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1. Pessoas Naturais -> são os indivíduos naturais que nascem com vida.
OBS: animais não têm personalidade jurídica; ostentam a condição de objetos de Direito e, por isso,
recebem proteção jurídica.
2. Pessoas Jurídicas -> são construções jurídicas que permitem destinar direitos e deveres a
um conjunto de patrimônio (pessoas jurídicas de direito privado) ou a um conjunto de
competências (pessoas jurídicas de direito público).
PESSOAS NATURAIS
Art. 1º e Art. 2º; Código Civil:
O art. 1º do Código Civil traz o conceito de capacidade de direito, o qual corresponde ao conceito
já apresentado de personalidade jurídica. Desse modo, o art. 1º do Código Civil prevê que toda pessoa
(natural e jurídica) é capaz de adquirir direitos e deveres.
OBS: A jurisprudência entende que o nascimento com vida é comprovado por meio de exames médicos
que atestam a atividade cardiorrespiratória extrauterina.
ATENÇÃO: O art.2º do Código Civil, embora adote a teoria Natalista para o início da personalidade
jurídica da pessoa natural, prevê que os direitos do nascituro (feto em gestação) serão preservados pela lei
(não adquire direito enquanto não nascer, embora haja a expectativa de que o terá). É importante registrar que
o Brasil não adota a teoria concepcionista acerca do início da personalidade jurídica da pessoa natural. O art.
2º do Código Civil apenas permite, desde a concepção, destinar direitos ao nascituro, os quais apenas serão
efetivamente adquiridos se ocorrer o nascimento com vida (isto é, se o nascituro torna-se pessoa natural).
Logo, o nascituro não é titular de direitos. Tem mera expectativa de receber direitos.
PESSOAS JURÍDICAS
I - a União;
III - os Municípios;
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
As pessoas jurídicas são criações do Direito por meio das quais é possível destinar direitos e deveres
a um conjunto de bens (pessoas jurídicas de direito privado) ou à um conjunto de competências
(pessoas jurídicas de direito público).
ATENÇÃO: O art. 49-A do Código Civil estabelece que a pessoa jurídica não se confunde com seus sócios,
associados, instituidores ou administradores.
O art. 45 do Código Civil estabelece a disciplina jurídica sobre o início da personalidade jurídica das
pessoas jurídicas de Direito Privado:
A pessoa jurídica de Direito Privado adquire personalidade jurídica por meio do registro
constitutivo no órgão competente (cartório).
Exceção: em hipóteses específicas, a lei poderá exigir autorização prévia do Poder Executivo para a
criação de pessoas jurídicas de Direito Privado. Ex.: no caso de fusão de duas ou mias pessoas empresas
para a criação de uma nova empresa, a lei pode exigir que antes, o CADE – Conselho Administrativo de
Defesa Econômica autorize essa operação. Este irá representar o Poder Executivo para efeitos de aplicação
do artigo 45 do Código Civil.
O art. 44 do Código Civil prevê um rol de pessoas jurídicas de Direito Privado. A saber:
i. Associações
ii. Sociedades;
iii. Fundações;
iv. Organizações religiosas;
v. Partidos políticos;
vi. Empresas individuais de responsabilidade limitada (ltda);
O art. 40 do Código Civil prevê que existem duas espécies de pessoas jurídicas de Direito Público:
As pessoas jurídicas de Direito Público interno ou nacional são criadas por meio de lei,
isto é adquirem a personalidade jurídica com o início da vigência da lei instituidora.
O art. 41 do Código Civil prevê um rol de pessoas jurídicas de Direito Público interno. São elas:
i. União;
ii. Estados, DF e Territórios;
iii. Municípios;
iv. Autarquias e Associações Públicas;
v. Demais entidades de caráter público criadas por lei
O art. 42 do Código Civil estabelece que são pessoas jurídicas de Direito Público externo as
seguintes:
i. Estados estrangeiros
ii. Demais sujeitos regidos pelo Direito Internacional Público (DIP)
OBS: Existe divergência entre os autores do Direito Internacional sobre a definição de todos os sujeitos do
DIP. Em razão desse fato, o art. 42 do Código Civil adotou uma orientação inteligente: o que o Direito
Internacional definir como sujeito de Direito Internacional Público, o Código Civil brasileiro aceita.
O art. 21, I, da CF/88 prevê expressamente que compete à União (pessoa jurídica de Direito Público
interno ou nacional) manter relações com Estados estrangeiros e participar de Organizações Internacionais
(pessoas jurídicas de Direito Público externo ou internacional).
LEITURAS:
Leituras Obrigatórias: Caderno de aula; Código Civil; Edital do CACD; e Questões anteriores sobre o tema da
aula (bancas do CESPE/CEBRASPE e IADES).
Leituras Complementares: Capítulo correspondente do livro: GONÇALVES, Carlos Roberto, Sinopses
Jurídicas, Direito Civil – Parte Geral, Ed. Saraiva.