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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA

COMARCA DE ITAMARACÁ – ESTADO DE PERNAMBUCO 

Processo nº              0000213-25.2020.8.17.2760

CHARLES DIVSON BARROS DE ARAUJO, já qualificado nos autos do processo


em epígrafe, vêm, respeitosamente, à presença de V. Exa. propor a presente

RÉPLICA

diante dos fatos alegados por meio da contestação.

                                   

 
 BREVE SÍNTESE DA DEMANDA

O Réu, ao responder a presente demanda , trouxe fundamentos que não merecem


prosperar, vejamos.

  Trata-se de ação que visa DECLARAR A INEXISTÊNCIA DE SUPOSTO DÉBITO


gerado a partir do Termo de Ocorrência de Irregularidade (TOI) nº 1736838 que tramitou de
forma unilateral sem a ciência do Autor junto à empresa Ré, gerando a aplicação de uma multa
no valor de R$ 1.768,86 (hum mil setecentos e sessenta e oito reais e oitenta e seis centavos),
além dos embaraços seguintes, pois por não ter conseguido pagar a multa imposta
indevidamente, o Autor da demanda teve sua energia cortada e devido a isso veio a ter prejuízo
de aproximadamente R$ 1.000,00 (hum mil reais), em razão de no endereço funcionar uma
padaria que trabalha com alimentos que precisam constantemente de resfriamento e ainda
produtos congelados.

Ocorre que, em breve análise do processo administrativo que gerou o TOI, verifica-se
que o mesmo teve sua origem em processo administrativo que correu sem o contraditório e
ampla defesa, devendo ser declarado nulo.

 
II.            DO DIREITO

 - DA IRREGUARIGADE DA COBRANÇA E ILEGALIDADE DA INSPEÇÃO

No mérito, a parte ré alegou que a cobrança é regular e que houve legalidade na


inspeção realizada. O que não merece prosperar, afinal, os fatos são completamente distintos da
realidade.

O Termo de Ocorrência de Irregularidade – TOI é um instrumento previsto no artigo


129, inciso I, da Resolução de nº 414/2010 da ANEEL, com seguinte redação:

Art. 129. Na ocorrência de indício de procedimento irregular, a


distribuidora deve adotar as providências necessárias para sua fiel
caracterização e apuração do consumo não faturado ou faturado a
menor.

I – emitir o Termo de Ocorrência e Inspeção – TOI, em formulário


próprio, elaborado conforme Anexo V desta Resolução.

E consequentemente no já referido dispositivo, no seu inciso II, o consumidor tem o


direito de exigir uma perícia técnica do medidor, como decorrência lógica do princípio do
contraditório e da ampla defesa:

II – solicitar perícia técnica, a seu critério, ou quando requerida pelo


consumidor ou por seu representante legal;
Ou seja, o TOI, nesse sentido, tem a finalidade de formalizar a constatação de alguma
irregularidade encontrada nas unidades de consumo dos usuários de energia elétrica, que
proporcione faturamento inferior ao faturado.

Para esse fim, o processo administrativo deve proporcionar a participação do


consumidos em todas as suas fases, inclusive na perícia local que conclui pela ausência ou
ocorrência de irregularidade.

Mas ao contrário do que deveria acontecer, a empresa Ré no mesmo ato que lavrou o
TOI, gerou a aplicação de multa automaticamente, sem apurar devidamente se realmente havia
o desvio de energia elétrica, não dando margem ao que seria correto a se fazer, proporcionar a
ampla defesa do consumidor.

Trata-se, portanto, de penalidade imposta de maneira indevida, conforme os precedentes


a seguir:

APELAÇÃO CÍVEL.DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE


FAZER CUMULADA COM DECLARATÓRIA E INDENIZATÓRIA.FORNECIMENTO DE
ENERGIA.TOI LAVRADO PELA CONCESSIONÁRIA. ARTIGO 129 DA RESOLUÇÃO
NORMATIVA ANEEL 414/2010. AUSÊNCIA DE PROVA TÉCNICA. SENTENÇA DE
PROCEDÊNCIA PARCIAL DOS PEDIDOS E IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO
INDENIZATÓRIO. IRRESIGNAÇÃO DA RÉ. LAVRATURA DE TERMO DE O
CORRÊNCIA DE IRREGULARIDADE (TOI). AUSENTE PRESUNÇÃO DE
VERACIDADE, PROCEDIMENTO REALIZADO UNILATERALMENTE PELA
CONCESSIONÁRIA. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA DO CONSUMIDOR
ACERCA DA INSPEÇÃO. IRREGULARIDADE NA LAVRATURA DO TOI.
INOBSERVÂNCIA DA LEI ESTADUAL Nº 4.724/2006 E DA RESOLUÇÃO Nº 414/2010
DA ANEEL. PRECEDENTES. RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO EM DOBRO, NA FORMA
DO ARTIGO 42, PARÁGRAFO ÚNICO DO CDC. ENTENDIMENTO FIRMADO NO
STJ.AGRG NO ARESP 347.282/RJ. ARBITRAMENTO DA VERBA HONORÁRIA SOBRE
O VALOR DO PROVEITO ECONÔMICO OBTIDO COM A DECLARAÇÃO DE
NULIDADE DO DÉBITO, NA FORMA DO ARTIGO 85, §2º DO CPC. PROVIMENTO
PARCIAL DO RECURSO. Conclusões: Por unanimidade, deu-se parcial provimento ao
recurso, nos termos do voto do Des. Relator. (TJ-RJ, APELAÇÃO 0021879-98.2018.8.19.0205,
Relator(a): DES. LUCIO DURANTE , Publicado em: 10/08/2020)

APELAÇÃO CI´VEL. AÇÃO DECLARATO´RIA DE INEXISTÊNCIAA DE


DÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. INEXISTÊNCIA DE
IRREGULARIDADE NO MEDIDOR DA AUTORA. DESNECESSIDADE DA
RECUPERAÇÃO DE ENERGIA. LAVRATURA DE TERMO DE OCORRENCIA DE
IRREGULARIDADE (TOI). COBRANC¸A POR SUPOSTA IRREGULARIDADE. PROVA
PERICIAL NO SENTIDO DA EXISTÊNCIA DE CONSUMO COMPATÍVEL COM OS
MESES ANTERIORES À LAVRATURA DO TOI. NULIDADE DO TOI. SENTENC¸A DE
PARCIAL PROCEDENCIA. RECURSO DA AUTORA PUGNANDO PELA CONDENAÇÃO
DA RÉ AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PELA
DEVOLUÇÃO DOS VALORES CONSIGNADOS EM JUÍZO PELA AUTORA.
NECESSIDADE DE DEVOLUÇÃO EM DOBRO DOS VALORES JÁ LEVANTADOS PELA
RÉ, NA FORMA DO ART. 42 DO CDC. EMBORA NAO TENHA HAVIDO SUSPENSAO
DO SERVIC¸O OU NEGATIVAÇÃO DO NOME DA AUTORA, A COBRANÇA DE UMA
SUPOSTA DIVIDA CONSTITUIDA UNILATERALMENTE, COM A IMPLICITA
ACUSAÇÃODE FRAUDE, DEMONSTRA A OCORRENCIA DE DANO MORAL IN RE
IPSA. OCORRENCIA DE DANO MORAL. VALOR DA INDENIZAÇÃO. SUMULA 343
DO TJRJ. RECURSO CONHECIDO A QUE SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO. Conclusões:
Por unanimidade, deu-se parcial provimento ao recurso, nos termos do voto do Des. Relator.
(TJ-RJ, APELAÇÃO 0428340-56.2015.8.19.0001, Relator(a): DES. LUCIA HELENA DO
PASSO , Publicado em: 06/12/2019).

Este entendimento é recorrente também o STJ:

“ADEMAIS, A EMPRESA CONCESSIONÁRIA, ALÉM DE TODOS OS DADOS


ESTATÍSTICOS ACERCA DO REGULAR CONSUMO, AINDA DISPÕE DE SEU CORPO
FUNCIONAL, QUE MÊS A MÊS VERIFICA E INSPECIONA OS EQUIPAMENTOS. É SEU
DEVER PROVAR QUE HOUVE FRAUDE NO MEDIDOR. 6. FINALMENTE, A
INSURGENTE ARGUMENTA QUE O TOI, TERMO DE OCORRÊNCIA DE
IRREGULARIDADE, É PROVA UNILATERAL E INSUFICIENTE PARA EMBASAR A
CONDENAÇÃO. SENDO ASSIM, EXTRAI-SE DO ACÓRDÃO OBJURGADO QUE O
ENTENDIMENTO SODALÍCIO A QUO NÃO ESTÁ EM CONSONÂNCIA COM A
ORIENTAÇÃO DO STJ DE QUE É INSUFICIENTE PARA A CARACTERIZAÇÃO DE
SUPOSTA FRAUDE NO MEDIDOR DE CONSUMO DE ENERGIA A PROVA APURADA
UNILATERALMENTE PELA CONCESSIONÁRIA. NESSE SENTIDO: AgInt no AREsp
857.257/SP, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda turma, Dje, 13.6.2016; AgRg no
AREsp 370.812/PE, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda turma, Dje 5.12.2013; AgRg no
AREsp 188.620/PE, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, DJe 22.8.2013. 7.
Recurso especial provido. (STJ – RECURSO ESPECIAL REsp 1605703)”

A energia elétrica trata-se de serviço essencial, não podendo a concessionária


negar o fornecimento ou condicionar o seu fornecimento ao pagamento de penalidades por
irregularidades não apuradas corretamente, fato que infringe frontalmente o CDC:

Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será


exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de
constrangimento ou ameaça.

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem


direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou
em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo
hipótese de engano justificável.

Portanto, o constrangimento sofrido pelo consumidor de modo a pagar a penalidade, sob


pena de corte da luz configura grave lesão ao direito do consumidor que deve ser coibido.

- DAS IMAGENS ACOSTADAS NA CONTESTAÇÃO


Em relação as imagens acostadas na contestação feita pela parte Ré, é necessário que
deixemos claro que algumas destas fotografias não são da mesma residência em que houve a
inspeção. Na ordem de FOTOGRAFIAS da residência, temos como não reconhecidas como
sendo do local em questão as 3ª, 4ª, 5ª e 6ª fotografias, por outro lado, são correspondentes
com o local apenas as 1ª, 2ª e 7ª FOTOGRAFIAS. Sendo assim necessária uma PERÍCIA
para que se constate que as referidas fotografias NÃO são correspondentes ao imóvel
inspecionado.

É importante se atentar ao fato alegado pela parte Ré na legenda da 2ª fotografia


“Desvio de energia elétrica através de ligação clandestina conectada no ramal de ligação Celpe,
controlada por um disjuntor.” Mas, de maneira contraditória, percebemos que mesmo após a
inspeção e substituição do equipamento de medição o MESMO disjuntor continua presente
(7ª fotografia), ora se esse disjuntor estava sendo utilizado como meio para que se pudesse ser
efetivado o furto energia, não existe lógica na sua permanência como parte dos equipamentos de
medição e controle da energia.

  Também devemos levar em conta que o imóvel inspecionado é uma casa que não tinha
uma frequentação de pessoas de forma continua e que haviam períodos em que a mesma
permanecia trancada por vários meses, de forma que não deveria ser visto com estranheza o
período em que os kWh foram computados no mínimo da fase (06/2018 – 12/2018),
posteriormente a esse período podemos notar um retorno aos padrões de kWh, justamente
quando a casa volta a ser frequentada, como podemos notar no “Memorial de Cálculo” acostado
ao processo digital em questão pela própria parte Ré em sua contestação.

- DA NECESÁRIA APLICAÇÃO DA SÚMULA 13 DO C. TJPE:

É abusiva a suspensão do fornecimento de energia elétrica,


quando motivada pelo inadimplemento de débito unilateralmente
arbitrado pela concessionária, pelo critério de estimativa de carga,
após a constatação de suspeita de fraude.

  Temos como clara a unilateralidade do débito arbitrado pela CELPE no caso em tela, tal
unilateralidade foi por nós abortada no item “DA IRREGUARIGADE DA COBRANÇA E
ILEGALIDADE DA INSPEÇÃO”, onde mostramos que a penalidade foi imposta de maneira
indevida, por não ter sido proporcionado o contraditório e a ampla defesa. Portanto, temos como
certo que não se deve prosperar o argumento proposto na contestação de que a Súmula 13 do C.
TJPE não é devida ao caso em tela.

Vale destacar, que o Egrégio Superior Tribunal de Justiça em seu Tema 699, decidiu
que a energia poderia ser cortada apenas se fossem observados o contraditório e ampla defesa, o
que não aconteceu. Vejamos:

  Na hipótese de débito estrito de recuperação de consumo


efetivo por fraude no aparelho medidor atribuída ao consumidor,
desde que apurado em observância aos princípios do contraditório
e da ampla defesa, é possível o corte administrativo do fornecimento
do serviço de energia elétrica, mediante prévio aviso ao consumidor,
pelo inadimplemento do consumo recuperado correspondente ao
período de 90 (noventa) dias anterior à constatação da fraude,
contanto que executado o corte em até 90 (noventa) dias após o
vencimento do débito, sem prejuízo do direito de a concessionária
utilizar os meios judiciais ordinários de cobrança da dívida, inclusive
antecedente aos mencionados 90 (noventa) dias de retroação.

(grifos nossos)

Dessa forma, podemos perceber a gravidade do erro cometido pela CELPE ao promover
o corte da energia da parte autora sem o prévio oferecimento da ampla defesa e do contraditório.

– DO CABIMENTO DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 tornou expresso o direito à


honra e sua proteção, ao dispor, em seu artigo 5º, inciso X:

“X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a


imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação; ” (original sem
grifos).

Neste mesmo sentido, o Código de Defesa do Consumidor, Lei n.º 8.078/90, assegura
ao consumidor de serviços a efetiva prevenção e reparação de danos morais – conforme
disposto no art. 22, parágrafo único, entre outros tantos direitos considerados básicos pelo
Diploma Legal em foco, transcrito acima.

Assim, conforme a análise fática narrada sofreu o Autor, danos psicológicos


decorrentes dos aborrecimentos enfrentados, principalmente, dada a forma como a Ré conduziu
a situação, seu evidente descaso posto que a aplicação da multa foi de forma unilateral, que
devido a má-fé da Ré e ilegalidade do seu ATO cujo caráter ARBITRÁRIO, só podem
AGRAVAR ainda mais quando o fornecimento de energia foi cancelado, ocasionando DANOS
IRREPARÁVEIS!!!

Ademais, resta claro que a Ré ABUSOU DO SEU DIREITO de parte mais forte na
relação contratual para querer fazer valer a multa aplicada a parte Autora do presente contrato
objeto da lide.

Rezam os dispositivos 186, 187 e 927 do Código Civil que:

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
(g.n.).
“Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que,
ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu
fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.”
(g.n.).

“Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,


independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”
(g.n.).

Logo, tem-se que o DANO MORAL no caso em tela, possui CARÁTER


PUNITIVO, ou seja, deve ser imposto como forma de coibir ou limitar qualquer tipo de
abuso de direito por parte da empresa demandada, ou qualquer outra empresa que estejam
aptas a prestarem serviços essenciais como são os de energia, diminuindo com isso,
inclusive, a demanda tanto na esfera administrativa quanto na judicial, eis que terão que agir
com mais decoro e respeito a Legislação aplicada.
Assim, acompanhando orientação jurisprudencial dominante, que no caso de dano
puramente moral, carece comprovar a extensão da repercussão no meio social causada pelo
evento danoso. Levando-se em conta a intensidade do sofrimento, a gravidade, natureza da
ofensa e a posição social do ofendido, devendo o dano moral ser compreendido como a lesão
sofrida pela pessoa natural, ou seja, o dano causado injustamente a outrem. 

 - DO VALOR DA CONDENAÇÃO

Impende destacar que de acordo com o Novo Código de Processo Civil, em seu
artigo 292, inciso V, ficou determinado que o pleito de indenização por danos morais deve
trazer o seu valor pretendido.

Desta sorte, o ofensor tem que efetivamente sentir o constrangimento legal que lhe é
imposto via condenação indenizatória por perdas e danos morais causado ao ofendido. O
ofensor tem que perceber, via indenização, o caráter punitivo da mesma, sem o que estará
pronto a agredir, a desrespeitar a esfera moral de tantos quanto acredite que deva.

Por outro lado, a quantia a ser estipulada para fins de indenização tem que ser de tal
monta que cause no ofendido o prazer interior supostamente equivalente ao constrangimento
que tenha lhe causado o ato ilícito praticado pelo ofensor. Só assim, estará se dando pela via
judicial a reparação perseguida a título de dano moral.

A estipulação de um valor que não revele em si efetiva punição ao ofensor, ainda que
seja a sentença para considerar procedente a Ação proposta, mais agravará os danos morais do
que os reparará, pois que estará a mostrar à sociedade, ao ofendido e principalmente ao próprio
ofensor, o desleixo e o pouco valor que foi dado aos direitos de personalidade do ofendido,
direito à honra e a moral, nas palavras de JOSÉ AFONSO DA SILVA, "direitos fundamentais
do homem", quando se sabe serem estes os direitos mais caros a qualquer indivíduo.

Portanto, o sofrimento causado ao autor, quando teve seu direito violado,


evidentemente, trouxe enormes prejuízos para si. Assim, vem a parte autora, estabelecer o valor
de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a ser arbitrado, por Vossa Excelência, à título de indenização
pelos danos morais sofridos.

- DO PEDIDO

 Ante o exposto, requer:

a) Que seja realizada prova pericial com o fim de demonstrar a regularidade das
instalações elétricas do local inspecionado;

b) Que sejam acolhidos todos ao pedidos elencados na exordial.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Recife, 20 de setembro de 2020.

WILSON BARROS DE ARAÚJO NETO

OAB/PE 43.547

JOÃO PAULO MACEDO NOGUEIRA

ESTAGIÁRIO

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