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Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela
boa-fé ou
pelos bons costumes.
[...]
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Como tradução da terminologia dos artigos mencionados, ato ilícito é a infração,
o
descumprimento, a prática contrária que um agente comete ou deixa de fazer. Ainda,
o ato
ilícito pode ser dividido em:
(#modal-1)
(#modal-2)
(#modal-3)
Negligência
Imprudência
Para haver reparação do dano, são necessários conduta e ato ilícito. Inclusive, o
ato ilícito
precisa estar relacionado à conduta, chegando-se então ao terceiro requisito
essencial para
buscar o dever de indenizar: o nexo de causalidade, ou nexo entre
causa e
efeito.
Há ainda situações que não constituem ato ilícito, conforme artigo 188 do Código
Civil:
Para exemplificar, é mais fácil juntar o contrato social de uma empresa que
trabalha com
fabricação de explosivos para pedir a reparação de danos da residência
que incendiou após
ter ocorrido o incêndio na fábrica ao lado (responsabilidade civil
objetiva devido ao fato
de a empresa desenvolver atividade que, por sua natureza,
implica risco para os direitos de
outrem) do que provar que a casa incendiou por culpa
de uma empresa de fabricação de móveis,
tendo que ser provado que a empresa foi
negligente ou imprudente (responsabilidade
subjetiva).
Nesse sentido, há posicionamento do Poder Judiciário aplicando ambas as
teorias de
responsabilidade civil (objetiva e subjetiva) para o acidente de trabalho,
sendo
predominante a subjetiva, uma vez que esta depende da prova de culpa do
empregador. Veja o
artigo 932, inciso III, do Código Civil:
[...]
Art. 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou
de
detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de
multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de
prisão
simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.
Portanto, o Código Penal é claro: não há crime sem lei anterior que o defina
e
não
há pena sem prévia cominação legal. As hipóteses de responsabilização são
restritivas, e
todas elas devem estar previstas em lei.