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26/09/2017

Direito do Consumidor
Retomando....

- Elementos estruturais....

Responsabilidade
por Vício ou
Defeito

Defeito do produto ou serviço


Um produto é considerado defeituoso
quando colocado no mercado e apresente
risco potencial ou real à segurança do
consumidor.
Esse defeito sendo perigoso ou nocivo, além
do esperado e que seja a causa do dano
(art. 12, § 1º, do CDC).

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Defeito do produto ou serviço


Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e
o importador respondem, independentemente da existência de culpa,
pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas,
manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos,
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
utilização e riscos.
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele
legitimamente se espera, levando-se em consideração as
circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - sua apresentação;
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi colocado em circulação.

Defeito do produto ou serviço


Maria Helena Diniz ensina que:
“Dano pode ser definido como lesão
(diminuição ou destruição) que, devido a
um certo evento, sofre uma pessoa, contra
sua vontade, em qualquer bem ou
interesse jurídico, patrimonial ou moral".

Defeito do produto ou serviço


Quanto aos defeitos relativos à prestação
de serviços, o § 1º, art. 14, do CDC.,
assim dispõe:
“O serviço é defeituoso quando não
fornece a segurança que o consumidor
dele pode esperar, ...” .

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Defeito do produto ou serviço

Constata-se que o defeito do produto


ou do serviço estão intimamente
ligados a falta de segurança que
legitimamente e essencialmente o
consumidor ou o usuário esperam.
Ex.: Geladeira que dá choque!

Defeito do produto ou serviço

Os defeitos podem ser classificados


em:
a) Defeitos de criação;
b) Defeitos de produção;
c) Defeitos de informação;

Defeito do produto ou serviço


a) Defeitos de criação - o fornecedor
responde pela concepção ou idealização
de seu produto, que causou danos.
Exemplos: a escolha de um material
inadequado, escolha de um componente
químico nocivo ou não suficientemente
testado, erro no projeto tecnológico, etc.

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Defeito do produto ou serviço

b) Defeitos de produção - falhas no


processo produtivo, na linha de
produção.
Ex.: falha de máquina, falha do
funcionário, falha no controle de
qualidade, etc.

Defeito do produto ou serviço


c) Defeitos de informação - são relativos à
forma de colocação do produto no mercado,
incluindo a publicidade, informações técnicas,
embalagens, demonstrações práticas, etc.
Ex.: informações errôneas ou insuficientes
sobre o uso do produto, Informações
insuficientes sobre a nocividade do produto
ou a forma de evitá-la.

Responsabilização pelo Defeito


No caso de defeito do produto, o
consumidor não tem a
possibilidade de trocar ou substituir
o produto, mas sim de ser
indenizado de forma compatível
com os danos materiais ou morais
que vier a sofrer!

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Vício do produto ou serviço


Vício do produto ou do serviço é
aquela atribuída ao fornecedor por
anormalidade que sem causar riscos
à saúde e à segurança do
consumidor.
Consequências???

Vício do produto ou serviço

Afeta a funcionalidade do produto ou


do serviço nos aspectos de
qualidade e quantidade, tornando-os
impróprios ou inadequados ao
consumo, ou lhes diminuam o valor.
Ex.: Geladeira que não resfria!

Vício do produto ou serviço

Aqueles decorrentes da divergência


do conteúdo com as indicações
constantes do recipiente, da
embalagem, rotulagem ou
mensagem publicitária.

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Vício do produto ou serviço

Vícios podem ser classificados em:


a) Vícios de qualidade dos serviços;
b) Vícios de quantidade dos serviços;
c) Vícios de quantidade dos produtos;
d) Vício de qualidade do produto

Vício do produto ou serviço

a) Vícios de qualidade dos serviços:


São aqueles que tornam os serviços
impróprios à fruição ou lhes diminuem
o valor, não correspondendo as
normas regulamentares de
prestabilidade.

Vício do produto ou serviço


b) Vícios de quantidade dos serviços:
São aqueles decorrentes da
discrepância entre a oferta ou
mensagem publicitária e os serviços
efetivamente prestados.

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Vício do produto ou serviço


c) Vícios de quantidade dos produtos:
São aqueles que apresentam
disparidade entre o conteúdo e as
medidas indicadas pelo fornecedor.
Ex.: a embalagem do produto indica
peso líquido de 1 (um) quilo, entretanto é
de apenas 900 gramas.

Vício do produto ou serviço


d) Vícios de qualidade dos produtos:
Os vícios de qualidade são aqueles que
tornam os produtos inadequados ao consumo
ou lhes diminuam o valor. Podem ser ocultos
ou aparentes.
Ex.: Vícios ocultos - o defeito no sistema de freio de
veículos; defeito no sistema de refrigeração; som; etc..
Vícios aparentes - os que decorrem do vencimento do
prazo de validade, adulterações etc.

Responsabilização Vício
Art. 12, CDC
- Responsabilidade objetiva;

- Quando há defeito (dano) surge o dever


de reparar (indenizar);
- Quando a vício:

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Responsabilização
Ocorrendo vício de qualidade, o
fornecedor deverá atender o
consumidor em 30 dias para
saneamento do vício, conforme
dispõe o art. 18, § 1º, CDC.

Responsabilização
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não
duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou
quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a
que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do
recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária,
respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o
consumidor exigir a substituição das partes viciadas.

§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias,


pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

Responsabilização
Caso não seja sanado o vício neste prazo, poderá
o consumidor exigir alternativamente, conforme art.
18, I,II e III, do CDC:
a) a substituição do produto por outro da mesma
espécie, em perfeitas condições de uso;
b) a restituição imediata da quantia paga,
monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
c) o abatimento proporcional do preço.

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Responsabilização
ATENÇÃO!!! (Danos causados por defeito do produto)
Art. 12, CDC – “O fabricante, o produtor, o construtor,
nacional ou estrangeiro, e o importador respondem [...]”

Comerciante????
“Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos
termos do artigo anterior, quando:
I – o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não
puderem ser identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu
fabricante, produtor, construtor ou importador;
III – não conservar adequadamente os produtos perecíveis.“

Responsabilização
ATENÇÃO!!! (Vício do produto)

Art. 18. “Os fornecedores de produtos de consumo


duráveis ou não duráveis respondem solidariamente
[...]”
Assim, se a tv não sintoniza, o relógio novo atrasa e o
refrigerador não gela, o consumidor pode acionar
tanto o comerciante quanto o fabricante ou os dois.

Obs.: Excludentes da responsabilidade (§ 3.º, art. 12).

Responsabilização
ATENÇÃO!!! (Defeito do serviço)

Art. 14. “O fornecedor de serviços responde,


independentemente da existência de culpa,
[...]”

Obs.: Excludentes da responsabilidade (§ 3.º,


art. 14).

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Responsabilização
Note que, no art. 12, o legislador
menciona, expressamente, algumas
categorias de fornecedores, a saber:
Fabricante, produtor, construtor
e importador.

Responsabilização

Perceba que no, art. 18, o legislador


diz tão somente fornecedores, e com
isso quer demonstrar que a intenção
foi a de incluir todo e qualquer
fornecedor que participe da relação
de consumo.

Responsabilização
Esse detalhe é importante porque
quando o legislador menciona o
“nome” do fornecedor, está
querendo diferenciar a
responsabilidade desses sujeitos em
relação ao comerciante.

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Responsabilização
Defeito – Responsabilidade solidária do
fabricante, produtor, construtor
e importador e subsidiária do
comerciante;
Vício – Responsabilidade solidaria dos
fornecedores (todos);

Excludentes da Responsabilidade
CDC

Art. 14 [...]
§ 3° O fornecedor de serviços só não será
responsabilizado quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

Excludentes da Responsabilidade
CDC
Art. 12 [...]
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou
importador só não será responsabilizado quando
provar:
I - que não colocou o produto no mercado;
II - que, embora haja colocado o produto no mercado,
o defeito inexiste;
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

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Excludentes da Responsabilidade

Embora a responsabilidade civil do


fornecedor seja objetiva, esta é mitigada
por algumas possibilidades de exclusão de
responsabilidade, expressamente
previstas no Código de Defesa do
Consumidor (arts. 12, § 3º e 14, §3º, do
CDC). São elas:

Excludentes da Responsabilidade
I) Não colocação do produto do mercado

Aparentemente uma hipótese simples, esta exclusão ganha


complexidade no caso dos produtos falsificados, ou da
distribuição gratuita para teste antes da efetiva colocação no
mercado.
Igualmente complexa é a questão dos produtos cujo defeito
tenha se originado tão somente de um de seus componentes.
Nesta hipótese quem responde: o produtor da matéria-prima
nociva ou o fabricante do produto?
Produtos decorrentes de roubo ou furto de produto defeituoso.

Excludentes da Responsabilidade
II) Inexistência de defeito

A prova deve ser realmente de ausência de


defeito. A mera ignorância do fornecedor sobre
os vícios de qualidade por inadequação dos
produtos e serviços não o exime da
responsabilidade (art. 23 do CDC).

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Excludentes da Responsabilidade
III) Culpa exclusiva do consumidor

Sendo a culpa do consumidor o único causador


do acidente, não há como provar o nexo entre a
atividade do fornecedor e o fato danoso. É o que
aconteceu no caso a seguir:

Excludentes da Responsabilidade
III) Culpa exclusiva do consumidor

O consumidor ser negligente ao manusear o produto; não seguir as


instruções de uso; entregar o produto para uso a pessoa não
recomendada; consumir o produto com validade vencida, dentre outras.
Conta-se que nos Estados Unidos da América, uma senhora, após dar
banho em seu gatinho, o teria colocado para secar dentro do forno
microondas. Resultado da experiência: o gatinho teria explodido. Nestas
circunstâncias, resta evidente a irresponsabilidade do fornecedor pelo
ocorrido, que somente aconteceu em face do uso do produto para fins
que não é recomendado.

Excludentes da Responsabilidade
IV) Culpa exclusiva de terceiro

Igualmente excludente é a culpa de terceiro


alheio à relação entre fornecedor e o
lesado. Neste caso o fabricante não se
exime da responsabilidade se não provar a
culpa exclusiva do terceiro.

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Excludentes da Responsabilidade
IV) Culpa exclusiva de terceiro

Igualmente excludente é a culpa de terceiro


alheio à relação entre fornecedor e o
lesado. Neste caso o fabricante não se
exime da responsabilidade se não provar a
culpa exclusiva do terceiro. Ex.:

Excludentes da Responsabilidade
Ainda por Sérgio Cavalieri, um exemplo de culpa exclusiva de terceiro é o de uma
menina de 10 anos de idade que nadava na piscina do Condomínio onde morava,
quando ao mergulhar, ficou presa pelos cabelos que foram sugados pelo equipamento
de drenagem e filtragem instalados no fundo da piscina. O socorro demorou a chegar, o
que fez com que a menina ficasse com graves seqüelas de uma vida vegetativa
permanente. Na ação indenizatória que foi movida em face do Condomínio e do
fabricante do equipamento de drenagem e filtragem, o Superior Tribunal de Justiça, no
julgamento do REsp. 1.081.432/SP, afastou a responsabilidade do fabricante, uma vez
que ficou provado que em seus manuais traziam informações claras e suficientes à
demonstração do perigo pela sua utilização inadequada, alertando ainda
expressamente sobre a necessidade de que pessoas de cabelos longos os
prendessem à altura da nuca ou fizessem o uso de touca para a natação. Todavia, o
Tribunal reconheceu a responsabilidade do condomínio (fato de terceiro) por ter
substituído o equipamento de dreno/filtragem por outro superdimensionado e
indevidamente instalado, e ainda por permitir o funcionamento de tal equipamento
quando havia pessoas na piscina não as advertindo sobre a necessidade de prenderem
os cabelos.

Excludentes da Responsabilidade
Além dos casos previstos no CDC, discute-se a
possibilidade de exclusão da responsabilidade
em caso de:
V) caso fortuito e força maior,
VI) a observância de normas imperativas e
VII) os riscos de desenvolvimento.

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Práticas comerciais - Garantia legal e contratual


O fornecedor deve colocar no mercado de
consumo produtos e serviços de boa qualidade, ou
seja, sem vícios ou defeitos.

Como instrumento que lhe impõe essa obrigação


o CDC prevê a obrigação de garantir durante
determinado período essa qualidade.

Práticas comerciais - Garantia legal e contratual

A garantia legal é aquela disposta por


imposição de lei, ou seja, é uma
obrigação ex legis, sendo vedada
qualquer exoneração contratual do
fornecedor neste sentido, nos termos do
art. 24, do CDC.

Práticas comerciais - Garantia legal e contratual

Art. 24. A garantia legal de adequação


do produto ou serviço independe de
termo expresso, vedada a exoneração
contratual do fornecedor.

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Práticas comerciais - Garantia legal e contratual


O prazo de garantia legal estabelecido no
art. 26, do CDC, faculta ao consumidor
apresentar reclamação para:
a) produtos e serviços não duráveis: 30
dias (alimentos, produtos limpeza)
b) produtos e serviços duráveis: 90 dias
(carro, maquina lavar, geladeira)

Práticas comerciais - Garantia legal e contratual


O prazo de garantia legal estabelecido no
art. 26, do CDC, faculta ao consumidor
apresentar reclamação para:
a) produtos e serviços não duráveis: 30
dias (alimentos, produtos limpeza)
b) produtos e serviços duráveis: 90 dias
(carro, maquina lavar, geladeira)

Práticas comerciais - Garantia legal e contratual

O prazo da garantia legal se inicia


a partir da entrega efetiva do
produto ou do término da
execução do serviço, segundo o
art. 26, § 1º, do CDC.

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Práticas comerciais - Garantia legal e contratual


Tal prazo tem aplicação quando se tratar
de vícios aparentes ou de fácil
constatação, pois no caso de vícios
ocultos, o prazo para reclamar a garantia
legal tem início no momento que ficar
evidenciado o defeito, conforme previsto
no art. 26, § 3º, do CDC;

Práticas comerciais - Garantia legal e contratual

Ex.: Defeito no interior do motor de um


carro. (não se trata de defeitos causados
pelo desgaste natural, mas um vício ou
defeito que existe desde sempre, mas
que somente veio se manifestar depois
de certo tempo).

Práticas comerciais - Garantia legal e contratual


CONSUMIDOR. FABRICANTE E FORNECEDEOR SOLIDÁRIOS, A TEOR DO ART. 18 DO CDC. GARANTIA
CONTRATUAL E LEGAL. VÍCIO OCULTO. PRODUTO DURÁVEL. VIDA ÚTIL DO PRODUTO. VEÍCULO COM 5
ANOS DE USO. PRAZO DE GARANTIA LEGAL QUE FLUI A PARTIR DA CONSTATAÇÃO DO VÍCIO E NÃO
CORRE DURANTE O PRAZO DA GARANTIA CONTRATUAL, NA FORMA DOS ARTS. 26, II § 3º E 50 DO CDC.
NO CASO, APLICÁVEL O PRAZO DE 90 DIAS QUE NÃO DECORREU ENTRE A DATA DA CONSTATAÇÃO E DA
RECLAMAÇÃO DO VÍCIO. Veículo BMW/ano 2010, adquirido em 16/01/14 (fl.29), que apresentou vício
oculto em 15/12/14 (fl.30), com ingresso da ação em 11/03/15, antes do prazo de 90 dias previsto no
art. 26, II, § 3º do CDC, e impõe a aplicação do prazo da garantia legal, que é obrigatória e independe da
garantia contratual, a teor do art. 50 do CDC. Laudo técnico submetido ao contraditório (fls. 25 e 30) e
que evidencia o vício oculto originado em defeito construtivo, não oposta por prova contrária produzida
pelas rés (defeito no permutador de calor por contaminação do óleo da caixa de câmbio), o que dispensa
a prova pericial e poderia vir aos autos por laudo técnico realizado pelas rés. Ausência também, de prova
de mau uso do veículo ou de vício decorrente do desgaste natural ou falta de manutenção regular do
mesmo, considerada ainda, a vida útil do bem durável. Afastada a nulidade alegada. Danos materiais
devidos (fls.33), nos limites do teto dos Juizados, e conforme menor orçamento apresentado. SENTENÇA
MANTIDA PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.... RECURSOS DESPROVIDOS. (Recurso Cível Nº
71005882113, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado
em 26/02/2016). (TJ-RS - Recurso Cível: 71005882113 RS, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Data de
Julgamento: 26/02/2016, Quarta Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
02/03/2016).

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Práticas comerciais - Garantia legal e contratual


A garantia contratual é aquela
facultada pelo fornecedor,
através de termo expresso e
padronizado, complementando
a garantia legal, nos termos do
art. 50, do CDC.

Práticas comerciais - Garantia legal e contratual


Segundo Rizzatto Nunes, existem duas
maneiras de se definir o sentido de
“complementar”
a) complementar tem o sentido de “aquilo
que excede o prazo de garantia contratual”
b) complementar significa que se “soma o
prazo de garantia ao prazo contratual”.

Práticas comerciais - Garantia legal e contratual

Art. 50. A garantia contratual é


complementar à legal e será
conferida mediante termo
escrito.

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Responsabilização
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não
duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou
quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a
que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do
recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária,
respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o
consumidor exigir a substituição das partes viciadas.

§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias,


pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

Responsabilização
Caso não seja sanado o vício neste prazo, poderá
o consumidor exigir alternativamente, conforme art.
18, I,II e III, do CDC:
a) a substituição do produto por outro da mesma
espécie, em perfeitas condições de uso;
b) a restituição imediata da quantia paga,
monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
c) o abatimento proporcional do preço.

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Práticas comerciais - Garantia legal e contratual

Garantia Legal – prazo


decadencial para reclamar do
vício!!

E no caso de defeito?

Práticas comerciais - Garantia legal e contratual


Diz o art. 27 do CDC que "prescreve em
cinco anos a pretensão à reparação
pelos danos causados por fato do
produto ou do serviço prevista na Seção
II deste Capítulo, iniciando-se a
contagem do prazo a partir do
conhecimento do dano e de sua
autoria".

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