Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Para Maria Helena Diniz são seus requisitos: organização de pessoas e bens,
liceidade de propósitos ou fins e, capacidade reconhecida por norma.
NATUREZA JURÍDICA :
1
ou dos juristas. Não foi admitida pelo direito tendo em vista ser o Estado uma
pessoa jurídica de direito público (considera ficção o que é uma configuração
técnica, que possui realidade jurídica).
2
O CC, art. 45, estabelece que o começo da existência legal da pessoa jurídica
ocorre com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro – teoria da
realidade técnica - porque a lei assim o diz. É a que melhor explica o fenômeno
pelo qual um grupo de pessoas, com objetivos comuns, pode ter personalidade
própria, que não se confunde com a de cada um de seus membros e, portanto,
a que melhor segurança oferece.
CAPACIDADE
A pessoa natural fala por si; já a pessoa jurídica como é ideal, moral em um
mecanismo de manifestação da vontade; fala por intermédio de seus
representantes, ou seja, quem seus próprios estatutos indiquem como órgão
técnico de representação.
3
REQUISITOS PARA CONSTITUIÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
4
Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, apenas poderão provar a
existência da sociedade por escrito, mas aos terceiros será permitida a
utilização de qualquer meio de prova ( CC, art. 987).
GRUPOS DESPERSONALIZADOS
São eles:
1- A família- Cada componente da família, por não haver representação
processual, responde por suas dívidas e por seus atos ou por meio de
representante legal, se incapaz.
2- A massa falida – é uma instituição, criada por lei, para exercer os direitos do
falido e para agir contra ele.
3- As heranças jacente e vacante
4- O espólio - é o conjunto de direitos e obrigações do de cujus, ou seja, uma
simples massa patrimonial deixada pelo autor da herança, podendo
compreender bens imóveis, moveis e semoventes, dinheiro, joias, títulos da
dívida pública, direitos e ações.
5- As associações e sociedades sem personalidade jurídica ( sociedade de
fato ou irregular
6- O condomínio – propriedade comum ou compropriedade de qualquer bem.
6
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros
e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público (art. 42)
Art. 44. Do CC
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de
22.12.2003)
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído
pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o
funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público
negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao
seu funcionamento. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se
subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial
deste Código. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o
disposto em lei específica. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
7
AS ASSOCIAÇÕES
1- Fins ilícitos
2- Societas criminis
8
2- Associações de assistência social
5- Associações estudantis
6- Associações culturais
8- Associações desportivas
Criação da Associação:
9
10- Manutenção de quota social à finalidade associativa
AS SOCIEDADES
AS FUNDAÇOES
10
As fundações constituem um acervo de bens que recebe personalidade jurídica
para a realização de fins determinados, de interesse público, de modo
permanente e estável (art. 62, do CC) . As fundações podem ser públicas ou
particular. (FGV, PUCSP, UNIVEM, UNIFEB, FUNDAÇÃO AYRTON SENNA,
FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO, entre outras ).
11
3- Aprovação do Estatuto ( participação do MP que é encarregado de zelar
pelas fundações )
4- Do registro que se faz no Registro Civil das Pessoas Jurídicas ( CC, art.
1150; LRP, art. 114, I)
ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
PARTIDOS POLÍTICOS
Quanto aos partidos políticos, têm eles natureza própria. Seus fins são
políticos, não se caracterizando pelo fim econômico ou não. Não podem ser
associações ou sociedades, nem fundações, porque não tem fim cultural,
assistencial, moral ou religioso.
12
RESPONSABILIDADE DAS PESSOAS JURÍDICAS
13
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
[...]
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
Embora alguns autores entendessem que a ação só pode ser movida contra a
Pessoa Jurídica e não contra o funcionário, o STF já decidiu que as ações
fundadas na responsabilidade objetiva só podem ser ajuizadas contra a Pessoa
Jurídica, mas se o autor se dispõe a provar a culpa ou dolo do servidor, poderá
movê-la diretamente contra este. Agora se preferir mover contra ambos terá
que arcar com o ônus de descrever a modalidade de culpa do servidor e provar
a sua existência.
14
“ O Superior Tribunal de Justiça tem proclamado se possível, por expressa
disposição legal e constitucional, a denunciação da lide ao funcionário, mesmo
que o Estado, na contestação, alegue culpa exclusiva da vítima, sendo defeso
ao juiz condicioná-la à confissão de culpa do denunciante”.
15
Erro Judiciário:
Art. 5º LXXV da CF/88: o Estado indenizará o condenado por erro judiciário,
assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
16
h) Por ato governamental – que lhe casse a autorização de
funcionamento, por motivos de desobediência a ordem pública, por erem
inconveniente ao interesse geral, pela ilicitude, entre outros motivos.
Origem no direito anglo-saxão, como disregard of the legal entily como forma
de coibir abusos praticados em nome da pessoa jurídica.
Cabimento:
17
O Código Civil tratou desta matéria no art. 50 – abuso da personalidade jurídica
caracterizado pelo desvio de finalidade (desvio do objeto a que foi criada) ou
pela confusão patrimonial (sócios querem esconder que são seus através da
pessoa jurídica - atrás do biombo que separa a personalidade jurídica dele da
personalidade da Pessoa Jurídica. Cria-se dificuldade de saber de quem é o
bem).
18
desconsideração da personalidade jurídica previstos no aet. 50 ( Enunciados
146 da II Jornada de Direito Civil do CNJ).
19
CONSEQUÊNCIAS
20
aplicável não seja de cunho pecuniário ( suspensão temporária de
atividade).
DESCONSIDERAÇÃO INVERSA
21
O Código de Processo Civil, no art. 133, §§ 1º e 2º diz que o pedido pode ser
feito pela parte ou pelo MP, onde couber intervir. Em qualquer fase do
processo e provoca sua suspensão ( art. 134 e 134, § 4º do CPC).
22