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III - os Municípios;
(CC, art. 42) – “São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados
estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional
público”.
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“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
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“As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes
que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do
dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo”.
- Esses dispositivos tratam da responsabilidade do Estado, ou seja, quando os
agentes públicos causam danos a terceiros ou então os agentes no serviço
público.
a) Que o ato lesivo seja praticado por pessoa jurídica de direito público;
b) Que o ato lesivo seja praticado por pessoa jurídica de direito privado
prestadora de serviços públicos;
b) Dano a terceiro;
Obs.: lembra-nos Caio Mário, em sua obra Instituições de Direito Civil, que o
registro da pessoa jurídica, por ser constitutivo, tem efeitos ex nunc. Portanto
entes sem registro são considerados despersonificados, o que implica
responsabilidade pessoal dos seus sócios ou administradores, nos termos dos
artigos 986 e seguintes do código civil.
a. Associações;
b. Sociedades;
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“Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo
no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo,
averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo”.
c. Fundações;
d. Organizações religiosas;
e. Partidos políticos;
> Pessoa jurídica pode sofrer dano moral? A posição que prevalece no sistema
jurídico brasileiro consolida em diversos julgados (REsp 752.672/RS) 5 e (AgRg
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“As associações, sociedades e fundações, constituídas na forma das leis anteriores, bem como os
empresários, deverão se adaptar às disposições deste Código até 11 de janeiro de 2007.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às organizações religiosas nem aos partidos
políticos”.
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“EMENTA: RECURSO ESPECIAL. DANO MORAL. PESSOA JURÍDICA. NECESSIDADE DE PUBLICIDADE E
REPERCUSSAO. PROTESTO INDEVIDO. CAUTELAR DE SUSTAÇAO QUE IMPEDIU O REGISTRO.
INEXISTÊNCIA DE PUBLICIDADE. 1. A pessoa jurídica não pode ser ofendida subjetivamente. O
chamado dano moral que se lhe pode afligir é a repercussão negativa sobre sua imagem. Em resumo:
é o abalo de seu bom-nome. 2. Não há dano moral a ser indenizado quando o protesto indevido é
evitado de forma eficaz, ainda que por força de medida judicial”.
no REsp 865.658/RJ)6 e na própria súmula 227 do STJ7 é no sentido de que a
pessoa jurídica pode sofrer dano moral nos termos inclusive do próprio art. 52
do CC8, a despeito de certa resistência doutrinária (enunciado 286 da 4ª jornada
de direito civil9).
- Somente os atos que forem exercidos nos limites dos constantes no ato
constitutivo obrigam a pessoa jurídica.
- O Código Civil brasileiro adotou a teoria ultra vires, ou seja, todos os atos que
os administradores exercerem além dos seus poderes previstos no ato
constitutivo não obrigarão a pessoa jurídica.
(CC, art. 1.015, parágrafo único) – “O excesso por parte dos administradores
somente pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes
hipóteses:
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“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. AÇAO INDENIZATÓRIA. DANO MORAL. PESSOA JURÍDICA.
POSSIBILIDADE. SÚMULASTJ/227. DECISAO AGRAVADA MANTIDA - IMPROVIMENTO. I. O enunciado 227
da Súmula desta Corte encerrou a controvérsia a fim de reconhecer a possibilidade de a pessoa jurídica
sofrer dano moral. II. O agravo não trouxe nenhum argumento novo capaz de modificar a conclusão
alvitrada, a qual se mantém por seus próprios fundamentos. Agravo Regimental improvido”.
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“A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”.
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“Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade”.
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“Os direitos da personalidade são direitos inerentes e essenciais à pessoa humana, decorrentes de sua
dignidade, não sendo as pessoas jurídicas titulares de tais direitos”.
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“No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da
sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a
maioria dos sócios decidir”.
II - provando-se que era conhecida do terceiro;
Associações
Obs.: prevalece ainda no Brasil a tese segundo a qual o art. 57, por cuidar de
associações, não deve ser aplicado para expulsão de condômino antissocial,
para o qual é prevista sanção, específica no parágrafo único do art. 1.337 do
código civil14. Nesse sentido inclusive já decidiu o TJ de SP julgando a apelação
cível 668.403.4/6.
Fundações
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“Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens
especiais”.
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“A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento
que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto”.
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“Verificando-se que a sanção pecuniária mostrou-se ineficaz, a garantia fundamental da função social
da propriedade (arts. 5º, XXIII, da CRFB e 1.228, § 1º, do CC) e a vedação ao abuso do direito (arts. 187 e
1.228, § 2º, do CC) justificam a exclusão do condômino antissocial, desde que a ulterior assembleia
prevista na parte final do parágrafo único do art. 1.337 do Código Civil delibere a propositura de ação
judicial com esse fim, asseguradas todas as garantias inerentes ao devido processo legal.”
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“O condômino ou possuidor que, por seu reiterado comportamento antissocial, gerar incompatibilidade
de convivência com os demais condôminos ou possuidores, poderá ser constrangido a pagar multa
correspondente ao décuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, até ulterior
deliberação da assembleia”.
2. A instituição deverá ser feita por escritura pública ou testamento;
> O estatuto de uma fundação pode ser modificado? Nos termos do artigo 67 e
68 do código vil, admite-se a alteração do estatuto da fundação.
Sociedades
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“A expressão ‘por mais de um Estado’, contida no § 2° do art. 66, não exclui o Distrito Federal e os
Territórios. A atribuição de velar pelas fundações, prevista no art. 66 e seus parágrafos, ao MP local – isto
é, dos Estados, DF e Territórios onde situadas – não exclui a necessidade de fiscalização de tais pessoas
jurídicas pelo MPF, quando se tratar de fundações instituídas ou mantidas pela União, autarquia ou
empresa pública federal, ou que destas recebam verbas, nos termos da Constituição, da LC n. 75/93 e da
Lei de Improbidade”.
> É lícita a sociedade formada entre os cônjuges? O art. 977 do CC 16 admite a
sociedade formada entre os cônjuges, desde que não sejam casados nos
regimes de comunhão universal ou separação obrigatória de bens.
> Para ser considerada empresária, deverão ser observados dois requisitos:
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“Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado
no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória”.
comercial por conta da norma especial (enunciado 69 da 1ª jornada de direito
civil). Mas a matéria ainda não é pacificada.
(CC, art. 50) – “Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo
desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no
processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa
jurídica”.
b) Confusão patrimonial.
(CC, art. 51, caput) – “Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a
autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação,
até que esta se conclua”. A extinção da pessoa jurídica não se dá de maneira
automática. A partir do momento da sua dissolução, ficará existindo a fim de que
possa ser feita a sua liquidação.
(CC, art. 51, § 1°) – “Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita,
a averbação de sua dissolução”.
(CC, art. 51, § 2°) – “As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-
se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado”. As regras da
dissolução das sociedades são as mesmas regras para as demais pessoas
jurídicas – no que couber; por exemplo, para uma EIRELI, para uma associação
etc.