Na venda
A) D – caixa R$ 20.000
C – receita bruta de venda R$ 20.000
Os descontos comerciais são aqueles concedidos na nota fiscal, no momento da operação de compra
(obtidos) ou de venda (concedidos), em função, normalmente, do volume de vendas ou da qualidade
do comprador.
Os descontos comerciais obtidos são descontos obtidos na nota fiscal. A regra geral do
desconto comercial obtido é a sua não contabilização por parte do comprador, ou seja, a mercadoria é
contabilizada pelo seu valor líquido negociado. Entretanto, se a empresa compradora desejar, poderá
utilizar uma conta retificadora de comprar descontos comerciais obtidos. O exemplo está a seguir.
A empresa H Ltda. compra 1.000 unidades de um produto beta da indústria J pelo preço unitário de
tabela de R$ 100, mais 10% de IPI. Como a empresa H Ltda. é um excelente cliente, a indústria J concede
20% de desconto no ato da venda. A operação é à vista, com incidência de ICMS 17%, PIS 1,65% e
Cofins 7,6%.
143
Unidade III
A – Compra de produtos
R$
Valor da compra 100.000
Desconto comercial (20% sobre 100.000) (20.000)
IPI sobre compra (10% 100.000) – cobrado destacado 10.000
Valor total da nota 90.000
ICMS sobre compra (17% sobre 80.000) – incluso no preço 13.600
PIS sobre compra – incluso no preço (1,65% x 76.400,00) 1.260
Cofins sobre compra – inclusa no preço (7,6% x 76.400,00) 5.806,40
Valor líquido da mercadoria 69.333
Observamos que, como o IPI não é recuperável nesse exemplo, mas o produto é destinado à
revenda, o valor do IPI não entra na base de cálculo do ICMS (BRASIL, 1988a, art. 155, § 2º, XI). Porém,
integra a base de cálculo de PIS e Cofins, por interpretação ao disposto nos art. 167, II, da Instrução
Normativa 1.911, de 11 de outubro de 2019.
Débito
Mecadorias (Ativo) R$ 69.333,00
ICMS a recuperar (Ativo) R$ 13.600,00
PIS a recuperar (Ativo) R$ 1.260,00
Cofins a recuperar (Ativo) R$ 5.806,40
Crédito
Caixa (Ativo) R$ 90.000,00
Destaca-se que o desconto comercial não foi contabilizado pelo comprador, sendo essa a forma mais
usual de contabilização.
144
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
A – Venda da mercadoria
R$
Valor da compra 100.000
Desconto comercial (20% sobre 100.000) (20.000)
IPI sobre compra (10% 100.000) – cobrado destacado 10.000
Valor total da nota 90.000
ICMS sobre compra (17% sobre 80.000) – incluso no preço 13.600
PIS sobre compra – incluso no preço (1,65% x 66.400,00) 1.095,60
Cofins sobre compra – inclusa no preço (7,6% x 66.400,00) 5.046,40
Valor líquido da mercadoria 70.258
• como o IPI não é recuperável nesse exemplo e o produto é destinado à revenda, seu valor entra
na base de cálculo do ICMS (BRASIL, 1988a, art. 155, § 2º, XI), bem como a base de cálculo (no
devedor) de PIS e Cofins;
• o valor de PIS e Cofins para o vendedor é diferente do valor para o comprador, o que ocorre por
causa da Legislação de Regência da Instrução Normativa n. 247 (BRASIL, 2002b, art. 66, § 3º) para
o comprador e art. 24 da mesma lei no caso do vendedor.
A) D – caixa R$ 90.000
D – descontos comerciais concedidos R$ 20.000
C – faturamento bruto R$ 110.000
145
Unidade III
A título de curiosidade, vamos explicar como é feito o cálculo do ICMS sobre as contas de
energia elétrica.
Esse cálculo é muito complexo e normalmente os contribuintes não entendem como é feito, inclusive
existem muitas matérias em discussão sob a inconstitucionalidade do cálculo.
Para facilitar a compreensão, vamos utilizar valores e alíquotas praticadas no estado de São Paulo e
o consumo de uma residência média.
Para a base de cálculo, será considerado o valor efetivo do consumo mais PIS e Cofins. R$ 110,60 +
R$ 1,56 + R$ 7,16 = R$ 119,32.
Esse será o valor utilizado para encontrar a nossa base de cálculo. Agora, vamos para o cálculo
propriamente dito.
Analisando a operação, constata-se que a carga tributária do ICMS não resulta em 25%. É bem
maior que isso, pois se o ponto de partida é R$ 119,32 e um ICMS de R$ 39,77, ao fazer a operação
inversa, chega-se ao percentual de 33,33%.
R$ 39,77/119,32 = 33,33%
146
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Exemplo de aplicação
Vamos analisar a operação de uma empresa fabricante que adquire mercadorias, produz e comercializa
os produtos resultantes da operação.
A empresa Industriax Ltda., estabelecida na cidade de Salvador (BA), fabrica máquinas e equipamentos
industriais de controle de qualidade para processos produtivos. Por ser optante do lucro presumido, tem
o regime de cumulatividade para PIS e Cofins e teve as seguintes operações no mês de março de 2010:
b) Na operação de saída, vamos calcular o total da nota fiscal e os impostos, contabilizar a venda e
os impostos, fazer os lançamentos de apuração dos impostos no final do período e levantar a DRE para
apuração do lucro bruto.
Comentários: como a aquisição é de material que será utilizado na fabricação de produtos que serão
comercializados posteriormente, ou seja, matéria-prima, o ICMS incide sobre o valor da mercadoria, não
entrando na base de cálculo do ICMS a parcela correspondente ao IPI.
147
Unidade III
• Efetuar a contabilização:
Comentários: por se tratar de venda para fins de consumo final, o valor do IPI integrará a base de
cálculo do ICMS; então, a alíquota incidirá sobre o total da nota fiscal, e não somente da mercadoria.
As alíquotas de PIS e Cofins, no caso de sistema cumulativo, são de 0,65% e 3%, respectivamente, e
o cálculo é feito sobre o valor da mercadoria, sem considerar o IPI.
Resumo
149
Unidade III
150
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Exercícios
Questão 1. (FCC/Sanasa 2019, adaptada) Existem dois regimes de apuração do PIS e da Cofins: o
regime cumulativo e o regime não cumulativo.
Embora os dois regimes sejam considerados contribuições sobre faturamento, há diferenças entre
eles. Em relação aos dois regimes, considere as afirmativas a seguir.
I – No regime não cumulativo, aplicam-se as alíquotas de 1,65% para PIS e de 7,6% para Cofins.
III – Para as empresas optantes pelo lucro presumido, sujeitas ao regime cumulativo, as alíquotas do
PIS e da Cofins são 0,65% e 3%, respectivamente.
A) II.
B) I e II.
C) I e III.
D) III.
E) II e III.
Análise da questão
São regimes tributários do PIS e da Cofins, o regime cumulativo e o regime não cumulativo.
As empresas optantes pelo lucro presumido devem recolher o PIS e a Cofins pelo regime cumulativo.
As empresas optantes pelo lucro real devem recolher as contribuições pelo regime não cumulativo. Quanto às
diferenças existentes entre eles, destacam-se as alíquotas e o aproveitamento de créditos. Para o regime
cumulativo, as alíquotas são 0,65% para o PIS e 3% para a Cofins. Já para o regime não cumulativo, as
alíquotas são 1,65% para o PIS e 7,6% para a Cofins. O aproveitamento de créditos é específico para
o regime não cumulativo: logo, as empresas sujeitas ao regime cumulativo não podem se utilizar do
aproveitamento do crédito.
151
Unidade III
Questão 2. A Indústria Iluminada S.A. é uma empresa que fabrica lâmpadas e está sujeita à apuração
do PIS e da Cofins pelo regime não cumulativo. A principal característica do regime não cumulativo é o
direito ao crédito nas operações anteriores que pode ser deduzido das contribuições a pagar. Ao final do
mês, para o cálculo dessas contribuições, a empresa apurou as informações a seguir.
Tabela 62
Com base nas informações apresentadas, o valor da Cofins a ser pago pela empresa deve ser de
A) R$ 4.750,00
B) R$ 5.054,00
C) R$ 5.966,00
D) R$ 1.964,00
E) R$ 7.410,00
Análise da questão
De acordo com a Lei n. 10.833 de 29.12.2003 e atualizações posteriores, o IPI e as vendas canceladas
não integram a base de cálculo da Cofins (portanto, deve haver dedução).
No tratamento dos créditos admitidos, o art. 3º da mesma lei permite que, do valor apurado, a
pessoa jurídica poderá descontar, entre outros, os créditos calculados em relação a:
152
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
As despesas administrativas não admitem créditos, assim como o aluguel pago à pessoa física.
Créditos:
153
REFERÊNCIAS
Textuais
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Folha de S. Paulo, 2020. Disponível em: https://bit.ly/3AvvMeL. Acesso em: 15 fev. 2021.
AMARAL, G. L. et al. Carga tributária brasileira de 2010: prévia. Instituto Brasileiro de Planejamento
Tributário (IBPT), 2011. Disponível em: https://bit.ly/3dI3kMU. Acesso em: 7 jan. 2021.
BORGES, H. B. Planejamento tributário: IPI, ICMS, ISS e IR. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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154
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000