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RESUMOS DIREITO

-Principal Legislação: -Código Civil


-Constituição da República

-A Assembleia da República é o maior órgão legislativo do Estado.

Órgãos de Soberania: -Presidente da República;


-Assembleia da República (parlamento);
-Governo;
-Tribunais.

NOÇÕES BÁSICAS DE DIREITO:

-Direito Objetivo: Conjunto de normas que determinam como atuar na


sociedade. ---------------> Conhecido popularmente como as Leis.

-Direito subjetivo (direitos do sujeito): Permissão normativa de


aproveitamento de um bem.
EX: Direito à liberdade;
Direito à privacidade;
Direito à greve.

-O direito subjetivo é referente aos direitos pessoais de cada sujeito, de cada


indivíduo.
-O direito subjetivo depende do Direito Objetivo. Pois é o Direito Objetivo que
determina (através das chamadas Leis) a existência dos direitos subjetivos.
EX: Temos um terreno agrícola (direito subjetivo), porém temos que seguir
regras e normas agrícolas e ambientais definidas pelo Estado (Direito Objetivo).

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À parte: Portugal está sujeito a leis e normas de Direito Objetivo que não foram
feitas nem decretadas pelo Estado Português. EX: Leis e normas da União
Europeia; Carta Universal dos Direitos Humanos.
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Contraposições ao Direito ou Ordem Social Normativa: -Moral;


-Religiosa;
-Entre outras.
-Estas contraposições ao Direito ou Ordens Sociais Normativas diferenciam-se do
Direito pois o Direito é dotado de Coercibilidade. ------------------------------>
Coercibilidade é a capacidade de aplicação de Sanções (por parte do Estado).
Desta forma, sanções dentro de uma ordem religiosa, por exemplo, não são
classificadas como coercibilidade, visto não ser aplicado por entidades estatais.

RESPONSABILIDADES POR VIOLAÇÃO DE NORMAS JURÍDICAS:

-Civil: Sempre que ocorre um dano, seja ele material ou não (não tem
obrigatoriedade de avançar até tribunal).
EX: Danificação de um aparelho escolar.

-Criminal/Penal: Afere aos casos mais graves, que, por necessidade de manter a
ordem social e pública, o Estado aplica uma condenação mais “pesada”,
caracterizada pela privação da Liberdade e privacidade.
EX: Ser preso por um assalto à mão armada.

-Contraordenacional: Consiste em condenações onde existe a aplicação de uma


coima, financeira ou não.
EX: Inibição de conduzir;
Multa de excesso de velocidade;
Fecho de um restaurante.

-Disciplinar: Tem lugar dentro de uma organização.


Ex: Uma professora da AM quebra as regras de conduta e abusa do seu
poder.

-Certas responsabilidades podem sobrepor-se. EX: Num caso de agressão, o


agressor é condenado através da responsabilidade civil, pelos danos psicológicos e
materiais que causou, mas também pela responsabilidade criminal, visto ter
cometido um crime.

FINALIDADES DO DIREITO: 1 -Justiça:


-A justiça pode ser vista sobre a perspetiva da igualdade material, esta igualdade
material procura tratar o igual de forma igual e o desigual de forma desigual, na
medida da sua desigualdade. -------------> Aproximação à equidade.
2 -Segurança:
-Garantia de previsibilidade: O estado deve garantir a segurança, não só nas forças
armadas e polícia, mas também na garantia da satisfação das necessidades
existentes do povo, seja ajudar num processo criminal, ajuda financeira em caso de
doença, etc.

SUJEITOS DE DIREITO:
-Criado pelo homem;
-Dirige-se à aplicação no homem.

-Pessoas Singulares (art.66 do cód.civil): Sujeitos, indivíduos, pessoas.

-Pessoas coletivas (art.157 do cód.civil): Entidade fictícia representante de um grupo


de pessoas, para o exercício de uma atividade comum.
-As pessoas coletivas têm certidão permanente: documento no qual estão as
informações básicas e essenciais dessa pessoa coletiva, por exemplo, uma
sociedade comercial.
EX: Sociedades comerciais; sociedades civis; associações; fundações;
cooperativas.

-Personalidade Jurídica (art.66 CC): Existe personalidade jurídica SEMPRE que o


cidadão nasce (não importa a sua condição). Logo, animais não têm personalidade
jurídica, pois não são pessoas. Uma pessoa em estado vegetativo tem
personalidade jurídica.

Direito de regresso: Quando o Estado paga uma indemnização a alguém e depois


faz aquele que praticou o crime “devolver” o dinheiro ao estado.
EX: Caso da morte de Igor na mão do SEF.O estado pagou uma
indemnização, mas se quiser pode pedir o valor dessa indemnização aos agentes
responsáveis pela morte de Igor.
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Como antes dito, um ser humano tem personalidade jurídica assim que nasce.
Logo, um feto não tem personalidade jurídica.

1-As pessoas singulares estão sujeitas ao princípio da liberdade (art. 67 CC).


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O princípio da liberdade diz que tudo aquilo que não é proibido é permitido.

2- A pessoas coletivas estão sujeitas ao princípio da competência ou


especialidade (art. 160 CC), ou seja, apenas podem atuar dentro da sua área. Por
exemplo, um cabeleireiro não pode fazer outra atividade dentro do seu
estabelecimento sem ser cortar cabelo.
Existem vários motivos para a criação das pessoas coletivas, por exemplo: -
Facilitamento de questões burocráticas.
-Diminuição de impostos, como por exemplo a diminuição do IRC.
-Garantia de maior proteção dos bens dos individuais, em caso de divida.
As sociedades comerciais limitadas em caso de divida, os singulares não são
responsáveis pelas dividas. Ou seja, se essa sociedade comercial contrair uma
divida, a divida é única e exclusivamente da pessoa coletiva, sendo que as pessoas
singulares responsáveis pela pessoa coletiva não são responsabilizadas, desta
forma, protegem os seus bens pessoais.
ff
A aprovação da atual CRP deu-se em 1976.
O CC foi aprovado a 25 novembro de 1966.

Capacidade Jurídica: medida dos direitos/obrigações de que uma pessoa é sujeita.


-Ou seja, todos até aos 18 anos têm a sua capacidade jurídica limitada. A partir dos
18 anos a pessoa singular já tem a sua capacidade singular plena.
-Pessoas com doenças neurológicas graves, ou por exemplo, pessoas em estado
vegetativo, mesmo se tiverem mais de 18 anos, têm a sua capacidade jurídica
limitada.
- Maiores acompanhados: São pessoas que apesar de terem mais de 18 anos têm
debilidades mentais/características especiais (por exemplo. Alcoólatras), e
necessitam desta forma de um representante/ responsável.

Quando há uma utilização abusiva da personalidade jurídica, o tribunal pode aplicar


a desconsideração da personalidade jurídica, em que desconsidera a
personalidade jurídica das sociedades.

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A desconsideração da personalidade jurídica apenas pode ser aplicada a
pessoas coletivas.
Atenção: Nas sociedades anónimas e por quotas as pessoas singulares não são
responsabilizadas pelas dividas contraídas por parte da pessoa coletiva que lhes diz
respeito (como nas sociedades limitadas):

1- Sociedades: Dedica-se ao exercício numa determinada atividade, com fins


lucrativos.
2- Associação: Sem fins lucrativos, porém se tiver, o mesmo é distribuído pelos
integrantes da associação.
EX: Associação de caça.
3- Fundação: Objetivo principal de gerir um património.
EX: Fundação Amália Rodrigues
Fundação Gulbenkian
4- Cooperativa: Caracterizam-se por serem pessoas coletivas destinadas à
entreajuda dos seus membros.
-Juntam-se e ajudam-se uns aos outros, entreajuda maioritariamente
material. “A união faz a força”.

FONTES DE DIREITO

As fontes do direito são os modos de formação e revelação do Direito.

-Os 2 principais sistemas jurídicos são:


-Direito Anglo-Saxónico: As duas principais fontes de direito dos países integrantes
são a Jurisprudência e costume.

-Direito Romano-Germânico: As duas principais fontes de direito dos países


integrantes são primeiramente a lei, seguido dos costumes

Fontes de Direito existentes:

Fontes Imediatas: São fontes nas quais as normas jurídicas vinculam-nos


diretamente, sem ser necessário a intervenção de outra fonte de direito.

1- Costume: Prática social reiterada acompanhada de convicção da sua


obrigatoriedade.
EX: Sempre se disse numa aldeia que só se vai buscar água num determinado
horário, apesar de essa “regra” não estar previste no Direito, o povo considera-
o como algo inquestionável.
2-
-Associado aos costumes temos o conceito de Direito Internacional, baseado
nos costumes do espaço em questão, gerado por práticas do Estado em
questão.
Consuetudinário: Aquilo que tem a ver com os costumes, aquilo que é costumeiro.

2-Lei

Fontes Mediatas: Produz normas jurídicas que nos vinculam se a lei assim o ditar.

3- Usos: prática social reiterada, porém sem o sentido de obrigatoriedade que existe
nos costumes.

4-Jurisprudência: Orientações resultantes das decisões dos tribunais.


ATENÇÃO: A fonte de direito Jurisprudência pode se tornar uma fonte de direito
Imediata no caso de se verificar uma declaração com força obrigatória geral, através
da regra do precedente, que se baseia na obrigatoriedade por parte do tribunais de
observarem o mesmo sentido de opinião que foi afirmado nos tribunais
anteriores( quando os casos são bastantes parecidos, ou até mesmo idênticos, com
factos e características idênticas.

5-Doutrina: Conjunto de opiniões dos especialistas em Direito.


Vários níveis de Direito Aplicável:

-Direito Internacional
-Direito regional (Direito da U.E)
-Direito Nacional
-Outros possíveis níveis: Direito estadual (dentro dos estados federais dos países
em questão)

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C.R.P

Leis ordinárias ou
infraconstitucionais
Os 3 elementos do estado: -Comunidade(povo);
-Território;
-Poder político.

-Leis que violam a C.R.P são consideradas Leis Inconstitucionais.


-Leis que violam as leis acima de si (na hierarquia) são consideradas Leis Ilegais.

Soberania: Consiste no poder de um estado tomar decisões, de as converter em


legislação e de a fazer aplicar no seu território.
-Segundo Jean Bodin: “Soberania consiste no poder absoluto e perpétuo de uma
república”.
-Soberania no campo interno significa supremacia.
-Soberania no campo externo corresponde a igualdade (na prática muitas vezes
isto não se verifica). Ou seja, não há supremacias de soberania entre os diferentes
estados.

Fases/ Períodos os Estado Moderno ou Europeu:

-Estado Estamental ou estado corporativo.

Estado Absoluto: - Doutrina do direito divino.


-Despotismo esclarecido ou estado de polícia.

-Estado constitucional, representativo ou de Direito. (Mais importante !!!)

Sobre o Estado constitucional, representativo ou de Direito:

1.Constitucional: Pois contém uma C.R.P: Lei que contém as regras essenciais de
organização e funcionamento de um Estado e que salvaguarda a proteção dos seus
cidadãos, nomeadamente pela previsão dos direitos fundamentais.

2.Representativo: Poder político exercido por pessoas elegidas democraticamente


pelo povo.

3.De Direito: Estado que se subordina ao direito que ele próprio cria.

Inicio do Estado constitucional, representativo ou de Direito:

-Revolução Francesa (1789-1799).


-Revolução Industrial (1760-1820/1840)
Constituição EUA (1787)
Diretivas da UE: Não se aplicam diretamente ao cidadão europeus, mas sim aos
órgãos legislativos dos países membros, obrigando-os a aprovar internamente leis
idênticas a estas mesmas diretivas.

Breve História do Direito:

Estado: “Stato”, em italiano, do latim Status, significa ordem, estado, estatuto, estar,
firme.

Contribuição dos Romanos: Os romanos pegaram nos métodos gregos de


metodologia de trabalho e criaram a ciência do Direito, surgindo assim as primeiras
profissões na área do Direito.
-Desta forma, o Direito começou a ser analisado e estudado, e consequentemente
desenvolvido e “melhorado”.
-Os Romanos foram também responsáveis por distinguir o Direito público e o Direito
privado.

Estado moderno ou europeu:

Nacional: Porque tende a corresponder a uma nação.

Soberano: Porque refere-se de um poder supremo.


Secular/Laico: A comunidade política deixa de ter a religião por sua base e o poder
político deixa de prosseguir fins religiosos.
-Separação entre a religião e o estado.
-Poder político vs poder religioso.

Princípio da separação de poderes: A razão da separação de poderes de


Montesquieu baseia-se no objetivo de evitar o abuso de poderes por apenas uma
entidade, dando origem a regimes totalitário/absolutos.

Político:
-Governativo: “Cabeça pensante” que dá início ao direito que vai ser
abordado, que dá rumo ao direito.
-Legislativo: Cria o direito abordado durante o poder governativo e aprova-o a ele
mesmo e á forma como será alcançado o seu objetivo.

Executivo/Administrativo: Faz cumprir e garante o cumprimento do Direito.

Judicial(tribunais): Tem a função de fazer a justiça, aplicando o Direito vigente.

Diferenças entre o estado Liberal e o Estado Social de Direito:

-No estado Liberal o estado tem a mínima influência possível no país, no mercado,
seja onde for, os mercados regulam- se por sim mesmos, todas as instituições são
privadas, a economia é livre e funciona sem nenhuma influência por parte do
estado.

-No estado social de direito (introduzido depois da segunda grande guerra) o estado
é democrático e intervencionista, social. Tem o dever de garantir as necessidades e
condições básicas de vida para toda a população a todos os níveis, seja a nível
educacional, a nível da saúde, etc. O estado intervém em várias áreas do país, de
formas a regular e equilibrar estas mesmas áreas.

-
Estado Providência

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