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Há na relação de consumo o requisito da habitualidade, sendo assim, aquela pessoa que vende, de
forma isolada, bem ou produto não será fornecedora, faltando o requisito da habitualidade.
Doutrina e jurisprudência divide os tipos de fornecedores:
a) Fornecedor real (fabricante) → efetivamente participa do processo de fabricação do produto;
b) Fornecedor presumido (importador) → não participa diretamente do processo de
fabricação/produção/construção do produto é, apenas, um intermediário entre quem fabrica e o
consumidor;
c) Fornecedor aparente (mesmo nome) → põe uma marca nos produtos disponibilizados ao
consumidor e cria nele a confiança no produto comercializado;
d) Fornecedor por equiparação → terceiro que na relação de consumo serviu como
intermediário ou ajudante para a realização da relação principal, mas que atua frente a um
consumidor como se fosse o fornecedor.
2.2 Consumidor: Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final (Art. 2º, caput).
Surge teoria sobre o que seria consumidor:
a) Teoria finalista ou subjetiva → consumidor é o destinatário final fático e econômico. É o
adotado pelo Art. 2º do CDC.
Entende-se como destinatário fático aquele que retira o produto ou serviço da cadeia de
consumo. E o econômico aquele que não utiliza o serviço ou produto para o lucro.
b) Teoria maximalista ou objetiva → destinatário final’ é o destinatário fático do produto ou
serviço, ou seja, é aquele que adquire o produto ou serviço, retirando-o do mercado de
consumo. A definição de ‘destinatário final’ é puramente objetiva, ou seja, não importa saber
qual a destinação econômica que a pessoa física ou jurídica pretende dar ao produto ou
serviço. Basta a retirada do bem de consumo da cadeia de produção para que se identifique o
consumidor, sendo irrelevante saber se o produto ou serviço será revendido, empregado
profissionalmente ou utilizado para fim pessoal ou familiar.
c) Teoria finalista mitigada ou aprofundada → o STJ admite a mitigação da teoria finalista para
autorizar a incidência do CDC nas hipóteses em que a parte (PF ou PJ), apesar de não ser
destinatária final do produto ou serviço, apresenta-se em situação de vulnerabilidade.
Considera-se consumidor por equiparação (bystander) o terceiro estranho à relação consumerista
que experimenta prejuízos decorrentes do produto ou serviço vinculado à mencionada relação, bem
como, a teor do Art. 29, as pessoas determináveis ou não expostas às praticas previstas nos arts. 30
a 54 do CDC.