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DIREITO CIVIL – PARTE GERAL

PROFª. FABIANA VIOLIN FABRI


2

Sejam AS MELHORES
JORNADAS DA VIDA
Bem-vindos SÃO AQUELAS QUE
Alunos! NOS ENRIQUECEM
POR DENTRO.
AUTOR DESCONHECIDO.
3
Referência Bibliográficas
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AULA 04
Domicílio da pessoa natural (conceitos e espécies) e domicílio da
pessoa jurídica; Conceitos, fundamentos, características proteção
dos direitos de personalidade; Direito ao nome, proteção à palavra
e à imagem e intimidade; Atos de Registro Civil; Curadoria dos bens
do ausente; Sucessão provisória; Sucessão definitiva; Retorno do
ausente; Ausência como causa de dissolução da sociedade conjugal.
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DOMICÍLIO
A principal importância do conceito no Direito Civil é
estabelecer o lugar de exercício dos direitos e o
cumprimento das obrigações.
 Local em que a pessoa pode ser sujeito de direitos e
deveres na ordem privada. É o local onde poderá ser
cobrada ou cobrar direitos e deveres na ordem jurídica.
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 Domicílio, conforme definição dada pelo Código Civil,


pode ser o local onde a pessoa estabelece sua residência
definitiva, ou local onde a pessoa exerce suas atividades
profissionais.
 Previsão entre os artigos 70 e 78 do Código Civil.
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RESIDÊNCIA
 Residênciaé o local onde a pessoa mora com intuito
permanente, que pode coincidir com o domicílio legal.
 Diferente das moradas provisórias, como os casos de
hotéis ou aquelas temporadas em casa de um amigo ou
um parente.
 A residência exige o intuito de permanência.
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DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL
 O art. 70 CC estabelece:

Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência
com ânimo definitivo.

 Existem portanto, dois elementos que integram o conceito de domicílio:


1. O elemento objetivo, representa a fixação da pessoa em um
determinado lugar. É a cidade que o sujeito escolhe para morar, por
exemplo.
2. O elemento subjetivo, representa a vontade de ali permanecer de
forma definitiva.
9
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 ALTERAÇÃO DE DOMÍCILIO: se a pessoa natural


mudar de residência com ânimo definitivo, o
domicílio também será alterado (art. 74 do CC);

 VÁRIAS RESIDÊNCIAS COM ÂNIMO DEFINITIVO: se a


pessoa natural tiver diversas residências, onde,
alternadamente, viva, considerar-se-á o seu
domicílio qualquer delas (art. 71 do CC);
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 PESSOA NATURAL SEM RESIDÊNCIA HABITUAL: a


pessoa natural que não tiver residência habitual, o
CC estabelece que o seu domicílio será o local
onde ele for encontrada (art. 73 do CC);

 DOMICÍLIO ELEITORAL: o CC permite nos contratos


escritos, a eleição do domicílio, local que se
exercitem e cumpram os direitos e obrigações do
contrato (art. 78 do CC).
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 DOMICÍLIO PROFISSIONAL: no que diz respeito às


relações profissionais, o domicílio pode ser tanto o
local da residência definitiva, quanto onde a
profissão é exercida.
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 DOMICÍLIO NECESSÁRIO: para algumas pessoas em


situação especial as regras acima não são aplicadas,
tendo CC estabelecido o denominado domicílio
necessário.
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DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA
O art. 75, I a III do CC trata, do domicílio dos entes
políticos, estabelecendo que o domicílio da União é o
Distrito Federal, o domicílio dos Estados e Territórios é as
respectivas capitais e o domicílio do Município o lugar
onde funcione a administração municipal.
15
16

 Em relação às demais pessoas jurídicas, o domicílio é o


lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e
administrações, permitindo-se ainda a eleição do
domicílio especial no seu estatuto ou ato constitutivo
(art. 75, IV do CC).
17

 Caso a pessoa jurídica tenha diversos


estabelecimentos em lugares diferentes, cada um
deles será considerado domicílio para os atos nele
praticado (§1º do art. 75 do CC).
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 Se a administração ou diretoria, tiver sede no


estrangeiro, será considerado domicílio da pessoa
jurídica, no tocante às obrigações contraídas por
cada umas das suas agências. Ou seja, deverá se
considerado como seu domicílio o local da filial no
Brasil (§ 2º do art. 75 do CC).
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LEI Nº. 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo definitivo.
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde,
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações
concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada
um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência
habitual, o lugar onde for encontrada.
Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta
de o mudar.
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às
municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações
não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.
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Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:


I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias
e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos
constitutivos.
§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada
um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
§ 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por
domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das
suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
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Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e
o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do
servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do
militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a
que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver
matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar
extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser
demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.
Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se
exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.
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DÚVIDAS?
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CONCEITOS, FUNDAMENTOS, CARACTERÍSTICAS
PROTEÇÃO DOS DIREITOS DE PERSONALIDADE
 DIREITO AO NOME;
 PROTEÇÃO À PALAVRA;
 IMAGEM E INTIMIDADE.
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DIREITO AO NOME
 O Código Civil estabelece que toda pessoa tem direito ao nome,
nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
 Assim, sob a ótica do direito privado, as pessoas, sejam naturais,
sejam jurídicas, têm direito ao nome, à identidade pessoal, dada a
sua condição de sujeitos de direitos;
 sob o ponto de vista da ordem pública, elas têm a obrigação de ter
um nome, para identificá-las perante a sociedade.
 O nome civil é formado basicamente pelo nome individual
(conhecido como prenome) e o nome de família (patronímico,
apelido, sobrenome ou cognome), devendo o declarante mencioná-
lo de forma completa no ato do registro do recém-nascido.
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O NOME É COMPOSTO PELOS SEGUINTES
ELEMENTOS:
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 Destaca-se ainda que o pseudônimo representa o nome


fictício utilizado para o exercício de determinada
atividade profissional (ex: Silvio Santos, Xuxa, etc.).
O art. 19 CC confere a mesma proteção do nome ao
pseudônimo, desde que utilizado para atividades lícitas,
ou seja, o seu uso em propaganda comercial depende de
autorização, além do que a sua utilização indevida pode
gerar sanções, inclusive perdas e danos.
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CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO NOME
 O direito ao nome está ligado ao seu uso e é obrigatório o seu registro oficial no
Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais.
 Jamais se admitirá alguém sem nome. Assim é o que entendemos a partir do que
estabelece a LRP.
 E mais, como integrante do direito da personalidade, o nome é indisponível. Uma
vez registrado um indivíduo, não poderá ele dispor, ceder, alienar, ou renunciar a
seu nome civil.
 É, também, imprescritível, sendo certo que o indivíduo não perde seu nome pelo
desuso nem o adquire em virtude de posse.
 Como dito anteriormente, além de servir como elemento do direito da
personalidade, o nome identifica a pessoa na sociedade e, por isso, não poderá ser
expropriado, ainda que por interesse público. Tal ato desfiguraria a própria
personalidade do indivíduo.
 Por fim, uma característica primordial: a imutabilidade (relativa) do nome.
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PRINCÍPIO DA IMUTABILIDADE DO NOME
 Dispõe a Lei de Registros Públicos, no art.56, que:
“o interessado, no primeiro ano após ter atingido a
maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador
bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os
apelidos de família, averbando-se a alteração que será
publicada pela imprensa”.
 Significa que, entre os 18 e 19 anos, a pessoa pode,
requerer a alteração do nome, desde que isso não
prejudique a sua identificação no seio familiar.
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A lei traz no art.57 que a alteração posterior de nome, ou


seja, após o primeiro ano da maioridade, somente por
exceção e motivadamente, após audiência do Ministério
Público, será permitida por sentença do juiz a que estiver
sujeito o registro, arquivando-se o mandado e publicando-
se a alteração pela imprensa.
 Em uma leitura rápida de ambos os dispositivos é possível
extrair a tese de que no primeiro ano da maioridade seria
possível a alteração do nome administrativamente,
enquanto, após esse primeiro ano, somente mediante ação
judicial, com presença do Ministério Público.
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PROTEÇÃO À PALAVRA
 Institui o Código Civil:
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à
administração da justiça ou à manutenção da ordem
pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra,
ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de
uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e
sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a
honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se
destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815)
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente,
são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge,
os ascendentes ou os descendentes.
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 O direito à palavra desdobra-se, assim, em três direitos:


a) direito à voz, como atributo de personalidade, sendo ilícito,
sem consentimento da pessoa, registar e divulgar a sua voz
(com ressalva, é claro, do lugar em que ela foi utilizada);
b) direito às “palavras ditas”, que pretende garantir a
autenticidade e o rigor da reprodução dos termos,
expressões, metáforas escritas e ditas por uma pessoa;
c) direito ao auditório, ou seja, a decidir o círculo de pessoas a
quem é transmitida a palavra.
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PROTEÇÃO À IMAGEM
O direito de imagem é um dos direitos da personalidade
que foram consagrados pela CF, sendo inerente a cada
indivíduo, pessoa física ou jurídica, e se violado gera o
dever de reparação.

Art. 5º da CFBR – (…)


Inciso X – São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e
a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação”
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 No artigo 20 do Código Civil Brasileiro:

Art. 20 do CC – Salvo se autorizadas, ou se necessárias à


administração da justiça ou à manutenção da ordem pública,
a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a
publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma
pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem
prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a
boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins
comerciais.“
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o que pode ser definido como imagem?
 Direito de Imagem: em definição simples, constitui a
expressão exterior sensível da individualidade humana,
digna de proteção jurídica. Para efeitos didáticos, dois
tipos de imagem podem ser concebidos, como imagem-
retrato (que é literalmente o aspecto físico da pessoa) e
imagem-atributo (que corresponde à exteriorização da
personalidade do indivíduo, ou seja, à forma como ele é
visto socialmente).”
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 Vale destacar que a imagem está além apenas do


atributo físico, o direito de imagem comporta, inclusive, a
transmissão sonora, ou seja, a proteção da voz de cada
agente.
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Proteção e violação ao direito de imagem
É muito importante ressaltar que o direito brasileiro
realiza uma proteção notável ao direito de imagem,
prevendo o dever de indenizar em caso de sua violação.
A proteção é de tamanha importância, que possui
previsão constitucional. Vejamos:

Art. 5º da CFBR – (…)


Inciso V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além
da indenização por dano material, moral ou à imagem”
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 Além do artigo 20 do Código Civil já citado acima,


destaco aqui, inclusive, da Súmula nº 203 do Superior
Tribunal de Justiça ao tratar do tema:

Súm. 203 do STJ – Independe de prova do prejuízo a indenização


pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins
econômicos ou comerciais.”
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A situação que concluímos então é que o dever de


reparar pelo uso indevido da imagem surge mesmo que
não haja prova do prejuízo e/ou dolo na conduta do
agente.
 Aliás,com o início da era tecnológica e a utilização cada
vez mais frequente do mundo digital, inúmeros são os
casos onde há ofensa ao direito de imagem, às vezes até
inconscientemente.
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VIDA PRIVADA E INTIMIDADE
 Intimidade e a vida privada da pessoa humana angariam
proteção pelo Código Civil, como se nota do art.21 do
Código Civil, in verbis: “a vida privada da pessoa natural é
inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado,
adotará as providências necessárias para impedir ou
fazer cessar ato contrário a esta norma”.
40
ATOS DE REGISTRO CIVIL
 Registro civil é a perpetuação, mediante anotação por agente
autorizado, dos dados pessoais dos membros da coletividade
e dos fatos jurídicos de maior relevância em suas vidas, para
fins de autenticidade, segurança e eficácia. Tem por base a
publicidade, cuja função específica é provar a situação
jurídica do registrado e torná-la conhecida de terceiros. No
registro civil, efetivamente, pode-se encontrar a história civil
da pessoa, por assim dizer, a biografia jurídica de cada
cidadão, na expressão de Nicola e Francesco Stolfi. (Carlos
Roberto Gonçalves).
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 Os Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais são


incumbidos da prática dos atos de registro de
nascimento, adoção, casamento civil, conversão de união
estável em casamento, casamento religioso com efeitos
civis, óbito e natimorto, além de averbações, anotações e
expedição de certidões.
 O registro de nascimento, óbito e natimorto, bem como a
primeira certidão, são gratuitos (Lei Federal 9.534/1997).
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 Para os reconhecidamente pobres é assegurada a gratuidade


das demais certidões, bem como do processo de habilitação,
registro e primeira certidão de casamento (Constituição
Federal, artigo 5º, inciso LXXVI; Lei Federal 9.534/1997, e
artigo 1.512, parágrafo único, do Código Civil).
 Consoante disposto no artigo 8º da Lei Federal 10.169/2000,
os Estados devem estabelecer uma forma de compensação
aos registradores civis das pessoas naturais pelos atos
gratuitos por eles praticados, conforme estabelecido em lei
federal.
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Art. 9º Serão registrados em registro público:


I - os nascimentos, casamentos e óbitos;
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.

Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:


I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento,
o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade
conjugal;
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a
filiação;
44

DÚVIDAS?
45
FASES DO PROCEDIMENTO DE AUSÊNCIA
PRIMEIRA FASE
• Curadoria dos bens do ausente: nessa fase, o juiz nomeará um curador para
administrar provisoriamente os bens do ausente.
• O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato
por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legitimo curador.
• Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos
descendentes, nesta ordem, não havendo impedimentos que os iniba de exercer o
cargo.
• Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolhe do curador.
• Ainda que o ausente não deixe bens, é possível realizar o procedimento de
ausência, para declarar a morte presumida, favorecendo, por exemplo, o cônjuge
que não queria simplesmente divorciar-se do ausente, mas ser reconhecido como
viúvo.
• DECORRIDO 1 ANO DA ARRECADAÇÃO DOS BENS DO AUSENTE, OU, SE ELE DEIXOU
REPRESENTANTE OU PROCURADOR, E PASSADO 3 ANOS, PODERÃO OS INTERESSADOR
REQUERER QUE SE DECLARE A AUSENCIA E SE ABRA PROVIDORIAMENTE A SUCESSÃO.
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SEGUNDA FASE
Sucessão provisória: nessa fase, cessa a curatela e é realizada a partilha dos bens do
ausente entre os herdeiro. Se o ausente deixou testamento, deverá ser realizada a sua
abertura e cumprimento. Os herdeiros recebem apenas a posse provisória dos bens da
herança.

Essa fase tem duração de 10 anos.


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TERCEIRA FASE
Sucessão definitiva: 10 anos depois de passada em julgado a sentença que concede a
abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva.

Se o ausente regressar no prazo de 10 anos da abertura da sucessão definitiva, terá


direito aos bens no estado em que os encontrarem, aos sub-rogados em seu lugar ou
ao produto obtido com a venda destes. Somente após esse prazo de 10 anos que a
sucessão é considerada inabalável.

O procedimento de ausência poderá ser simplificado, indo


direito para a sucessão definitiva, quando o ausente tiver
pelo menos 80 anos de idade e estiver desaparecido há pelo
menos 5 anos (art. 38 do CC).
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DÚVIDAS?
49

FIXAÇÃO DO QUESTÕES DE
CONTEÚDO CONCURSOS:
50
QUESTÃO 01
Em se tratando da extinção da pessoa natural, julgue os itens a seguir em
CERTO (C) ou ERRADO (E):
I. A morte presumida, em qualquer caso, não autoriza a abertura da
sucessão definitiva.
II. Em regra, a extinção da pessoa natural ocorre com a morte.
III. A ausência se caracteriza como a situação fática em que uma pessoa
desaparece de seu domicílio sem deixar qualquer notícia.
IV. A declaração de morte presumida só é admitida em caso de ausência.
V. Poderá ter declarada sua morte presumida a pessoa que, feita prisioneira,
não for encontrada até dois anos após o término da guerra, desde que seja
precedida pela decretação de ausência.
A sequência correta é:
51

a) I-E, II-C, III-C, IV-E, V-E


b) I-C, II-E, III-E, IV-C, V-C
c) I-E, II-C, III-E, IV-E, V-E
d) I-C, II-C, III-C, IV-E, V-E
e) I-E, II-C, III-C, IV-C, V-C
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RESPOSTA 01
GABARITO: E
I - ERRADO: Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta,
quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
II - CERTO: Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta,
quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
III - CERTO: Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não
houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a
requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e
nomear-lhe-á curador.
IV - ERRADO: Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
V - ERRADO: Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: II - se
alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos
após o término da guerra.
53
QUESTÃO 02
A incapacidade, para os menores, cessará:
I – pelo casamento.
II – pelo exercício de emprego público efetivo.
III – pela posse em cargo político elegível.
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior.

A. apenas os itens I e II são verdadeiros.


B. apenas os itens I e III são verdadeiros.
C. apenas os itens I, II e IV são verdadeiros.
D. apenas os itens II, III e IV são verdadeiros.
E. todos os itens são verdadeiros.
54
RESPOSTA 02
GABARITO: C
Art. 5º, Parágrafo único. Cessará, para os menores, a
incapacidade:
I - CERTO: II - pelo casamento;
II - CERTO: III - pelo exercício de emprego público efetivo;
III - ERRADO
IV - CERTO: IV - pela colação de grau em curso de ensino
superior;
55
QUESTÃO 03
Com relação á capacidade civil, é correto afirmar:
A) todo ser humano tem capacidade de direito ou de gozo.
B) todo ser humano tem capacidade de fato ou da
exercício.
C) o ser humano adquire a capacidade civil a partir do
registro civil do nascimento.
D) os menores de dezesseis anos não têm capacidade de
direito ou de gozo.
56
RESPOSTA
GABARITO: A
Capacidade de DIREITO (art. 1º do CC) - É inerente ao ser
humano que possui personalidade jurídica. É a aptidão
genérica para ADQUIRIR direitos e contrair deveres, ou
seja, de SER SUJEITO de direitos e deveres na ordem
privada.
57
QUESTÃO 04
De acordo com o Código Civil, a aptidão da pessoa natural ser
sujeito de direitos começa:
A) Do nascimento com vida.
B) Da concepção.
C) Aos 18 anos completos.
D) Aos 16 anos completos.
E) Do registro de nascimento da pessoa no registro público.
58
RESPOSTA
GABARITO A
Art. 2 - A personalidade civil da pessoa começa
do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a
concepção, os direitos do nascituro.
59
QUESTÃO 05
De acordo com o que dispõe o Código Civil acerca do domicílio, é correto afirmar que
A) o agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem
designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou
no primeiro ponto do território brasileiro onde o teve.
B) se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da
pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o
lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
C) se a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á
domicílio seu apenas a última residência estabelecida.
D) muda-se o domicílio, transferindo a residência, ainda que não haja intenção manifesta de
o mudar.
E) tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, o local do
primeiro estabelecimento criado será considerado domicílio para os atos praticados em
qualquer um deles.
60
RESPOSTA
GABARITO: B
a) ERRADO: Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar
extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado
no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.
b) CERTO: Art. 75, § 2 o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á
por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas
agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
c) ERRADO: Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde,
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
d) ERRADO: Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta
de o mudar.
e) ERRADO: Art. 75, § 1 o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares
diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
61
QUESTÃO 06
A respeito do domicílio, da responsabilidade civil e das
sociedades comerciais, julgue o item que se segue.
Se uma pessoa viver, de forma alternada, em diversas
residências, qualquer uma delas poderá ser considerada
seu domicílio.
( ) Certo
( ) Errado
62
RESPOSTA
CERTO
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas
residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-
á domicílio seu qualquer delas.
63
QUESTÃO 07
Jesus é piloto da aeronáutica, e se encontra subordinado à sede do
comando localizada em Brasília; estabeleceu residência com ânimo
definitivo em Goiânia, mas vive alternadamente na casa de seus pais,
em Salvador, e na casa de seus filhos, em Maceió. Considera-se
domicílio de Jesus
A) Goiânia.
B) Brasília.
C) Goiânia, Salvador e Maceió.
D) Brasília e Goiânia.
E) Brasília, Goiânia, Salvador e Maceió.
64
RESPOSTA
RESPOSTA B
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público,
o militar, o marítimo e o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu
representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em
que exercer permanentemente suas funções; o do militar,
onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede
do comando a que se encontrar imediatamente subordinado;
o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do
preso, o lugar em que cumprir a sentença.
65
QUESTÃO 08
Paulus desapareceu de seu domicílio, encontrando-se em local
ignorado. Pedrus, em decorrência de acidente automobilístico,
encontra-se em coma na unidade de terapia intensiva de um hospital.
Jesus tem quinze anos de idade. O Código Civil Brasileiro considera
absolutamente incapaz, APENAS
A) Paulus.
B) Paulus e Pedrus.
C) Pedrus e Jesus.
D) Jesus.
E) Pedrus.
66
RESPOSTA
ALTERNATIVA D
Art. 3 São absolutamente incapazes de exercer
pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16
(dezesseis) anos.
67
QUESTÃO 09
Quanto ao domicílio, é correto afirmar que:
A) é vedada a pluralidade de domicílio
B) o domicílio do Estado é a respectiva capital
C) o domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece
a sua residência ainda que sem ânimo definitivo
D) o domicílio necessário do preso é o de seu cônjuge e seus
descendentes e, em sua falta, o de seus ascendentes
68
RESPOSTA
GAB: B
A) Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva,
considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
B) Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
C) Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com
ânimo definitivo.
D) Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e
o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor
público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e,
sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente
subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que
cumprir a sentença.
69
QUESTÃO 10
Entre os direitos e garantias fundamentais encontra-se o direito à imagem que, nos termos da
doutrina,
A) não é um direito com âmbito de proteção autônomo, mas ligado à vida privada do
indivíduo, com forte dependência do direito à intimidade.
B) visa à proteção da honra, reputação ou intimidade pessoal, desde que esses atributos
tenham sido atacados, expostos e distorcidos.
C) é protegido não apenas contra a divulgação, sem autorização do titular, para fins
comerciais, mas envolve proteção bem mais ampla, digna de seu enquadramento na
esfera dos direitos de personalidade.
D) não se refere à proteção da imagem-retrato, mas da imagem-atributo, pois está ligada à
imagem social da pessoa e à falsificação de sua personalidade.
E) não implica prestações positivas de proteção por parte do Estado, especialmente na esfera
da organização e procedimento, onde a exposição pública, por si só, afasta essa proteção.
70
RESPOSTA
Assertiva C
É protegido não apenas contra a divulgação, sem
autorização do titular, para fins comerciais, mas envolve
proteção bem mais ampla, digna de seu enquadramento na
esfera dos direitos de personalidade
71
QUESTÃO 11
A respeito da capacidade de direito e da capacidade de exercício, assinale a alternativa
correta:
A. A norma do artigo 1º do Código Civil que dispõe que “toda pessoa é capaz de
direitos e deveres na ordem civil” se refere exclusivamente à capacidade de
exercício.
B. Os que por enfermidade ou doença mental não tiverem o necessário
discernimento para os atos da vida civil são qualificados pela legislação vigente
como absolutamente incapazes.
C. A capacidade legal da pessoa com deficiência mental não impede que seja ela
protegida em seus interesses patrimoniais por meio da curatela.
D. As pessoas jurídicas não têm capacidade de direito, embora seja-lhes atribuída
capacidade extraordinária de exercício.
E. Não há, no Direito Brasileiro, entes despersonalizados dotados de capacidade,
uma vez que somente detêm tal qualidade aqueles que possuem personalidade
jurídica.
72
RESPOSTA
RESPOSTA C

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