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11/08/2023

CCO321
Contabilidade tributária II

PIS e COFINS

Prof. Dr. Wender Fraga Miranda

Contribuição Social para


Financiamento da
Seguridade Social
(COFINS)

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CONCEITO
• Contribuição Social para Financiamento da Seguridade
Social (COFINS) é um tributo que incidirá sobre o valor
do faturamento mensal das pessoas jurídicas ou a elas
equiparadas
• Tem por objetivo assegurar os direitos relativos à
saúde, à previdência e à assistência Social.
Art. 195, I - CF

SUJEITO PASSIVO

O sujeito passivo da Cofins é a pessoa jurídica em geral


e a ela equiparada pela legislação do Imposto de
Renda, incluindo as instituições financeiras, construtoras
e incorporadoras de imóveis.

Lei complementar 70/91, art. 1º

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ISENÇÃO

• Asilos
• Orfanatos
• Santas casas de misericórdia
• As microempresas e as empresas de pequeno porte
• As associações, os sindicatos, as federações, as
organizações reguladoras de atividades profissionais e
demais entidades classistas, relativamente às
arrecadações provenientes de mensalidades...
• As sociedades cooperativas, com observância no
disposto em legislação própria.

Programa de Integração
Social
(PIS)

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CONCEITO

• Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) foi


criada pela Lei Complementar n.º 7 de 07/09/1970.

“Art. 1.º - É instituído, na forma prevista nesta Lei, o Programa de


Integração Social, destinado a promover a integração do empregado na
vida e no desenvolvimento das empresas.”

• A contribuição para o Programa de Formação do Patrimônio do


Servidor Público (PASEP) foi criada pela Lei complementar n.º
8 de 03/12/

Viabilizando melhor distribuição da renda por meio de benefícios


como o Abono Salarial e o Seguro-Desemprego.
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SUJEITO PASSIVO

• Pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são


equiparadas pela legislação do Imposto de Renda,
inclusive as empresas públicas e as sociedades de
economia mista e suas subsidiárias.
• Entidades sem fins lucrativos
• Pessoas jurídicas de direito público interno.

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MODALIDADE DE CONTRIBUIÇÃO

• Pis/Pasep sobre o faturamento mensal, cuja alíquota é de


1,65% para as empresas tributadas pelo lucro real;

• Pis/Pasep sobre o faturamento mensal, cuja alíquota é de


0,65% para as empresas tributadas pelo lucro presumido;

• Pis/Pasep sobre a folha de pagamento, cuja alíquota é 1%

PIS E COFINS
REGIME NÃO CUMULATIVO

Lei nº 10.833/2002

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1. INTRODUÇÃO

A presente matéria tem por objetivo expor as


principais tratativas aplicáveis ao regime não-
cumulativo mencionados na Lei n° 10.637 de 30 de
dezembro de 2002 e na Lei n° 10.833 de dezembro
de 2003.

2. BASE DE CÁLCULO
As Contribuições para o PIS e para a COFINS não cumulativo
conforme artigo 1° das Leis n°s 10.637/2002 e 10.833/2003, incidem
sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou classificação contábil.
O total das receitas compreende a receita bruta definida no artigo
12 do Decreto-Lei n° 1.598/1977:
a) o produto da venda de bens nas operações de conta própria;
b) o preço da prestação de serviços em geral;
c) o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
d) as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não
compreendidas nos itens “a” a “c”.
No regime não-cumulativo também haverá tributação sobre todas as
demais receitas auferidas pela pessoa jurídica com os seus respectivos
valores decorrentes do ajuste a valor presente dos elementos do ativo
decorrentes de operações de longo prazo, sendo os demais ajustados
quando houver efeito relevante, conforme inciso VIII do artigo
183 da Lei n° 6.404/1976, e na Lei n° 10.833 de dezembro de 2003.

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2.1. Exclusões da Base de cálculo


A base de cálculo das Contribuições para o PIS e para a
COFINS é o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica,
conforme mencionado no item anterior, exceto em relações
aos valores:
a) decorrentes de saídas isentas da contribuição ou sujeitas
à alíquota zero;
b) auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda
de mercadorias em relação às quais a contribuição seja
exigida da empresa vendedora, na condição de substituta
tributária;
c) vendas canceladas e aos descontos incondicionais
concedidos;

2.1. Exclusões da Base de cálculo


d) reversões de provisões e recuperações de créditos
baixados como perda, que não representem ingresso de
novas receitas, o resultado positivo da avaliação de
investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e
dividendos derivados de participações societárias, que
tenham sido computados como receita;
e) ganho de capital decorrentes da venda de bens do ativo
não circulante, classificado como investimento, imobilizado
ou intangível, de que trata o inciso IV do caput do artigo
187 da Lei n° 6.404/1976,
f) decorrentes de transferência onerosa a outros
contribuintes do ICMS, de créditos de ICMS originados de
operações de exportação, conforme o disposto no inciso
II do § 1° do artigo 25 da Lei Complementar n° 87/1996;

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2.1. Exclusões da Base de cálculo

g) financeiras decorrentes do ajuste a valor presente de que


trata o inciso VIII do caput do artigo 183 da Lei n° 6.404/1976,
referentes a receitas excluídas da base de cálculo da
Contribuição para o PIS;
h) relativas aos ganhos decorrentes de avaliação de ativo e
passivo com base no valor justo;
i) de subvenções para investimento, inclusive mediante
isenção ou redução de impostos, concedidas como estímulo à
implantação ou expansão de empreendimentos econômicos e
de doações feitas pelo poder público;

2.1. Exclusões da Base de cálculo

j) reconhecidas pela construção, recuperação, reforma,


ampliação ou melhoramento da infraestrutura, cuja
contrapartida seja Ativo Intangível representativo de direito
de exploração, no caso de contratos de concessão de serviços
públicos
k) relativas ao valor do imposto que deixar de ser pago em
virtude das isenções e reduções de que tratam as alíneas
"a", "b", "c" e "e" do § 1° do artigo 19 do Decreto-Lei n°
1.598/1977;
l) relativas ao prêmio na emissão de debêntures.

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2.2. Receitas financeiras


Decreto n° 8.426/2015, restabelece a tributação das receitas financeiras
auferidas pelas pessoas jurídicas na modalidade não cumulativa de PIS e
COFINS, sendo tributadas nas alíquotas de 0,65% de PIS e 4% da COFINS.
No entanto, deverá ser analisado as receitas financeiras de forma
individualizada, visto que há algumas exceções na tributação, conforme segue:
a) receitas que permanecem com alíquota zero:
a.1) variações monetárias, em função da taxa de câmbio, incidentes sobre
empréstimos e financiamentos, e obrigações contraídas pela pessoa jurídica
no exterior;
a.2) variações monetárias, em função da taxa de câmbio, incidentes sobre as
operações de exportação de bens e serviços para o exterior.
a.3) receitas referentes a operações de hedge quando o contrato estiver
relacionado com as atividades operacionais da pessoa jurídica;
a.4) receitas referentes a operações de hedge quanto o contrato destinar-se à
proteção de direitos ou obrigações da pessoa jurídica.
b) receitas decorrentes de juros sobre capital próprio, pelo regime não
cumulativo terão incidência normal das referidas contribuições, ou seja, 1,65%
PIS e 7,6% COFINS.

3. ALÍQUOTA
Regra geral, para determinação do valor da contribuição para
o PIS será aplicada sobre a base de cálculo apurada a alíquota
de 1,65%.

Para apuração de COFINS, alíquota é de 7,6%.

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3.1. Alíquotas diferenciadas

Em determinados casos, existem alíquotas


diferenciadas*.

* Ver Roteiros 1 e 2

4. CRÉDITOS
As pessoas jurídicas sujeitas ao regime não-cumulativo, poderão
descontar créditos sobre:
a) bens adquiridos para revenda, exceto os produtos sujeitos à
tributação monofásica e à substituição tributária do PIS/COFINS;
b) bens e serviços utilizados como insumo na fabricação de produtos
destinados a venda ou prestação de serviços, inclusive combustíveis e
lubrificantes;
c) energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor,
consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica, incorrida no
mês;
d) aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos à pessoa
jurídica, utilizados nas atividades da empresa, incorridos no mês;
e) o valor das contraprestações, incorridas no mês, de operações de
arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo
Simples Nacional;

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4. CRÉDITOS
f) encargos de depreciação incorridos no mês, de máquinas, equipamentos e
outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para
locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à
venda ou na prestação de serviços;
g) encargos de amortização ou depreciação incorridos no mês, de edificações
e benfeitorias em imóveis de terceiros, quando o custo, inclusive de mão-de-
obra, tenha sido suportado pela locatária;
h) dos bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado o
faturamento do mês ou de mês anterior e tributada de forma não-cumulativa;
i) armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos
itens a e b, quando o ônus for suportado pelo vendedor, incorridos no mês;
j) vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme
fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de
prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção;
k) encargos de amortização incorridos no mês, de bens incorporados ao ativo
intangível, adquiridos para utilização na produção de bens destinados a venda
ou na prestação de serviços.

4.1. Determinação

O desconto de crédito será determinado mediante a aplicação


das alíquotas de 1,65% e 7,6% de PIS e COFINS sobre os
valores mencionados anteriormente no item 4.

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4.2. Créditos impedidos


Para desconto de créditos no regime não-cumulativo, é importante
observar que, não dará direito a crédito o valor:

a) de mão-de-obra paga a pessoa física; e

b) da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento das


contribuições.

A tratativa da alínea ‘b’, aplica-se inclusive na aquisição do bem ou


serviço sujeitos à isenção, quando revendidos ou utilizados como
insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos
ou não alcançados pelas contribuições.

4.3. Créditos diferenciados

Em relação ao desconto de créditos aplicáveis para o regime


não-cumulativo:

4.3.1. Papel imune


O desconto de créditos relacionado à venda de papel imune a
impostos de que trata o artigo 150, inciso VI, alínea ‘d’,
da Constituição Federal, quando destinado à impressão de
periódicos, que fica sujeita à alíquota de 0,8% para PIS e de
3,2% para COFINS.

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4.3. Créditos diferenciados


4.3.2. Zona franca de Manaus
No que se refere a aquisição de mercadoria produzida por pessoa
jurídica estabelecida na Zona Franca de Manaus, consoante projeto
aprovado pelo Conselho de Administração da SUFRAMA, poderá
descontar créditos calculados mediante a aplicação, sobre o valor
de aquisição dos referidos produtos, das alíquotas de 1% e de 4,6%,
respectivamente.
Em se tratando de pessoa jurídica estabelecida fora da ZFM, que
apure o imposto de renda com base no Lucro Real e que tenha sua
receita, total ou parcialmente excluída do regime de incidência não-
cumulativa das contribuições, os créditos serão determinados
mediante aplicação dos percentuais de 1,65% e 7,6%.
Ainda, o desconto de crédito da COFINS será à alíquota de 5,60%,
nas operações com os bens referidos no inciso VI do artigo 28 da Lei
n° 11.196/2005.

4.4. Método de apropriação


Para as pessoas jurídicas que estão sujeitas à incidência
simultânea do regime cumulativo e não-cumulativo de PIS e
COFINS, o crédito será apurado, exclusivamente, em relação
aos custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas do
regime não-cumulativo.
Neste caso, à opção da pessoa jurídica, o crédito pode ser
apurado por um dos seguintes métodos:
I) apropriação direta, inclusive em relação aos custos, por
meio de sistema de contabilidade de custos integrada e
coordenada com a escrituração; ou
II) rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e
encargos comuns a relação percentual existente entre a
receita bruta sujeita à incidência não-cumulativa e a receita
bruta total, auferidas em cada mês.

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4.5. Crédito sobre estoque


As empresas optantes pelo Simples Nacional ou pelo Lucro
Presumido que por opção ou obrigatoriedade passarem a ser
tributadas na forma do Lucro Real sujeitas ao regime não-
cumulativo de PIS e COFINS, poderão descontar crédito
presumido das referidas contribuições, calculados sobre o
estoque de abertura referente à produtos para revenda ou
insumos, na data da alteração do regime tributário adotado
para fins do imposto de renda.
O crédito presumido é apurado por meio do resultado da
aplicação do percentual de 0,65% para PIS e 3% para COFINS,
sobre o valor do estoque.
O crédito presumido será utilizado em 12 parcelas mensais,
iguais e sucessivas, a partir da data da mudança de regime.

5. RECOLHIMENTO

As Contribuições de PIS e COFINS, deverão ser pagas até o 25°


dia do mês subsequente ao de ocorrência do fato gerador.
Se o dia do vencimento de que trata este artigo não for dia
útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia
útil que o anteceder.

Os códigos de DARF para recolhimento das Contribuições


serão:
a) PIS não-cumulativo: 6912;
b) COFINS não-cumulativo: 5856.

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PIS E COFINS
REGIME CUMULATIVO
Decreto Lei nº 1.598/77

6. Regime cumulativo

Diferentemente do regime não cumulativo, as pessoas


jurídicas sujeitas ao regime cumulativo do Pis e Cofins não
poderão descontar créditos, salvo as hipóteses de crédito
presumido previstas nas legislações esparsas.

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7. Contribuintes
São contribuintes do PIS e da COFINS incidentes sobre o
faturamento as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes
são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive: Lei
n° 9.718/98, art. 1° ao 3°
a) as entidades fechadas e abertas de previdência complementar,
sendo irrelevante a forma de sua constituição;
b) as entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial
e de falência, em relação às operações praticadas durante o período
em que perdurarem os procedimentos para a realização de seu
ativo e o pagamento do passivo;
c) os fabricantes e os importadores de cigarros são contribuintes e
responsáveis, na condição de substitutos, pelo recolhimento do PIS
e da COFINS devidos pelos comerciantes varejistas;
c) as pessoas jurídicas que administram jogos de bingo são
responsáveis pelo pagamento das contribuições incidentes sobre as
receitas geradas com essa atividade. Observe-se que esse
pagamento não exime a pessoa jurídica administradora da
obrigação do pagamento das contribuições na condição de
contribuinte.

8. Esclarecimento

Neste ponto cabe destacar Receita e Faturamento não se


confundem.
Pode haver convergência ou sobreposição de conceitos na
medida que faturamento é visto como receita, pois nem toda
receita é faturamento.
Já o Faturamento provém da venda de mercadorias e
prestação de serviços, enquanto receita pode ser qualquer
ingresso de dinheiro ou bens na pessoa jurídica que
represente um aumento patrimonial.

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9. Alíquotas
Neste regime de apuração as alíquotas básicas são: Lei n°
9.718/98, art. 4°
a) 0,65% para o PIS; e
b) 3% para a COFINS.

No entanto, para as Instituições Financeiras e Equiparadas,


possuem as seguintes alíquotas:
a) 0,65% para o PIS; e
b) 4% para a COFINS.

Importante destacar que as alíquotas do PIS e COFINS devem ser


analisadas também pela NCM* dos produtos devido aos vários
benefícios fiscais tratados em legislações esparsas.

* A Nomenclatura Comum do Mercosul é uma convenção de categorização de


mercadorias adotada desde 1995 pelo Uruguai, Paraguai, Brasil e Argentina e que toma
por base o Sistema Harmonizado

10. Exclusões da base de cálculo


Poderão ser excluídos os seguintes itens na apuração das
contribuições:
a) vendas canceladas e descontos incondicionais concedidos; Lei n°
9.718/98, art. 3°, § 2°, I
b) IPI, quando destacado na nota fiscal; Decreto-Lei n°
1.598/77, art. 12, § 4°
c) ICMS, quando recolhido na condição de substituto
tributário; Decreto-Lei n° 1.598/77, art. 12, § 4°
d) as reversões de provisões e recuperações de créditos baixados
como perda, que não representem ingresso de novas receitas; Lei
n° 9.718/98, art. 3°, § 2°, II
e) o resultado positivo da avaliação de investimento pelo valor do
patrimônio líquido - MEP; Lei n° 9.718/98, art. 3°, § 2°, II
f) os lucros e dividendos derivados de participações societárias, que
tenham sido computados como receita bruta; Lei n° 9.718/98, art.
3°, § 2°,II

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10. Exclusões da base de cálculo


g) as receitas, decorrentes da venda de bens do ativo não
circulante, classificado como investimento, imobilizado ou
intangível; Lei n° 9.718/98, art. 3°, § 2°, IV
h) a receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação
ou melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo
intangível representativo de direito de exploração, no caso de
contratos de concessão de serviços públicos;
i) receitas sujeitas a alíquota zero;
j) receitas com suspensão;
k) receitas tributadas à alíquota zero (revenda de produtos sujeitos
à tributação monofásica);
l) receita sem incidência da contribuição;
m) receita isenta;
n) receita de revenda decorrente de operações sujeitas à
substituição tributária

11. Receitas financeiras

A partir de 28.05.2009, não é mais devida pelas empresas


tributadas pelo regime cumulativo, a tributação da
Contribuição para o PIS e para COFINS sobre receitas não
decorrentes da atividade da empresa, tais como as receitas
financeiras, as decorrentes de aluguel de imóveis e outras,
desde que tais atividades não façam parte do objeto social da
pessoa jurídica.

As alterações promovidas pela legislação trouxeram o


conceito de "receita bruta" que passa a ser exclusivamente a
decorrente da exploração das atividades fins da pessoa
jurídica. Lei n° 12.973/2014, art. 52

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EXEMPLOS DE CÁLCULO:

DADOS: % R$

Faturamento operacional bruto (IPI incluso) 1.760.000


Descontos incondicionais concedidos 40.000
Devoluções de vendas 80.000
Cancelamento de vendas 80.000
IPI contido no faturamento 152.000
Receita de aluguel de bens do ativo permanente – objetivo social 40.000

Ganhos de capital na venda de bens e direitos 60.000


Resultado positivo na equivalência patrimonial 80.000
Receita de juros 12.000
Aquisição de mercadorias do período 65,91 (a) 1.160.000
Mão de obra paga a pessoa física 20.000
Aluguel pago a pessoa física 30.000

BASE de CÁLCULO da COFINS e do PIS: R$ Não Cum Cumulativa

Faturamento operacional bruto (IPI incluso) 1.760.000 1.760.000


(-) IPI contido no faturamento 152.000 152.000
(=) Receita bruta de vendas 1.608.000 1.608.000
(-) Cancelamento de vendas 80.000 80.000
(-) Descontos incondicionais concedidos 40.000 40.000
(- ) Devoluções 80.000
(+) Receita de juros 12.000

(+) Receita de aluguel de bens do ativo permanente 40.000 38 40.000


(=) Base de cálculo 1.540.000 1.448.000

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PIS - Exemplo
CÁLCULO do PIS:
PIS DEVIDO CRÉDITO A PAGAR
NÃO-CUMULATIVO : 1,65% X 1.528.000 R$ 25.212 R$ 20.460 R$ 4.830
PIS : 0,65% X 12.000 78
CUMULATIVO : 0,65% X 1.448.000 R$ 9.412 R$ - R$ 9.412

CRÉDITO do PIS:

Aquisição de mercadorias do período 1.160.000


(+) Devoluções de vendas 80.000
(=) Total 1.240.000
Crédito = 1,65% X 1.240.000 R$ 20.460

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COFINS - Exemplo
CÁLCULO da COFINS:
COFINS DEVIDO CRÉDITO A PAGAR
NÃO-CUMULATIVO : 7,6% X 1.528.000 R$ 116.128 R$ 94.240 R$ 22.368
COFINS : 4.0% X 12.000 480
CUMULATIVO : 3,0% X 1.448.000 R$ 43.440 R$ - R$ 43.440

CRÉDITO da COFINS:

Aquisição de mercadorias do período 1.160.000


(+) Devoluções de vendas 80.000
(=) Total 1.240.000
Crédito = 7,6% X 1.240.000 R$ 94.240

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3. ALÍQUOTA DA COFINS

Empresas tributadas Cofins não cumulativo


pelo Lucro Real 7,6%

Empresas tributadas Cofins sobre faturamento


pelo Lucro Presumido 3%
e Arbitrado

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Pis/Pasep com base na


folha de pagamento

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12. Contribuintes

• Templos de qualquer natureza


• Partidos políticos
• Entidades de caráter filantrópico, religioso, cultural,
recreativo, científico e as associações que preencham
as condições e requisitos legais.
• Condomínios de propriedades residencial e comercial
que possuam empregados.

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12. Contribuintes

• Organização das Cooperativas Brasileiras e


organizações estaduais de cooperativas, em relação às
operações praticadas com cooperados.
• Instituições de educação e assistência social.
• Sindicatos, federações e confederações
• Serviços sociais autônomos (Lei)
• Conselhos de profissões regulamentadas
• Fundações de direito privado

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13. Alíquota
Estas entidades sem fins lucrativos são contribuintes do
PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários, a alíquota
aplicável é de 1%.

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13. Base de cálculo

A base de cálculo do PIS/Folha de Salários incidente sobre a folha


de salários mensal, corresponde aos seguintes rendimentos:
salários, inclusive o salário-maternidade, gratificações, comissões,
adicional de função, ajuda de custo, aviso prévio trabalhado,
adicional de férias (1/3), adicional sindical (duenios, quinquênios,
etc.), adicional noturno, horas extras, 13° salário, repouso semanal
remunerado e diárias superiores a 50% do salário.

Mesmo não estando expressamente citado no artigo


51 da Instrução Normativa n° 247/2002 os valores relativos ao
adicional de insalubridade, periculosidade, tempo de serviço são
considerados para efeitos da base da remuneração de salários,
devendo ser considerados para cálculo do PIS/Folha de Salários.

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14. Exclusões

Não integram a base de cálculo o salário família, tíquete


alimentação, vale transporte, aviso prévio indenizado, férias
(abono pecuniário) e licença-prêmio indenizadas, incentivo
pago em decorrência de adesão a Plano de Demissão
Voluntária (PDV), FGTS pago diretamente ao empregado
decorrente de rescisão contratual e outras indenizações por
dispensa, desde que dentro dos limites legais.

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15. Recolhimento

O recolhimento será efetuado em DARF sob o Código de DARF


8301. O vencimento é até o dia 25 do mês subsequente ao
mês de ocorrência dos fatos geradores, segundo dispõe
o artigo 18 da Medida Provisória n° 2.158-35/2001.
Se o dia do vencimento não for dia útil, deverá ser antecipado
o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder.

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ALÍQUOTA DO PIS

Empresas tributadas Pis/Pasep não cumulativo


pelo Lucro Real 1,65%

Empresas tributadas Pis/Pasep faturamento


pelo Lucro Presumido 0,65%

Templos,
condomínios, partidos Pis/Pasep sobre folha de
políticos, entidades pagamento - 1%
sem fins lucrativos

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