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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO I

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL REGIONAL DA BARRA DA TIJUCA DA


COMARCA DA CAPITAL/RJ

Processo nº. 0810478-18.2022.8.19.0209.

FERNANDO MIRAS JÚNIOR, devidamente qualificado nos


autos do processo em epígrafe, que move em face das empresas
APPLE COMPUTER BRASIL LTDA ("Apple") e AMERICANAS S.A.,
neste ato representado por seu advogado, que ao final subscreve,
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar:

MANIFESTAÇÃO A CONTESTAÇÃO

1. DAS RAZÕES DA MANIFESTAÇÃO

Excelência, em apertada síntese e sob infundados argumentos,


sem nenhuma exibição de provas e documentos concretos,
apesar de solicitados como direito do consumidor na exordial, as Rés
buscam desvencilhar-se da responsabilidade pelas falhas ocorridas na
relação de consumo.

Como se verificará nas exposições realizadas por este que lhe


subscreve, as Rés trazem alegações em sua contestação que
não se aplicam a realidade, o que demonstra uma conduta
meramente protelatória, que deve ser considerada também no
momento do proferimento da respeitável decisão, a fim de que
não se reitere.

Resumidamente, as Rés apresentam as seguintes teses


defensivas:

1.1 Ilegitimidade passiva das AMERICANAS;

Ryan Filippo dos Santos Coelho


Advogado – OAB/RJ 210.052
rfilippo.adv@outlook.com
(21) 96432-1969
1.2 Da uniformização da jurisprudência;

1.3 Da alegada proteção ao meio ambiente;

1.4 Da venda casada;

1.5 Da alegada liberdade econômica;

1.6 Das alegações de cumprimento do dever de


informação e de ausência de ineditismo da decisão
comercial adotada;

1.7 Do dano moral.

Destarte, serve o presente para confrontar as teses lançadas


em contestação pelas Rés, bem como para tecer considerações sobre
seus efeitos nos presentes autos, pedindo vênia para fazê-lo.

1.1 Ilegitimidade passiva da AMERICANAS

A arguição de ilegitimidade passiva não merece prosperar,


tendo em vista a corresponsabilidade entre todos os integrantes da
cadeia de consumo, conforme previsão legal estampada no artigo 7º,
§ único, e artigo 25, § 1º, do CDC.

Além disso, de acordo com o art. 3º do CDC, o sistema de


proteção do consumidor considera como fornecedores todos os que
participam da cadeia de fornecimento de produtos e serviços, com a
nítida finalidade de proteger o consumidor.

Nesse sentido decidiu o STJ:

“Trata-se da solidariedade de todos


aqueles que participam da cadeia de produção
ou da prestação de serviços. Para a
responsabilização de todos os integrantes da
cadeia de consumo, apura-se a
responsabilidade de um deles, objetiva ou
decorrente de culpa, caso se verifiquem as
hipóteses autorizadoras previstas no CDC. A
responsabilidade dos demais integrantes da
cadeia de consumo, todavia, não decorre de
seu agir culposo ou de fato próprio, mas de

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uma imputação legal de responsabilidade que
é servil ao propósito protetivo do sistema.”
(REsp 997.993/MG, Rel. Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
21/06/2012, DJe 06/08/2012)”.

Tal posicionamento facilita a busca do consumidor por seus


direitos, permitindo que exerça sua pretensão contra todos ou apenas
alguns desses fornecedores, conforme sua comodidade e⁄ou
conveniência. Da mesma forma, autoriza que a responsabilidade pela
qualidade e adequação do serviço alcance toda a cadeia.

Além disso, quem aufere vantagem econômica ou de


qualquer outra natureza, por intermediar transações entre o
consumidor e terceiros, assume a qualidade de participante da
cadeia de consumo e, portanto, tem legitimidade para responder
pela ação de perdas e danos frente aos prejuízos causados ao
comprador, conforme projeto de sentença recente sobre o tema:

O CDC inclusive dispensa a análise do caso concreto para


atribuir a solidariedade na responsabilidade pelo simples fato de
haver relação de consumo. Desta forma, ao consumidor caberá eleger
contra quem buscará a reparação de seu dano: se contra um, alguns,
ou todos – CPC, art. 46. Também neste Código, o mesmo permite a
visualização da cadeia de fornecimento através da imposição da
solidariedade entre os fornecedores. O CDC impõe a solidariedade em
matéria de defeito do serviço (art. 14 do CDC). Também no artigo 18
do CDC a responsabilidade é imputada a toda a cadeia, não
importando quem contratou com o consumidor.

Portanto, são os Réus legítimos para figurarem no polo passivo


da presente demanda, pelo que requer sejam todos os Réus
compelidos solidariamente na responsabilidade de reparar os danos
causados aos Autores.

1.2 Da uniformização da jurisprudência

Através da utilização de julgados de Tribunais de Justiça, a


Recorrente tenta levantar uma falsa sensação de insegurança jurídica
acerca do caso em tela, argumentando que se faz necessário uma
uniformização da jurisprudência.

Ocorre que, essa uniformização cada mais tem se demonstrado


existente nas Turmas Recursais de diversos estados, que, em casos

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análogos ao deste processo, entendem a existência da venda casada
e, consequentemente, a responsabilização dos fornecedores, in
verbis:
RECURSO INOMINADO. DIREITO DO
CONSUMIDOR. AÇÃO INDENIZATÓRIA.
AQUISIÇÃO DE CELULAR IPHONE 11.
ALEGAÇÃO DE VENDA CASADA, TENDO EM
VISTA A AUSÊNCIA DE FORNECIMENTO DE
TOMADA DO CARREGADOR. SENTENÇA
IMPROCEDENTE. A RECORRENTE REQUER A
PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. PROCEDE EM
PARTE A IRRESIGNAÇÃO RECURSAL, TENDO
EM VISTA AS PROVAS DOS AUTOS.
IMPOSSIBILIDADE DE CARREGAMENTO DO
APARELHO CELULAR SEM A TOMADA. ITEM
ESSENCIAL. DETERMINADO O CUMPRIMENTO
DA OBRIGAÇÃO DE FAZER, SOB PENA DE
CONVERSÃO EM PERDAS E DANOS. CONDUTA
ABUSIVA CONFIGURADA. DANOS MORAIS
DEFERIDOS NO VALOR DE R$ 3.000,00.
SENTENÇA REFORMADA. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE.

(TJ/BA – RI: 01750087520208050001


Relatora: MARIAH MEIRELLES DE FONSECA,
QUINTA TURMA RECUSAL, Data de
Publicação: 31/01/2022)

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE REPARAÇÃO


DE DANOS C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER.
COMPRA DE APARELHO CELULAR. IPHONE XR.
PRODUTO VENDIDO SEM ADAPTADOR DE
ENERGIA. ALEGAÇÃO DE VENDA CASADA. O
ADAPTADOR COMO PARTE INTEGRANTE DO
APARELHO TELEFÔNICO, NA MEDIDA EM QUE
GARANTE A SUA FUNCIONALIDADE E O
ATINGIMENTO DE SUA FINALIDADE, NÃO SE
VISLUMBRA COERÊNCIA LÓGICA EM SUA
VENDA SEPARADA. CONDUTA ABUSIVA E
LESIVA AO CONSUMIDOR A VENDA
APARTADA DO ADAPTADOR DE ENERGIA E DO
TELEFONE CELULAR. DANO MATERIAL
COMPROVADO. DANO MORAL NÃO
CONFIGURADO. SENTENÇA REFORMADA.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE

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PROVIDO.

(TJ/BA – RI: 00657872620218050001,


Relatora: MARIA AUXILIADORA SOBRAL
LEITE, SEGUNDA TURMA RECUSAL, Data de
Publicação: 17/02/2022)

RECURSO INOMINADO. DIREITO DO


CONSUMIDOR. COMPRA E VENDA DE
PRODUTO (SMARTPHONE). APARELHO
VENDIDO SEM O ADAPTADOR DE
ENERGIA/CARREGADOR. NOVA POLÍTICA DA
APPLE. VIOLAÇÃO AOS DIREITOS DO
CONSUMIDOR. COMPONENTE ESSENCIAL AO
FUNCIONAMENTO DO APARELHO CELULAR.
PRÁTICA QUE CONFIGURA VENDA CASADA,
POR VIA INDIRETA. SENTENÇA DE PRIMEIRO
GRAU QUE JULGOU PARCIALMENTE
PROCEDENTE PARA CONDENAR AS EMPRESAS
RÉS A FORNECEREM O ADAPTADOR DE
ENERGIA COMPATÍVEL AO APARELHO
ADQUIRIDO. RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO.

(TJ/BA – RI: 01746951720208050001


Relatora: ELIENE SIMONE SILVA OLIVEIRA,
QUINTA TURMA RECUSAL, Data de
Publicação: 10/08/2021)

Ademais, Alguns PROCONs já vêm processando a Apple por


esse motivo, mas agora este movimentou ganhou ainda mais força,
pois o próprio governo brasileiro está aconselhando o
acionamento desta empresa por conta dessa prática.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao


Ministério da Justiça e Segurança Pública, orientou as mais de 900
unidades do PROCON no Brasil a iniciarem processos administrativos
contra a Apple pela venda de celulares sem carregadores, conforme
fonte abaixo:

https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2022/05/12/governo-
orienta-procons-a-processarem-apple-e-samsung-por-venda-de-
celulares-sem-carregadores.ghtml

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O PROCON-SP multou a Apple em mais de dez milhões por
publicidade enganosa, venda de aparelho sem o carregador e
cláusulas abusivas.
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/
2021/03/19/procon-sp-multa-apple-em-r-10-milhoes-por-vender-
iphones-sem-carregador.ghtml
O PROCON-AM multou a Apple em R$ 1,4 milhão por venda
separada de carregadores de celular.

https://amazonasatual.com.br/procon-am-multa-apple-em-r-
14-milhao-por-venda-separada-de-carregadores-de-celular/

O PROCON de Fortaleza multou a Apple em R$ 10 milhões por


vender aparelhos celulares sem carregador.

https://www.opovo.com.br/noticias/tecnologia/2022/01/08/
celular-sem-carregador-procon-fortaleza-multa-apple-em-rs-10-
milhoes.html

Os PROCONS de todo o país são orientados a notificar Apple e


Samsung por venda de celular sem carregador.

https://odia.ig.com.br/brasil/2022/05/6400608-procons-de-
todo-o-pais-sao-orientados-a-notificar-apple-e-samsung-por-venda-
de-celular-sem-carregador.html

Para que ocorra realmente uma mudança é necessário


que além do governo e dos PROCONS, mas também que o
judiciário uniformize as suas decisões a favor dos
consumidores, pois, conforme um recente estudo, as multas,
por mais que altas, quase não atingem a empresa.

Segundo o Statista, a receita anual da Apple foi de US$


274,5 bilhões em 2020. Ao converter a multa aplicada pelo
PROCON-SP (em torno de dez milhões) de reais para dólar, ela
custará cerca de US$ 2 milhões. Isso é equivalente apenas a
0,00007285% do faturamento da companhia.

https://www.tecmundo.com.br/mercado/214197-multa-procon-
custara-apple-0-00007-receita.htm

1.3 Da alegada proteção ao meio ambiente;

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A Recorrente tenta se desvencilhar da sua conduta ilícita,
alegando que teria deixado de fornecer o carregador juntamente com
o aparelho celular, para causar menos impacto ao meio ambiente.

Ocorre que, na verdade, a atitude da Recorrida irá poluir


ainda mais o meio ambiente, tendo em vista que a venda de
carregadores avulsos aumentará a produção e o consumo de
embalagens plásticas e de papel.
Além disso, as pessoas que já possuem a base do
carregador na modalidade USB terão que adquirir uma base
compatível com a nova modalidade de cabos USB-C da
Recorrente, aumentando assim o nível de emissão de carbono.

Caso a proposta da empresa fosse realmente pensando


no meio ambiente, manteria o carregador na modalidade USB,
haja vista que está há anos no mercado e a maioria dos
consumidores já possuem, no entanto fica clara a intenção de
aumentar o lucro.

Logo, resta evidente que não houve preservação do meio


ambiente nas atitudes da Recorrida.

1.4 Da venda casada;

A Recorrente busca afastar a ilicitude do seu ato, qual seja, a


venda casada, alegando, de forma irresponsável, que grande parte
dos consumidores já possuem a base do carregador (que não é o
caso do Recorrido) e que, caso assim desejassem, poderiam carregar
o celular conectando o cabo USB-C no computador.

Na verdade, a ausência do fornecimento do adaptador impede


que o consumidor possa utilizar o aparelho celular, pois, se tratar de
item essencial para o processo de carregamento da bateria.

Além disso, cumpre destacar que ‘’(...) o cabo USB-C não é


aquele comumente encontrado no mercado de consumo (USB-A), o
que prejudica ainda mais o consumidor, que se vê impossibilitado de
realizar o carregamento até mesmo sem adaptador de energia, por
meio de portas USB encontradas em computadores, veículos e
carregadores de terceiros fabricantes por exemplo.”.

Assim, ao não fornecer a base do carregador, produto


imprescindível para a utilização de um aparelho telefônico, a
Recorrente acabou praticando venda casada, pois, o consumidor se

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verá obrigado a desembolsar mais uma quantia para aquisição do
carregador, aumentando os lucros da Recorrente.

Ocorre que, tal medida é considerada prática abusiva,


conforme dispõe o art. 39, inciso I, do Código de Defesa do
Consumidor.

De acordo com o doutrinador Geraldo Magela Alves, considera-


se venda casada o ato de impor ao consumidor a aquisição de outro
produto para que possa usufruir do que tem interesse:

“Quer-se evitar que o consumidor, para ter acesso ao produto


ou serviço que efetivamente deseja, tenha de arcar com o ônus de
adquirir outro, não de sua eleição, mas imposto pelo fornecedor como
condição à usufruição do desejado”.

Ora: ao comprar um iPhone é evidente que o consumidor não


conseguirá carregá-lo diretamente na tomada sem ser por intermédio
de um carregador, ou seja, a efetiva utilização do produto (iPhone) se
torna impossível sem que o consumidor precise adquirir qualquer que
seja um carregador.

E pior: com essa prática a Apple passou a gastar MENOS e a


lucrar MAIS, pois sequer desonerou o consumidor do custo que
existia (fornecimento de carregador junto ao aparelho) e deixou de
existir, haja vista que os preços dos iPhones não param de subir cada
vez mais.

Cumpre registrar que diversos PROCONs multaram a Apple,


pela prática de diversas atitudes que violam o Código de Defesa do
Consumido.

Além disso, informa que todos os países da União Europeia


concordam com sua decisão de retirar o carregador das embalagens
originais de Iphone, o que é uma inverdade.

A França, tentando combater práticas abusivas de venda


casada, exigiu que a Apple inclua em suas embalagens o carregador e
o fone de ouvido, para que não haja perdas ao consumidor, vejamos:

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https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/10/22/quer-
um-iphone-12-com-fones-de-ouvido-compre-na-franca.htm

1.5 Da alegada liberdade econômica

Ignorando totalmente o Princípio da inafastabilidade da


jurisdição e do acesso à justiça, a Recorrente, utilizando-se da Lei
13.874/2019, afirma que o Estado não poderia intervir na situação
em tela, entretanto, nos termos do art. 5º, inciso XXXV, da
Constituição Federal, quando uma lei traz alguma lesão ou ameaça ao
direto do próximo, poderá o Estado, através do Poder Judiciário,
intervir para dizer o que é justo.

1.6 Das alegações de cumprimento do dever de


informação e de ausência de ineditismo da
decisão comercial adotada

Buscando justificar a sua prática abusiva, a Recorrente alega


que ao vender o aparelho celular cumpriu o seu dever de informação,
pois, teria veiculado que o mesmo vinha desacompanhado do
adaptador de tomada, além de que, outras empresas estariam
adotando essa mesma postura.
Entretanto, tais alegações não possuem a capacidade de afastar
a ilicitude da venda casada, que é expressamente proibida pelo art.
39, inciso I, do Código de Defesa do Consumidor.

1.7 Do dano moral.

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No caso em tela, o Recorrido sofreu um dano de ordem moral,
que lhe gerou severos transtornos, na medida em que adquiriu um
produto para o seu trabalho/lazer e o mesmo veio desacompanhado
de peças indispensáveis para o seu pleno funcionamento, em razão
da venda casada imposta pelas empresas rés.

Deste modo, resta inquestionável o dano moral sofrido e a


responsabilidade objetiva das requeridas, que encontram
previsão no art. 5º, X da CF, art. 6º, VI do CDC, art. 14 do CDC e art.
186 do CC/02 c/c com o art. 927 do CC/02.

No presente caso, deverá ser levado em conta o caráter


punitivo e pedagógico do dano moral, que se justifica como sanção ao
seu causador, inibindo-o da prática de atos semelhantes ou de outros
atos lesivos, mesmo porque a função do judiciário não se limita a
reparar danos, mas, sobretudo, lutar para que a relação de consumo
se realize de forma mais harmônica possível.

2. DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer que sejam rechaçadas todas as


alegações aventadas nas contestações, com o consequente
acolhimento de todos os pedidos elencados na exordial.

N. Termos,
Pede e espera deferimento.
Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2022.

Ryan Filippo dos Santos Coelho


OAB/RJ – 210.052
Tel. +55 21-96432-1969

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