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DA PESSOA JURÍDICA
A pessoa jurídica não se confunde com seus membros, sendo essa regra inerente à
própria concepção da pessoa jurídica.
Essa teoria constitui uma somatória entre as outras duas teorias da existência da
pessoa jurídica:
Para a primeira teoria, as pessoas jurídicas são criadas por uma ficção legal, não se
pode esquecer que a pessoa jurídica tem identidade organizacional própria,
identidade essa que deve ser preservada (teoria da realidade orgânica).
Não se pode negar que a pessoa jurídica possui vários direitos, tais como alguns
relacionados com a personalidade (art. 52 do CC), com o direito das coisas (a pessoa
jurídica pode ser proprietária ou possuidora), direitos obrigacionais gerais (tendo a
liberdade plena de contratar como regra geral), direitos industriais quanto às marcas e
aos nomes (art. 5.º, inc. XXIX, da CF/1988), e mesmo direitos sucessórios (a pessoa
jurídica pode adquirir bens mortis causa, por sucessão testamentária).
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O dano moral da pessoa jurídica atinge a sua honra objetiva (reputação social), mas
nunca a sua honra subjetiva, eis que a pessoa jurídica não tem autoestima.
Tal regra pode ser afastada, nos casos de desvio de finalidade ou abuso da
personalidade jurídica, situações em que se aplica o art. 50 do CC, que trata da
desconsideração da personalidade jurídica.
*** art. 49-A Código Civil pela Lei 13.874/2019 (Lei da Liberdade Econômica),
“Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados,
instituidores ou administradores.
a) Quanto à nacionalidade
22.12.2003.)
VI – as empresas individuais de responsabilidade limitada (Incluído pela Lei 12.441,
de 11.07.2011.)
1.º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o
funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-
lhes reconhecimento ou registro dos atos
constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
2.º As disposições concernentes às associações aplicam-se
subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste
Código.
3.º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei
específica.
Não se confunde com a dos entes ou grupos despersonalizados. Esses são meros
conjuntos de pessoas e de bens que não
possuem personalidade própria ou distinta, não constituindo pessoas jurídicas, a
saber:
Das associações
Conforme aponta Maria Helena Diniz, o termo fundação é originário do latim fundatio,
ação ou efeito de fundar, de criar, de fazer surgir.
As fundações, assim, são bens arrecadados e personificados, em atenção a um
determinado fim, que por uma ficção legal lhe dá unidade parcial.
Nos termos do art. 62 do CC/2002, as fundações são criadas a partir de escritura
pública ou testamento.
Para a sua criação, pressupõem-se a existência dos seguintes elementos:
a) afetação de bens livres;
b) especificação dos fins;
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Como é notório, as fundações devem ter fins nobres, distantes dos fins de lucro
próprios das sociedades.
O art. 64 do Código Civil “constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o
instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens
dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial”.
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Esse mandado judicial deve ser postulado pelo Ministério Público, a quem incumbe
zelar pelas fundações.
Pelo seu interesse social, há necessidade de os administradores prestarem contas ao
Ministério Público.
Nas fundações não existem sócios propriamente ditos, pois o conjunto é de bens e
não de pessoas.
Das sociedades
Foi exposto que a finalidade lucrativa é o que distingue uma associação de uma
sociedade, constituindo ambas as espécies de corporação (conjunto de pessoas).
Nesse sentido, as sociedades se dividem em:
A pessoa jurídica, assim como a pessoa natural, também tem domicílio, que é a sua
sede jurídica, local em que responderá pelos direitos e deveres assumidos.
Pela regra legal, a União deverá promover as ações na capital do Estado ou Território
em que tiver domicílio a outra parte e será demandada, à escolha do autor, no Distrito
Federal, na capital do Estado em que ocorreu o ato que deu origem à demanda, ou em
que se situe o bem envolvido com a lide.