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Responsabilidade por ato comissivo e por ato omissivo

Direito Administrativo

Responsabilidade Civil do Estado


(Parte II)

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Responsabilidade por ato comissivo e por ato omissivo

Conteúdo Programático
1 Roteiro do PDF FOCADO ........................................................................................................ 2
2 Responsabilidade por ato comissivo e por ato omissivo ......................................................... 3
3 Teoria do risco administrativo ............................................................................................... 3
4 Teoria do risco integral .......................................................................................................... 5
5 Questões de Sala ................................................................................................................... 7

1 Roteiro do PDF FOCADO

Bom, feita esta análise geral, você já deve ter percebido que estamos no caminho
certo. Preciso que você, futuro aprovado(a), juntamente com este professor que passa
a ser o seu maior torcedor, organize seus estudos da seguinte forma:

Estrutura do PDF FOCADO:

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das


videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.);
• Questões de Sala (questões resolvidas durante as videoaulas);

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso.
VAMOS NESSA!

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Responsabilidade por ato comissivo e por ato omissivo

2 Responsabilidade por ato comissivo e por ato omissivo

A responsabilidade do estado por atos comissivo é objetiva, conforme a teoria do


risco administrativo prevista no art. Art. 37 § 6º da constituição. No entanto, quando
o dano decorre de uma omissão a jurisprudência e doutrina dominante aponta da
responsabilidade do estado como subjetiva, com base na teoria da responsabilidade
subjetiva, que também pode aparecer como teoria da culpa administrativa, também
chamada, de teoria da culpa do serviço ou culpa anônima.

É importante salientar, que essa responsabilidade subjetiva não é a mesma defendida


pela teoria civilista. Em outras palavras, a chamada responsabilidade subjetiva do
estado, nos casos de omissão, não depende da comprovação de dolo ou culpa do
agente público, o que se deve comprovar, nesses casos, é a ausência da prestação do
serviço, má prestação ou prestação atrasada.

Vale ressaltar, no entanto, que há situações que mesmo que o dano decorra de uma
omissão o estado responderá de forma objetiva, são os casos que o poder público
atua com agente garantidor, também chamado de omissão específica. Os exemplos
de prova são: alunos de escola pública, pessoas internadas em hospitais públicos e
penitenciárias.

Perceba que, nesses exemplos citados, as pessoas estão sob a proteção do poder
público, atuando o estado como agente garantidor. Assim, quando ocorre um dano
nesses cenários, mesmo que o dano decorra de uma omissão, o estado responderá
de forma objetiva. É a aplicação da chamada teoria risco criado ou risco suscitado.

3 Teoria do risco administrativo


A responsabilidade objetiva é baseada na TEORIA DO RISCO, elaborada por Léon
Duguit, e aperfeiçoada para acomodar a responsabilidade estatal. Atualmente, essa
modalidade é adotada como regra pelo ordenamento jurídico brasileiro, chamada
pela doutrina de TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO.

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Teoria do risco administrativo

CF/88: Art. 37, § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável
nos casos de dolo ou culpa.

CC/02: Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,


nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

A teoria do risco administrativo, atribui ao Estado o dever de indenizar o particular,


vítima de dano decorrente do exercício de suas funções, pelo risco criado pelo
desenvolvimento da sua atividade administrativa. Logo, se reparte os ônus e
encargos sociais por todos aqueles que são beneficiados pela atividade da
Administração Pública.

Em outros termos, o Estado tem o dever de exercer a sua atividade administrativa,


mesmo quando perigosa ou arriscada, com absoluta segurança, de modo a não causar
dano a ninguém. Logo, está vinculado, a um dever de incolumidade, cuja violação
enseja a obrigação de indenizar, independentemente do fator culpa.

Além disso, há de se ter em mente que a teoria do risco administrativo permite,


excepcionalmente, que, o Estado afaste a sua responsabilidade nos casos de
exclusão do nexo causal, quando subsistirem situações de:

• CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR: uma parcela da doutrina estabelece que,

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Teoria do risco integral

existem algumas diferenças entre caso fortuito e força maior, mas, eles podem
ser resumidos basicamente como eventos imprevisíveis e inevitáveis, que geram
consequências no mundo jurídico, lesando a esfera jurídica de terceiros. Assim,
quando falamos sobre a responsabilidade estatal, como não existe o nexo de
causalidade nesta situação, afasta-se o dever de indenizar, por isso o caso
fortuito e a força maior, são excludentes de responsabilidade.

• CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA: no mesmo sentido, a culpa exclusiva da vítima


é considerada uma excludente de responsabilidade, pois, o Estado não tem o
dever de indenizar uma situação que não deu causa. Quando a vítima é a única
responsável pelo fato, o nexo causal entre o estado e o dano é rompido.

• FATO DE TERCEIRO: por fim, no caso do fato de terceiro, nem o Estado e,


tampouco a vítima, concorrem para o resultado danoso, mas sim um terceiro,
alheio a situação, fato que afasta a responsabilidade estatal.

No entanto, não se aplica, o fato de terceiro no caso de custódia de BENS e


PESSOAS, uma vez que é obrigação do Estado manter sua segurança. Além disso, a
culpa CONCORRENTE não exclui a responsabilidade estatal, apenas a atenua.

Ex.1: no caso das penitenciárias, se algum detento vier a óbito em razão de uma briga
generalizada, mesmo que o Estado não tenha concorrido diretamente para o resultado,
deverá responder pela situação.

Ex.2: o Estado também deverá responder se um veículo apreendido, desaparecer do pátio


da Polícia Federal.

4 Teoria do risco integral


A TEORIA DO RISCO INTEGRAL parte da premissa de que o Estado deve indenizar
em qualquer caso de dano sofrido pelo particular. Portanto, independentemente do
nexo causal, estaria o Estado obrigado a ressarcir o dano sofrido pelo particular,
mesmo que essa lesão sofrida tenha decorrido de fato exclusivo da vítima, caso

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Teoria do risco integral

fortuito, força maior ou fato exclusivo de terceiro.

O estado nesses casos atua como garantidor universal. Essa teoria, no entanto, como
regra, não é aplicada no Brasil.

MUITA ATENÇÃO: APLICA-SE A TEORIA DO RISCO INTEGRAL:

Nas hipóteses de danos ambientais (Info 538 - STJ), de danos causados por acidentes
nucleares (art. 21, XXIII, d, CF/88) e de danos decorrentes de atos terroristas, atos de
guerra ou eventos correlatos, contra aeronaves de empresas aéreas brasileiras (Lei
10.309/01 e 10.744/03).

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Questões de Sala

5 Questões de Sala
Meus caros alunos, ANTES DE ENCERRAR, vamos RESOLVER as questões da sala de
aula? Vamos lá??

Questão 01 No tocante aos poderes administrativos e à responsabilidade civil do


Estado, julgue o próximo item.

A responsabilidade civil do Estado por ato comissivo é subjetiva e baseada na teoria


do risco administrativo, devendo o particular, que foi a vítima, comprovar a culpa ou
o dolo do agente público.

( ) Certo

( ) Errado

Questão 02 Em recente decisão, o STF entendeu que, quando o poder público


comprovar causa impeditiva da sua atuação protetiva e não for possível ao Estado agir
para evitar a morte de detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em
liberdade),

A haverá responsabilidade civil do Estado, aplicando-se à situação a responsabilidade


subjetiva por haver omissão estatal.

B haverá responsabilidade civil do Estado, aplicando-se ao caso a responsabilidade


objetiva por haver omissão estatal.

C não haverá responsabilidade civil do Estado, pois o nexo causal da sua omissão com
o resultado danoso terá sido rompido.

D haverá responsabilidade civil do Estado, aplicando-se ao caso a teoria do risco


integral.

Gabarito:

01 E 02 C

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Questões de Sala

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