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ARTIGOS 12 AO 26 - CDC

VÍCIOS REDIBITÓRIOS
E CÓDIGO CIVIL

ANNA LUISA OLIVEIRA MAGALHÃES


CAETANO GONÇALVES
ELIANA NASCIMENTO
MARIA CLARA SOUZA SOARES
THAUANE SILVA BRITO
DIREITOS BÁSICOS DO
CONSUMIDOR (ART. 12
A 17 DO CDC)
DA RESPONSABILIDADE
PELO FATO DO PRODUTO
E DO SERVIÇO
Responsabilidade

● A responsabilidade do fornecedor prevista


pela Lei. 8.078/1990 afasta os conceitos de
culpa, incluindo, negligência,
imprudência ou imperícia.
● Aplica-se então a responsabilidade
objetiva, analisando a ocorrência do dano
e o nexo de causalidade entre este e a
utilização do produto ou serviço
● A responsabilidade objetiva do CDC tem previsão no artigo 5º,
inciso X, da CF/88: "são invioláveis a intimidade, a vida privada,
a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação"
● Decorre do risco integral da atividade econômica (Teoria do
risco do desenvolvimento)
● Produção em série
● Dificuldade de comprovar a culpa
● Reparação Integral dos danos na ampla medida de suas
consequências.
● Consumidores equiparados
Vício x Defeito
● "São considerados vícios as características de qualidade ou quantidade
que tornem os produtos ou serviços impróprios ou inadequados ao
consumo a que se destinam e também que lhes diminuam o valor. Da
mesma forma, são considerados vícios os decorrentes da disparidade
havida em relação às indicações constantes do recipiente, embalagem,
rotulagem, oferta ou mensagem publicitária." Rizzato
● Vício aparente ou vício oculto
● "O defeito é o vício acrescido de um problema extra, alguma coisa
extrínseca ao produto ou serviço, que causa um dano maior que
simplesmente o mau funcionamento, o não funcionamento, a quantidade
errada, a perda do valor pago [...]. O defeito causa, além desse dano do
vício, outro ou outros danos ao patrimônio jurídico material e/ou moral
e/ou estético e/ou à imagem do consumidor."
● O defeito vai além do vício, prejudicando o consumidor em seu patrimônio
jurídico mais amplo.
Responsabilidade pelo fato do serviço

● Estabelece-se a mesma responsabilidade quanto ao fato do


produto; exceto no que diz respeito à classe dos profissionais
liberais.
● Para o fornecedor de serviços, há casos de isenção de
responsabilidade, como quando não há defeito no serviço
prestado, se houver culpa exclusiva do consumidor, quando
não tenha colocado o produto no mercado.
● Para os profissionais liberais, a culpa deve ser considerada para
que ocorra a responsabilização. (obrigação de meio e não de
fim)
EXEMPLOS:

Dois consumidores vão à concessionária receber seu automóvel zero-quilômetro.


Ambos saem dirigindo seu veículo alegremente. Os consumidores não sabem, mas
o sistema de freios veio com problema de fábrica.

Aquele que sai na frente passa a primeira esquina e segue viagem. No meio do
quarteirão seguinte, pisa no breque e este não funciona. Vai, então, reduzindo as
marchas e com sorte consegue parar o carro encostando-o numa guia.

O segundo, com menos sorte, ao atingir a primeira esquina, depara com o semáforo
no vermelho. Pisa no breque, mas este não funciona. O carro passa e se choca com
outro veículo, causando danos em ambos os carros.

O primeiro caso, como o problema está só no freio do veículo, é de vício. No


segundo, como foi além do freio do veículo, causando danos não só em outras áreas
do próprio automóvel como no veículo de terceiros, trata-se de defeito.
VÍCIOS REDIBITÓRIOS
NO CÓDIGO CIVIL
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato
comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos
ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada,
ou lhe diminuam o valor.

Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às


doações onerosas.

Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato


(art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no
preço.
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício
ou defeito da coisa, restituirá o que
recebeu com perdas e danos; se o não
conhecia, tão-somente restituirá o valor
recebido, mais as despesas do contrato.

Art. 444. A responsabilidade do


alienante subsiste ainda que a coisa
pereça em poder do alienatário, se
perecer por vício oculto, já existente ao
tempo da tradição.
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou
abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de
um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na
posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.

§ 1° - Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais


tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até
o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens
móveis; e de um ano, para os imóveis.

§ 2° - Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por


vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta,
pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se
não houver regras disciplinando a matéria.

Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância


de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao
alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de
decadência.
COMPARAÇÃO ENTRE
VÍCIOS REDIBITÓRIOS NO
CDC E NO
CÓDIGO CIVIL

ABRANGÊNCIA
PRAZOS
REMÉDIOS JURÍDICOS
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de
cláusula que impossibilite, exonere ou atenue
a obrigação de indenizar prevista nesta e nas
seções anteriores.
§ 1º Havendo mais de um responsável pela
causação do dano, todos responderão
solidariamente pela reparação prevista nesta
e nas seções anteriores.
§ 2º Sendo o dano causado por componente
ou peça incorporada ao produto ou serviço,
são responsáveis solidários seu fabricante,
construtor ou importador e o que realizou a
incorporação.
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
§ 1º Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto
ou do término da execução dos serviços.
§ 2º Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o
fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve
ser transmitida de forma inequívoca;
II - (Vetado).
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
§ 3º Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que
ficar evidenciado o defeito.

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