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RESPONSABILIDADE

CIVIL

1º CONTEÚDO DA II UNIDADE
O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor consagra como regra a
responsabilidade objetiva e solidária dos fornecedores de produtos e prestadores de serviços,
frente aos consumidores.

Objetivo: facilitar a tutela dos direitos dos consumidores, em prol da reparação integral dos
danos, constituindo um aspecto material do acesso à justiça.

Responsabilidade objetiva: o consumidor não tem o ônus de comprovar a culpa. Possui a


responsabilidade independente de culpa, de acordo com:
Art. 927 CC: Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 186 CC Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
O CDC adotou a Teoria do risco-proveito ou risco da atividade, ou seja, aquele que expõe aos
riscos outras pessoas, determinadas ou não, por dele tirar um benefício, direto ou não, deve
arcar com as consequências da situação de agravamento.
Por possuir as seguintes características:
• Lucro;
•Responsabilidade Objetiva;
•Não é analisada a culpa;
•Exceção: Profissionais Liberais (art. 14, § 4º CDC).
A responsabilidade do profissional liberal é SUBJETIVA, ou seja, depende da apuração de
culpa, pois, em regra, as relações estabelecidas com os consumidores de seus serviços são
intuitu personae.
Art. 14. § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a
verificação de culpa.
Ex: Advogados, médicos, dentistas, etc.
Uma das maneiras de provar a culpa dos profissionais liberais será comprovando:
•Culpa: o seu dolo – intenção de causar prejuízo;
•Imprudência: falta de cuidado + falta de ação;
•Negligência: falta de cuidado + omissão;
•Imperícia: falta de qualificação geral para desempenho de uma atribuição.

IMPORTANTE!
É diferente quando se trata de hospitais, grupos de saúde, empresas de consultoria e
engenharia.
Neste caso a responsabilidade será OBJETIVA.
Tipos de Responsabilidade:

Responsabilidade pelo vício do produto.(art. 18 e 19 CDC)


Responsabilidade pelo vício do serviço. (ART. 20)
Responsabilidade pelo fato do serviço (ART. 14)
Responsabilidade pelo fato do produto (ART. 12 E 13)

O que é Vício e Fato?

•Vício: Oculto ou Aparente


• Fato: Defeito que vem a lesar o consumidor
• Os excludentes de responsabilidade encontram-se elencados no art. 12, a partir do
§ 2º, e são eles:
-Quando produto de melhor qualidade for colocado no mercado;
-Quando o fabricante não houver colocado o produto a venda;
-Quando o produto foi colocado no mercado o defeito não existia;
-Quando a culpa do defeito for exclusiva do consumidor.

 
• RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DO PRODUTO
Presente quando existe um problema oculto ou aparente no bem de consumo, que o
torna impróprio para uso ou diminui o seu valor, tido como um vício por inadequação.
A responsabilização do fornecedor somente alcança o valor do bem, não ocorrendo
indenizações por outros danos materiais (reparação), morais (indenização) ou estéticos.

Possui duas modalidades: Qualidade e Quantidade


Art. 18 CDC- Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis
respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem
impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor,
assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do
recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as
variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição
das partes viciadas.
MODALIDADES:
• Vício de qualidade: são impróprios ao uso e consumo.
Art. 18, § 6º, I- Os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos, o que atinge os produtos perecíveis
adquiridos em mercados e lojas do gênero.
II- Os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à
vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação,
distribuição ou apresentação.
III- Os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam.
Ex: brinquedo que pode causar danos às crianças.
Prazo máximo de 30 dias para o vício, são contados a partir do momento em que o defeito é detectado pelo
consumidor, se não sanado poderá:
§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à
sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e
danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
Art. 26 - O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - 30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto não duráveis;
II - 90 (noventa) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto duráveis.
Quanto ao início da contagem dos prazos, temos o seguinte:
Art. 26 – § 1º - Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da
execução dos serviços.
§ 3º - Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
IMPORTANTE!
1. Quando o produto for ESSENCIAL ao consumidor não cabe a aplicação do prazo de 30 dias.
2. Se o mesmo vício surgir após o conserto, não se aplica mais o prazo de 30 dias, cabendo ao consumidor escolher
uma das 3 alternativas do CDC.
3. O fornecedor tem o dever de indenizar os prejuízos sofridos pelo consumidor pela privação do uso do bem
durante o prazo de conserto.
Ex: Lei estadual 15.304/2014, estabelece em seu primeiro artigo que, caso o reparo de veículo ainda coberto pela
garantia contratual não ocorra em 15 dias por falta de peças originais ou por qualquer outra razão que
impossibilite a realização do serviço, as montadoras de veículos, por intermédio de suas concessionárias ou
importadoras, devem fornecer ao consumidor carro reserva similar ao seu. O artigo 2º dispõe que o
descumprimento dessa obrigação sujeita o infrator às sanções previstas no artigo 56 do CDC, que variam de
multa à intervenção administrativa, passando por suspensão temporária da atividade.
Como afirma Leonardo Roscoe Bessa, “acrescente-se que, mesmo na situação excepcional de
aplicação do prazo de 30 dias para sanção do vício, o fornecedor, em razão do direito básico
de “efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais” (artigo 6º, VI), possui o
dever de indenizar os prejuízos sofridos pelo consumidor, oriundos da privação do uso do
bem durante o prazo de conserto (...)”.

RITO SUMÁRIO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS. OSCILAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA FORNECIDA A IMÓVEL. LAUDO PERICIAL CONSTATOU QUE OS
DANOS NO EQUIPAMENTO DO CONSUMIDOR FORAM CAUSADOS EM DECORRÊNCIA DA OSCILAÇÃO DE
TENSÃO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO DE FORNECIMENTO DE ENERGIA DEVIDAMENTE CONFIGURADA.
SENTENÇA JULGOU PROCEDENTE O PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAL E IMPROCEDENTE EM
RELAÇÃO AOS DANOS MORAIS. REFORMA QUE SE IMPÕE. DANO MORAL CONFIGURADO, EM RAZÃO DA PERDA
DO TEMPO LIVRE. PROVIMENTO AO RECURSO, NA FORMA DO ARTIGO 557, § 1-A,DO CPC. AGRAVO INTERNO.
NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. QUINTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA APELAÇÃO CÍVEL Nº
0002488-38.2010.8.19.0206 2ª VARA CÍVEL REGIONAL DE SANTA CRUZ - TJRJ) 17/04/2012
Vício de quantidade:
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto
sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for
inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem
publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - o abatimento proporcional do preço;
II - complementação do peso ou medida;
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os
aludidos vícios;
IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos.
• RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DO PRODUTO
MODALIDADES:
Exceções:
Art. 18, §5º do CDC- nos casos de fornecimento de produtos in natura, será
responsável perante o consumidor o fornecedor imediato (comerciante), exceto
quando identificado claramente seu produtor.

Art. 19, §2º do CDC - diz ser o fornecedor imediato (comerciante) responsável quando
fizer a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo
os padrões oficiais.

Responsabilidade solidária.
• RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO
Quando ocorre um problema que transpõe os limites do produto
ocasionando prejuízos colaterais, como danos materiais, morais e
estéticos, não oferecendo a segurança esperada.
Sendo estes de responsabilidade objetiva do fornecedor.

Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o


importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação
dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto,
fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou
acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua utilização e riscos.
Também conhecido como responsabilidade imediata do fabricante.
O consumidor tem direito a ação de reparação integral de danos em face
do fornecedor.
Produto defeituoso:
Art. 12 § 1º - O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele
legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as
quais:
I – sua apresentação;
II – o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III – a época em que foi colocado em circulação.
A responsabilidade entre fornecedor, fabricante, importador, construtor, etc, é SOLIDÁRIA.
EXCLUDENTES de responsabilidade do fabricante no fato do produto:
§ 3º O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado
quando provar:
I - que não colocou o produto no mercado;
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
• Qual a responsabilidade do comerciante? Art. 13 CDC
Art. 13 O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando:
I – o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados;
II – o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor
ou importador;
III – não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
A responsabilidade entre comerciante e fabricante é solidária.
DIREITO DE REGRESSO
Consiste no direito de cobrar, por meio de demanda judicial, o valor pago por determinado
fornecedor a responsabilidade que era de outrem, de acordo com a sua participação no
evento danoso. (art.13, § único)
Art. 13, Parágrafo único CDC. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá
exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na
causação do evento danoso.
“Apelação cível. Responsabilidade civil. Explosão de bateria de celular. Acidente de consumo.
Fato do produto. Ilegitimidade passiva da ré comerciante. Reconhecimento. Em se tratando
de acidente de consumo pelo fato do produto, o comerciante só pode ser responsabilizado
diretamente em casos específicos, pois não se enquadra no conceito de fornecedor (art. 12
do CDC), para fins de responsabilidade solidária. Como vem defendendo a esmagadora
doutrina especializada, a responsabilidade do comerciante é subsidiária, e não solidária, tal
como estabelecido na sentença. Ilegitimidade passiva do comerciante reconhecida, já que
identificado o fornecedor do produto defeituoso. Apelação provida” (TJRS – Acórdão
70026053116, Porto Alegre – Nona Câmara Cível – Rel. Des. Marilene Bonzanini Bernardi – j.
11.03.2009 – DOERS 19.03.2009, p. 43).
IMPORTANTE!
A culpa concorrente do consumidor atenua a responsabilidade, mas não a exclui.
Prazo:
Art. 27 - Prescreve em 5 (cinco) anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato
do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do
prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.

Cuidado, pois nele está expresso que se trata de prazo aplicável a danos causados pelo fato
do produto ou do serviço, isto é, para aqueles casos em que haja um acidente de
consumo(defeito).
• RESPONSABILIDADE PELO FATO DO SERVIÇO
Haverá fato do serviço sempre que o defeito, além de atingir a incolumidade econômica do
consumidor, atinge sua incolumidade física ou psíquica.
Quando o serviço não oferece a SEGURANÇA esperada, ou não traz as informações
suficientes.
Deve-se levar em consideração:
1. O modo do fornecimento;
2. O resultado;
3. O risco que razoavelmente se esperava à época que foi fornecido.
ATENÇÃO!
Art. 14, § 2º CDC O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas
técnicas.
A responsabilidade entre os fornecedores será SOLIDÁRIA.
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
INCLUIDO PELA DOUTRINA MAJORITÁRIA : EM CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR.
O nexo de causalidade pode ser atingido pela excludente de responsabilidade, elidindo, assim, o
dever de indenizar, ante a imprevisibilidade dos efeitos do fato. Havendo comprovação de que os
prejuízos foram resultantes de caso fortuito ou força maior, fica afastada a responsabilidade do
devedor.
Alguns doutrinadores, como Jorge Alberto Quadros de Carvalho Silva, consideram caso fortuito e
força maior como excludentes, como pode ser observado a seguir:
“O fornecedor  pode eximir-se da responsabilidade pela reparação dos danos se provar: 1)que não
colocou o produto no mercado (ou que o produto foi colocado contra a sua vontade); 2) que,
embora tivesse posto, o defeito inexistia; 3) que a culpa é exclusiva do consumidor ou de terceiro;
ou 4) a existência de caso fortuito e força maior (art. 393 do CC/2002), manifestados após a
introdução do produto no mercado de consumo, a despeito dessas duas excludentes não
constarem expressamente do CDC. (SILVA, 2008, p. 81)”
• RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DO SERVIÇO
Haverá vício quando o “defeito” atingir meramente a incolumidade econômica do
consumidor, causando-lhe tão somente um prejuízo patrimonial.
São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente
deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de
prestabilidade. (art. 20, § 2º CDC)
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou
lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da
oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e
danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 1º A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do
fornecedor.
ATENÇÃO!
É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a
obrigação de indenizar, prevista nesta e nas seções anteriores. (art. 25 CDC)

• QUANTO A PUBLICIDADE E OFERTA


Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta,
apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou
publicidade;
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada,
monetariamente atualizada, e a perdas e danos.
Ocorre o princípio da reparação integral dos danos (art. 6, IV CDC - a efetiva prevenção e reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;)
SÚMULA 37 STJ-
SÃO CUMULAVEIS AS INDENIZAÇÕES POR DANO MATERIAL E DANO MORAL ORIUNDOS DO MESMO FATO.
Súmula 387 STJ - Responsabilidade civil. Dano moral. Dano estético. Cumulação. Possibilidade. 
CCB/2002, art. 186. CF/88, art. 5º, V e X.
É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.
A respeito da responsabilidade pelo fato do produto e do serviço, o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº
8.078/90) estabelece que
a) a responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será caracterizada independentemente verificação de
culpa.
b) o fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, desde que
caracterizada a sua culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de
projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de
seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
c) o fabricante, o construtor, o produtor ou importador será responsabilizado mesmo quando provar que não
colocou o produto no mercado.
d) o comerciante é igualmente responsável, de forma objetiva, quando: o fabricante, o construtor, o produtor
ou o importador não puderem ser identificados; o produto for fornecido sem identificação clara do seu
fabricante, produtor, construtor ou importador; ou não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
e) o fornecedor de serviços será responsabilizado mesmo quando provar a culpa exclusiva do consumidor ou
de terceiro.
Uma sociedade empresária vendedora de motocicletas 0 Km, oferece à venda veículos que ostentam mau
funcionamento do sistema de freios decorrentes de falha, então desconhecida, de projeto do fabricante. Um
destinatário final adquire uma destas motocicletas, sofre acidente diretamente relacionado à impropriedade
dos freios e experimenta prejuízos de ordem material e moral. A inadequação do produto só veio à tona após
o acidente, o que levou o fabricante, empresa nacional com sede em São Bernardo do Campo, a realizar
recall. Neste caso,
a) o fabricante responde pelo acidente de consumo, e a ação de reparação de danos prescreve em 5 anos,
contados do conhecimento do dano e sua autoria.
b) empresário e fabricante respondem solidariamente pelo fato do produto, e a ação de reparação de danos
prescreve em 5 anos, contados do conhecimento do dano e sua autoria.
c) empresário e fabricante respondem solidariamente pelo fato do produto, e o direito à reparação de danos
deve ser exercido no prazo decadencial de 5 anos, contados da divulgação da campanha de recall.
d) empresário e fabricante respondem solidariamente pelo vício do produto, e a ação prescreve em 5 anos a
contar do conhecimento do dano e sua autoria.
e) por ter inserido o veículo no mercado de consumo, o empresário responde subsidiariamente no prazo
decadencial de 5 anos a contar do conhecimento do dano e de sua autoria.

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