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8. Estudo de Caso
São Paulo – Empresa espera faturar 280 milhões de reais no primeiro ano e desafiar no
longo prazo liderança da B2W, dona do Submarino e Americanas.
Não é só entre as redes sociais (o Orkut, no caso) que o mercado brasileiro de internet
vê uma alta concentração na mão de apenas um competidor. O comércio eletrônico
passa pela mesma situação, com a B2W Companhia Global do Varejo, nascida da fusão
entre Submarino e Americanas.com em 2006, que tem mais de 50% do faturamento do
mercado.
Após anos resistindo à ideia, a Casas Bahia, maior rede varejista brasileira, entrou
oficialmente na internet nesta segunda-feira (02/02) em movimentação que deverá ter
reflexos e impacto em médio prazo no comércio eletrônico brasileiro.
“Qualquer player tem que ficar preocupado” com a tão adiada estreia do serviço de
vendas online da Casas Bahia, afirma Daniel Domeneghetti, sócio-fundador da E-
Consulting e CEO da DOM Strategy Partners. E os quase 10 anos de experiência do
Submarino vendendo online? “Experiência se compra”.
Não é segredo que o sucesso da Casas Bahia no varejo físico brasileiro, tem relação
direta com o parcelamento facilitado oferecido para móveis e eletrodomésticos para as
classes C e D.
A entrada da Casas Bahia no e-commerce não acontece logo após a ascensão da classe C
à internet à toa, acredita Domeneghetti, que vê o enriquecimento das classes mais
baixas e o posterior aumento da classe média brasileira como principal razão pela
entrada.
Estratégia de Empresas
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“É ingênuo quem acha que eles são apenas para classe C. Quem das classes A e B não
tiver paciência de ir às lojas físicas, pode comprar online sem problema. É um
complemento de público pra eles”, explica o executivo.
Ou seja: por mais que seja reconhecida como uma marca para classes C e D, a Casas
Bahia entra no varejo eletrônico tendo como alvos também as tradicionais classes que
consomem produtos do Submarino, Americanas.com, Ponto Frio e ShopTime.
A justificativa que envolve classes mais pobres não convence totalmente Domeneghetti.
“A Lojas Americanas tinha o mesmo perfil e trabalhava de jeito diferente. Clientes da
Casas Bahia compram parcelado (o popular carnê) e esse modelo para web é algo que
não encaixa. Existia risco de canibalizar o cliente por expor suas práticas de maneira
mais transparente”.
Preocupada com isso, a Casas Bahia ouviu ao longo de 2008 seus clientes. Pesquisas
foram realizadas nas lojas físicas para entender as expectativas e quais ferramentas
incentivariam e derrubariam o temos sentido por muitos consumidores acostumados às
lojas de cimento e tijolo.
O acompanhamento por especialistas em tempo real, que ajudam a guiar a compra, tem
relação direta com os resultados da pesquisa feita entre os clientes.
Dado a penetração da marca e o forte ritmo de inclusão digital registrado nos últimos
anos, as projeções de faturamento da Casas Bahia podem ser consideradas
conservadoras.
Em dez anos, a meta é replicar no mercado online uma fatia muito próxima à presente
no varejo tradicional: 5% do faturamento do setor eletrônico contra 27% do registrado
para vendas físicas.
O que pode beneficiar a Casas Bahia na próxima década para conquistar dos rivais, B2W
principalmente, um quarto do mercado?
O poder que a marca da Casas Bahia carrega pode ser suficiente para atrair clientes
temerários do e-commerce para suas primeiras compras online, algo que, em médio
prazo, beneficia não só a rede, mas o setor como um todo.
Entrou no ar nesta segunda-feira (02/02) a loja virtual da Casas Bahia. No primeiro ano
de funcionamento, a rede varejista espera que o e-commerce seja responsável por 2%
do faturamento. No total, foram investidos R$ 3,7 milhões no novo canal de vendas da
companhia.
O web site foi desenvolvido em plataforma mainframe, o que o deixa integrado com toda
a cadeia de lojas, em tempo real, facilitando processos e controle de estoque. A loja
conta com 13 categorias de produtos e comercializa cerca de quatro mil produtos.
Líder varejista investiu R$ 3,7 milhões e prevê que loja online será responsável por 2%
do faturamento da rede.
No dia 02 de fevereiro de 2009, a Casas Bahia inaugurou sua loja virtual. A previsão para
o primeiro ano de funcionamento é de que a loja virtual atinja 2% do faturamento da
empresa.
Foi realizado um investimento de 3,7 milhões de reais neste projeto que durou 3 anos. A
loja conta com 13 categorias de produtos e comercializa 4 mil itens.
Nos últimos meses, as classes que mais crescem no e-commerce brasileiro são a C e D,
também integrantes do foco da Casas Bahia e um dos motivos para que ela entrasse no
mercado online.
A notícia da inauguração das operações da Casas Bahia na web correu solta pela internet
nos últimos dias e, apesar da importância, achei que não teria relevância mais um post
no mar.
O que realmente me pareceu relevante foi a ação agora anunciada de que a Casas Bahia
já estaria focando em publicidade nas lan houses, principais pontos de entrada para as
classes C e D na internet. A ideia parece ser o uso de adesivos sobre os monitores de
alguns estabelecimentos com imagens relacionadas a Casas Bahia. Um movimento mais
do que adequado quando se considera o posicionamento da empresa no mundo ”real”.
Mais bacana do que a ação em si, me parece ser a possibilidade da iniciativa ajudar a
abrir os olhos de outros anunciantes para o poder da internet mesmo junto às classes
mais populares.
3 de fevereiro, 2009
Bastante atrasada em relação aos seus concorrentes, a rede de varejo Casas Bahia
lançou nesta segunda-feira (02/02) o seu portal de comércio eletrônico.
A Casas Bahia vai começar a vender produtos pela internet a partir do ano que vem,
revelou ontem o diretor-executivo da maior rede de varejo do País, Michael Klein. A
reformulação da página eletrônica da rede está vinculada ao crescimento da base de
clientes de cartão de crédito com a bandeira da empresa. Atualmente, são 2,5 milhões,
mas o investimento nas vendas online só será concretizado quando esse grupo atingir 4
milhões.
'Nós primeiro temos de preparar a base para que possamos ter, no ano que vem,
internet e público com cartão de crédito para fazer as compras. E também vender muitos
computadores', afirmou Klein, durante a inauguração do novo centro de distribuição de
Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A empresa não informa em números absolutos
o total de computadores vendidos, mas nos primeiros quatro meses deste ano a venda
na rede cresceu 170% em relação ao mesmo período de 2006.
Klein diz que a Casas Bahia conta com 26 milhões de clientes com crediário, mas apenas
10% deles têm cartão de crédito com bandeira da empresa, lançado há um ano e meio.
Klein estima que são emitidos 10 mil cartões por dia, o que torna a rede de varejo,
segundo ele, a maior emissora de cartões de crédito do País. A taxa de inadimplência nas
vendas do crediário está entre 10% e 11%.
'Se alguém me perguntasse há dois anos se a Casas Bahia, com 500 mil clientes com
cartão de crédito, deveria vender pela internet, diria que sim. Mas é melhor entrar
atrasado do que não entrar', diz o especialista em varejo Nelson Barrizelli, professor da
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo
(USP). Algumas das principais concorrentes da Casas Bahia, como Lojas Americanas,
Magazine Luiza e Ponto Frio, já vendem pela web.
O especialista estima que as vendas pela internet respondam por cerca de 5% das
vendas totais do varejo. Em alguns nichos específicos, como o de produtos
eletroeletrônicos, Barrizzeli diz que a porcentagem é maior. Para Barrizzeli, a entrada da
Casas Bahia no comércio virtual vai movimentar não só as vendas de produtos
eletroeletrônicos, como mexer com o mercado da internet em geral e acirrar a
competição.
Hoje, os produtos pequenos - como DVDs - são retirados diretamente pelos clientes das
lojas. Ao vender essas mercadorias pela internet, a rede teria de criar uma enorme rede
de distribuição, proporcional ao número de clientes e a quantidade de vendas.
No ano passado, as mais de 500 lojas da Casas Bahia faturaram R$ 11,5 bilhões. Pelas
contas de Klein, antes de a venda de computadores explodirem no Brasil, o movimento
de um site de vendas seria o equivalente a duas lojas físicas e não valeria o investimento
em logística. Agora, porém, está se formando uma enorme massa de consumidores com
potencial de comprar pela internet.
Maior nome do varejo tradicional do Brasil estreia na web se apoiando no poder da sua
marca para bater de frente com dominação da B2W. Não é só entre as redes sociais (o
Orkut, no caso) que o mercado brasileiro de internet vê uma altíssima concentração na
mão de apenas um player – o comércio eletrônico passa pela mesma situação, com a
B2W Companhia Global do Varejo, nascida da fusão entre Submarino e Americanas.com
em 2006, na folgada liderança.
A dominação fica evidente pela separação da receita gerada pelo comércio eletrônico
brasileiro em 2007, segundo dados da consultoria e-bit: por meio tanto de
Submarino.com.br como Americanas.com, a B2W fatura 54% de todo o dinheiro
movimentado no setor.
Os dados relativos ao ano de 2008, cuja prévia apontam faturamento total de setor de
8,5 bilhões de dólares, ainda estão em fase de compilação e deverão ser divulgados
apenas no começo de março.
Após anos resistindo a ideia, a Casas Bahia, maior rede varejista brasileira, entrou
oficialmente na internet nesta segunda-feira (02/02) em movimentação que deverá ter
reflexos impactos em médio prazo no comércio eletrônico brasileiro.
“Qualquer player tem que ficar preocupado” com a tão adiada estreia do serviço de
vendas online das Casa Bahia, afirma Daniel Domeneghetti, sócio-fundador da E-
Consulting e CEO da DOM Strategy Partners. E os quase 10 anos de experiência do
Submarino vendendo online? “Experiência se compra”.
Não é segredo que o sucesso da Casas Bahia no varejo físico brasileiro tem relação direta
com o parcelamento facilitado oferecida para móveis e eletrodomésticos que atinge em
cheio classes C e D sem crédito para compras à vista.
A entrada da Casas Bahia no e-commerce não acontece logo após a ascensão da classe C
à internet à toa, acredita Domeneghetti, que vê o enriquecimento das classes mais
baixas e posterior aumento da classe média brasileira como principal razão pela entrada.
“É ingênuo quem acha que eles são apenas para classe C. Quem das classes A e B não
tiver paciência de ir às lojas físicas, pode comprar online sem problema. É um
complemento de público pra eles”, explica.
A maior rede varejista do Brasil inaugurou nesta semana sua loja online. Conhecida pelos
carnês de parcelamento e por dominar consumidores das classes D e E, a rede terá como
desafio desenvolver uma ferramenta online que possa atender aos clientes
“desbancarizados”, ou seja, aqueles que não possuem conta em banco, segundo avaliam
consultorias. Obstáculos à parte, a chegada do grupo deve impactar positivamente o
setor e fazer bem aos números do e-commerce brasileiro.
Carrefour a caminho
Ainda assim, diante do cenário atual, não deve tardar para que o Carrefour lance sua loja
online, as apostas dão conta que até o fim de 2009 a rede tenha seu canal de vendas na
web.
Projeções
Apesar da crise e de todas as incertezas que pairam nas sociedades por todo o mundo, a
expectativa, segundo a Câmara-e.net, é que o comércio eletrônico cresça 30% em 2009,
atingindo um faturamento bruto de R$ 10 bilhões. Em 2008, o setor encerrou com
avanço de 35% ante 2007. A empresa entende que há uma grande janela de
crescimento para o e-commerce, já que, em relação ao comércio físico, o faturamento
ainda é pequeno.
Rede varejista deve quebrar o tabu das vendas online quando o número de clientes de
seus cartões de crédito atingir 4 milhões.
A internet deixou de ser tabu para a maior rede varejista do País. Em entrevista
publicada no jornal O Estado de São Paulo, nesta terça-feira (19/06), Michael Klein,
diretor-executivo da Casas Bahia, afirmou que a empresa já tem uma meta para
ingressar no varejo online.
Segundo a consultoria, o comércio eletrônico deve faturar 6,5 bilhões de reais este ano,
o que representa um crescimento de cerca de 45% em relação ao resultado de 2006 -
4,4 bilhões de reais.
"Certamente é outro tipo de negócio. Eles terão de investir em tecnologia, ter um time
dedicado à operação de e-commerce, um Centro de Distribuição exclusivo ou pelo menos
um espaço dedicado às vendas online", avalia Guasti.
Após patinar por dois anos, a Viavarejo disparou em lucro. E isso está mudando tudo na
enroscada disputa entre seus sócios.
Para a família Klein, fundadora da Casas Bahia, o último mês de novembro foi
traumático. Naquele mês, a rede de eletroeletrônicos fundada em 1952 pelo patriarca,
Samuel, passou, definitivamente, para o domínio do Grupo Pão de Açúcar.
A empresa vinha de pelo menos dois anos de resultados decepcionantes — e gente ligada
à família Klein espalhava que, nas mãos do Pão de Açúcar, a coisa só pioraria. Passados
seis meses, é possível concluir: deixar a gestão da empresa que fundou foi o melhor
negócio que a família Klein poderia ter feito.
A fase está tão boa que mudou os rumos de uma negociação que se arrasta há pelo
menos um ano. Nesse tempo todo, os Klein se mostraram interessados em comprar a
participação de 53% do Pão de Açúcar na Viavarejo.
Como o negócio vinha de mal a pior, com margens baixíssimas, era apenas questão de
fazer a oferta certa aos franceses do Casino, controlador do Pão de Açúcar. Mas o tempo
foi passando, e nada.
Ou seja, ficava claro que nenhum dos envolvidos no negócio tinha muita convicção a
respeito do futuro da Viavarejo — no mundo todo, o comércio de eletroeletrônicos sofre
com a concorrência da internet. Mas, ao longo dos últimos seis meses, a empresa que
valia muito pouco se transformou numa joia.
Diante disso, o Casino relutou em aceitar os cerca de 3 bilhões oferecidos pelos Klein
para comprar sua participação — e, com o negócio valendo tanto, a família decidiu,
então, vender cerca de um terço de suas ações numa oferta pública.
O que faz a Viavarejo valer tanto hoje? Não é sem certa dose de maldade que executivos
ligados ao Pão de Açúcar atribuem a transformação à saída dos Klein. Em novembro,
Antonio Ramatis, até então vice-presidente do Pão de Açúcar, assumiu a presidência da
Viavarejo.
Para Ramatis, aquela não era apenas uma tarefa, mas uma espécie de teste — não é
segredo para ninguém que ele está sendo treinado para assumir o comando do Pão de
Açúcar numa eventual sucessão do atual presidente, Enéas Pestana. Ramatis começou
uma reforma geral para cortar despesas, algo que nunca tinha sido prioridade dos Klein.
No comitê que controla as despesas da companhia, criado três meses antes de sua
chegada, determinou que quaisquer gastos extras passassem pela aprovação do diretor
financeiro — do uso de papel nas reuniões do conselho às bebidas na geladeira da
diretoria.
Num determinado momento, chegou a faltar papel higiênico nos banheiros. Para enxugar
gastos com funcionários, Ramatis parou de repor quem pedia demissão.
Com essas medidas, o caixa da empresa, que era de 775 milhões de reais um ano atrás,
passou para 2,4 bilhões hoje — o que abriu espaço para ganhos financeiros. Com essas
mudanças, o lucro foi multiplicado por 6 no primeiro trimestre. A empresa espera ganhar
600 milhões de reais no ano, o dobro do ano passado.
Auditoria
O bom momento do negócio pode ser também a melhor oportunidade para resolver as
pendengas entre os sócios, que não param de brigar praticamente desde o dia seguinte à
assinatura do negócio. Resolver, nesse caso, seria cada um ir para um lado.
Com a venda proposta de 53 milhões de ações e a oferta de novas ações que precisa ser
feita junto com ela, os Klein devem ficar com uma participação acionária abaixo de 29%.
Com isso, perderiam até o direito de manter Michael, pai de Raphael, como presidente do
conselho de administração da Viavarejo. No fim das contas, o Pão de Açúcar reinaria
absoluto.
As brigas entre Pão de Açúcar e os Klein estavam prestes a atingir uma espécie de
clímax. Na reunião do conselho de administração marcada para o dia 23 de maio, será
apresentado um relatório da empresa de auditoria KPMG — contratada há um ano para
identificar problemas no balanço das companhias em 2010.
Há valores a serem pagos de ambos os lados, mas o maior ressarcimento terá de ser
feito pela família Klein — de 50 milhões a 100 milhões de reais.
A auditoria também apontou que 73.000 notas fiscais de produtos vendidos pela Casas
Bahia sumiram. O dinheiro entrou no caixa, mas o imposto não foi pago, o que deve
resultar numa dívida com a Receita Federal de até 30 milhões de reais.
Uma ideia em estudo é fazer uma denúncia espontânea à Receita e pagar os impostos
devidos. É impossível saber se o relatório da KPMG resultará num novo embate entre os
sócios. Agora, os dois lados têm muito a perder expondo a empresa. Nada como a
perspectiva de alguns bilhões de reais no bolso para deixar os tempos de briga para trás.
A Casas Bahia entrou com vendas via web em 2008 um pouco depois de seus
concorrentes. Em sua opinião essa entrada com este novo canal de
distribuição demorou? Analise estrategicamente dentro dos conceitos até o
momento demonstrados e explique. Também compare com a implantação
agora realizada pela Natura que está logo abaixo.
SIM.
Eles acreditavam que o tipo de clientes que compravam em suas lojas não
entrariam tão rapidamente no mercado eletrônico e por esse motivo eles
tardaram em investir nesse mercado e ficando atrasado quando comparado com
seus concorrentes.