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Responsabilidade civil do esteticista e Código de Defesa do Consumidor.

1. Direito – público e privado.


2. Responsabilidade criminal, administrativa e civil.

Civil: O objetivo da Responsabilidade civil é reparar o dano causado que tenha levado
a diminuição do bem jurídico da vítima,

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito
e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. - Ação, omissão,
negligência.

Ação –(derrubar o celular)

Omissão voluntária- não agiu quando deveria agir. (dispara o alarme - patrulha da Centronic)

Negligência – desleixo, descuido, desatenção, menosprezo, indolência, omissão ou


inobservância do dever, em realizar determinado procedimento, com as precauções
necessárias;

2) imperícia: falta de técnica necessária para realização de certa atividade; não tenho


como realizar a depilação ou desing de sombrancelha.. assim como a andréia.

3) imprudência: falta de cautela, de cuidado, é mais que falta de atenção, é a


imprevidência a cerca do mal, que se deveria prever, porém, não previu.

Como caracterizar uma responsabilidade? Regra geral: conduta humana, culpa


dano e nexo causal.

SUBJETIVA A responsabilidade subjetiva é aquela que depende da existência de dolo ou culpa por
parte do agente causador do dano (você lembra qual é a diferença entre dolo e culpa?). Desta forma, a
obrigação de indenizar e o direito de ser indenizado surgem apenas se comprovado o dolo ou a culpa do
agente causador do dano.

Parenteses: Dolo x Culpa (Doloso: quis agir assim, buscou o resultado. Culposo: por omissão,
negligência imprudência e imperícia, não queria que acontecesse, mas aconteceu!)

OBJETIVA: Já a responsabilidade objetiva não depende da comprovação do dolo ou da culpa do


agente causador do dano, apenas do nexo de causalidade entre a sua conduta e o dano causado à
vítima, ou seja, mesmo que o agente causador não tenha agido com dolo ou culpa, deverá indenizar a
vítima.

EX: carro FOX, tiveram seus dedos decepados qndo manusearam uma alavanca para
aumentar o espaço do porta malas. Houve um dano, e para a vítima receber indenização por
esse dano sofrido, ela não precisará provar a culpa do fabricante do carro. 

Tipos de danos

Art. 5, X da CF:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;  

Art. 927. Do CC

Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.

A responsabildiade é de reparar o dano, seja ele patrimonial ou extrapatrimonial.

Patrimonial: que pode ser mensurado, que tem valor. Ex. Tinta importada que cai no
chão. Responsabilidade civil Patrimonial.

Extrapatrimonial: vai além do patrimônio, não pode ser mensurado, é o chamado


dano moral. Cabelo que cai. Não é necessariamente objetivo, mas sim subjetivo,
ninguém consegue medir o tamanho do dano, e por dizer respeito a própria pessoa, é
interno. Em primeira análise é possível considerar que o dano moral está vinculado à
dor, angustia, sofrimento e tristeza. Todavia, atualmente não é mais cabível restringir o
dano moral a estes elementos, uma vez que ele se estende a todos os bens
personalíssimos. Tem que atingir um direito de personalidade a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas.

Responsabilidade de meio e de fim

Meio- está vinculada a execução do serviço e não propriamente ao resultado.


Advogado. Médicos regra geral. O erro médico é responsabilidade de meio.

 Obrigação de meio se refere a uma situação em que o devedor não tem


responsabilidade pelo resultado final, porém empenha todos os seus esforços para
alcançá-lo. Em um contrato de obrigação de meio entende-se que existe um
comprometimento e dedicação pessoal para o melhor resultado, mas não existe a
obrigação de se conseguir o que é desejado, ou seja, o fim da contratação. 

Fim – está vinculado ao fim, a pessoa buscou um resultado o profissional se obrigou


com ele. Na obrigação de resultado o contratado assume o compromisso com um
resultado em específico. Se o objetivo não é atingido de forma total ou parcial, o
contratado passa a ser responsabilizado, Ex, pintura de casa.

Exceção: a responsabilidade do médico, quando dizer respeito a um trabalho estético


a responsabilidade é de fim, pq a pessoa buscou aquele resultado exato. Logo, quem
também trabalha na estética terá responsabilidade pelo resultado, mesmo que tenha
trabalhado da melhor maneira possível.

Excludentes de responsabilidade

1. Estado de necessidade; (não provocou e não pode evitar. Tiro na rua, derruba a cliente
da cadeira
2. legítima defesa; (defender a si ou aoutrem, mais penal
3. exercício regular de direito (UFC, futebol)
4. estrito cumprimento do dever legal; (bombeiro quebra janela do seu estabelecimento
para te salvar) tem o dever de fazer isso
5. caso fortuito e força maior; enchente
6. culpa exclusiva da vítima; ela traz um óleo de massagem para vc passar.
7. fato de terceiro (alguém invade o estabelecimento e mistura sem vc saber os materiais
esterilizados com os não esterelizados.

Conclusão: Todo cuidado, atenção e profissionalismo é pouco. Nenhum erro será


perdoado. Hoje vivemos uma sociedade que busca cada vez mais a tutela do seu
direito. E o Estado oferece ferramentas para o acesso ao judiciário, então se não
querem ter problemas judiciais, todo esmero é pouco.

Aqui falamos dos danos e problemas judiciais. Mas sabemos que um cliente
insatisfeito pode acabar com seu empreendimento.

Vamos imaginar algo que nunca irá acontecer: caso ocorra um dano, qual legislação
aplicável? Qual o procedimento ao qual você esteticista estará sujeito?

Estaremos diante do Codigo de Defesa do Consumidor.

Pq?

       Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza


produto ou serviço como destinatário final.

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou


estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de
serviços

Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante


remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária,
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

Possui um regramento e procedimento próprio que favorece o consumidor.

Mas como? Igualdade? Igualdade material: tratar os iguais de forma igual e os


desiguais na justa proporção de suas desigualdades.
Desigualdade: Hipossuficiência econômica e técnica

Inversão do ônus da prova: Geral: quem alega é quem prova. Quando se aplica o
CDC inverte, quem alega não precisa provar, mas sim o réu é quem prova que não
agiu da forma narrada.

Responsabilidade objetiva! Lembram? Não precisa comprovar dolo ou culpa. Vai ter
que indenizar

 Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não


acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os
considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição,
obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações
necessárias e adequadas a seu respeito.

 Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da


existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores
por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

        § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o


consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as
circunstâncias relevantes, entre as quais:

        I - o modo de seu fornecimento;

        II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;

        III - a época em que foi fornecido.

Oferta e propaganda.

Oferta vincula:  Cuidado! Colocar prazos, restrições de fácil visualização.   

Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta,


apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua
livre escolha:

        I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta,


apresentação ou publicidade;

        II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;


        III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente
antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.

Erro homem médio: ex. vender a preço de banana. Escova por 0,50.

Erro de digitação.

Propaganda clara e não enganosa!

Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:

        I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;

        II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.

        § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou


do término da execução      dos serviços.

        § 2° Obstam a decadência:

        I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de


produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma
inequívoca;

        II - (Vetado).

        III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.

        § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar
evidenciado o defeito.

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

        I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no
fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;

        II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços,


asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
        III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem
como sobre os riscos que apresentem;

       III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com


especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes
e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de
2012)   Vigência

       IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos


ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de
produtos e serviços;

        V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais


ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;

        VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos


e difusos;

        VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou
reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a
proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;

        VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a
seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for
ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

        IX - (Vetado);

        X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.

        Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou
convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de
regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que
derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade.

        Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente
pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo.

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