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DE CIDADE (PR).
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO,
(“DANO MATERIAL”)
contra
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No dia xx/yy/zzzz, por volta das 19:30h, como faz todas
semanas, direcionou-se ao Shopping Zeta(“ primeira ré”) e estacionou o seu veículo
no pátio de estacionamento desta. Logo em seguida, fizera suas compras
semanais no Supermercado Dê Ltda(“ segunda ré”), o que se comprova pela pelo
cupom fiscal de compra neste estabelecimento.( doc. 02)
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Não há dúvidas que o caso em tela devolve a
apreciação segundo os ditames da Legislação Consumerista, visto que houvera
relação de consumo na hipótese fática em estudo.
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"Preambularmente, importa esclarecer que no pó lo passivo desta
relaçã o de responsabilidade se encontram todas as espécies de
fornecedores, coobrigados e solidariamente responsá veis pelo
ressarcimento dos vícios de qualidade e quantidade eventualmente
apurados no fornecimento de bens ou serviços. Assim, o consumidor
poderá, à sua escolha, exercitar sua pretensão contra todos os
fornecedores ou contra alguns, se não quiser dirigi-la apenas
contra um.
um. Prevalecem, in casu,
casu, as regras da solidariedade passiva, e
por isso, a escolha nã o induz concentraçã o do débito: se o escolhido
nã o ressarcir integralmente os danos, o consumidor poderá voltar-se
contra os demais, conjunta ou isoladamente. Por um critério de
comodidade e conveniência o consumidor, certamente, dirigirá sua
pretensã o contra o fornecedor imediato, quer se trate de industrial,
produtor, comerciante ou simples prestador de serviços. Se o
comerciante , em primeira intençã o, responder pelos vícios de
qualidade ou quantidade - nos termos previstos no §1º do art. 18 -
poderá exercitar seus direitos regressivos contra o fabricante,
produtor ou importador, no â mbito da relaçã o interna que se instaura
apó s o pagamento, com vistas à recomposiçã o do status quo ante." (In:
GRINOVER, Ada Pellegrini e outros. Có digo Brasileiro de Defesa do
Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto,
anteprojeto, 2a ed. Rio de
Janeiro: Forense Universitá ria, p. 99-100).
(3) – NO MÉRITO
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E esse diferencial, sem dúvida, importa em custo para
o estabelecimento, repassado, com certeza, ao preço final, resultado que o
consumidor acaba por pagar, de forma indireta, por este serviço.
CÓDIGO CIVIL
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"Ao ingressar no local do estacionamento o estabelecimento assume a
sua guarda e passa a ser o guardiã o do veículo".
(...)
(...)
(...)
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Mesmo que assim disponha a Súmula supra aludida,
os Tribunais também estabelecemos condução de julgados na mesma ordem de
entendimento.
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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANO. FURTO DE VEÍCULO
EM ESTACIONAMENTO PAGO.
Insurgência do proprietário do estabelecimento, que alega cerceamento
de defesa ante a dispensa da oitiva de sua única testemunha. Pretendida
desconstituição do decisum, com o retorno dos autos à origem para
retomada do iter instrutório. Requerido que deixou de comparecer à
audiência de instrução e julgamento. Entendimento, pelo togado
singular, de renúncia tácita à pretendida inquirição do testigo, mormente
porque este apresentar-se-ia ao ato processual independentemente de
intimação. Ausência de indicação de quais os fatos específicos que o réu
pretendia comprovar com a inquirição de sua única testemunha.
Magistrado que, como destinatário da instrução, pode obstar dilação
destinada a evidenciar circunstância já descortinada por outros meios de
convencimento. Preliminar rechaçada. Demandante que logrou êxito em
evidenciar ter deixado seu veículo sob os cuidados do demandando na
data do furto. Pagamento pelo uso de vaga no estacionamento particular.
Dever de guarda e vigilância por parte do estabelecimento comercial.
Inexistência de empecilhos para a atuação de larápios. Subtração do
automóvel que somente foi constatada quando do retorno do respectivo
proprietário ao local. Alegação de que o crime teria sido cometido por
culpa exclusiva da vítima. Argumento que não encontra respaldo nos
autos. Ausência de qualquer indício no sentido de que o veículo teria
sido, de fato, deixado aberto pelo seu dono possuidor. Fato do serviço.
Insofismável dever de indenizar o prejuízo material experimentado pelo
cliente. Responsabilidade estatuída no enunciado nº 130 da Súmula do
STJ, art. 14 do CDC e arts. 186 e 927 da Lei nº 10.406/02. Reclamo
conhecido e desprovido. (TJSC
(TJSC - AC 2010.087578-3; Porto Belo; Quarta
Câmara de Direito Civil; Rel. Des. Luiz Fernando Boller; Julg. 09/05/2013;
DJSC 16/05/2013; Pág. 283) 1
RESPONSABILIDADE CIVIL. PRELIMINARES. NULIDADE. CITAÇÃO.
INEXISTÊNCIA. PRETENSÃO DO RÉU DE VER RECONHECIDA A NULIDADE
DE SUA CITAÇÃO.
Citação de pessoa jurídica, pela via postal, contudo, que é válida quando
recebido o aviso registrado por simples empregado da empresa,
presumidamente autorizado para tanto. Teoria da aparência.
Legitimidade ativa reconhecida. Furto de veiculo do estacionamento do
réu. Autora não proprietária. Posse em virtude de contrato de
arrendamento mercantil. Arrendatário que responsável pela conservação
e manutenção do bem, sendo também quem sofre os prejuízos pela sua
perda ou deterioração. Preliminares afastadas. Mérito. Dano material e
moral. Furto de veículo ocorrido no interior do estacionamento do
supermercado. Falha no serviço. Relação de consumo. Responsabilidade
pelos danos causados, em razão da aplicação da Teoria do Risco da
Atividade. Ausência de comprovação da ocorrência de caso fortuito ou
força maior. Dano material comprovado. Inteligência da Súmula nº 130
do STJ. Dano moral. Inocorrência. Controvérsia que abrange somente o
aspecto patrimonial. Recurso do réu parcialmente provido e negado
provimento ao recurso da autora. (TJSP
(TJSP - APL 0000964-
37.2010.8.26.0650; Ac. 6692030; Valinhos; Segunda Câmara de Direito
Privado; Rel. Des. José Joaquim dos Santos; Julg. 23/04/2013; DJESP
13/05/2013)
ou aplicação
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DA “TEORIA
“TEORIA DA REDUÇÃO DO MÓDULO DA PROVA”
PROVA”
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E, nos casos de furto de bens em estacionamentos, de difícil
comprovação, os Tribunais tem entendido como perfeitamente pertinente a adoção
da teoria da redução do módulo da prova.
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3. Sobre o tema, a Súmula nº 130 do colendo Superior Tribunal de Justiça
dispõe. ""a empresa responde perante o cliente pela reparação de dano
ou furto de veículo, ocorridos em seu estacionamento"".
4. Restou comprovado que o furto ocorreu no interior do
estacionamento, pois a parte, no âmbito de suas possibilidades, forneceu
os elementos probatórios que estavam ao seu alcance e estes permitem
uma convicção de verossimilhança do evento. No caso, a análise do
conjunto probatório deve ser realizada conforme a teoria da redução do
módulo da prova.
5. Ademais, inviável determinar ao consumidor que comprove
cabalmente os produtos que foram furtados do interior de seu veículo,
bem como que o furto ocorreu no estacionamento da recorrente. A
recorrente, por sua vez, não trouxe qualquer prova a auxiliar no
julgamento da demanda, deixando, inclusive, de solicitar a oitiva de seus
empregados que estavam trabalhando nos dias dos fatos ou o
depoimento de prepostos que atenderam o consumidor. Outrossim,
afirmando fato modificativo, que o furto ocorreu em lugar diverso, era do
réu o ônus probatório (art. 333, II do CPC).
6. Extraindo-se do conjunto probatório a veracidade das alegações
constantes da inicial, o consumidor faz jus à reparação do dano
experimentado, que no caso, foi fixada conforme o valor dos produtos,
considerando a depreciação dos objetos.
7. Não há qualquer incongruência relacionada ao valor da condenação. A
simples leitura da sentença evidencia que o juízo monocrático, após
analisar as provas, somou os valores dos produtos, chegando ao
montante de R$ 3.885,56 (três mil, oitocentos e oitenta e cinco reais e
cinqüenta e seis centavos). Sobre tal valor, aplicou o redutor de 30 %,
que corresponde à depreciação dos objetos, chegando à quantia devida a
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título de danos materiais, qual seja, R$ 2.719,91 (dois mil, setecentos e
dezenove reais e noventa e um centavos).
8. A decisão que analisou os embargos de declaração (fls. 103) esclarece,
apenas, que no valor dos objetos (antes de apurar a depreciação) foi
considerado o valor do saxofone. Portanto, inegável que a dúvida
levantada no segundo embargo de declaração não possuiu qualquer
pertinência, configurando seu caráter protelatório. Inviável, portanto,
excluir a multa imposta nos termos do art. 538, parágrafo único do CPC.
9. Recurso conhecido e não provido. Sentença mantida pelos próprios
fundamentos, com Súmula de julgamento servindo de acórdão, na forma
do artigo 46 da Lei nº 9.099/95. Condenado o recorrente vencido ao
pagamento das custas processuais. Sem condenação ao pagamento de
honorários advocatícios, diante da ausência de procurador constituído
pelo recorrido. (TJDF
(TJDF - Rec 2011.01.1.131259-9; Ac. 675.519; Segunda
Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal; Rel. Juiz José
Guilherme; DJDFTE 15/05/2013; Pág. 415)
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§ 3º O fornecedor de serviços só não será responsabilizado
quando provar:
provar:
(5) – P E D I D O S e R E Q U E R I M E N T O S
POSTO ISSO,
como últimos requerimentos desta Ação de Indenização, a Autora pede e requer
que Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:
Beltrano de Tal
Advogado – OAB/CE 22222