Você está na página 1de 15

31/08/2017

Direito do Consumidor
Retomando....

- Consultor de Vendas????
- Estacionamento?????
- Preço abusivo???

Direitos Básicos do Consumidor


Consultor de preço????
Lei n.º 10962/2004:
Art. 2o São admitidas as seguintes formas de afixação de preços em vendas a varejo para
o consumidor:
I – no comércio em geral, por meio de etiquetas ou similares afixados diretamente nos
bens expostos à venda, e em vitrines, mediante divulgação do preço à vista em caracteres
legíveis;
II – em auto-serviços, supermercados, hipermercados, mercearias ou estabelecimentos
comerciais onde o consumidor tenha acesso direto ao produto, sem intervenção do
comerciante, mediante a impressão ou afixação do preço do produto na embalagem, ou a
afixação de código referencial, ou ainda, com a afixação de código de barras.
Parágrafo único. Nos casos de utilização de código referencial ou de barras, o comerciante
deverá expor, de forma clara e legível, junto aos itens expostos, informação relativa ao
preço à vista do produto, suas características e código.
http://www.conjur.com.br/2015-jul-27/precodeveficar-visivelao-consumidor-enquanto-loja-estiver-aberta

Direitos Básicos do Consumidor


Consultor de preço????
Decreto n.º 5903/2006:
Art. 4o Os preços dos produtos e serviços expostos à venda devem ficar sempre visíveis
aos consumidores enquanto o estabelecimento estiver aberto ao público.
Parágrafo único. A montagem, rearranjo ou limpeza, se em horário de funcionamento,
deve ser feito sem prejuízo das informações relativas aos preços de produtos ou serviços
expostos à venda.

Art. 5o Na hipótese de afixação de preços de bens e serviços para o consumidor, em


vitrines e no comércio em geral, de que trata o inciso I do art. 2o da Lei no 10.962, de 2004,
a etiqueta ou similar afixada diretamente no produto exposto à venda deverá ter sua face
principal voltada ao consumidor, a fim de garantir a pronta visualização do preço,
independentemente de solicitação do consumidor ou intervenção do comerciante.
Parágrafo único. Entende-se como similar qualquer meio físico que esteja unido ao
produto e gere efeitos visuais equivalentes aos da etiqueta.

1
31/08/2017

Direitos Básicos do Consumidor


Preço abusivo????

É uma espécie de prática abusiva definida pelo


artigo 39, X, do Código de Defesa do
Consumidor, que proíbe a conduta de “elevar
sem justa causa o preço de produtos ou
serviços”.

http://www.conjur.com.br/2016-jan-20/garantias-consumo-direito-protege-consumidor-
aumentos-abusivos-parte

Direitos Básicos do Consumidor


Preço abusivo????

Conforme Antônio Herman Benjamin, “em


princípio, numa economia estabilizada,
elevação superior aos índices de inflação gera
uma presunção — relativa, é verdade — de
carência de justa causa”

http://www.conjur.com.br/2016-jan-20/garantias-consumo-direito-protege-consumidor-
aumentos-abusivos-parte

Direitos Básicos do Consumidor


Estacionamento!!!
Os integrantes da 9ª Câmara do TJ-MG
entenderam que o fato do cliente nada ter
consumido não afasta a responsabilidade do
supermercado, pois no simples fato do
motorista passar na cancela do
estacionamento e receber o ticket está
celebrado o contrato de depósito.
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/95394/tj-mg-reconhece-a-responsabilidade-de-
estabelecimento-comercial-por-furto-de-veiculo-ocorrido-em-seu-estacionamento

2
31/08/2017

Direitos Básicos do Consumidor


Estacionamento!!!
Nesse sentido não fica o proprietário do veículo obrigado a consumir
para que assim esteja garantido o nexo de causalidade, porém como o
objetivo imediato do potencial cliente não é apenas usufruir o
estacionamento, mas é antes adentrar ao estabelecimento que oferta
o parqueamento, nos casos daqueles que se aproveitam da oferta
gratuita do estacionamento, e se dirigirem a outros locais, haverá uma
lesão frontal ao nexo de causalidade que poderá isentar o empresário
de qualquer responsabilidade pelo que ocorrer com o veículo, em
virtude do citado veículo se achar indevidamente estacionado em vaga
que a ele não está destinada.
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/oUswl9WFGcTeZS2_2014-12-15-
19-2-11.pdf

Direitos Básicos do Consumidor


3. INFORMAÇÃO (ART. 6º, III, DO CDC)

O direito à informação se estende ao


momento anterior a contratação e
prolonga- se até depois dela.
Deve permitir uma análise comparativa
entre produtos e serviços concorrentes.

Direitos Básicos do Consumidor


3. INFORMAÇÃO (ART. 6º, III, DO CDC)

Além deste direito proclamado no art. 6º,


o CDC regula a informação como oferta
(arts. 30 e 31 do CDC); institui deveres de
informação para depois da contratação
(art. 10 do CDC).
Exemplo:

3
31/08/2017

Direitos Básicos do Consumidor


3. INFORMAÇÃO (ART. 6º, III, DO CDC)

A veiculação de propaganda com indicações imprecisas


sobre as ofertas promocionais configura publicidade
enganosa, de que trata o art. 37 da Lei 8.078/90,
porquanto capaz de induzir em erro o consumidor.
Indicações imprecisas sobre o número de produtos e
duração de ofertas promocionais. Indução do consumidor
em erro. (BRASIL. TAMG, Ap. Cív. 150436-7/BH, Rel:
Quintino do Prado, J. em 22/04/1993, Jurisprudência
Brasileira, vol. 181 p. 112.).

4
31/08/2017

Direitos Básicos do Consumidor


4. PROTEÇÃO CONTRA PRÁTICAS E CLÁUSULAS
ABUSIVAS (ART. 6 º, IV e V, DO CDC)

A proteção contra práticas e cláusulas


abusivas é concretizada através da proteção
específica prevista em dois artigos: art. 39
(práticas abusivas) e as art. 51 (cláusulas
abusivas). Exemplos:

Direitos Básicos do Consumidor


4. PROTEÇÃO CONTRA PRÁTICAS E CLÁUSULAS
ABUSIVAS (ART. 6 º, IV e V, DO CDC)

COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. COMISSÃO DE CORRETAGEM E TAXA DE


ASSESSORIA. RESTITUIÇÃO. Sentença de improcedência. Verbas arcadas pelos
adquirentes. Consumidor que vai até o stand de vendas da incorporadora com
intenção de apenas comprar o imóvel, e não contratar tais serviços.
Incorporadora como verdadeira contratante e beneficiária dos serviços. Venda
casada. Art. 39, I, CDC. Responsabilidade das vendedoras pelo pagamento.
Restituição devida. Recurso provido. (TJ-SP - APL: 10927501020148260100
SP 1092750-10.2014.8.26.0100, Relator: Mary Grün, Data de Julgamento:
18/09/2015, 7ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
19/09/2015).

Direitos Básicos do Consumidor


4. PROTEÇÃO CONTRA PRÁTICAS E CLÁUSULAS
ABUSIVAS (ART. 6 º, IV e V, DO CDC)

AÇÃO DE COBRANÇA - SEGURO DE VIDA COM VIGÊNCIA DE UM ANO - PRAZO


DE CARÊNCIA DE 12 MESES IMPOSSIBILIDADE - CLÁUSULA ABUSIVA
NULIDADE ABSOLUTA INCIDÊNCIA DO ART. 51 DO CDC - CARÊNCIA AFASTADA
COBERTURA DEVIDA AÇÃO PROCEDENTE. É absolutamente nula a cláusula
que estabelece prazo de carência de doze meses em contrato de seguro de
vida com vigência anual. RECURSO PROVIDO (TJ-SP - APL:
00026519020118260431 SP 0002651-90.2011.8.26.0431, Relator:
Andrade Neto, Data de Julgamento: 19/11/2014, 30ª Câmara de Direito
Privado, Data de Publicação: 19/11/2014).

5
31/08/2017

Direitos Básicos do Consumidor


5. PREVENÇÃO E REPARAÇÃO DE DANOS (ART. 6 º,
VI, DO CDC)

A prevenção refere-se a atitudes das empresas


fornecedoras de produtos e serviços no sentido de
pesquisar e certificar-se da qualidade e características do
produto ou serviço antes de colocá-los no mercado.
Exemplo de atitudes preventivas é a existência de SACs
(serviços de atendimento aos consumidores) e práticas de
recall, em que o próprio fabricante conclama os
consumidores a trocarem produtos defeituosos.

Direitos Básicos do Consumidor


5. PREVENÇÃO E REPARAÇÃO DE DANOS (ART. 6 º,
VI, DO CDC)

Do ponto de vista repressivo e sancionatório,


temos a possibilidade de sanção
administrativa, punições penais e civis.
Esta última pode se dar tanto através do
cumprimento forçado da prestação ou através
da indenização de danos materiais e morais.

Direitos Básicos do Consumidor


5. PREVENÇÃO E REPARAÇÃO DE DANOS (ART. 6 º,
VI, DO CDC)

PROCESSUAL CIVIL. CONSUMIDOR. APELAÇÃO. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE


DANOS MATERIAIS E MORAIS. LAVANDERIA. AVARIA EM ROUPA DE CLIENTE.
DANO MATERIAL E MORAL CONSTATADOS. AUSÊNCIA DE INFORMAÇÃO AO
CONSUMIDOR. VIOLAÇÃO DE REGRAS DO CDC. INDENIZAÇÃO. NECESSIDADE.
QUANTUM RAZOÁVEL. 1. Dita o CDC que o fornecedor de serviços responde,
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos
causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços.
[...] 3. In casu, estando devidamente comprovado dano material que sofreu o
consumidor, deve a empresa reparar o prejuízo causado. [...] (TJ-MA - APL:
0165972015 MA 0023330-53.2012.8.10.0001, Relator: LOURIVAL DE JESUS
SEREJO SOUSA, Data de Julgamento: 25/06/2015, TERCEIRA CÂMARA
CÍVEL, Data de Publicação: 30/06/2015).

6
31/08/2017

Direitos Básicos do Consumidor


6. ACESSO À JUSTIÇA (ART. 6 º, VII, DO CDC)

O direito de acesso à justiça abrange o direito de


representação e o direito de assessoramento e
assistência.
Este último importa em colocar à disposição do
público um serviço ágil para responder objetiva e
rapidamente às consultas populares sobre todos os
aspectos relativos ao consumo, especialmente os
negociais. (Ex.: PROCONS, Juizados Especiais)

Direitos Básicos do Consumidor


6. ACESSO À JUSTIÇA (ART. 6 º, VII, DO CDC)

Já o direito de representação em Juízo pode


ocorrer através de advogado e das defensorias
públicas.
Quando se tratar da defesa coletiva de direitos
inclui também as associações de
consumidores e o Ministério Público.

Direitos Básicos do Consumidor


7. FACILITAÇÃO DA DEFESA DE DIREITOS (ART. 6 º,
VIII, DO CDC)

A facilitação da defesa de direitos do


consumidor ocorre principalmente através de
dois mecanismos: da possibilidade de ingresso
da ação no local de seu domicílio e da
possibilidade de inversão do ônus da prova no
processo civil, havendo verossimilhança das
alegações ou hipossuficiência do consumidor.

7
31/08/2017

Direitos Básicos do Consumidor


7. FACILITAÇÃO DA DEFESA DE DIREITOS (ART. 6 º,
VIII, DO CDC)

CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO. ATRASO. DANOS


MORAIS. APLICAÇÃO DO CDC. INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA. PRECEDENTE. CABIMENTO. DANO MORAL E
MATERIAL CONFIGURADO. VALOR DA INDENIZAÇÃO.
Redução. (TJ-PE - APL: 3601112 PE, Relator: Jones
Figueirêdo, Data de Julgamento: 07/05/2015, 4ª Câmara
Cível, Data de Publicação: 16/06/2015).

Direitos Básicos do Consumidor


8. ADEQUADA E EFICAZ PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS
PÚBLICOS EM GERAL (ART. 6 º, X, DO CDC)

O poder público quando prestador de serviços


de consumo, deve oferecer serviços adequados
e eficazes.
Além disso, o art. 22 refere que os serviços
públicos essenciais devem ser contínuos.

Direitos Básicos do Consumidor


8. ADEQUADA E EFICAZ PRESTAÇÃO DO SERVIÇO
(ART. 6 º, X, DO CDC)

RECURSO INOMINADO. CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA


QUE, SEM PROCEDER A DEVIDA NOTIFICAÇÃO ANTERIOR DO
CONSUMIDOR, SUSPENDE O SERVIÇO. DEFEITO NA PRESTAÇÃO
DESSE. Obrigação de fornecer serviço adequado, eficiente, seguro
e contínuo. Responsabilização caracterizada. Dano moral
reconhecido. (TJ-BA 106420071 BA, Relator: EDSON PEREIRA
FILHO, 5ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E
CRIMINAIS, Data de Publicação: 06/03/2009).

8
31/08/2017

Direito
do
Consumidor
SUJEITOS
DA RELAÇÂO

SUJEITOS DA RELAÇÂO

A Lei 8.078/90 não conceitua relação


de consumo, mas atribui juridicidade a
esta, identificando seus quatro
elementos estruturais. São definidos
como sujeitos, consumidor e
fornecedor e como objeto, produto ou
serviço.

ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Sujeitos: consumidor e fornecedor

Objeto: produto ou serviço.

9
31/08/2017

SUJEITOS DA RELAÇÂO

No art. 2°, caput, do CDC a definição do titular


merecedor de uma proteção integral,
denominado consumidor em sentido próprio.

Além deste, há outros três consumidores


equiparados dispostos, respectivamente, nos
art. 2º, parágrafo único; art. 17 e art. 29.

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO

O consumidor em sentido próprio,


também é chamado pela doutrina
de consumidor padrão, standard
ou stricto sensu.
É aquele para quem a lei
disponibiliza sua tutela integral.

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO

O Código de Defesa do
Consumidor, em seu art. 2º, caput,
define: “consumidor é toda a
pessoa física ou jurídica que
adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final”.

10
31/08/2017

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO


Características: PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA

Ao estender à pessoa jurídica a proteção dada ao


consumidor, o legislador brasileiro opta por ampliar o
alcance da proteção.
Ao mesmo tempo, exclui os entes despersonalizados
do conceito de consumidor em sentido próprio.

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO


Características: ADQUIRENTE OU USUÁRIO

Em relação ao vínculo jurídico, consumidor será


tanto o adquirente quanto o mero usuário.

O adquirente é o que se relaciona diretamente com


o fornecedor, seja através de um contrato, oneroso
ou gratuito.

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO


Características: ADQUIRENTE OU USUÁRIO

Normalmente, o consumidor adquirente é


também o usuário, o que dispensaria esta
diferenciação. No entanto, há hipóteses em
que o adquirente e o usuário são sujeitos
diferentes.

11
31/08/2017

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO

Características: ADQUIRENTE OU USUÁRIO

Ao reconhecer a categoria de usuário – o


que consome ou se beneficia de produto
ou serviço – o CDC rompe com o
princípio da relatividade dos contratos.

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO


Características: ADQUIRENTE OU USUÁRIO

Portanto, passam a ser reconhecidas como


consumidoras, por exemplo, as pessoas que
ganham presentes ou os dependentes dos planos
de saúde.
A vantagem deste reconhecimento é dar ao usuário
legitimidade processual, sem necessidade de trazer
o adquirente à lide.

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO


Características: DESTINATÁRIO FINAL

A terceira característica exigida ao consumidor é a


destinação final. No entanto, esta posição é dúbia
diante das possibilidades concretas.
Assim, desde a vigência do CDC, há três correntes
interpretativas: os maximalistas, os finalistas, e a
mista (ou finalista aprofundada/mitigada).

12
31/08/2017

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO


Características: DESTINATÁRIO FINAL

Os finalistas, defendem que somente o destinatário


fático e econômico é merecedor de proteção. Exigem
que a retirada do produto ou serviço da cadeia de
produção, seja para utilização pessoal, familiar ou
privada. Entendem os finalistas que se deve tutelar
de maneira especial um grupo vulnerável, ou seja,
em princípio, os não profissionais.

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO


Características: DESTINATÁRIO FINAL

Pela ótica dos finalistas, estão excluídas da


proteção do Código do Consumidor as
empresas que, por exemplo, compram uma
máquina para a fabricação de seus produtos ou
mesmo uma copiadora para ser utilizada em
seu escritório.

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO


Características: DESTINATÁRIO FINAL

Para os maximalistas, destinatário final do produto


ou serviço é quem o retira do mercado, utilizando-o e
consumindo-o. Por esta razão, defendem que a
expressão “consumidor” deve ser entendida o mais
amplamente possível. Consideram que esta definição
é puramente objetiva, não importando se a pessoa
física ou jurídica tem ou não finalidade comercial
quando adquire ou utiliza produto ou serviço.

13
31/08/2017

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO


Características: DESTINATÁRIO FINAL

A teoria mista reconhece como consumidor a pessoa


física ou jurídica que adquire o produto ou utiliza o
serviço, mesmo em razão de equipamentos ou
serviços que sejam auxiliadores de sua atividade
econômica, pois leva em consideração a
vulnerabilidade do consumidor.

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO


Características: DESTINATÁRIO FINAL

A teoria mista reconhece como consumidor a pessoa


física ou jurídica que adquire o produto ou utiliza o
serviço, mesmo em razão de equipamentos ou
serviços que sejam auxiliadores de sua atividade
econômica, pois leva em consideração a
vulnerabilidade do consumidor.

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO


*NÃO PROFISSIONAL

Deve-se entender, através de uma interpretação


subjetiva de consumidor, o não profissional como
quem adquire bens de consumo para uso pessoal,
familiar ou fora de sua atividade fim.
Esta última hipótese, é que torna possível às pessoas
jurídicas o uso da proteção do Código do Consumidor
como consumidoras em sentido próprio.
.

14
31/08/2017

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO


*NÃO PROFISSIONAL

Exemplos: Uma concessionária que adquire veículos da


fabricante e os revende no mercado de consumo. Nesta situação
a concessionária não poderá ser entendida como consumidora,
pois ela adquiriu os veículos, mas não encerrou a cadeia
econômica da produção, isto é, ao revender os veículos será
considerada fornecedora, eis que figura como intermediária no
mercado.
Uma empresa compra para seu uso próprio.
Uma empresa que utiliza os serviços financeiros de um banco.
.

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO


*Vulnerabilidade

Vulnerabilidade ou hipossuficiência em relação a outra,


admitindo-se a vulnerabilidade técnica (ausência de
conhecimento específico acerca do produto ou serviço
objeto de consumo), jurídica (falta de conhecimento
jurídico, contábil ou econômico e de seus reflexos na
relação de consumo) e fática (situações em que a
insuficiência econômica, física ou até mesmo psicológica
do consumidor o coloca em pé de desigualdade frente ao
fornecedor).

CONSUMIDOR EM SENTIDO PRÓPRIO


Conclusão!

O STJ, em geral, tem manifestado o entendimento pela


Teoria Finalista Mitigada, ou seja, considera-se
consumidor tanto a pessoa que adquire para o uso
pessoal quanto os profissionais liberais e os pequenos
empreendimentos que conferem ao bem adquirido a
participação no implemento de sua unidade produtiva,
desde que, nesse caso, demonstrada a hipossuficiência,
sob pena da relação estabelecida passar a ser regida
pelo Código Civil.

15

Você também pode gostar