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A legislação consumerista, a respeito, fixa que:

Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire


e utiliza produtos ou serviços como destinatário final.
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública
ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços:
§ 1º-Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou
imaterial.
§ 2º -Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza
bancária, financeira, de crédito e securitária, salva as
decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Destarte Excelência, as Requeridas são Fabricante e Concessionária de veículos,
sendo a Requerida (FABRICANTE) responsável por 15,5% do total de vendas de
automóveis e veículos comerciais leves no Brasil no mês de Fevereiro de 2023,
conforme dados disponibilizados pela FENABRAVE, já a Requerente
(CONCESSIONÁRIA) é a maior rede de concessionárias da região metropolitana
representando 3 das 4 unidades apresentadas pelo site da fabricante aos clientes.
Bem assim, cumpre destacar que o Código de Defesa do Consumidor, define de maneira
bem nítida, que o consumidor de produtos e serviços deve ser tutelado pelas suas regras e
entendimentos, vide art. 18, do CDC, senão vejamos:
Art. 18: Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou
não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de
qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes
diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas
as variações decorrentes de sua natureza, podendo o
consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta
dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua
escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em
perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço. Grifamos
Ademais, pretende o Autor que seja as Requeridas condenadas a restituição imediata de
todos os valores gastos em decorrência do vício do produto, e que sejam atualizados
monetariamente, bem como o pagamento de danos morais por toda a humilhação causada
pelas Requeridas. Isto porque, como vimos anteriormente, as Requeridas demonstraram
nenhum interesse em solucionar o vício do produto, de forma e em prazo adequado,
fizeram como no dito popular “empurrar com a barriga” e só solucionaram o vício quando
lhes foi conveniente.
Fica claro o desprezo da Requerida (FABRICANTE) por seus consumidores quando vemos
inúmeros exemplos de clientes descontentes com o mesmo problema do Requerente, mal
funcionamento do cambio automatico nas pickups S10, conforme vemos nos depoimentos
retirados do site RECLAME AQUI.
Quanto a Requerida (CONCESSIONÁRIA) a ausência do interesse de agir e solucionar o vício
do produto em tempo hábil é notada na quantidade de vezes em que o Requerente teve que
se fazer presente no estabelecimento para então requerer junto a fabricante a peça
necessária para a realização do serviço.
Sem esquecer Excelência que a Requerida (CONCESSIONÁRIA) fez todo o possível para
deixar o consumidor no escuro evitar que este soubesse a real dimensão do problema,
sempre alegando que a peça já estava a caminho ou que em alguns dias o veículo estaria
pronto.
No mais o desrespeito com o consumidor atingiu um patamar tão elevado que a Requerida
(CONCESSIONÁRIA) se RECUSOU a entregar qualquer documento que comprovasse qual
serviço foi realizado e se realmente foi realizado um serviço capaz de solucionar o vício do
produto.
Aliando-se ao exposto, um dos fundamentos jurídicos para a propositura desta ação
encontra amparo na Constituição Federal, a qual prevê em seu artigo 5º, XXXV, que: “a lei
não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.” Além disso,
a dignidade da pessoa humana é um dos corolários mais importantes a ser resguardado,
conforme dispõe o art. 1º, inciso III, da CRFB/1988.
Ocorre que as Requeridas, negligenciaram os direitos do Autor em viabilizar, da melhor
maneira possível, omitindo-se de solucionar os problemas da relação consumerista
estabelecida, o que lhe gera o direito a danos materiais e morais.
Destarte, as Requeridas violaram os Princípios que regem as relações de consumo,
constantes no art. 4º, I, III e IV do CDC, quais sejam a Boa-fé, Equidade, o Equilíbrio
Contratual e o da Informação.
Art. 4º. A Política Nacional das Relações de Consumo tem por
objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o

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