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PESSOAS E BENS

Parte Geral

Pessoa Natural: Individualização, Início e Fim da Personalidade Jurídica.

● DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA NATURAL: Individualiza-se a Pessoa


Natural através: do nome; do estado; e do domicílio.
● Nome: É o sinal exterior pelo qual se designa a pessoa na sociedade. É
constituído pelo.
. Prenome– próprio da pessoa;
Sobrenome – que indica a filiação, família.
● Pode ser alterado nos termos da Lei 14.382/22, mediante procedimento extrajudicial.
● Anteriormente, a alteração era restrita a situações específicas. Ex. Exposição ao
ridículo; erro gráfico; causar embaraço profissional; etc. (Vide Lei 6.015/73, arts. 56 a
58).

Alterações quanto ao Nome na Lei 6.015/73


(Lei 14.382/22)
● “Art. 55. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e
o sobrenome, observado que ao prenome serão acrescidos os sobrenomes
dos genitores ou de seus ascendentes, em qualquer ordem e, [...]”
– Caso o prenome possa causar exposição ao ridículo pode ser recusada pelo titular do
registro, sendo cabível recurso ao juízo de Reg. Públicos (§ 1º)
– Inclusão dos sobrenomes dos genitores e ascendentes e orientação visando evitar a
homonímia (§§ 2º e 3º)
– Em 15 dias os genitores podem apresentar oposição e se houver consenso realizar
retificação administrativa. Caso contrário será submetida ao juízo de RP. (§ 4º)
● Art. 56. “A pessoa registrada poderá, após ter atingido a maioridade civil,
requerer pessoalmente e imotivadamente a alteração de seu prenome, independentemente
de decisão judicial [...].”
– Alteração imotivada apenas uma vez, reversão somente judicial. (§ 1º)
– Nome anterior e demais dados cadastrais (RG,CPF,etc) devem constar no registro e
certidões e será comunicado às autoridade e registros competentes. (§ 2 e3º)
– Se houver suspeita de fraude, má-fé, simulação, falsidade ou vício de vontade pode ser
recusada pelo Oficial do Reg. (§ 4º)
● Alteração de sobrenome mediante apresentação de documentos para:
Inclusão sobrenome familiar, alteração de filiação, inclusão ou exclusão de
cônjuge ou convivente (art. 57, I a IV e § 2ª e 3-A)

DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA NATURAL


● Estado: Corresponde a soma das qualificações da pessoa na sociedade.
● Pode ser: Individual – Idade; Sexo; Saúde Mental;
Familiar – Estado Civil; Relação de Parentesco;
Político – Estrangeiro; Nacional ou Naturalizado.
● Características:
– Indivisível;
– Imprescritível;
– Indisponível
Pessoa Natural - Domicílio
● CONCEITO:
O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo definitivo. (Art. 70 NCC)
Sede jurídica da Pessoa Natural onde, para efeitos de direito, presume-
se presente.

● Espécies:
– Profissional: É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações
concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.(Art.72)
– Legal ou necessário. Ex: Recém Nascido; Incapaz; Preso; Art. 76 CC.
– De eleição,Voluntário. Ex. Determinado em contrato (Art. 78 CC)

● Pluralidade de Domicílios
Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva,
considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.(Art.71)
O domicílio da Pessoa Natural pode sofrer alteração em razão de mudança, de
determinação legal ou de alteração contratual, de acordo com sua espécie.

DO INÍCIO DA PERSONALIDADE:
– Prevê o Art. 2º Novo Código Civil, que a personalidade jurídica, civil, tem início no instante
do nascimento com vida, ressalvados, porém, os direitos do nascituro desde o momento da
concepção.
– Nascimento com vida se verifica pela existência de ar nos pulmões.
– É de grande importância pois gera reflexos nas Sucessões.

Pessoa Natural - Extinção

● EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE NATURAL: (Art. 6º NCC)


– Com a morte real da pessoa natural, ou nos casos de morte presumida, quanto aos
ausentes, nos termos previstos nos arts. 6º, 2ª parte, e arts. 22 a 39 NCC, no que concerne
aos efeitos sucessórios. (sucessão provisória e posteriormente
definitiva)
– COMORIÊNCIA - Nos casos em que há falecimento na mesma ocasião e não é possível
verificar quem primeiro faleceu, o Art. 8º do Código Civil prevê que será presumida a morte
simultânea destes, fato que poderá influenciar na ordem sucessória caso exista
comunicação desta ordem.
– DA AUSÊNCIA: (Arts. 28 a 39 NCC)
Das Pessoas Jurídicas
(Art.40 a 69 NCC)
● CONCEITO:
“Pessoa Jurídica é a unidade de pessoas naturais ou de patrimônio, que visa a consecução
de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações.”
(MHD)
● Requisitos:
– Organização de pessoas ou bens;
– liceidade de propósitos ou fins;
– capacidade jurídica reconhecida por norma.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS

● Quanto à nacionalidade classificam-se em:


– Nacional – Organizada conforme a lei brasileira e tem no país a sede de sua
administração.
– Estrangeira – Tendo em vista a ordem jurídica que lhe conferiu personalidade jurídica.
● Quanto a estrutura interna classificam-se em:
– Universitas personarum – conjunto de pessoas Ex:
Associações; Sociedades (Simples ou Empresárias)
– Universitas bonorum – patrimônio personalizado.
Ex. Fundações.
● Quanto às funções e capacidade (art. 40 NCC):
– de Direito Público:
● Externo – Direito Internacional (art. 42 NCC). Ex: ONU; OEA.
● Interno (art. 41 NCC)
1) Adm. Direta: União, Estados, DF e Municípios.
2) Adm. Indireta. Ex: Autarquias; Fundações Públicas.
– de Direito Privado: (art. 44 NCC)
● Fundações Particulares; (art 62-69 NCC)
● Associações; (art 53-61 NCC)
● Sociedades Simples e Empresárias (Civis e Mercantis);
● Organizações Religiosas
● Partidos Políticos (art. 17 § 2º CF).
– Além destas enumeradas no art. 44 NCC, possuem também
natureza jurídica de direito Privado (par. único, art. 41):
● as Empresas Públicas: Ex. Companhia de Pesquisa de Recursos Naturais
● as Sociedades de Economia Mista: Ex. Copel.

DAS PESSOAS JURÍDICAS

● DO COMEÇO DA EXISTÊNCIA LEGAL DA PESSOA JURÍDICA:


- Início das PJ de Dto. Público: fatos históricos, criação constitucional, lei
especial e tratados internacionais;
● são todas organizadas por leis públicas que estabelecem todas as condições
de aquisição e exercício de direitos e a instituição de seus deveres.
- Início das PJ de Dto. Privado: (Art. 45 NCC)
Com a inscrição dos seus atos constitutivos, ou contratos, ou estatutos, etc. no registro
peculiar. (há a necessidade do preenchimento das formalidades ou exigências legais para
adquirir plena capacidade jurídica) Precedida, quando necessário, de autorização do Poder
Público.
(Apresenta diversas exceções no Novo Código Civil - Arts. 1.123 e sgts)
● Fases:
– a) Ato Constitutivo (escrito) – manifestação de vontade:
● Elemento Material
● Elemento Formal
– b) Registro Público (Art. 45, 46 e outros NCC)
DA CAPACIDADE DA PESSOA JURÍDICA:

As Pessoas Jurídicas tem capacidade para exercer todos os direitos compatíveis com a
natureza especial de sua personalidade.
– a) Direitos subjetivos – Direitos: patrimoniais ou reais, industriais, obrigacionais, à
sucessão e direitos da personalidade (Art. 52 NCC).
– b) Limitações:
● Em razão da natureza – Falta-lhe titularidade ao direito de família, parentesco e nem
pode praticar diretamente os atos da vida jurídica, necessitando de um
representante legal ;
● Decorrente de Lei – P J estrangeiras não podem receber concessão para exploração
de recursos minerais; não podem ser acionistas majoritárias de empresas
jornalísticas (Arts. 190, 176, §1º , e 222, CF).

DOMICÍLIO DAS PESSOAS JURÍDICAS


● Conceito:
“Sede Jurídica da Pessoa Jurídica, onde os credores podem demandar o cumprimento das
obrigações. É o local de suas atividades habituais, de seu governo, administração, ou
direção, ou ainda, o determinado no seu ato constitutivo.”
● Quanto à Pessoa Jurídica de Direito Público Interno, o seu domicílio será a sede de
seu governo, assim dos Estados serão as suas capitais, da União será o Distrito
Federal, porém poderá demandar e ser demandada em qualquer Capital de seus
Estados. Os Municípios será o do lugar de sua administração. Já as Autarquias, por
tratar-se de entes descentralizados, com origem em Lei, tem por domicílio o mesmo
da Pessoa Jurídica que o criou, e da qual, portanto, são um desmembramento.
(NCC art. 75, I, II, III).
● Quanto à Pessoa Jurídica de Direito Privado, o seu domicílio é o lugar onde
funciona sua diretoria e administração, ou onde o estatuto ou ato constitutivo assim
eleger. (art. 75, IV NCC).
– Ocorre, porém, quanto ao domicílio para responder judicialmente, pode também ser
considerado aquele onde a Pessoa Jurídica de Direito Privado possui estabelecimento,
agência, filial, representações, etc. Podendo portanto considerar-se a pluralidade de
domicílios desta, nos termos do § 1º do Art. 75 NCC.
– Podem ainda ser demandadas judicialmente no foro em que tiverem praticado o ato. Tal
possibilidade foi ainda mais alargada após o advento do Código de Defesa do Consumidor.

Desconsideração da Personalidade Jurídica

● Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios,


associados, instituidores ou administradores.
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento
lícito de alocação e segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de
estimular empreendimentos, para a geração de empregos, tributo, renda e inovação
em benefício de todos.
● Teoria da Desconsideração da Pessoa Jurídica, ou para a Doutrina estrangeira
Disregard of the Legal Entity, ou Disregard Doctrine.
– Tal teoria permite que o juiz desconsidere os efeitos da personificação
(personalidade), ou da autonomia jurídica da Pessoa Jurídica (sociedade), para
atingir o patrimônio dos sócios e vinculá-los à responsabilidade anteriormente
adstrita à empresa.
– Tem por objetivo, impedir a consumação de fraudes e abusos de direito
cometidos utilizando-se a proteção da personalidade jurídica das Pessoas
Jurídicas, em prejuízo de terceiros. (Art. 50 NCC e art. 28 da Lei 8.078/90
CDC).
Os requisitos que autorizam sua aplicação são, em geral, um dos seguintes:
– Abuso de Direito, Desvio ou Excesso no uso do Poder
– Infração Legal ou Estatutária
– Falência, insolvência, encerramento ou inatividade em razão de má administração
(necessidade de culpa ou dolo), dentre outros.
– Tais Fatos devem sempre ter sido usados em detrimento de direitos de terceiros,
causando-lhes danos, prejuízos, e geralmente trazendo benefícios indevidos ou
desproporcionais aos que deles se utilizam.
● O Novo Código Civil, em seu art. 50, refere-se a abuso caracterizado pelo
desvio de personalidade ou pela confusão patrimonial. Porém somente quanto aos efeitos
de certas e determinadas obrigações, a requerimento da parte ou do Ministério Público.
● Da mesma forma que ocorreu com a responsabilidade, também as situações
previstas para a aplicação da Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica,
alargam-se em muito quando tratamos de direitos do Consumidor, apresentando até mesmo
características distintas, e mais abrangentes do que àquelas previstas em relações entre
Pessoas Jurídicas e mesmo entre estas e as Naturais, porém sem configuração de relação
de consumo.

DAS PESSOAS JURÍDICAS

● GRUPOS DESPERSONALIZADOS:
Conceito:
“Conjunto de direitos e obrigações, pessoas e bens, sem personalidade
jurídica e com capacidade processual, mediante representação” MHD
● Casos:
– Família
– Sociedade de Fato (NCC arts. 986 – 990)
– Massa Falida
– Herança Jacente ou Vacante (NCC arts. 1.819 – 1.823)
– Espólio
– Condomínio – (somente o do art. 1.314 e segts NCC.) O condomínio especial da Lei
4.591/64, tem Personalidade Jurídica, porém, de certa forma, distinta das demais categorias
reconhecidas pela doutrina. ( O Novo Código Civil acolheu esta forma de condomínio no art.
1.331e segts. sob a denominação de Condomínio Edilício).

FIM DAS PESSOAS JURÍDICAS

● DA EXTINÇÃO/ FIM DA PESSOA JURÍDICA:


– Pessoa Jurídica de Direito Público – Termina pela ocorrência de fato histórico, por
norma constitucional, lei especial ou tratados internacionais.
– Pessoa Jurídica de direito privado: (Arts. 51, § 1º, 54, VI, NCC)
● Dissolução:
– Pelo decurso do prazo de sua duração;
– o consenso unânime dos sócios; (art.1.033 II NCC).
– Por deliberação dos sócios, por maioria absoluta na sociedade de prazo
indeterminado (art.1.033 III NCC).
– Por extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar, (art.1.033, V
NCC)
– Por ato governamental (1.125 NCC)
– Pela dissolução judicial (art. 1034 NCC).
– Pela morte de sócio se os demais assim deliberarem.(1.028, II, NCC)
● Liquidação: (arts. 51, §§ 2º e 3º, 61 § 2º, e 69, NCC)
● Cabe aqui ainda citar: Cisão; Fusão; Incorporação – que também representam
formas de extinção da PJ.
PERSONALIDADE JURÍDICA
Pessoa em Sentido Jurídico
● Acepção Jurídica do termo Pessoa:
– Teoria Clássica: Pessoa, no sentido jurídico do termo, refere-se ao ente físico (Pessoa
Natural) ou coletivo (Pessoa Jurídica) suscetível de ser titular de
direitos bem como de responder por deveres, tendo então o mesmo significado do conceito
de Sujeito de Direito.
– Para Kelsen: Pessoa Natural ou Jurídica nada mais é do que a personificação de um
complexo de normas.
● Personalidade ou Subjetividade Jurídica: consiste na possibilidade ou
susceptibilidade de ser sujeito de direitos e obrigações, ou seja, de relações
jurídicas.
● “É a abstrata possibilidade de receber os efeitos da ordem jurídica” (Ferrara)
– Equivale, portanto, também à condição e a definição de Sujeito da Relação Jurídica.
● Ressalte-se então que a personalidade constitui o fundamento e a pré-condição de
todo o Direito e é um “Status”.
Personalidade e Capacidade
● Capacidade de gozo ou de direitos = Personalidade Jurídica – não se pode ter uma
sem a outra.
– É, resumidamente, a possibilidade ou susceptibilidade de ser sujeito de direitos e
obrigações, ou seja, de Relações Jurídicas.
● Capacidade de Exercício de Direitos – Trata-se da aptidão de um sujeito, em sentido
jurídico, para produzir efeitos de direito (exercitar dtos, assumir obrigações, etc.) por
mera atuação pessoal; para exercitar atividade jurídica própria; para praticar por si,
ou através de um representante voluntário, atos jurídicos que podem ser lícitos ou
ilícitos.
– É, portanto, a capacidade de utilizar ou desenvolver, por si próprio ou
mediante procurador, a própria capacidade de gozo.
Capacidade de Exercício
● “Enquanto a Capacidade de Direito é uma simples condição de gozo, uma posição
estática, a capacidade de agir denota uma atividade dinâmica, o poder de por em
movimento os direitos, de produzir transformações mediante atuação jurídica
própria.” (Manuel Andrade)
– É a capacidade de exercitar por si o direito subjetivo, este como o poder,
conferido pela norma, de exigir ou pretender uma ação ou omissão de outrem.
● A Capacidade de Exercício pressupõe que o sujeito tenha uma vontade consciente
e a aptidão para a determinar de modo legalmente reputado normal, agindo com o
mínimo conhecimento de causa, consciência e prudência quanto aos seus
interesses.
– Conclui-se que a vontade não é necessária para a titularidade do Direito
Subjetivo, mas unicamente para seu exercício. (Manuel Andrade).
Direitos da Personalidade
● Direitos da Personalidade: (arts. 11 a 21 NCC)São direitos inerentes a própria
pessoa, distintos daqueles tradicionais direitos subjetivos de cunho patrimonial.
● A Doutrina costuma dividi-los em categorias:
– Direito à integridade física:
● Direito à vida;
● Direito ao corpo vivo;
● Direito ao corpo morto.
– Direito à integridade intelectual;
– Direito à integridade moral.
● Características Básicas Distintivas:
– Extrapatrimoniais;
– Vitalícios;
– Intransmissíveis;
– Indisponíveis (relativamente);
– Irrenunciáveis;
– Ilimitados;
– Imprescritíveis;
– Impenhoráveis;
– Inexpropriáveis.

SUJEITOS: PESSOA NATURAL


● NOVO CÓDIGO CIVIL
– LIVRO I - DAS PESSOAS
● TÍTULO I – DAS PESSOAS NATURAIS
– CAPÍTULO I – DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE
● CONCEITO: É o ser humano considerado como sujeito
de direitos e obrigações.
● INÍCIO: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei
põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. (Art. 2º).

Pessoa Natural: Capacidades
● Capacidade Jurídica:
- Capacidade de gozo ou de direito (art.1ºNCC) - Inerente a todo ser humano.
- Capacidade de fato ou de exercício – pressupõe discernimento, prudência, aptidão
para distinguir o correto do incorreto, o lícito do ilícito, o conveniente do prejudicial.
Obs. A capacidade de exercício pressupõe a capacidade de gozo,
porém esta pode subsistir mesmo sem aquela.
Pessoa Natural: Incapacidade

● INCAPACIDADE:
“A capacidade é a regra, a incapacidade a exceção”
– A incapacidade sempre tem sua origem na Lei, decorre da Lei.
– Capacidade de exercício de legitimação (posição em
relação a outras pessoas)
● Capacidade – pressuposto subjetivo do negócio jurídico
● Legitimação – pressuposto subjetivo-objetivo (em relação a uma determinada
relação jurídica se o sujeito tem ou não competência para a estabelecer).

● FINALIDADE:
A Incapacidade tem por finalidade a proteção das “pessoas”, sujeitos, portadores de uma
deficiência juridicamente apreciável, podendo ser:
– ABSOLUTA (Art.3ºNCC/5ºACC) suprida pela representação
– RELATIVA (Art.4ºNCC/6ºACC) suprida pela assistência.

● INCAPACIDADE ABSOLUTA: (Art. 3ºCC): Há proibição total de exercício do direito


pelo incapaz. Sua violação acarreta a Nulidade do Ato (Art. 166, I CC)devendo
sempre ser representados.
● São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os
menores de 16 (dezesseis) anos. (Art.3° Redação dada pela Lei 13.146/15).
– Devem ser sempre representados pelos Pais ou responsáveis. Podendo lhes ser
nomeado Tutor.
INCAPACIDADE ABSOLUTA NA REDAÇÃO ANTERIOR:
● São Absolutamente Incapazes: (art. 3º CC)
I – Menores de 16 anos
II – Os que por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento
para a prática desses atos; (Revogado p Lei 13.146/15 - Estatuto da Pessoa com
Deficiência).
● Era necessário o processo de interdição, com nomeação de curador

III - Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. (Revogado p
Lei 13.146/15 - Estatuto da Pessoa com Deficiência)
● Nos casos dos dois incisos revogados caberá ao Juízo, no processo de interdição,
delimitar o exercício dos atos da vida civil (art. 1772)
● Segundo o art. 1767, após alterações, para àqueles que não puderem exprimir sua
vontade e toxicômanos ainda cabe curatela/interdição.

INCAPACIDADE ABSOLUTA NA REDAÇÃO ANTERIOR:


● São Absolutamente Incapazes: (art. 3º CC)
I – Menores de 16 anos
II – Os que por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o
necessário discernimento para a prática desses atos; (Revogado p Lei
13.146/15 - Estatuto da Pessoa com Deficiência)
● Era necessário o processo de interdição, com nomeação de curador
III – Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua
vontade. (Revogado p Lei 13.146/15 - Estatuto da Pessoa com Deficiência)
● Nos casos dos dois incisos revogados caberá ao Juízo, no processo de interdição,
delimitar o exercício dos atos da vida civil (art. 1772)
● Segundo o art. 1767, após alterações, para àqueles que não puderem exprimir sua
vontade e toxicômanos ainda cabe curatela/interdição.

INCAPACIDADE RELATIVA
● São Relativamente Incapazes (Cont.): (art 4º NCC)
– II – os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei
13.146/2015)
● Necessária a Interdição com nomeação de Curador
– III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem
exprimir sua vontade; (Inciso inserido pela Lei 13.146/2015)
● Necessária a Interdição com nomeação de Curador
– IV – os pródigos;
● Aqueles que gastam excessivamente, desordenadamente dilapidando seu
patrimônio. A incapacidade declarada por interdição, nomeando-lhe curados,
e só restringe os atos que envolvem interesses patrimoniais.
● No CC Antigo segundo o Art. 460 CC, só seria interditado se houvesse
cônjuge, ascendente ou descendente legítimo que promovesse a ação.
– Parágrafo único – A capacidade dos indígenas será
regulada por legislação especial. (Lei 6.001/73 – Est. do Índio).

ALTERAÇÕES QUANTO A INCAPACIDADE


● DISPOSITIVOS REVOGADOS E/OU ALTERADOS DO ARTIGO 4º
NCC, PELO ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA LEI
13.146/2015.
● II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência
mental, tenham o discernimento reduzido; (Alterado pela Lei
13.146/2015)
● III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; (Revogado pela Lei
13.146/2015) Em ambos os casos era necessária a Interdição
● As Pessoas com Deficiência podem ter nomeado Curador para casos onde este é
indispensável.
– Neste caso trata-se de medida extraordinária e, se possível, temporária prevista nos §§
1°e 3° do Art. 84 Lei 13.146/15.
– Atinge apenas atos patrimoniais (art. 85)
– Tomada de decisão apoiada (art. 1738 – A CC).

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