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Profª Tatiana Marcello
Técnica de Vendas e Atendimento
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SUMÁRIO
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Técnica de Vendas e Atendimento
CAPÍTULO II
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS DA POLÍTICA NACIONAL DE
RELAÇÕES DE CONSUMO
Art. 1º O presente código estabelece normas de
proteção e defesa do consumidor, de ordem pú- Art. 4º A Política Nacional das Relações de
blica e interesse social, nos termos dos arts. 5º, Consumo tem por objetivo o atendimento das
inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Fede- necessidades dos consumidores, o respeito à
ral e art. 48 de suas Disposições Transitórias. sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de
seus interesses econômicos, a melhoria da sua
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou qualidade de vida, bem como a transparência e
jurídica que adquire ou utiliza produto ou harmonia das relações de consumo, atendidos
serviço como destinatário final. os seguintes princípios:
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor I – reconhecimento da vulnerabilidade do
a coletividade de pessoas, ainda que consumidor no mercado de consumo;
indetermináveis, que haja intervindo nas
relações de consumo. II – ação governamental no sentido de
proteger efetivamente o consumidor:
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídi-
ca, pública ou privada, nacional ou estrangeira, a) por iniciativa direta;
bem como os entes despersonalizados, que de-
senvolvem atividade de produção, montagem, b) por incentivos à criação e desenvolvi-
criação, construção, transformação, importa- mento de associações representativas;
ção, exportação, distribuição ou comercializa- c) pela presença do Estado no mercado de
ção de produtos ou prestação de serviços. consumo;
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d) pela garantia dos produtos e serviços III – criação de delegacias de polícia
com padrões adequados de qualidade, especializadas no atendimento de
segurança, durabilidade e desempenho. consumidores vítimas de infrações penais
de consumo;
III – harmonização dos interesses dos
participantes das relações de consumo IV – criação de Juizados Especiais de
e compatibilização da proteção do Pequenas Causas e Varas Especializadas
consumidor com a necessidade de para a solução de litígios de consumo;
desenvolvimento econômico e tecnológico,
de modo a viabilizar os princípios nos quais V – concessão de estímulos à criação e
se funda a ordem econômica (art. 170, da desenvolvimento das Associações de Defesa
Constituição Federal), sempre com base do Consumidor.
na boa-fé e equilíbrio nas relações entre § 1º (Vetado).
consumidores e fornecedores;
§ 2º (Vetado)
IV – educação e informação de fornecedores
e consumidores, quanto aos seus direitos e
deveres, com vistas à melhoria do mercado CAPÍTULO III
de consumo;
DOS DIREITOS BÁSICOS DO
V – incentivo à criação pelos fornecedores CONSUMIDOR
de meios eficientes de controle de qualidade
e segurança de produtos e serviços, assim Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
como de mecanismos alternativos de
I – a proteção da vida, saúde e segurança
solução de conflitos de consumo;
contra os riscos provocados por práticas
VI – coibição e repressão eficientes de no fornecimento de produtos e serviços
todos os abusos praticados no mercado de considerados perigosos ou nocivos;
consumo, inclusive a concorrência desleal
II – a educação e divulgação sobre o
e utilização indevida de inventos e criações
consumo adequado dos produtos e serviços,
industriais das marcas e nomes comerciais
asseguradas a liberdade de escolha e a
e signos distintivos, que possam causar
igualdade nas contratações;
prejuízos aos consumidores;
III – a informação adequada e clara sobre
VII – racionalização e melhoria dos serviços
os diferentes produtos e serviços, com
públicos;
especificação correta de quantidade,
VIII – estudo constante das modificações do características, composição, qualidade,
mercado de consumo. tributos incidentes e preço, bem como
sobre os riscos que apresentem;
Art. 5º Para a execução da Política Nacional das
Relações de Consumo, contará o poder público IV – a proteção contra a publicidade
com os seguintes instrumentos, entre outros: enganosa e abusiva, métodos comerciais
coercitivos ou desleais, bem como contra
I – manutenção de assistência jurídica, práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
integral e gratuita para o consumidor fornecimento de produtos e serviços;
carente;
V – a modificação das cláusulas contratuais
II – instituição de Promotorias de Justiça que estabeleçam prestações desproporcio-
de Defesa do Consumidor, no âmbito do nais ou sua revisão em razão de fatos super-
Ministério Público; venientes que as tornem excessivamente
onerosas;
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Seção II III – não conservar adequadamente os
DA RESPONSABILIDADE PELO FATO produtos perecíveis.
DO PRODUTO E DO SERVIÇO Parágrafo único. Aquele que efetivar o
pagamento ao prejudicado poderá exercer
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, o direito de regresso contra os demais
nacional ou estrangeiro, e o importador res- responsáveis, segundo sua participação na
pondem independentemente da existência de causação do evento danoso.
culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos decorrentes de pro- Art. 14. O fornecedor de serviços responde,
jeto, fabricação, construção, montagem, fór- independentemente da existência de culpa,
mulas, manipulação, apresentação ou acondi- pela reparação dos danos causados aos
cionamento de seus produtos, bem como por consumidores por defeitos relativos à prestação
informações insuficientes ou inadequadas so- dos serviços, bem como por informações
bre sua utilização e riscos. insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição
e riscos.
§ 1º O produto é defeituoso quando não
oferece a segurança que dele legitimamente § 1º O serviço é defeituoso quando não
se espera, levando-se em consideração as fornece a segurança que o consumidor dele
circunstâncias relevantes, entre as quais: pode esperar, levando-se em consideração
as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I – sua apresentação;
I – o modo de seu fornecimento;
II – o uso e os riscos que razoavelmente dele
se esperam; II – o resultado e os riscos que razoavelmente
dele se esperam;
III – a época em que foi colocado em
circulação. III – a época em que foi fornecido.
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§ 2º O fornecedor imediato será responsável rídicas compelidas a cumpri-las e a reparar
quando fizer a pesagem ou a medição e o os danos causados, na forma prevista neste
instrumento utilizado não estiver aferido código.
segundo os padrões oficiais.
Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os ví-
Art. 20. O fornecedor de serviços responde cios de qualidade por inadequação dos produ-
pelos vícios de qualidade que os tornem tos e serviços não o exime de responsabilidade.
impróprios ao consumo ou lhes diminuam o
valor, assim como por aqueles decorrentes da Art. 24. A garantia legal de adequação do pro-
disparidade com as indicações constantes da duto ou serviço independe de termo expresso,
oferta ou mensagem publicitária, podendo o vedada a exoneração contratual do fornecedor.
consumidor exigir, alternativamente e à sua Art. 25. É vedada a estipulação contratual de
escolha: cláusula que impossibilite, exonere ou atenue
I – a reexecução dos serviços, sem custo a obrigação de indenizar prevista nesta e nas
adicional e quando cabível; seções anteriores.
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II – (Vetado). CAPÍTULO V
III – a instauração de inquérito civil, até seu Das Práticas Comerciais
encerramento.
Seção I
§ 3º Tratando-se de vício oculto, o prazo DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
decadencial inicia-se no momento em que
ficar evidenciado o defeito. Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão seguinte, equiparam-se aos consumidores todas
à reparação pelos danos causados por fato do as pessoas determináveis ou não, expostas às
produto ou do serviço prevista na Seção II deste práticas nele previstas.
Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo Seção II
a partir do conhecimento do dano e de sua
autoria. DA OFERTA
Parágrafo único. (Vetado). Art. 30. Toda informação ou publicidade,
suficientemente precisa, veiculada por qualquer
Seção V forma ou meio de comunicação com relação a
DA DESCONSIDERAÇÃO DA produtos e serviços oferecidos ou apresentados,
PERSONALIDADE JURÍDICA obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela
se utilizar e integra o contrato que vier a ser
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a celebrado.
personalidade jurídica da sociedade quando, Art. 31. A oferta e apresentação de produtos
em detrimento do consumidor, houver abuso ou serviços devem assegurar informações
de direito, excesso de poder, infração da lei, corretas, claras, precisas, ostensivas e em
fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou língua portuguesa sobre suas características,
contrato social. A desconsideração também qualidades, quantidade, composição, preço,
será efetivada quando houver falência, estado garantia, prazos de validade e origem, entre
de insolvência, encerramento ou inatividade outros dados, bem como sobre os riscos
da pessoa jurídica provocados por má que apresentam à saúde e segurança dos
administração. consumidores.
§ 1º (Vetado). Parágrafo único. As informações de que
§ 2º As sociedades integrantes dos grupos trata este artigo, nos produtos refrigerados
societários e as sociedades controladas, oferecidos ao consumidor, serão gravadas
são subsidiariamente responsáveis pelas de forma indelével.
obrigações decorrentes deste código. Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão
§ 3º As sociedades consorciadas são solida- assegurar a oferta de componentes e peças de
riamente responsáveis pelas obrigações de- reposição enquanto não cessar a fabricação ou
correntes deste código. importação do produto.
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publicidade e em todos os impressos utilizados características, qualidade, quantidade,
na transação comercial. propriedades, origem, preço e quaisquer
outros dados sobre produtos e serviços.
Parágrafo único. É proibida a publicidade
de bens e serviços por telefone, quando a § 2º É abusiva, dentre outras a publicidade
chamada for onerosa ao consumidor que a discriminatória de qualquer natureza, a
origina. que incite à violência, explore o medo ou
a superstição, se aproveite da deficiência
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é de julgamento e experiência da criança,
solidariamente responsável pelos atos de seus desrespeita valores ambientais, ou que
prepostos ou representantes autônomos. seja capaz de induzir o consumidor a se
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços comportar de forma prejudicial ou perigosa
recusar cumprimento à oferta, apresentação ou à sua saúde ou segurança.
publicidade, o consumidor poderá, alternativa- § 3º Para os efeitos deste código, a publici-
mente e à sua livre escolha: dade é enganosa por omissão quando dei-
I – exigir o cumprimento forçado da obriga- xar de informar sobre dado essencial do
ção, nos termos da oferta, apresentação ou produto ou serviço.
publicidade; § 4º (Vetado).
II – aceitar outro produto ou prestação de Art. 38. O ônus da prova da veracidade e
serviço equivalente; correção da informação ou comunicação
III – rescindir o contrato, com direito à resti- publicitária cabe a quem as patrocina.
tuição de quantia eventualmente antecipa-
da, monetariamente atualizada, e a perdas Seção IV
e danos. DAS PRÁTICAS ABUSIVAS
Seção III Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou
DA PUBLICIDADE serviços, dentre outras práticas abusivas:
I – condicionar o fornecimento de produto
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal ou de serviço ao fornecimento de outro
forma que o consumidor, fácil e imediatamente, produto ou serviço, bem como, sem justa
a identifique como tal. causa, a limites quantitativos;
Parágrafo único. O fornecedor, na II – recusar atendimento às demandas dos
publicidade de seus produtos ou serviços, consumidores, na exata medida de suas
manterá, em seu poder, para informação disponibilidades de estoque, e, ainda, de
dos legítimos interessados, os dados fáticos, conformidade com os usos e costumes;
técnicos e científicos que dão sustentação à
mensagem. III – enviar ou entregar ao consumidor, sem
solicitação prévia, qualquer produto, ou
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa fornecer qualquer serviço;
ou abusiva.
IV – prevalecer-se da fraqueza ou ignorância
§ 1º É enganosa qualquer modalidade de do consumidor, tendo em vista sua idade,
informação ou comunicação de caráter saúde, conhecimento ou condição social,
publicitário, inteira ou parcialmente falsa, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
ou, por qualquer outro modo, mesmo
por omissão, capaz de induzir em erro V – exigir do consumidor vantagem
o consumidor a respeito da natureza, manifestamente excessiva;
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Seção VI § 1º É facultado o acesso às informações lá
DOS BANCOS DE DADOS E constantes para orientação e consulta por
qualquer interessado.
CADASTROS DE CONSUMIDORES
§ 2º Aplicam-se a este artigo, no que couber,
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto as mesmas regras enunciadas no artigo
no art. 86., terá acesso às informações existentes anterior e as do parágrafo único do art. 22
em cadastros, fichas, registros e dados pessoais deste código.
e de consumo arquivados sobre ele, bem como
sobre as suas respectivas fontes. Art. 45. (Vetado).
§ 1º Os cadastros e dados de consumidores
devem ser objetivos, claros, verdadeiros e
em linguagem de fácil compreensão, não CAPÍTULO VI
podendo conter informações negativas
referentes a período superior a cinco anos.
DA PROTEÇÃO CONTRATUAL
§ 2º A abertura de cadastro, ficha, registro Seção I
e dados pessoais e de consumo deverá ser DISPOSIÇÕES GERAIS
comunicada por escrito ao consumidor,
quando não solicitada por ele. Art. 46. Os contratos que regulam as relações
de consumo não obrigarão os consumidores,
§ 3º O consumidor, sempre que encontrar se não lhes for dada a oportunidade de tomar
inexatidão nos seus dados e cadastros, conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se
poderá exigir sua imediata correção, os respectivos instrumentos forem redigidos de
devendo o arquivista, no prazo de cinco dias modo a dificultar a compreensão de seu sentido
úteis, comunicar a alteração aos eventuais e alcance.
destinatários das informações incorretas.
Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpre-
§ 4º Os bancos de dados e cadastros tadas de maneira mais favorável ao consumidor.
relativos a consumidores, os serviços de
proteção ao crédito e congêneres são Art. 48. As declarações de vontade constantes
considerados entidades de caráter público. de escritos particulares, recibos e pré-contratos
relativos às relações de consumo vinculam
§ 5º Consumada a prescrição relativa o fornecedor, ensejando inclusive execução
à cobrança de débitos do consumidor, específica, nos termos do art. 84 e parágrafos.
não serão fornecidas, pelos respectivos
Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato,
informações que possam impedir ou no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou
dificultar novo acesso ao crédito junto aos do ato de recebimento do produto ou serviço,
fornecedores. sempre que a contratação de fornecimento
de produtos e serviços ocorrer fora do
Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do estabelecimento comercial, especialmente por
consumidor manterão cadastros atualizados telefone ou a domicílio.
de reclamações fundamentadas contra
fornecedores de produtos e serviços, devendo Parágrafo único. Se o consumidor exercitar
divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação o direito de arrependimento previsto
indicará se a reclamação foi atendida ou não neste artigo, os valores eventualmente
pelo fornecedor. pagos, a qualquer título, durante o prazo
de reflexão, serão devolvidos, de imediato,
monetariamente atualizados.
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quando de sua ausência, apesar dos pleitear a resolução do contrato e a retomada
esforços de integração, decorrer ônus do produto alienado.
excessivo a qualquer das partes.
§ 1º (Vetado).
§ 3º (Vetado).
§ 2º Nos contratos do sistema de consórcio
§ 4º É facultado a qualquer consumidor de produtos duráveis, a compensação ou
ou entidade que o represente requerer ao a restituição das parcelas quitadas, na
Ministério Público que ajuíze a competente forma deste artigo, terá descontada, além
ação para ser declarada a nulidade de da vantagem econômica auferida com a
cláusula contratual que contrarie o disposto fruição, os prejuízos que o desistente ou
neste código ou de qualquer forma não inadimplente causar ao grupo.
assegure o justo equilíbrio entre direitos e
obrigações das partes. § 3° Os contratos de que trata o caput deste
artigo serão expressos em moeda corrente
Art. 52. No fornecimento de produtos ou nacional.
serviços que envolva outorga de crédito ou
concessão de financiamento ao consumidor, Seção III
o fornecedor deverá, entre outros requisitos, DOS CONTRATOS DE ADESÃO
informá-lo prévia e adequadamente sobre:
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas
I – preço do produto ou serviço em moeda cláusulas tenham sido aprovadas pela
corrente nacional; autoridade competente ou estabelecidas
II – montante dos juros de mora e da taxa unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou
efetiva anual de juros; serviços, sem que o consumidor possa discutir
ou modificar substancialmente seu conteúdo.
III – acréscimos legalmente previstos;
§ 1º A inserção de cláusula no formulário
IV – número e periodicidade das prestações; não desfigura a natureza de adesão do
contrato.
V – soma total a pagar, com e sem
financiamento. § 2º Nos contratos de adesão admite-se
cláusula resolutória, desde que a alterna-
§ 1º As multas de mora decorrentes do tiva, cabendo a escolha ao consumidor,
inadimplemento de obrigações no seu ressalvando-se o disposto no § 2º do artigo
termo não poderão ser superiores a dois anterior.
por cento do valor da prestação.
§ 3º Os contratos de adesão escritos serão
§ 2º É assegurado ao consumidor a liquida- redigidos em termos claros e com caracteres
ção antecipada do débito, total ou parcial- ostensivos e legíveis, cujo tamanho da fonte
mente, mediante redução proporcional dos não será inferior ao corpo doze, de modo a
juros e demais acréscimos. facilitar sua compreensão pelo consumidor.
§ 3º (Vetado). § 4º As cláusulas que implicarem limitação
Art. 53. Nos contratos de compra e venda de direito do consumidor deverão ser
de móveis ou imóveis mediante pagamento redigidas com destaque, permitindo sua
em prestações, bem como nas alienações imediata e fácil compreensão.
fiduciárias em garantia, consideram-se nulas § 5º (Vetado)
de pleno direito as cláusulas que estabeleçam a
perda total das prestações pagas em benefício
do credor que, em razão do inadimplemento,
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Art. 59. As penas de cassação de alvará Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre
de licença, de interdição e de suspensão a nocividade ou periculosidade de produtos,
temporária da atividade, bem como a de nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou
intervenção administrativa, serão aplicadas publicidade:
mediante procedimento administrativo,
assegurada ampla defesa, quando o fornecedor Pena - Detenção de seis meses a dois anos
reincidir na prática das infrações de maior e multa.
gravidade previstas neste código e na legislação § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem
de consumo. deixar de alertar, mediante recomendações
§ 1º A pena de cassação da concessão escritas ostensivas, sobre a periculosidade
será aplicada à concessionária de serviço do serviço a ser prestado.
público, quando violar obrigação legal ou § 2º Se o crime é culposo:
contratual.
Pena Detenção de um a seis meses ou
§ 2º A pena de intervenção administrativa multa.
será aplicada sempre que as circunstâncias
de fato desaconselharem a cassação de Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade
licença, a interdição ou suspensão da competente e aos consumidores a nocividade ou
atividade. periculosidade de produtos cujo conhecimento
seja posterior à sua colocação no mercado:
§ 3º Pendendo ação judicial na qual
se discuta a imposição de penalidade Pena – Detenção de seis meses a dois anos
administrativa, não haverá reincidência até e multa.
o trânsito em julgado da sentença.
Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas
Art. 60. A imposição de contrapropaganda será penas quem deixar de retirar do mercado,
cominada quando o fornecedor incorrer na imediatamente quando determinado
prática de publicidade enganosa ou abusiva, nos pela autoridade competente, os produtos
termos do art. 36 e seus parágrafos, sempre às nocivos ou perigosos, na forma deste artigo.
expensas do infrator.
Art. 65. Executar serviço de alto grau de
§ 1º A contrapropaganda será divulgada periculosidade, contrariando determinação de
pelo responsável da mesma forma, autoridade competente:
freqüência e dimensão e, preferencialmente
Pena – Detenção de seis meses a dois anos
no mesmo veículo, local, espaço e horário,
e multa.
de forma capaz de desfazer o malefício da
publicidade enganosa ou abusiva. Parágrafo único. As penas deste artigo são
aplicáveis sem prejuízo das correspondentes
§ 2º (Vetado)
à lesão corporal e à morte.
§ 3º (Vetado).
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa,
TÍTULO II ou omitir informação relevante sobre a
natureza, característica, qualidade, quantidade,
Das Infrações Penais segurança, desempenho, durabilidade, preço
Art. 61. Constituem crimes contra as relações de ou garantia de produtos ou serviços:
consumo previstas neste código, sem prejuízo Pena – Detenção de três meses a um ano e
do disposto no Código Penal e leis especiais, as multa.
condutas tipificadas nos artigos seguintes.
Art. 62. (Vetado).
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§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem Pena – Detenção de seis meses a um ano ou
patrocinar a oferta. multa.
§ 2º Se o crime é culposo; Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente
informação sobre consumidor constante de
Pena – Detenção de um a seis meses ou cadastro, banco de dados, fichas ou registros
multa. que sabe ou deveria saber ser inexata:
Art. 67. Fazer ou promover publicidade que Pena – Detenção de um a seis meses ou
sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva: multa.
Pena – Detenção de três meses a um ano e Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o
multa. termo de garantia adequadamente preenchido
Parágrafo único. (Vetado). e com especificação clara de seu conteúdo;
Art. 68. Fazer ou promover publicidade que Pena – Detenção de um a seis meses ou
sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o multa.
consumidor a se comportar de forma prejudicial Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer
ou perigosa a sua saúde ou segurança: para os crimes referidos neste código, incide
Pena – Detenção de seis meses a dois anos as penas a esses cominadas na medida de
e multa: sua culpabilidade, bem como o diretor,
administrador ou gerente da pessoa jurídica
Parágrafo único. (Vetado). que promover, permitir ou por qualquer modo
aprovar o fornecimento, oferta, exposição
Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos,
à venda ou manutenção em depósito de
técnicos e científicos que dão base à publicidade:
produtos ou a oferta e prestação de serviços nas
Pena – Detenção de um a seis meses ou condições por ele proibidas.
multa.
Art. 76. São circunstâncias agravantes dos
Art. 70. Empregar na reparação de produtos, crimes tipificados neste código:
peça ou componentes de reposição usados,
I – serem cometidos em época de grave crise
sem autorização do consumidor:
econômica ou por ocasião de calamidade;
Pena Detenção de três meses a um ano e
II – ocasionarem grave dano individual ou
multa.
coletivo;
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de
III – dissimular-se a natureza ilícita do
ameaça, coação, constrangimento físico
procedimento;
ou moral, afirmações falsas incorretas ou
enganosas ou de qualquer outro procedimento IV – quando cometidos:
que exponha o consumidor, injustificadamente,
a ridículo ou interfira com seu trabalho, a) por servidor público, ou por pessoa
descanso ou lazer: cuja condição econômico-social seja
manifestamente superior à da vítima;
Pena – Detenção de três meses a um ano e
multa. b) em detrimento de operário ou rurícola;
de menor de dezoito ou maior de sessenta
Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do anos ou de pessoas portadoras de
consumidor às informações que sobre ele deficiência mental interditadas ou não;
constem em cadastros, banco de dados, fichas
e registros:
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V – serem praticados em operações que TÍTULO III
envolvam alimentos, medicamentos ou
quaisquer outros produtos ou serviços Da Defesa do Consumidor em Juízo
essenciais .
CAPÍTULO I
Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção DISPOSIÇÕES GERAIS
será fixada em dias-multa, correspondente ao
mínimo e ao máximo de dias de duração da Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos
pena privativa da liberdade cominada ao crime. consumidores e das vítimas poderá ser exercida
Na individualização desta multa, o juiz observará em juízo individualmente, ou a título coletivo.
o disposto no art. 60, § 1° do Código Penal.
Parágrafo único. A defesa coletiva será
Art. 78. Além das penas privativas de liberdade exercida quando se tratar de:
e de multa, podem ser impostas, cumulativa ou
alternadamente, observado o disposto nos arts. I – interesses ou direitos difusos, assim
44 a 47, do Código Penal: entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível, de
I – a interdição temporária de direitos; que sejam titulares pessoas indeterminadas
e ligadas por circunstâncias de fato;
II – a publicação em órgãos de comunicação
de grande circulação ou audiência, às II – interesses ou direitos coletivos, assim
expensas do condenado, de notícia sobre os entendidos, para efeitos deste código, os
fatos e a condenação; transindividuais, de natureza indivisível de
que seja titular grupo, categoria ou classe
III – a prestação de serviços à comunidade. de pessoas ligadas entre si ou com a parte
Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que contrária por uma relação jurídica base;
trata este código, será fixado pelo juiz, ou pela III – interesses ou direitos individuais
autoridade que presidir o inquérito, entre cem e homogêneos, assim entendidos os
duzentas mil vezes o valor do Bônus do Tesouro decorrentes de origem comum.
Nacional (BTN), ou índice equivalente que
venha a substituí-lo. Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único,
são legitimados concorrentemente:
Parágrafo único. Se assim recomendar a
situação econômica do indiciado ou réu, a I – o Ministério Público,
fiança poderá ser:
II – a União, os Estados, os Municípios e o
a) reduzida até a metade do seu valor Distrito Federal;
mínimo;
III – as entidades e órgãos da Administração
b) aumentada pelo juiz até vinte vezes. Pública, direta ou indireta, ainda que sem
personalidade jurídica, especificamente
Art. 80. No processo penal atinente aos crimes destinados à defesa dos interesses e direitos
previstos neste código, bem como a outros protegidos por este código;
crimes e contravenções que envolvam relações
de consumo, poderão intervir, como assistentes IV – as associações legalmente constituídas
do Ministério Público, os legitimados indicados há pelo menos um ano e que incluam
no art. 82, inciso III e IV, aos quais também é entre seus fins institucionais a defesa
facultado propor ação penal subsidiária, se a dos interesses e direitos protegidos por
denúncia não for oferecida no prazo legal. este código, dispensada a autorização
assemblear.
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Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a II – da ação condenatória, quando coletiva
ação, atuará sempre como fiscal da lei. a execução.
Parágrafo único. (Vetado). Art. 99. Em caso de concurso de créditos
decorrentes de condenação prevista na Lei n.º
Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça
7.347, de 24 de julho de 1985 e de indenizações
Federal, é competente para a causa a justiça
pelos prejuízos individuais resultantes do
local:
mesmo evento danoso, estas terão preferência
I – no foro do lugar onde ocorreu ou deva no pagamento.
ocorrer o dano, quando de âmbito local;
Parágrafo único. Para efeito do disposto
II – no foro da Capital do Estado ou no do neste artigo, a destinação da importância
Distrito Federal, para os danos de âmbito recolhida ao fundo criado pela Lei nº 7.347
nacional ou regional, aplicando-se as regras de 24 de julho de 1985, ficará sustada
do Código de Processo Civil aos casos de enquanto pendentes de decisão de
competência concorrente. segundo grau as ações de indenização pelos
danos individuais, salvo na hipótese de o
Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital
patrimônio do devedor ser manifestamente
no órgão oficial, a fim de que os interessados
suficiente para responder pela integralidade
possam intervir no processo como litisconsortes,
das dívidas.
sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios
de comunicação social por parte dos órgãos de Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem
defesa do consumidor. habilitação de interessados em número
compatível com a gravidade do dano, poderão
Art. 95. Em caso de procedência do pedido,
os legitimados do art. 82 promover a liquidação
a condenação será genérica, fixando a
e execução da indenização devida.
responsabilidade do réu pelos danos causados.
Parágrafo único. O produto da indenização
Art. 96. (Vetado).
devida reverterá para o fundo criado pela
Art. 97. A liquidação e a execução de sentença Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.
poderão ser promovidas pela vítima e seus
sucessores, assim como pelos legitimados de
que trata o art. 82. CAPÍTULO III
Parágrafo único. (Vetado).
DAS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE
DO FORNECEDOR DE PRODUTOS E
Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo
SERVIÇOS
promovida pelos legitimados de que trata o art.
82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do
tiveram sido fixadas em sentença de liquidação, fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo
sem prejuízo do ajuizamento de outras do disposto nos Capítulos I e II deste título,
execuções. serão observadas as seguintes normas:
§ 1º A execução coletiva far-se-á com base I – a ação pode ser proposta no domicílio do
em certidão das sentenças de liquidação, da autor;
qual deverá constar a ocorrência ou não do
trânsito em julgado. II – o réu que houver contratado seguro
de responsabilidade poderá chamar
§ 2º É competente para a execução o juízo:
ao processo o segurador, vedada a
I – da liquidação da sentença ou da ação integração do contraditório pelo Instituto
condenatória, no caso de execução de Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, a
individual; sentença que julgar procedente o pedido
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condenará o réu nos termos do art. 80 hipótese do inciso III do parágrafo único do
do Código de Processo Civil. Se o réu art. 81.
houver sido declarado falido, o síndico
será intimado a informar a existência de § 1º Os efeitos da coisa julgada previstos
seguro de responsabilidade, facultando- nos incisos I e II não prejudicarão interesses
se, em caso afirmativo, o ajuizamento de e direitos individuais dos integrantes da
ação de indenização diretamente contra coletividade, do grupo, categoria ou classe.
o segurador, vedada a denunciação da § 2º Na hipótese prevista no inciso III,
lide ao Instituto de Resseguros do Brasil e em caso de improcedência do pedido, os
dispensado o litisconsórcio obrigatório com interessados que não tiverem intervindo
este. no processo como litisconsortes poderão
Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste propor ação de indenização a título
código poderão propor ação visando compelir individual.
o Poder Público competente a proibir, em todo § 3º Os efeitos da coisa julgada de que
o território nacional, a produção, divulgação cuida o art. 16., combinado com o art. 13
distribuição ou venda, ou a determinar a da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, não
alteração na composição, estrutura, fórmula prejudicarão as ações de indenização por
ou acondicionamento de produto, cujo uso ou danos pessoalmente sofridos, propostas
consumo regular se revele nocivo ou perigoso à individualmente ou na forma prevista
saúde pública e à incolumidade pessoal. neste código, mas, se procedente o pedido,
§ 1º (Vetado). beneficiarão as vítimas e seus sucessores,
que poderão proceder à liquidação e à
§ 2º (Vetado) execução, nos termos dos arts. 96 a 99.
§ 4º Aplica-se o disposto no parágrafo
CAPÍTULO IV anterior à sentença penal condenatória.
DA COISA JULGADA
Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este I e II e do parágrafo único do art. 81, não induzem
código, a sentença fará coisa julgada: litispendência para as ações individuais, mas os
efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra
I – erga omnes, exceto se o pedido for partes a que aludem os incisos II e III do artigo
julgado improcedente por insuficiência anterior não beneficiarão os autores das ações
de provas, hipótese em que qualquer individuais, se não for requerida sua suspensão
legitimado poderá intentar outra ação, com no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos
idêntico fundamento valendo-se de nova autos do ajuizamento da ação coletiva.
prova, na hipótese do inciso I do parágrafo
único do art. 81;
II – ultra partes, mas limitadamente ao gru- TÍTULO IV
po, categoria ou classe, salvo improcedên-
cia por insuficiência de provas, nos termos Do Sistema Nacional de
do inciso anterior, quando se tratar da hipó- Defesa do Consumidor
tese prevista no inciso II do parágrafo único
do art. 81.; Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa
do Consumidor (SNDC), os órgãos federais,
III – erga omnes, apenas no caso de estaduais, do Distrito Federal e municipais e as
procedência do pedido, para beneficiar entidades privadas de defesa do consumidor.
todas as vítimas e seus sucessores, na
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Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa XI – (Vetado).
do Consumidor, da Secretaria Nacional de
Direito Econômico (MJ), ou órgão federal que XII – (Vetado)
venha substituí-lo, é organismo de coordenação XIII – desenvolver outras atividades
da política do Sistema Nacional de Defesa do compatíveis com suas finalidades.
Consumidor, cabendo-lhe:
Parágrafo único. Para a consecução de seus
I – planejar, elaborar, propor, coordenar e objetivos, o Departamento Nacional de
executar a política nacional de proteção ao Defesa do Consumidor poderá solicitar o
consumidor; concurso de órgãos e entidades de notória
II – receber, analisar, avaliar e encaminhar especialização técnico-científica.
consultas, denúncias ou sugestões
TÍTULO V
apresentadas por entidades representativas
ou pessoas jurídicas de direito público ou
Da Convenção Coletiva de Consumo
privado;
III – prestar aos consumidores orientação Art. 107. As entidades civis de consumidores e
permanente sobre seus direitos e garantias; as associações de fornecedores ou sindicatos
de categoria econômica podem regular, por
IV – informar, conscientizar e motivar o convenção escrita, relações de consumo que
consumidor através dos diferentes meios de tenham por objeto estabelecer condições
comunicação; relativas ao preço, à qualidade, à quantidade,
à garantia e características de produtos e
V – solicitar à polícia judiciária a instauração
serviços, bem como à reclamação e composição
de inquérito policial para a apreciação de
do conflito de consumo.
delito contra os consumidores, nos termos
da legislação vigente; § 1º A convenção tornar-se-á obrigatória
a partir do registro do instrumento no
VI – representar ao Ministério Público
cartório de títulos e documentos.
competente para fins de adoção de medidas
processuais no âmbito de suas atribuições; § 2º A convenção somente obrigará os
filiados às entidades signatárias.
VII – levar ao conhecimento dos órgãos
competentes as infrações de ordem § 3º Não se exime de cumprir a convenção o
administrativa que violarem os interesses fornecedor que se desligar da entidade em
difusos, coletivos, ou individuais dos data posterior ao registro do instrumento.
consumidores;
Art. 108. (Vetado).
VIII – solicitar o concurso de órgãos e
entidades da União, Estados, do Distrito TÍTULO VI
Federal e Municípios, bem como auxiliar
a fiscalização de preços, abastecimento,
Disposições Finais
quantidade e segurança de bens e serviços; Art. 109. (Vetado).
IX – incentivar, inclusive com recursos Art. 110. Acrescente-se o seguinte inciso IV ao
financeiros e outros programas especiais, art. 1º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985:
a formação de entidades de defesa do
consumidor pela população e pelos órgãos "IV – a qualquer outro interesse difuso ou
públicos estaduais e municipais; coletivo".
X – (Vetado).
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Art. 111. O inciso II do art. 5º da Lei nº 7.347, blico, facultada igual iniciativa aos demais
de 24 de julho de 1985, passa a ter a seguinte legitimados".
redação:
Art. 115. Suprima-se o caput do art. 17 da Lei
"II – inclua, entre suas finalidades nº 7.347, de 24 de julho de 1985, passando o
institucionais, a proteção ao meio ambiente, parágrafo único a constituir o caput, com a
ao consumidor, ao patrimônio artístico, seguinte redação:
estético, histórico, turístico e paisagístico,
ou a qualquer outro interesse difuso ou “Art. 17. “Art. 17. Em caso de litigância de
coletivo". má-fé, a associação autora e os diretores
responsáveis pela propositura da ação serão
Art. 112. O § 3º do art. 5º da Lei nº 7.347, de 24 solidariamente condenados em honorários
de julho de 1985, passa a ter a seguinte redação: advocatícios e ao décuplo das custas, sem
prejuízo da responsabilidade por perdas e
"§ 3º Em caso de desistência infundada danos”.
ou abandono da ação por associação
legitimada, o Ministério Público ou outro Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao art. 18 da
legitimado assumirá a titularidade ativa". Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985:
Art. 113. Acrescente-se os seguintes §§ 4º, 5º e "Art. 18. Nas ações de que trata esta
6º ao art. 5º. da Lei nº 7.347, de 24 de julho de lei, não haverá adiantamento de custas,
1985: emolumentos, honorários periciais
e quaisquer outras despesas, nem
"§ 4.º O requisito da pré-constituição condenação da associação autora, salvo
poderá ser dispensado pelo juiz, quando comprovada má-fé, em honorários de
haja manifesto interesse social evidenciado advogado, custas e despesas processuais".
pela dimensão ou característica do dano,
ou pela relevância do bem jurídico a ser Art. 117. Acrescente-se à Lei nº 7.347, de
protegido. 24 de julho de 1985, o seguinte dispositivo,
renumerando-se os seguintes:
§ 5º Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo
entre os Ministérios Públicos da União, do "Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e
Distrito Federal e dos Estados na defesa interesses difusos, coletivos e individuais,
dos interesses e direitos de que cuida esta no que for cabível, os dispositivos do Título
lei. (Vide Mensagem de veto) (Vide REsp III da lei que instituiu o Código de Defesa do
222582 /MG - STJ) Consumidor".
§ 6º Os órgãos públicos legitimados poderão Art. 118. Este código entrará em vigor dentro de
tomar dos interessados compromisso de cento e oitenta dias a contar de sua publicação.
ajustamento de sua conduta às exigências
legais, mediante combinações, que terá Art. 119. Revogam-se as disposições em
eficácia de título executivo extrajudicial". contrário.
(Vide Mensagem de veto) (Vide REsp Brasília, 11 de setembro de 1990; 169º da
222582 /MG - STJ) Independência e 102º da República.
Art. 114. O art. 15 da Lei nº 7.347, de 24 de FERNANDO COLLOR
julho de 1985, passa a ter a seguinte redação: Bernardo Cabral
"Art. 15. Decorridos sessenta dias do trân- Zélia M. Cardoso de Mello
sito em julgado da sentença condenatória, Ozires Silva
sem que a associação autora lhe promova
a execução, deverá fazê-lo o Ministério Pú-
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CONSIDERAÇÕES SOBRE DIREITO DO CONSUMIDOR – CDC
1 – DISPOSIÇÕES GERAIS
CF: art. 5º, XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor –
cláusula pétrea
CDC: Lei nº 8.078/1990, cujas normas são de interesse social e de ordem pública.
Vulnerabilidade (art. 4º, I, CDC) – todo consumidor é presumidamente vulnerável.
1. Para iniciar o estudo sobre Direito do Consumidor, é importantíssimo fazer uma leitura
atenta do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990). Trata-se de uma lei
pequena, com menos de 120, redigidos de forma clara e linguagem simplificada, pois a
intenção é de que o próprio consumidor em geral consiga entendê-los.
2. O Direito do Consumidor está regulado, basicamente, pelo Código de Defesa do
Consumidor, Lei nº 8.078/1990, cujas normas são de interesse social e de ordem pública,
criado em conformidade com as disposições Constitucionais do art. 5º, inciso XXXII, cláusula
pétrea (o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor), art. 170., V e art. 48
da ADCT.
3. Como se tratam de normas de ordem pública, têm aplicação obrigatória, não podendo ser
derrogadas pelas partes. É uma legislação especial, cujo regime jurídico é aplicável sempre
que se tratar de relação de consumo.
4. Para que haja uma relação de consumo, é necessário que de um lado esteja alguém que se
enquadre no conceito de consumidor e, de outro, alguém que se enquadre no conceito de
fornecedor.
5. Ao estudar o Direito do Consumidor, deve-se ter como premissa que todo consumidor é
presumidamente vulnerável na relação de consumo. A intenção do legislador foi de criar
uma situação jurídica mais favorável à parte mais fraca na relação (consumidor), a fim de
equilibrar as desigualdades.
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CONCEITO DE CONSUMIDOR
•• GERAL (art. 2º)
•• Pessoa física ou jurídica
•• Destinatário final
POR EQUIPARAÇÃO
•• Coletividade (art. 2º, p.u.)
•• Vítimas de acidente de consumo (art. 17.)
•• Pessoas expostas a práticas comerciais (art. 29.).
1. Segundo o conceito padrão, trazido pelo CDC, consumidor é toda pessoa física ou jurídica
que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatária final.
2. No entanto, o CDC prevê categorias que, mesmo não se enquadrando nesse conceito
padrão, também receberão a proteção como se consumidores fossem. São os chamados
consumidores por equiparação:
I – a coletividade de pessoas que haja intervindo nas relações de consumo;
II – todas as vítimas de acidente de consumo;
III – todas as pessoas expostas às práticas comerciais e contratuais.
CONCEITO DE FORNECEDOR
Art. 3º – Fornecedor é toda pessoa: física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, incluindo entes despersonalizados (ex.: massa falida, sociedade de fato,
camelô), que desenvolvam atividade de: produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos
ou prestação de serviços.
CONCEITO DE PRODUTO
Art. 3º, § 1º – Produto é qualquer bem móvel, imóvel, material ou imaterial. O
legislador deixou o conceito bem amplo, a fim de abranger todo e qualquer bem
oferecido no mercado de consumo.
CONCEITO DE SERVIÇO
Art. 3º, § 2º – Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado, mediante
remuneração, salvo as decorrentes de relação de trabalho.
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1. De forma exemplificativa, o CDC enfatiza que estão incluídas no conceito de serviço as
atividades de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária.
2. Em relação aos serviços, além daqueles expressamente citados pelo CDC, importante
conhecer o teor das seguintes Súmulas do STJ: - Súmula n.º 297 – O Código de Defesa do
Consumidor é aplicável às instituições financeiras.
3. Quanto à remuneração do serviço, deve-se compreender não apenas a direta como
também a indireta (serviço aparentemente gratuito), ou seja, quando o custo do serviço
vem embutido na própria atividade do fornecedor (ex.: estacionamentos gratuitos de
supermercado, ou frete gratuito na compra de determinado produto, cujos custos estão
diluídos nos produtos vendidos).
4. Quanto à aplicação do CDC aos serviços públicos (prestado pela administração direita ou
indireta), é necessário fazer a distinção entre serviços públicos uti singuli e uti universi. Aos
primeiros, cuja remuneração é mensurada e feita individualmente pelo consumidor, aplica-
se o CDC (ex.: serviço de energia elétrica, telefonia, transporte público, etc.), enquanto
os segundos, custeados por impostos, não são considerados relação de consumo, não se
aplicando, portanto, o CDC (ex.: atendimento em postos de saúde, ensino da rede pública,
etc.).
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1. Um dos direitos básicos arrolados que merece atenção especial é a inversão do ônus da
prova: para sua concessão, que pode ser somente em favor do consumidor, é necessário
que o juiz verifique a presença dos requisitos de verossimilhança ou hipossuficiência (não
necessariamente ambos).
2. É comum, em provas, questionarem se a inversão do ônus da prova se dá de forma
automática e se é regra no direito do consumidor. A resposta é não. A inversão do ônus da
prova somente poderá ser deferida, a critério do juiz, mediante a presença dos requisitos
verossimilhança ou hipossuficiência.
3. Diferenciar: Vulnerabilidade (que pode ser técnica, jurídica, fática ou informacional) é uma
presunção legal conferida a todo o consumidor. Já a hipossuficiência é um dos requisitos
para a inversão do ônus da prova e sua existência deve ser analisada no caso concreto.
Assim, todo o consumidor é vulnerável, mas nem todo é hipossuficiente.
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te da existência de culpa. Ex.: se ocorre um assalto no interior de uma agência e isso cause
danos a algum cliente ou usuário, mesmo que o banco não tenha efetivamente uma culpa
(o banco é até uma vítima disso), acaba respondendo pelos danos, já que deve assumir os
riscos que sua atividade traz.
3. Entretanto, o próprio CDC traz uma exceção a essa regra da responsabilidade objetiva,
ao dispor que o profissional liberal responderá mediante a verificação de culpa, ou seja,
responderá de forma subjetiva.
7. Não sendo resolvido o problema no prazo acima, caberá ao consumidor escolher umas
dessas opções:
•• Substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
•• Restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
•• Abatimento proporcional do preço.
8. O consumidor poderá fazer uso imediato das opções acima (ou seja, sem precisar aguardar
o prazo dos 30 dias para o fornecedor sanar o vício) sempre que em razão da extensão do
vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características
do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
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10. Quando se trata de vício do serviço, também não há prazo para o fornecedor saná-lo,
podendo o consumidor exigir, imediatamente, à sua escolha, dentre as opções abaixo:
•• Reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível (que poderá ser
realizada por terceiros, mas por conta e risco do fornecedor);
•• Restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
•• Abatimento proporcional do preço.
11. Como a responsabilidade do fornecedor é objetiva, sua ignorância sobre os vícios dos
produtos ou serviços não o exime da responsabilidade.
12. Quem responde pelo vício? A regra é a da solidariedade, ou seja, o consumidor poderá
se dirigir a qualquer um dos fornecedores. Todos (qualquer um deles) têm o dever
de solucionar o problema perante o consumidor, e depois, entre eles, que apurem e
façam os ressarcimentos conforme acordarem. Ex.: é comum o consumidor se dirigir ao
comerciante para reclamar um vício do produto e esse fornecedor alegar que o problema
deve ser reclamado diretamente com o fabricante; na verdade, independentemente de
ser “problema de fábrica” ou qualquer outro tipo de vício, por disposição legal, todos são
solidariamente responsáveis perante do consumidor.
13. Fato (também chamado de acidente de consumo): caracteriza-se por um dano decorrente
de defeito do produto ou serviço. Ex.: liquidificador que, ao ser utilizado normalmente, em
razão de defeito técnico, explode, causando lesões físicas ou psíquicas ao consumidor ou
estragando outros objetos que estejam próximos.
14. O produto ou serviço defeituoso é aquele que não apresenta a segurança que dele se espera,
levando-se em consideração, obviamente, o modo de fornecimento ou sua apresentação, o
resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam e a época em que foi fornecido ou
colocado no mercado. Entretanto, o produto não será considerado defeituoso em razão de
outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado, da mesma forma que o serviço
não será considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
16. Como o fato gera um dano (que vai além do prejuízo do produto ou serviço em si), a
responsabilidade do fornecedor será de indenizar, o que, em regra, será buscado através
de uma ação judicial.
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17. O prazo para a propositura da ação será prescricional de 5 anos, a contar do conhecimento
do dano e sua autoria. Observe-se que, em se tratando de relação de consumo, o prazo
para o consumidor é mais favorável do que a regra geral do Código Civil, que prevê o prazo
prescricional de 3 anos para pretensão de reparação civil.
19. Quem responde pelo fato? O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro
e o importador. Entretanto, o comerciante somente responderá em 3 hipóteses:
•• Quando o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser
identificados;
•• Quando o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor,
construtor ou importador,
•• Quando não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
Isso significa dizer que, o comerciante responde de forma subsidiária, pois somente será
responsável nas 3 hipóteses acima.
20. Quando tratamos da relação de consumo, nos conceitos iniciais, foi mencionada a figura
do consumidor por equiparação quando vítima de acidente de consumo (fato). Agora fica
mais fácil entender esse conceito, pois se trata de terceiro que, mesmo não tendo adquirido
o produto ou serviço como destinatário final, acabou sendo atingido pelo acidente de
consumo. Ex.: um veículo que, por um defeito no sistema de freios, não consegue frear, se
chocando com outro e causando danos a ambos os condutores. O primeiro condutor, por
ter adquirido o produto como destinatários final, já é considerado consumidor e o segundo,
que simplesmente sofreu danos oriundos do fato também será considerado consumidor
(por equiparação), utilizando-se das mesmas regras que o primeiro ao buscar a reparação
dos danos.
Para fixar:
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Fato Vício
O liquidificador explode e causa danos ao consu-
O liquidificador para de funcionar, apenas.
midor ou a terceiro.
O salto do sapato descola, causando uma lesão
O salto do sapato descola, apenas.
no tornozelo de quem está calçando-o.
O alimento vendido com prazo de validade
O alimento é vendido com o prazo de validade
vencido é ingerido e causa algum dano ao
vencido, apenas.
consumidor.
21. A doutrina costuma diferenciar os termos vício e defeito do produto ou serviço, utilizando
o primeiro quando trata de responsabilidade pelo vício e o segundo quando trata de
responsabilidade pelo fato. O vício seria um problema que afeta simplesmente o produto ou
o serviço em si, como a quantidade errada, o mau funcionamento ou o não funcionamento.
Já o defeito seria um problema mais grave (um vício com um problema extra), que
transcende o próprio produto ou serviço, trazendo risco a saúde ou segurança, podendo
causar danos extrínsecos ao consumidor ou a terceiros. No entanto, cuidado, pois tanto
a legislação quanto as bancas de concursos utilizam esses termos independentemente de
estarem abordando vício ou fato, tratando-os, muitas vezes, como sinônimos.
22. Recall – ainda sobre a responsabilidade, o fornecedor não poderá colocar no mercado
produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou
periculosidade à saúde ou segurança do consumidor. Caso, após a colocação no mercado
desse produto ou serviço, tome conhecimento desses riscos, deverá o fornecedor
comunicar o fato às autoridades competentes e ao consumidor, através de anúncios
publicitários, veiculados na imprensa, rádio e televisão. Trata-se do chamado recall, através
do qual se faz o chamamento do consumidor para a reparação do problema, a fim de evitar
possíveis danos.
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5 - PRÁTICAS COMERCIAIS (Oferta, Publicidade, Práticas Abusivas e
Orçamento)
1. Oferta: toda informação, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio
de comunicação, obriga o fornecedor e integra o contrato que eventualmente vier a ser
celebrado.
2. A oferta e apresentação de produtos ou serviços deve trazer de forma correta, clara,
precisa, ostensiva e em língua portuguesa, todas as informações ao consumidor.
3. Se o fornecedor recusar-se a cumprir a oferta, o consumidor poderá, alternativamente e à
sua livre escolha:
•• Exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou
publicidade;
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4. É proibida a publicidade de bens e serviços por telefone, quando a chamada for onerosa ao
consumidor que a origina.
ENGANOSA ABUSIVA
Falsa, que induz em erro.
Pode ser enganosa por omissão: quando deixa de Desrespeita valores
informar sobre algo essencial
Informação ou comunicação de caráter publici- Discriminatória de qualquer natureza, a que inci-
tário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qual- te à violência, explore o medo ou a superstição,
quer outro modo, mesmo por omissão, capaz se aproveite da deficiência de julgamento e ex-
de induzir em erro o consumidor a respeito da periência da criança, desrespeita valores ambien-
natureza, características, qualidade, quantidade, tais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a
propriedades, origem, preço e quaisquer outros se comportar de forma prejudicial ou perigosa à
dados sobre produtos e serviços. Pode ser enga- sua saúde ou segurança.
nosa por omissão, quando deixa de informar da-
dos essenciais.
10. As práticas abusivas, cujo rol exemplificativo segue abaixo, são vedadas (art. 39, CDC).
I – condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou
serviço (venda casada), bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
II – recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas
disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;
III – enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer
qualquer serviço (caso ocorra essa prática, os produtos ou serviços remetidos ao consumidor
equiparam-se a amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento);
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IV – prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
V – exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
VI – executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do
consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
VII – repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício
de seus direitos;
VIII – colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as
normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem,
pela ABNT ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial (Conmetro);
IX – recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a
adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em
leis especiais;
X – elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços.
XII – deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu
termo inicial a seu exclusivo critério;
XII – aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido.
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1. Bancos de dados e cadastros de consumidores: (como SPC, SERASA, etc.) são considerados
entidades de caráter público e devem permitir ao consumidor o acesso às informações
existentes. As informações negativas sobre o consumidor não podem permanecer
registradas por período superior a 5 anos. Da mesma forma, não poderão ser fornecidas
por esses órgãos informações sobre débitos cuja cobrança já esteja prescrita. O consumidor
tem direito ao acesso às informações sobre si, e, sempre que encontrar inexatidão nos seus
dados e cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de
5 dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas.
Sobre o assunto, observar as seguintes Súmulas do STJ:
•• Súmula n.º 323 – A inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos serviços de
proteção ao crédito até o prazo máximo de cinco anos, independentemente da prescrição
da execução.
•• Súmula n.º 385 – Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe
indenização por dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito
ao cancelamento.
•• Súmula n.º 359 – Cabe ao órgão mantenedor do cadastro de proteção ao crédito a
notificação do devedor antes de proceder à inscrição .
•• Súmula n.º 404 – É dispensável o aviso de recebimento (AR) na carta de comunicação ao
consumidor sobre a negativação de seu nome em bancos de dados e cadastros.
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7 – PROTEÇÃO CONTRATUAL (Disposições Gerais, Direito de Arrependimento
e Garantias)
4. Atenção para que a prática cotidiana não confunda: somente há direito de arrependimento
(desistência do negócio) quando a contratação foi fora do estabelecimento comercial e
somente há direito à troca nos casos já vistos em que o produto ou serviço apresentam
vícios. Ex.: é comum, após as datas festivas (Natal, Dia das Mães, etc.), os consumidores
se dirigirem às lojas por não terem gostado da cor ou modelo do produto, ou por terem
ganhado de presente e não ter servido o tamanho, e os comerciantes efetuarem as trocas;
no entanto, isso é uma faculdade do fornecedor, que pretende conquistar o cliente, mas não
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há qualquer obrigação legal em efetuar tal troca (exceto quando o próprio fornecedor se
obrigou, no momento da oferta ou contratação, hipótese em que deverá cumprir o ofertado
ou pactuado).
5. Garantia: trata-se de um prazo para reclamar por vícios dos produtos ou serviços. Portanto,
a garantia legal é reclamada nos prazos decadenciais do art. 26 do CDC (30 ou 90 dias).
6. A garantia legal é obrigatória, imposta por lei, não precisando de termo escrito, sendo
vedada e exoneração do fornecedor. (Ex.: é comum que um fornecedor venda determinado
produto e “avise” que não há garantia alguma; entretanto, essa informação deve ser
desconsiderada, já que a garantia legal não é dada pelo fornecedor e sim imposta pela lei,
sendo obrigatória em qualquer produto ou serviço fornecidos no mercado de consumo).
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1. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor,
sendo que os contratos não obrigarão o consumidor quando não lhe for dada a
oportunidade de tomar conhecimento prévio do seu conteúdo ou quando forem redigidos
de modo a dificultar a sua compreensão.
3. Cláusulas abusivas são nulas de pleno direito. Entretanto, pelo Princípio da Conservação
dos Contratos, a nulidade de uma das cláusulas não invalida o contrato, salvo se apesar
dos esforços de integração, ocorrer ônus excessivo a uma das partes.
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4. Atenção: Muito embora a doutrina entenda que a abusividade das cláusulas pode ser
declarada de ofício pelo julgador, o STJ tem o seguinte entendimento: Súmula 381 - nos
contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas.
•• A cobrança de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano não é considerada abusiva:
Súmula 382 - A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não
indica abusividade.
5. No fornecimento de produtos ou serviços que envolva outorga de crédito ou concessão
de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-
lo prévia e adequadamente sobre: I – preço do produto ou serviço em moeda corrente
nacional; II – montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros; III – acréscimos
legalmente previstos; IV – número e periodicidade das prestações; V – soma total a pagar,
com e sem financiamento.
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9 – DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO
1. A defesa em juízo dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida individual ou
coletivamente. Será coletiva quando se tratar de:
•• Interesses ou direitos difusos (transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam
titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato);
•• Interesses ou direitos coletivos (transindividuais, de natureza indivisível de que seja
titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária
por uma relação jurídica base);
•• Interesses ou direitos individuais homogêneos (de natureza divisível, decorrentes de
origem comum);
Individuais
DIREITOS Difusos Coletivos (strictu sensu)
homogêneos
TITULARES Indetermináveis Determináveis Determináveis
ORIGEM Relação de fato Relação jurídica Origem comum
OBJETO Indivisível Indivisível Divisível
Mensalidade escolar abu-
Exemplos Propaganda abusiva Acidente aéreo
siva
Acidente aéreo
10 - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Como o tema “Princípios” requer uma visão mais interpretativa, deixamos para o final,
momento em que se tornam mais compreensíveis, devido ao conteúdo já estudado.
2. Princípio do Dever Governamental – É visto sob dois aspectos, o primeiro diz respeito ao
dever do Estado em promover mecanismos suficientes à efetiva proteção do consumidor
e o segundo diz respeito ao dever do Estado em promover a racionalização e melhoria do
serviço público enquanto Estado-fornecedor.
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Questões
2. (19023) FCC – 2010 – ATENDIMENTO - Assinale a opção correta com base nas
LEGISLAÇÃO – Direito de Arrependimento, disposições do CDC acerca de decadência e
Proteção Contratual. prescrição.
a) Inicia-se a contagem do prazo
A questão referem-se à Lei nº 8.078/90, decadencial a partir da celebração do
Código de Defesa do Consumidor. contrato de consumo.
Tratando-se da proteção contratual, o b) Tratando-se do fornecimento de serviço
consumidor pode desistir do contrato ou de produtos não duráveis, o direito
sempre que a contratação de fornecimento de reclamar pelos vícios aparentes ou
de produtos e serviços ocorrer fora do de fácil constatação caduca em noventa
estabelecimento comercial, especialmente dias.
por telefone ou a domicílio, a contar de sua c) Prescreve em três anos a pretensão à
assinatura ou do ato de recebimento do reparação pelos danos causados por
produto ou serviço, no prazo de: fato do produto ou do serviço.
a) 7 dias. d) Tratando-se de vício oculto, o prazo
b) 14 dias. decadencial inicia-se no momento em
c) 21 dias. que ficar evidenciado o defeito.
d) 28 dias. e) Obsta a decadência a reclamação
e) 56 dias. formalizada perante os órgãos ou
entidades cujas atribuições incluam a
defesa do consumidor.
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5. (11198) FCC – 2010 – ATENDIMENTO - dias, contado do recebimento do produto,
LEGISLAÇÃO – Responsabilidade pelo Fato e tendo, nesse caso, direito de ser ressarcido
Vício de Produtos e Serviços. dos valores eventualmente pagos.
As questões de números 61 a 64 referem- ( ) Certo ( ) Errado
se à Lei nº 8.078/90 Código de Defesa do
Consumidor. 7. (19193) CESPE – 2011 – ATENDIMENTO -
O art. 20 dispõe que: O fornecedor de LEGISLAÇÃO – Responsabilidade pelo Fato e
serviços responde pelos vícios de qualidade Vício de Produtos e Serviços.
que os tornem impróprios ao consumo Julgue os itens a seguir, a respeito da
ou lhes diminuam o valor, assim como prevenção e da reparação dos danos
aqueles decorrentes da disparidade causados aos consumidores.
com as indicações constantes da oferta
ou mensagem publicitária, podendo o Caso um profissional liberal da área médica
consumidor exigir, alternativamente e à sua cause danos a paciente consumidor, no
escolha: exercício da prestação de serviços, a
responsabilidade pessoal desse profissional
I – A reexecução dos serviços, com custo liberal será apurada mediante a verificação
adicional e quando cabível. de sua culpa.
II – A restituição imediata da quantia paga, ( ) Certo ( ) Errado
monetariamente atualizada, sem prejuízo
de eventuais perdas e danos.
8. (19196) – CESPE – 2011 – ATENDIMENTO
III – O abatimento proporcional do preço.
- LEGISLAÇÃO – Direitos Básicos do
IV – A reexecução dos serviços, sem Consumidor.
custo adicional e quando cabível, pode
ser confiada a terceiros devidamente Acerca dos princípios e direitos do
capacitados, por conta e risco do fornecedor. consumidor, julgue os itens seguintes.
Doravante, considere que a sigla CDC,
V – A restituição imediata da quantia paga, sempre que utilizada, refere-se ao Código
isenta de atualização monetária, sem de Defesa do Consumidor.
prejuízo de eventuais perdas e danos.
Com vistas à proteção integral ao
Está correto o que se afirma APENAS em: consumidor, no curso de uma ação judicial,
a) II, IV e V. a inversão do ônus da prova em favor deste
b) III e V. deve ser automática.
c) I, II e III. ( ) Certo ( ) Errado
d) I e IV.
e) II, III e IV.
9. (19202) CESPE – 2011 – ATENDIMENTO -
6. (11201) CESPE – 2013 – ATENDIMENTO - LEGISLAÇÃO – Responsabilidade pelo Fato e
LEGISLAÇÃO – Direito de Arrependimento, Vício de Produtos e Serviços, Decadência e
Proteção Contratual. Prescrição.
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a seu favor, no processo civil, quando, a Considere que um fabricante tenha
critério do juiz, for verossímil a alegação ou inserido no mercado de consumo um
quando for ele hipossuficiente, segundo as processador de alimentos mais moderno
regras ordinárias de experiências. e de melhor qualidade que o modelo
Está correto o que se afirma APENAS em: anterior, substituindo-o. Nesse caso, para
os fins do CDC, o produto substituído não é
a) II, IV e V. considerado defeituoso.
b) III e IV.
c) I, II e III. ( ) Certo ( ) Errado
d) I e III.
e) I, III e V. 18. (11176) CESPE – 2009 – ATENDIMENTO -
LEGISLAÇÃO – Responsabilidade pelo Fato
15. (11195) FCC – 2010 – ATENDIMENTO - e Vício de Produtos e Serviços, Direitos
LEGISLAÇÃO – Decadência e Prescrição. Básicos do Consumidor.
As questões de números 61 a 64 referem- Lúcia foi contaminada por alimento
se à Lei nº 8.078/90 Código de Defesa do derivado de leite adquirido em um
Consumidor. supermercado e, em razão dessa
Tratando-se de fornecimento de serviços contaminação, experimentou danos
e de produtos não duráveis, o direito de materiais em decorrência das vultosas
reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil despesas médicas que contraiu, além de
constatação caduca em: ter sofrido grave abalo moral que a levou a
um estado clínico depressivo. A partir dessa
a) 360 dias. situação hipotética e das disposições do
b) 180 dias. CDC acerca do assunto em tela, julgue os
c) 120 dias. itens seguintes.
d) 90 dias.
e) 30 dias. Ao mover ação de reparação de danos
contra o fornecedor, Lúcia somente pode
16. (11177) CESPE – 2009 – ATENDIMENTO requerer a reparação dos danos materiais,
- LEGISLAÇÃO – Orçamento, Práticas posto que o CDC não garante expressamente
Comerciais. a reparação de danos morais.
( ) Certo ( ) Errado
Julgue os itens abaixo acerca do Código de
Defesa do Consumidor (CDC).
19. (11175) CESPE – 2009 – ATENDIMENTO -
Caso um cliente solicite a uma oficina LEGISLAÇÃO – Responsabilidade pelo Fato e
mecânica um orçamento para consertar seu Vício de Produtos e Serviços, Decadência e
veículo, o valor orçado terá validade pelo Prescrição.
prazo de dez dias, contados da data em que
o cliente o recebeu, salvo estipulação em Lúcia foi contaminada por alimento derivado
contrário. de leite adquirido em um supermercado
( ) Certo ( ) Errado e, em razão dessa contaminação,
experimentou danos materiais em
decorrência das vultosas despesas médicas
17. (11179) CESPE – 2009 – ATENDIMENTO - que contraiu, além de ter sofrido grave
LEGISLAÇÃO – Responsabilidade pelo Fato e abalo moral que a levou a um estado clínico
Vício de Produtos e Serviços. depressivo.
Julgue os itens abaixo acerca do Código de
Defesa do Consumidor (CDC).
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24. (11194) FCC – 2010 – ATENDIMENTO - 25. (11189) CESPE – 2006 – ATENDIMENTO -
LEGISLAÇÃO – Disposições Gerais, Defesa do LEGISLAÇÃO – Consumidor, Relação Jurídica
Consumidor em Juízo. de Consumo , Disposições Gerais.
Tendo em vista o Código de Defesa do O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor
Consumidor, considere as seguintes (CDC) é considerado, por muitos estudiosos,
afirmações: o mais completo instrumento de defesa do
I – Entende-se por interesses ou direitos consumidor do mundo. Vários observadores
difusos, os transindividuais, de natureza internacionais já o estudaram, como fonte
indivisível de que seja titular grupo, de referência, para a confecção de códigos
categoria ou classe de pessoas ligadas entre em seus países. Com base no CDC, julgue os
si ou com a parte contrária por uma relação itens subsequentes.
jurídica base. Uma coletividade de pessoas equipara-
II – Entende-se por interesses ou direitos se a consumidor, desde que os membros
coletivos, os transindividuais, de natureza dessa coletividade sejam devidamente
indivisível, de que sejam titulares pessoas determinados e identificados e que tenham
indeterminadas e ligadas por circunstâncias participado nas relações de consumo.
de fato. ( ) Certo ( ) Errado
III – Entende-se por interesses ou direitos
individuais homogêneos, os decorrentes de 26. (11188) CESPE – 2006 – ATENDIMENTO -
origem comum. LEGISLAÇÃO – Consumidor, Relação Jurídica
IV – As associações legalmente constituídas de Consumo , Disposições Gerais, Princípios
há pelo menos um ano e que incluam Fundamentais, Política Nacional de Relações
entre seus fins institucionais a defesa dos de Consumo.
interesses e direitos protegidos pelo Código O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor
de Defesa do Consumidor têm legitimidade (CDC) é considerado, por muitos estudiosos,
para a propositura de ação em juízo nos o mais completo instrumento de defesa do
casos de defesa coletiva. consumidor do mundo. Vários observadores
V – As entidades e órgãos da Administração internacionais já o estudaram, como fonte
Pública, direta ou indireta, sem de referência, para a confecção de códigos
personalidade jurídica, mesmo que em seus países. Com base no CDC, julgue os
especificamente destinados à defesa itens subsequentes.
dos interesses e direitos protegidos pelo O objetivo do CDC é a defesa dos menos
Código de Defesa do Consumidor, não têm favorecidos, tanto que, nesse Código, a
legitimidade para defesa do consumidor em definição de consumidor é a pessoa física
juízo, ainda que se trate de defesa coletiva. que adquire ou utiliza produto ou serviço
Estão corretas APENAS as afirmações: como destinatário final.
a) II, IV e V. ( ) Certo ( ) Errado
b) I, II e III.
c) III e V. 27. (11185) CESPE – 2008 – ATENDIMENTO -
d) III e IV. LEGISLAÇÃO – Bancos de Dados e Cadastros
e) I e IV. de Consumidores, Práticas Comerciais.
Acerca dos direitos dos usuários de serviços
públicos, julgue os itens subsequentes.
Considere a seguinte situação hipotética.
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João, por ter constatado erros em sua ficha 28. (11173) CESPE – 2010 – ATENDIMENTO -
hospitalar, dirigiu-se ao setor de registros LEGISLAÇÃO – Fornecedor, Relação Jurídica
do hospital e solicitou ao atendente que lhe de Consumo , Disposições Gerais.
mostrasse a ficha. Inicialmente, o atendente
dificultou-lhe o acesso aos dados e, somente A respeito dos direitos do consumidor,
depois de muita insistência, João conseguiu julgue os itens seguintes.
convencê-lo da necessidade de alterar No exercício da atividade comercial, o
alguns dados no referido documento. camelô é considerado fornecedor na relação
Entretanto, passada uma semana, João de consumo.
constatou que as alterações solicitadas não ( ) Certo ( ) Errado
haviam sido efetuadas. Nessa situação,
do ponto de vista do Código de Defesa do
Consumidor, João nada poderá fazer, pois o
código é omisso com relação a esse tipo de
problema.
( ) Certo ( ) Errado
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Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.
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Gabarito: 1. (19021) Errado 2. (19023) A 3. (19020) Certo 4. (11205) D 5. (11198) E 6. (11201) Certo
7. (19193) Certo 8. (19196) Errado 9. (19202) Errado 10. (19216) Certo 11. (19199) Errado 12. (19198) Errado
13. (19197) Certo 14. (11197) A 15. (11195) E 16. (11177) Certo 17. (11179) Certo 18. (11176) Errado
19. (11175) Certo 20. (11174) Certo 21. (11180) Errado 22. (11183) E 23. (11190) Errado
24. (11194) D 25. (11189) Errado 26. (11188) Errado 27. (11185) Errado 28. (11173) Certo
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firmar convênio com cooperativa central, Art. 2º Constituem atribuições da ouvidoria:
ou com federação ou confederação I – receber, registrar, instruir, analisar
de cooperativas de crédito, ou com e dar tratamento formal e adequado
associação representativa da classe, para às reclamações dos clientes e usuários
compartilhamento e utilização de ouvidoria de produtos e serviços das instituições
mantida em uma dessas instituições. referidas no caput do art. 1º que não forem
§ 8º As instituições não referidas nos §§ solucionadas pelo atendimento habitual
5º, 6º e 7º podem firmar convênio com a realizado por suas agências e quaisquer
associação de classe a que sejam afiliadas outros pontos de atendimento;
ou com as bolsas de valores ou as bolsas de II – prestar os esclarecimentos necessários
mercadorias e de futuros nas quais realizam e dar ciência aos reclamantes acerca
operações, para compartilhamento e do andamento de suas demandas e das
utilização da ouvidoria mantida em uma providências adotadas;
dessas entidades.
III – informar aos reclamantes o prazo
§ 9º As instituições que fazem parte de previsto para resposta final, o qual não
conglomerado financeiro podem instituir pode ultrapassar quinze dias, contados da
componente organizacional único que data da protocolização da ocorrência;
atuará em nome de todos os integrantes do
grupo. IV – encaminhar resposta conclusiva para
a demanda dos reclamantes até o prazo
§ 10. As instituições referidas no caput informado no inciso III;
que não façam parte de conglomerado
financeiro podem firmar convênio com V – propor ao conselho de administração ou,
empresa não financeira ligada, conforme na sua ausência, à diretoria da instituição
definição constante do art. 1º, § 1º, incisos medidas corretivas ou de aprimoramento
I e III, da Resolução nº 2.107, de 31 de de procedimentos e rotinas, em decorrência
agosto de 1994, que possuir ouvidoria, da análise das reclamações recebidas; e
para compartilhamento e utilização da VI – elaborar e encaminhar à auditoria
respectiva ouvidoria. interna, ao comitê de auditoria, quando
§ 11. Os bancos comerciais sob controle existente, e ao conselho de administração
direto de bolsas de mercadorias e de ou, na sua ausência, à diretoria da
futuros que operem exclusivamente no instituição, ao final de cada semestre,
desempenho de funções de liquidante e relatório quantitativo e qualitativo acerca
custodiante central das operações cursadas, da atuação da ouvidoria, contendo as
constituídos na forma da Resolução nº proposições de que trata o inciso V.
3.165, de 29 de janeiro de 2004, ficam § 1º O serviço prestado pela ouvidoria aos
excluídos da exigência estabelecida no clientes e usuários dos produtos e serviços
caput. das instituições referidas no caput do art. 1º
§ 12. Nas hipóteses previstas nos §§ 7º e 8º, deve ser identificado por meio de número
o convênio somente pode ser realizado com de protocolo de atendimento.
associação de classe, ou bolsa de valores, § 2º Os relatórios de que trata o inciso VI
ou bolsa de mercadorias e de futuros, devem permanecer à disposição do Banco
ou cooperativa central, ou federação ou Central do Brasil pelo prazo mínimo de
confederação de cooperativas de crédito cinco anos na sede da instituição.
que possua código de ética e/ou de Art. 3º O estatuto ou o contrato social
autorregulação efetivamente implantados das instituições referidas no caput do art.
aos quais a instituição tenha aderido. 1º deve conter, de forma expressa, entre
outros, os seguintes dados:
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adequação da estrutura, dos sistemas e dos § 2º A designação dos membros da ouvido-
procedimentos da ouvidoria, bem como ria fica condicionada à comprovação de ap-
sobre o cumprimento dos demais requisitos tidão no exame de certificação de que trata
estabelecidos nesta resolução, inclusive nos o caput, além do atendimento às demais
casos previstos no art. 1º, §§ 7º, 8º e 10; exigências desta resolução.
II – apreciado pela auditoria interna ou pelo § 3º As instituições referidas no caput do
comitê de auditoria, quando existente; art. 1º são responsáveis pela atualização
III – encaminhado ao Banco Central periódica dos conhecimentos dos integran-
do Brasil, na forma e periodicidade tes da ouvidoria.
estabelecida por aquela Autarquia: § 4º O diretor responsável pela ouvidoria
a) pelas instituições que possuem comitê deve atender à formalidade prevista no
de auditoria, bem como pelas cooperativas caput somente na hipótese prevista no art.
centrais de crédito, confederações e 4º, § 1º, inciso III.
bancos cooperativos que tenham instituído § 5º Nas hipóteses previstas no art. 1º,
componente organizacional único para §§ 7º, 8º e 10, os respectivos convênios
atuar em nome das respectivas cooperativas devem conter cláusula exigindo exame
de crédito singulares conveniadas nos de certificação de todos os integrantes
termos do art. 1º, § 6º; e das ouvidorias das associações de classe,
b) pelas instituições referidas no caput entidades e empresas conveniadas, nos
do art. 1º, no caso de ocorrência de fato termos desta resolução.
relevante; Art. 7º A ouvidoria deve manter sistema de
IV – arquivado na sede da respectiva controle atualizado das reclamações recebidas,
instituição, à disposição do Banco Central de forma que possam ser evidenciados o
do Brasil pelo prazo mínimo de cinco anos, histórico de atendimentos e os dados de
acompanhado da revisão e da apreciação identificação dos clientes e usuários de
de que tratam os incisos I e II. produtos e serviços, com toda a documentação
e as providências adotadas.
Art. 5º As instituições não obrigadas, no termos
desta resolução, à remessa do relatório do Parágrafo único. As informações e a
diretor responsável pela ouvidoria ao Banco documentação referidas no caput devem
Central do Brasil, devem manter os relatórios permanecer à disposição do Banco Central
ainda não enviados na forma exigida pela do Brasil na sede da instituição, pelo prazo
Resolução nº 3.477, de 26 de julho de 2007, na mínimo de cinco anos, contados da data da
sede da instituição, conforme previsto no art. protocolização da ocorrência.
4º, § 6º, inciso IV. Art. 8º O Banco Central do Brasil poderá
Art. 6º As instituições referidas no caput do art. adotar medidas complementares necessárias à
1º devem adotar providências para que todos execução do disposto nesta resolução.
os integrantes da ouvidoria sejam considerados Art. 9º Esta resolução entra em vigor na data de
aptos em exame de certificação organizado por sua publicação.
entidade de reconhecida capacidade técnica. Art. 10. Ficam revogadas as Resoluções nº
§ 1º O exame de certificação de que trata 3.477, de 26 de julho de 2007, e nº 3.489, de 29
o caput deve abranger, no mínimo, temas de agosto de 2007.
relacionados à ética, aos direitos e defesa Brasília, 25 de março de 2010.
do consumidor e à mediação de conflitos, Henrique de Campos Meirelles
bem como ter sido realizado após 30 de Presidente
julho de 2007.
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As instituições devem:
I – dar ampla divulgação sobre a existência da ouvidoria, bem como de informações completas acerca
da sua finalidade e forma de utilização;
II – garantir o acesso gratuito dos clientes e usuários de produtos e serviços ao atendimento da
ouvidoria, por meio de canais ágeis e eficazes; e
III – disponibilizar acesso telefônico gratuito, cujo número deve ser:
a) divulgado e mantido atualizado em local e formato visível ao público no recinto das suas
dependências e nas dependências dos correspondentes no País, bem como nos respectivos sítios
eletrônicos na internet e nos demais canais de comunicação utilizados para difundir os produtos e
serviços da instituição;
b) registrado nos extratos, nos comprovantes, inclusive eletrônicos, nos contratos formalizados
com os clientes, nos materiais de propaganda e de publicidade e nos demais documentos que se
destinem aos clientes e usuários dos produtos e serviços da instituição; e
c) registrado e mantido permanentemente atualizado em sistema de informações, na forma
estabelecida pelo Bacen.
Instituições Ouvidoria
Bancos comerciais; Em regra, devem instituir o componente
Bancos múltiplos; organizacional de ouvidoria na própria
Caixas econômicas; instituição..
Sociedades de crédito, financiamento e
investimento;
Associações de poupança e empréstimo;
Sociedades de arrendamento mercantil que
realizem operações de arrendamento mercantil
financeiro.
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Cooperativas singulares de crédito filiadas a Podem firmar convênio com a respectiva
cooperativa central. central, confederação ou banco cooperativo do
sistema, para compartilhamento e utilização de
componente organizacional de ouvidoria único,
mantido em uma dessas instituições.
Cooperativas singulares de crédito não filiadas a Em regra, podem firmar convênio com cooperativa
cooperativa central. central, ou com federação ou confederação
de cooperativas de crédito, ou com associação
representativa da classe, para compartilhamento
e utilização de ouvidoria mantida em uma dessas
instituições.
Demais instituições não referidas acima. Podem firmar convênio com a associação de
classe a que sejam afiliadas ou com as bolsas
de valores ou as bolsas de mercadorias e de
futuros nas quais realizam operações, para
compartilhamento e utilização da ouvidoria
mantida em uma dessas entidades.
Instituições que fazem parte de conglomerado Instituições que fazem parte de conglomerado
financeiro. financeiro → podem instituir componente
organizacional único que atuará em nome de
todos os integrantes do grupo.
Instituições que não façam parte de conglomerado Podem firmar convênio com empresa não
financeiro. financeira ligada, que possuir ouvidoria, para
compartilhamento e utilização da respectiva
ouvidoria.
Bancos comerciais sob controle direto de Ficam excluídos da exigência estabelecida (não
bolsas de mercadorias e de futuros que operem precisam instituir ouvidorias).
exclusivamente no desempenho de funções de
liquidante e custodiante central das operações
cursadas.
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6. O serviço prestado pela ouvidoria aos clientes e usuários dos produtos e serviços das
instituições deve ser identificado por meio de número de protocolo de atendimento.
7. Os relatórios de que trata o inciso VI devem permanecer à disposição do Bacen pelo prazo
mínimo de 5 anos na sede da instituição.
O estatuto ou o contrato social das instituições deve conter, de forma expressa, entre
outros, os seguintes dados:
I – as atribuições da ouvidoria;
II – os critérios de designação e de destituição do ouvidor e o tempo de duração de seu mandato; e
III – o compromisso expresso da instituição no sentido de:
a) criar condições adequadas para o funcionamento da ouvidoria, bem como para que sua atuação
seja pautada pela transparência, independência, imparcialidade e isenção; e
b) assegurar o acesso da ouvidoria às informações necessárias para a elaboração de resposta
adequada às reclamações recebidas, com total apoio administrativo, podendo requisitar informações
e documentos para o exercício de suas atividades.
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11. Relatório:
12. As instituições não obrigadas, no termos desta resolução, à remessa do relatório do diretor
responsável pela ouvidoria ao Bacen, devem manter os relatórios ainda não enviados, na
sede da instituição.
13. As instituições devem adotar providências para que todos os integrantes da ouvidoria sejam
considerados aptos em exame de certificação organizado por entidade de reconhecida
capacidade técnica. Esse exame deve abranger, no mínimo, temas relacionados à ética, aos
direitos e defesa do consumidor e à mediação de conflitos, bem como ter sido realizado
após 30 de julho de 2007. A designação dos membros da ouvidoria fica condicionada à
comprovação de aptidão no exame de certificação, além do atendimento às demais
exigências desta resolução.
14. As instituições são responsáveis pela atualização periódica dos conhecimentos dos
integrantes da ouvidoria. O diretor responsável pela ouvidoria deve passar pelo exame de
capacitação somente na hipótese na hipótese de recair a designação do diretor responsável
pela ouvidoria e do ouvidor sobre a mesma pessoa.
15. Nas hipóteses de instituições que firmaram convênios para compartilhamento e utilização
de ouvidorias, os respectivos convênios devem conter cláusula exigindo exame de
certificação de todos os integrantes das ouvidorias das associações de classe, entidades e
empresas conveniadas.
16. A ouvidoria deve manter sistema de controle atualizado das reclamações recebidas, de
forma que possam ser evidenciados o histórico de atendimentos e os dados de identificação
dos clientes e usuários de produtos e serviços, com toda a documentação e as providências
adotadas. Essas informações e documentação devem permanecer à disposição do Bacen
na sede da instituição, pelo prazo mínimo de 5 anos, contados da data da protocolização
da ocorrência.
17. O Bacen poderá adotar medidas complementares necessárias à execução do disposto
nesta resolução.
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Questões
1. Prova: FCC – 2013 – Banco do Brasil – 2. Prova: FCC – 2011 – Banco do Brasil –
Escriturário Assuntos: Resolução CMN nº Escriturário – Ed. 03 Assuntos: Resolução
3.849; CMN nº 3.849;
Um cliente do Banco ZZY enfrenta um A Resolução nº 3.849/2010 dispõe que
problema referente à tarifação indevida as instituições financeiras e demais
sobre seu extrato bancário. Sem solução instituições autorizadas a funcionar pelo
para a questão, resolve encaminhar sua Banco Central do Brasil, que tenham como
reclamação à ouvidoria do Banco, que clientes pessoas físicas ou pessoas jurídicas,
segue rigorosamente as determinações classificadas como microempresas na forma
contidas na Resolução CMN nº 3.849 de da legislação própria, devem instituir um
25/03/2010, que dispõe sobre as ouvidorias componente organizacional de ouvidoria
das instituições financeiras. com a atribuição de atuar como canal de
Segundo esta Resolução do CMN, comunicação entre essas instituições e:
caracteriza corretamente a ouvidoria: a) os clientes e usuários de seus produtos
a) A ouvidoria tem a atribuição de receber e serviços, exceto na mediação de
as reclamações dos clientes e usuários conflitos.
de produtos e serviços do Banco, mas b) os clientes e usuários de seus produtos
não a de lhes dar qualquer tratamento e serviços, inclusive na mediação de
formal. conflitos.
b) O Banco não tem a incumbência de c) com o Banco Central do Brasil, apenas.
garantir o acesso gratuito aos clientes
e usuários de produtos e serviços ao d) o Banco Central do Brasil e os clientes
atendimento da ouvidoria. e usuários de seus produtos e serviços,
inclusive na mediação de conflitos.
c) A ouvidoria deve informar aos
reclamantes o prazo previsto para e) os clientes e usuários de seus produtos
resposta final, o qual não pode e serviços apenas, nas questões de
ultrapassar quarenta dias corridos, litígio com o Banco Central do Brasil.
contados da data da protocolização da
ocorrência.
3. Prova: FCC – 2011 – Banco do Brasil –
d) A ouvidoria deve desempenhar a Escriturário – Ed. 02 Assuntos: Resolução
função de canal de comunicação entre CMN nº 3.849;
o banco, seus clientes e usuários de
seus produtos e serviços. A Resolução n° 3.849/2010 dispõe que as
instituições financeiras e demais instituições
e) É vedada à instituição financeira autorizadas a funcionar pelo Banco Central
expressar em seu estatuto ou contrato do Brasil devem instituir o componente
social o compromisso de criar condições organizacional de
adequadas para o funcionamento da
ouvidoria. a) Mantenedoria.
b) Auditoria.
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c) Controladoria.
d) Curadoria.
e) Ouvidoria.
Gabarito: 1. D 2. B 3. B 4. E 5. E
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