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respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus

interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida,


bem como a transparência e harmonia das relações de
consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada
pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
I- reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no
mercado de consumo.
III- harmonização dos interesses dos participantes das relações
de consumo e compatibilização da proteção do consumidor
com a necessidade de desenvolvimento econômico e
tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se
funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal),
sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre
consumidores e fornecedores;
IV - educação e informação de fornecedores e consumidores,
quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do
mercado de consumo;
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:
III- a informação adequada e clara sobre os diferentes
produtos e serviços, com especificação correta de
quantidade, características, composição, qualidade,
tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que
apresentem.

Neste diapasão, também há a falha na prestação de serviços do Requerido, conforme


dispõe o art. 30 e art. 35, incisos I, II, III, do CDC, in verbis:

Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente


precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de
comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos
ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular
ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser
celebrado.

Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar


cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o
consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
I- exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da
oferta, apresentação ou publicidade;
II- aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
III- rescindir o contrato, com direito à restituição de
quantia eventualmente antecipada, monetariamente
atualizada, e a perdas e danos. Grifamos
Desta feita, ante ao exposto, percebe-se que da situação em tela não há dúvidas de que tal
fato gera transtornos para o Autor, visto que não houve boa-fé por parte das Requeridas,
devendo ser aplicado o disposto no art. 6º, VI, do CDC, que prevê como direito básico do
consumidor, a prevenção e a efetiva reparação pelos danos morais sofridos, sendo a
responsabilidade civil nas relações de consumo OBJETIVA, desse modo, basta apenas a
existência do dano e do nexo causal.
Ainda, o Código de Defesa do Consumidor em seu art. 20, protege a integridade dos
consumidores:
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de
qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes
diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade com as indicações constantes da oferta ou
mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha:
§ 2º São impróprios os serviços que se mostrem inadequados
para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como
aqueles que não atendam as normas regulamentares de
prestabilidade.
Ainda, vejamos o entendimento jurisprudencial:
APELAÇÃO CÍVEL. RESCISÃO DE CONTRATO E DEVOLUÇÃO
DE DINHEIRO. AQUISIÇÃO DE VEÍCULO ZERO KM.
APRESENTAÇÃO DE DEFEITO. BAIXA QUILOMETRAGEM E
POUCOS MESES DE USO. VEÍCULO NA GARANTIA. VEÍCULO
LEVADO À CONCESSIONÁRIA AUTORIZADA POR PELO
MENOS TRÊS OCASIÕES. DEMORA NA SOLUÇÃO DO
PROBLEMA. NOTIFICAÇÃO EFETIVADA. SOLUÇÃO
APRESENTADA APÓS 30 DIAS DESDE QUE CONSTATADA A
NECESSIDADE DA TROCA DA CAIXA DE TRANSMISSÃO DO
VEÍCULO. APLICABILIDADE DO ART. 18, § 1º E INCISO, DO
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. OPÇÃO DO
CONSUMIDOR. RESTITUIÇÃO DA QUANTIA PAGA. VEÍCULO
AINDA NA POSSE DO CONSUMIDOR, COM UTILIZAÇÃO
RESTRITA DO USO, DECORRENTE DA PERDA DA CONFIANÇA
NO VEÍCULO. DEPRECIAÇÃO. TABELA FIPE.

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