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GERAL
1.1 Conceito
Todo ser humano, assim, recebe a denominação de pessoa - natural ou física - para
ser denominada como sujeito do direito, ente único, do qual e para o qual
decorrem normas.
Concepturo é aquele ser que ainda não foi concebido, mas que, potencialmente,
pode vir a ser;
As pessoas jurídicas não são “reais”, mas com o fim de facilitar a vida em
sociedade concede-se a capacidade para uma entidade puramente legal
subsistir e desenvolver-se no mundo jurídico. Sua realidade, dessa forma, é
social, concedendo-lhe direitos e obrigações.
Classificação das Pessoas Jurídicas
➢ Desvio de finalidade;
ou
➢ Confusão patrimonial.
O artigo 50 do Código Civil prevê que “Em caso de abuso da personalidade
jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial,
pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando
lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas
relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos
administradores ou sócios da pessoa jurídica.”
Personalidade jurídica é a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair obrigações, ou, em
outras palavras, é o atributo para ser sujeito de direito.
Adquirida a personalidade, o ente passa a atuar, na qualidade de sujeito de direito (pessoa natural
ou
jurídica), praticando atos e negócios jurídicos dos mais diferentes matizes.
No que tange à pessoa natural ou física, objeto deste Capítulo, o Código Civil de 2002, substituindo
a
expressão “homem” por “pessoa”, em evidente atualização para uma linguagem politicamente
correta e
compatível com a nova ordem constitucional, dispõe, em seu art. 1º, que: “Toda pessoa é capaz
de
direitos e deveres na ordem civil”.
Essa disposição, como já se infere, permite a ilação de que a personalidade é atributo de toda e
qualquer pessoa, seja natural ou jurídica, uma vez que a própria norma civil não faz tal distinção de
acepções.
Legislação
(…)
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito
privado.
I – a União;
III – os Municípios;
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis
por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros,
ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte
destes, culpa ou dolo.
I – as associações;
II – as sociedades;
III – as fundações.
IV – as organizações religiosas;
V – os partidos políticos.
Por regra, pelo que consta do art. 70, do CC o domicílio é o lugar onde a
pessoa estabelece a sua residência com ânimo definitivo.
Ocasionalmente, a pessoa pode possuir dois ou mais locais de residência
onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas
(art. 71, do CC).
O local em que a pessoa exerce a sua profissão também deve ser levado
em conta para ser definido o local do domicílio da pessoa (Art. 72, CC).
Art. 70, CC. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a
sua residência com ânimo definitivo.
Art. 71, CC. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde,
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
Domicílio: Lugar onde a pessoa pode ser encontrada para efeitos jurídicos.
Domicílio Voluntário
É aquele que decorre da vontade da pessoa.
A) Geral ou comum:
Se aplica aos efeitos jurídicos em geral.
B) Especial:
Para alguns fatos ou atos jurídicos.
Art. 76, CC. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o
preso.
Obs.: Cuidado para não confundir o domicílio profissional (atr. 72, CC) com o domicílio de
servidor público. O lugar da profissão é considerado seu domicilio para atos profissionais. Para
Domicílio da Pessoa Jurídica
A Pessoa Jurídica, por ser sujeito de direitos e deveres na ordem civil, uma vez que ostenta
personalidade, também possui domicílio. Neste caso, a sua averiguação obedece critério objetivo.
Normalmente, o domicílio da pessoa jurídica afere-se pela análise do seu ato constitutivo, pois neste
documento, está determinado a sua sede – seu domicílio.
IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações,
ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será
considerado domicílio para os atos nele praticados.
A rigor, a pessoa jurídica de direito privado não tem residência, mas sede ou
estabelecimento, que se prende a um determinado lugar. Trata-se de
domicílio especial, que pode ser livremente escolhido “no seu estatuto ou
atos constitutivos”. Não o sendo, o seu domicílio será “o lugar onde
funcionarem as respectivas diretorias e administrações ” (CC, art. 75, IV). Este
será o local de suas atividades habituais, onde os credores poderão
demandar o cumprimento das obrigações.
DOS BENS:
Corpóreos X Incorpóreos
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente.
Em contrassenso ao bem imóvel, os bens móveis são aqueles que podem ser
transportados sem que haja alteração substancial.
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por
força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Assim como os imóveis, existem bens móveis por mera definição legal.
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros
da mesma espécie, qualidade e quantidade.
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua
substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se
destinam.
Divisíveis: podem ser fracionados sem prejuízos Ex: Jogo de caneta, pois
cada caneta continuaria com seu valor inalterado.
Indivisíveis: Não podem ser fracionados
Por natureza: Ex: Diamante
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si,
independentemente dos demais.
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes
à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
➢ Singulares: embora possam ser reunidos, são considerados de forma individual. Ex:
Livro
➢ Coletivos: pluralidade de bens que formam um todo.
➢ Universalidade de Fato: pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma
pessoa, tenham destinação unitária, ou seja, são ligados pela vontade humana. Ex:
biblioteca
Assim, temos o bem principal que existe por si e o bem acessório que
depende da existência do principal.
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente;
acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.
➢ Uso comum (Art. 99, I): Uso comum de todos, sem beneficiar um
grupo em específico. Ex: mar, ruas e praças e etc.
➢ Uso especial (Art. 99, II): Bens destinados à necessidade pública. Ex:
Edifícios ou terrenos destinados a serviço da administração pública;
O Código Civil nos diz que o negócio jurídico deve ser interpretado
conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração (Art. 113).
Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes,
produz efeitos em relação ao representado.
Aqui temos duas informações importantes:
Condição
Condição suspensiva: Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico (Art. 125) Ex. Darei
um carro a você, se você passar no concurso.
Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer
quanto àquelas novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com
ela forem incompatíveis. -> sob condição suspensiva é possível realizar novas disposições,
desde que compatíveis com a condição original.
Condição resolutiva: enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico (Art. 127)
Ex. Darei dinheiro pra você estudar, até você ser aprovado.
Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a
que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a
sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já
praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme
aos ditames de boa-fé. -> a condição resolutiva resolve (extingue) o direito, mas se deve
respeitar os atos já praticados nos negócios de execução continuada.
Tipos de termo:
Encargo
Diniz, Maria Helena, Curso de Direito Civil Brasileiro, 2002, Ed. Saraiva
FARIAS, Cristiano Chaves de. et. al. Código Civil para concursos:
doutrina, jurisprudência e questões de concursos – 5. ed. Salvador:
Juspodivm, 2017.
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/bens-no-codigo-civil-
classificacoes-dos-bens-resumo/