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TJAL
Bloco I
DIREITO CIVIL
01- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.
I – Multipropriedade é o regime de condomínio em que cada um dos proprietários de um
mesmo imóvel é titular de uma fração de tempo, à qual corresponde a faculdade de uso e gozo,
com exclusividade, da totalidade do imóvel, a ser exercida pelos proprietários de forma
alternada.
II – O STJ e a doutrina majoritária entendem que a multipropriedade é um direito real, mesmo
não contando do rol do artigo 1.225, CC.
III – A multipropriedade extinguir-se-á automaticamente se todas as frações de tempo forem
do mesmo multiproprietário.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas.
Gabarito: B
I – Correta. Artigo 1.358-C, CC.
O Timesharing ocorre quando um bem é dividido entre vários proprietários sendo que cada um
deles utilizará a coisa, com exclusividade, durante certo(s) período(s) de tempo por ano, em um
sistema de rodízio. O time-sharing é também chamado de multipropriedade ou de regime de
aproveitamento por turno.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Invalidade da penhora sobre a integralidade de imóvel
submetido a time-sharing. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/e9dae45ec08b498f7e1a
247757c9b35>.
Observação: é imprescindível a leitura dos arts. 1.358-B a 1.358-U, CC, que foram
acrescentados pela Lei 13.777/2018.
II – Correta. O STJ e a doutrina majoritária entendem que a multipropriedade é um direito real.
TJ. 3ª Turma. REsp 1.546.165-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. para acórdão Min.
João Otávio de Noronha, julgado em 26/4/2016 (Info 589).
III – Incorreta. Artigo 1.358-C, parágrafo único, CC. “ A multipropriedade não se extinguirá
automaticamente se todas as frações de tempo forem do mesmo multiproprietário”.
03- Com relação do domicílio, assinale a alternativa CORRETA de acordo com as disposições
do Código Civil.
a) Como regra, o domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com
ânimo definitivo, tendo várias residências cabe à própria pessoa natural eleger qual delas deve
ser considerado seu domicílio.
b) O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar
em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha
onde o navio estiver matriculado e da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado; e o do preso, o lugar em que cumprir a pena.
c) O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem
designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no
último ponto do território brasileiro onde o teve.
d) Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será
considerado domicílio para os atos nele praticados e se a administração, ou diretoria, tiver a
sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, o lugar do estabelecimento do
principal estabelecimento.
e) Também é domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar
onde esta é exercida, mas se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos ter-se-á por
domicílio da pessoa natural o lugar onde for encontrada.
Gabarito: C
a) Art. 70, CC. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com
ânimo definitivo.
Art. 71, CC. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva,
considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
b) Art. 76, Parágrafo único, CC. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o
do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde
servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso,
o lugar em que cumprir a sentença.
c) Correta. Art. 77, CC.
d) Art. 75 § 1º, CC. Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes,
cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
§ 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da
pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do
estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
e) Art. 72, CC. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à
profissão, o lugar onde esta é exercida.
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles
constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
21- Analise os itens que seguem e marque a alternativa CORRETA de acordo com a
jurisprudência.
I – O art. 1º da Lei nº 9.494/97 determina, entre outras vedações, que não será cabível tutela
antecipada contra o Poder Público visando obter a reclassificação ou equiparação de servidores
públicos ou a concessão de aumento ou extensão de vantagens pecuniárias.
II – Segundo o STF o artigo 1º da Lei nº 9.494/97, que foi declarado constitucional, não impede
toda e qualquer antecipação de tutela contra a Fazenda Pública. Somente está proibida a
concessão de tutela antecipada nas hipóteses listadas no art. 1º da Lei nº 9.494/97, que deve
ser interpretado restritivamente.
III – O STF afirmou que é possível a concessão de tutela antecipada tratando sobre férias de
servidores públicos, considerando que isso não envolve a reclassificação ou equiparação de
servidores públicos nem a concessão de aumento ou extensão de vantagens.
a) todas as assertivas estão corretas.
b) apenas I está incorreta.
c) apenas II está incorreta.
d) apenas III está incorreta.
e) apenas I e III estão corretas.
Gabarito: A
Todas as assertivas estão corretas.
Segue o julgado do STF:
O art. 1º da Lei nº 9.494/97 determina, entre outras vedações, que não será cabível tutela
antecipada contra o Poder Público visando obter a reclassificação ou equiparação de servidores
públicos ou a concessão de aumento ou extensão de vantagens pecuniárias.
O STF declarou que esse dispositivo é constitucional (ADC 4).
Vale ressaltar, no entanto, que a decisão proferida na referida ADC 4 não impede toda e
qualquer antecipação de tutela contra a Fazenda Pública. Somente está proibida a concessão
de tutela antecipada nas hipóteses listadas no art. 1º da Lei nº 9.494/97, que deve ser
interpretado restritivamente.
No presente julgado, o STF afirmou que seria possível a concessão de tutela antecipada
tratando sobre férias de servidores públicos, considerando que isso não envolve a
reclassificação ou equiparação de servidores públicos nem a concessão de aumento ou
extensão de vantagens.
STF. Plenário. Rcl 4311/DF, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 6/11/2014 (Info
766).
22- O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais ou que
apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser
corrigido ou completado. O prazo para emendar a inicial é de:
a) 10 dias, sendo este prazo dilatório.
b) 10 dias, sendo este prazo peremptório.
c) 15 dias, sendo este prazo peremptório.
d) 15 dias, sendo este prazo dilatório.
e) Não há previsão legal, devendo o juiz estabelecer o prazo de emenda.
Gabarito: D
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320
ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando
com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
O prazo para que o autor emende a petição inicial é um prazo dilatório (e não peremptório).
Logo, o juiz poderá aceitar a emenda da petição inicial mesmo fora deste prazo. Este prazo
pode ser reduzido ou ampliado por convenção das partes ou por determinação do juiz. Novo
CPC: o raciocínio empregado no julgado acima permanece válido no novo CPC (art. 139, VI). No
entanto, é importante destacar que o prazo disponível para que o autor emende a petição
inicial foi ampliado pelo CPC 2015 para 15 dias (antes, o prazo era de 10 dias). STJ. 2ª Seção.
REsp 1133689-PE, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 28/3/2012 (recurso repetitivo) (Info
494).
DIREITO DO CONSUMIDOR
38- Assinale a alternativa correta conforme a Lei n. 12.594/2012, que institui o Sistema
Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).
I – É vedada a aplicação de sanção disciplinar de isolamento a adolescente interno, exceto seja
essa imprescindível para garantia da segurança de outros internos ou do próprio adolescente a
quem seja imposta a sanção, sendo necessária ainda comunicação ao defensor, ao Ministério
Público e à autoridade judiciária em até 24 (vinte e quatro) horas.
II – As medidas socioeducativas de liberdade assistida, de semiliberdade e de internação
deverão ser reavaliadas no máximo a cada 6 (seis) meses, podendo a autoridade judiciária, se
necessário, designar audiência, no prazo máximo de 10 (dez) dias, cientificando o defensor, o
Ministério Público, a direção do programa de atendimento, o adolescente e seus pais ou
responsável.
III – A reavaliação da manutenção, da substituição ou da suspensão das medidas de meio
aberto ou de privação da liberdade e do respectivo plano individual pode ser solicitada a
qualquer tempo, a pedido da direção do programa de atendimento, do defensor, do Ministério
Público, do adolescente, de seus pais ou responsável.
IV - É vedado à autoridade judiciária aplicar nova medida de internação, por atos infracionais
praticados anteriormente, a adolescente que já tenha concluído cumprimento de medida
socioeducativa dessa natureza, ou que tenha sido transferido para cumprimento de medida
menos rigorosa, sendo tais atos absorvidos por aqueles aos quais se impôs a medida
socioeducativa extrema.
a) I, II, III e IV são corretas.
b) I, II e III são corretas.
c) I e II são corretas.
d) Apenas a III é correta.
e) Apenas a IV é correta.
Gabarito: A
I – Correta. Lei 12.594/2012, art. 48, §2º.
II – Correta. Lei 12.594/2012, art. 42, caput.
III - Correta. Lei 12.594/2012, art. 43, caput.
IV - Correta. Lei 12.594/2012, art. 45, §2º.
40- Com relação à política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente, pode-se
afirmar que se trata de uma linha de ação da política de atendimento:
a) municipalização do atendimento.
b) proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente.
c) criação e manutenção de programas específicos.
d) integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Segurança
Pública e Assistência Social.
e) realização e divulgação de pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre prevenção da
violência.
Gabarito: B
Art. 87, ECA. São linhas de ação da política de atendimento:
I - políticas sociais básicas;
II - serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social de garantia de proteção
social e de prevenção e redução de violações de direitos, seus agravamentos ou reincidências;
III - serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às vítimas de
negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão;
IV - serviço de identificação e localização de pais, responsável, crianças e adolescentes
desaparecidos;
V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente.
VI - políticas e programas destinados a prevenir ou abreviar o período de afastamento do
convívio familiar e a garantir o efetivo exercício do direito à convivência familiar de crianças e
adolescentes;
VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de guarda de crianças e adolescentes
afastados do convívio familiar e à adoção, especificamente inter-racial, de crianças maiores ou
de adolescentes, com necessidades específicas de saúde ou com deficiências e de grupos de
irmãos. OBS. As demais assertivas são diretrizes da política de atendimento (art. 88, ECA).
Bloco II
DIREITO PENAL
51- Ainda com relação aos sistemas processuais penais, assinale a alternativa CORRETA.
a) O tema relativo ao sistema processual penal adotado no Brasil é controvertido, não havendo
posição uniforme a respeito.
b) Pelo estudo e analise histórica dos sistemas processuais penais, é possível constatar que
houve uma evolução linear do sistema inquisitório para o acusatório e, ao final, para o misto
em compasso com a valorização do réu como sujeito de direitos e não apenas como um objeto
do processo.
c) O sistema processual acusatório não restringe a ingerência, de ofício, do magistrado antes da
fase processual da persecução penal.
d) No sistema processual inquisitivo, o processo é público; a confissão é elemento suficiente
para a condenação; e as funções de acusação e julgamento são atribuídas a pessoas distintas.
e) Em nosso sistema processual penal, que segue o sistema acusatório puro, não pode o juiz
determinar de ofício a produção de quaisquer provas.
Gabarito: A
O tema relativo ao sistema processual penal adotado no Brasil é controvertido, não havendo
posição uniforme a respeito.
A doutrina e a jurisprudência majoritária apontam o sistema acusatório. Entretanto, há
orientação em sentido oposto, compreendendo no direito brasileiro o sistema misto ou
inquisitivo garantista.
Para os adeptos da primeira corrente, a consagração do modelo acusatório está clara em várias
disposições da Constituição Federal, em especial aquelas que referem a obrigatoriedade de
motivação das decisões judiciais (art. 93, IX) e as garantias da isonomia processual (art. 5.º, I),
do juiz natural (art. 5.º, XXXVII e LIII), do devido processo legal (art. 5.º, LIV), do contraditório,
da ampla defesa (art. 5.º, LV) e da presunção de inocência (art. 5.º, LVII).
Já os defensores do segundo entendimento aduzem que, muito embora a Constituição Federal
tenha incorporado regras pertinentes ao sistema acusatório, o direito brasileiro agasalhou
resquícios do sistema inquisitivo na legislação infraconstitucional, do que é exemplo a
faculdade conferida ao juiz de produzir provas ex officio, prevista genericamente no art. 156 do
CPP e ratificada em várias outras disposições do mesmo Código e da legislação complementar.
(Avena, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal. 9.ª ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 42.)
52- Sobre o Inquérito Policial, nos termos do Código de Processo Penal, é INCORRETO o que
se afirma em:
a) Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado de ofício, mediante requisição da
autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem
tiver qualidade para representá-lo.
b) O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem
ela ser iniciado.
c) Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a
autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
contrarie a moralidade ou a ordem pública.
d) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito não caberá nenhum tipo
de recurso.
e) Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
Gabarito: D
a) Art. 5º, CPP.
b) Art. 5º, §4º, CPP.
c) Art. 7º, CPP.
d) Art. 5º, § 2º, CPP - Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito
caberá recurso para o chefe de Polícia.
e) Art. 5º, §5º, CPP.
DIREITO CONSTITUCIONAL
63- Ao tratar sobre a retroatividade das normas constitucionais, o STF estabeleceu que as
novas normas constitucionais têm:
a) Retroatividade média, a nova norma alcança prestações pendentes de negócios celebrados
no passado, além de prestações futuras.
b) Retroatividade mínima, nunca podendo ter retroatividade média ou máxima.
c) Irretroatividade, a lei não retroage para sequer alcançar fatos passados. Só alcança negócios
celebrados a partir de quando entrar em vigor.
d) Retroatividade máxima, a nova norma alcança fatos já consumados no passado, inclusive já
alcançados pela coisa julgada.
e) Retroatividade mínima, a nova norma alcança prestações futuras de negócios celebrados no
passado.
Gabarito: E
a) O conceito de retroatividade média está correto, porém, segundo o STF as novas normas
constitucionais têm retroatividade mínima.
b) As normas constitucionais, em regra, possuem retroatividade mínima, mas podem adotar
retroatividade média e máxima, se assim o constituinte regular.
c) O conceito de irretroatividade está correto, porém, segundo o STF as novas normas
constitucionais têm retroatividade mínima.
d) O conceito de retroatividade máxima está correto, porém, segundo o STF as novas normas
constitucionais têm retroatividade mínima.
e) CORRETA.
64- Assinale a alternativa INCORRETA com base no entendimento sumulado pelos tribunais
superiores.
a) É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de
consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
b) É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento
comercial.
c) Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e
militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.
d) A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de
processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.
e) A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da competência dos
Municípios.
Gabarito: E
a) Súmula Vinculante 2, STF.
b) Súmula Vinculante 38, STF.
c) Súmula Vinculante 39, STF.
d) Súmula Vinculante 46, STF.
e) INCORRETA - Súmula 19, STF - A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é
da competência da União.
66- Embora a regra seja a livre iniciativa, a Constituição Federal estabelece hipóteses de
monopólio. Constitui monopólio da União Federal:
a) A pesquisa e a lavra de riquezas minerais do solo e subsolo, salvo radioisótopos cuja
produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão.
b) A refinação do petróleo nacional ou estrangeiro.
c) Transporte do petróleo refinado e seus derivados básicos, e bem assim o transporte, por
meio de dutos e condutos, de petróleo, seus derivados e de gás de qualquer origem.
d) A produção e comercialização de radioisótopos, que, por seu conteúdo nuclear, não podem
ser objeto de permissão.
e) Importação e exportação de riquezas minerais.
Gabarito: B
CF/88:
Art. 177. Constituem monopólio da União:
I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;
II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades
previstas nos incisos anteriores;
IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de
petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto,
seus derivados e gás natural de qualquer origem;
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio
de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja
produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão,
conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta Constituição Federal.
DIREITO ELEITORAL
68- É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou pretexto,
contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através de publicidade
de qualquer espécie, procedente de EXCETO:
a) entes públicos, ressalvadas as dotações legais e do Fundo Partidário.
b) pessoas jurídicas de qualquer natureza.
c) entidade de classe ou sindical.
d) pessoas físicas.
e) entidade ou governo estrangeiros.
Gabarito: D
Art. 31, Lei nº 9.096/95 – Lei dos Partidos Políticos: É vedado ao partido receber, direta ou
indiretamente, sob qualquer forma ou pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou
estimável em dinheiro, inclusive através de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I - entidade ou governo estrangeiros;
II - entes públicos e pessoas jurídicas de qualquer natureza, ressalvadas as dotações referidas
no art. 38 desta Lei e as proveniente do Fundo Especial de Financiamento de Campanha;
(Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
IV - entidade de classe ou sindical.
V - pessoas físicas que exerçam função ou cargo público de livre nomeação e exoneração, ou
cargo ou emprego público temporário, ressalvados os filiados a partido político. (Incluído pela
Lei nº 13.488, de 2017).
71- O conceito de empresário encontra-se descrito no artigo 966, CC. De acordo com este
artigo, considera-se empresário:
a) quem exerce atividade com fins lucrativos, organizada, para a execução ou circulação de
bens e serviços mesmo que de forma não profissional.
b) quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção e
circulação de bens e serviços.
c) quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou
circulação de bens ou serviços.
d) quem seja sócio de sociedade.
e) quem exerce profissionalmente atividade com fins lucrativos, independente da atividade.
Gabarito: C
Artigo 966, CC:
“Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.”
DIREITO TRIBUTÁRIO
79- De acordo com o CTN, a partir de qual momento efetivamente existirá o crédito
tributário?
a) Desde a existência da obrigação tributária.
b) Desde o momento da prática do fato gerador.
c) Desde o lançamento tributário.
d) Desde o não pagamento da obrigação tributária.
e) Desde a ocorrência da hipótese de incidência.
Gabarito: C
(...) o Código Tributário Nacional adota o lançamento tributário como procedimento
administrativo necessário para constituição do crédito tributário, ao estabelecer:
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário
pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável,
calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a
aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena
de responsabilidade funcional.
Na redação desse dispositivo, conseguimos extrair que a autoridade administrativa terá
competência para constituir o crédito tributário pelo lançamento, demonstrando que a opção
do legislador foi separar o momento do surgimento da obrigação tributária daquele do crédito
tributário.
No momento em que o contribuinte praticar o fato gerador do tributo, surgirá a
concretização da obrigação tributária respectiva, mas ainda não o efetivo crédito tributário
que apenas será constituído com o posterior lançamento. O crédito tributário surge com o
lançamento.
Novais, Rafael. Direito tributário facilitado / Rafael Novais. – 3. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018, p. 341/342. Destacamos.
82- O ICMS é espécie tributária que pode ser classificada como um imposto
a) direto e especial, que deverá ser seletivo.
b) indireto e real, que poderá ser seletivo.
c) direto e pessoal, que deverá ser seletivo.
d) indireto e pessoal, que poderá ser seletivo.
e) direto e real, que poderá ser seletivo.
GABARITO: B
Classificação quanto à possibilidade de repercussão do encargo econômico-finaneiro:
• INDIRETO - tributos que em virtude de sua configuração jurídica, permitem a translação
do seu encargo para uma pessoda diferente daquela definida em lei. Ex: ICMS
• DIRETO - tributos que não permitem tal translação de forma que a pessoa definida em
lei como sujeito passivo é a mesma que sofre o impacto financeiro do tributo. Ex: IR
São reais os tributos que, em sua incidência, não levam em consideração aspectos pessoais,
subjetivos.
Em contrapartida, são pessoais os tributos que incidem de forma subjetiva, considerando os
aspectos pessoais do contribuinte. Nessa linha de raciocínio, o imposto de renda é pessoal, pois
sua incidência leva em consideração características pessoais do sujeito passivo, como a
quantidade de dependentes e os gastos com saúde, educação, previdência social etc.
Assim, o ICMS é real, pois não leva em consideração aspectos subjetivos do sujeito que circula
mercadorias.
83- De acordo com a jurisprudência recente dos tribunais superiores acerca dos tributos
municipais, assinale a alternativa correta:
I - A LC 116/2003 estabelece que as sociedades profissionais de advogados deverão pagar ISS,
considerando que o serviço de advocacia se encontra previsto no item 17.14 da lista anexa. É
inconstitucional lei municipal que estabelece impeditivos à submissão de sociedades
profissionais de advogados ao regime de tributação fixa em bases anuais na forma estabelecida
por lei nacional.
II - A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei local como
urbanizável ou de expansão urbana está condicionada à existência dos melhoramentos
elencados no art. 32, § 1º, do CTN.
III - O termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial
Urbano inicia-se no dia seguinte à data estipulada para o vencimento da exação.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II está correta.
e) Apenas III está correta.
GABARITO: C
I – Correta. A lei complementar do Município de Porto Alegre previu que somente poderia ser
utilizado o regime do ISSQN Fixo nas hipóteses em que a execução da atividade-fim não ocorra
com participação de pessoa jurídica ou de pessoa física inabilitada ao exercício da advocacia.
Ademais, utilizou-se, como base de cálculo, a importância paga a título de remuneração pelo
trabalho do próprio contribuinte. Com isso, a lei municipal reduziu o âmbito de incidência do
art. 9º, §§ 1º e 3º, do DL 406/68. Essa legislação municipal é constitucional? Não. STF. Plenário.
RE 940769/RS, Rel. Edson Fachin, julgado em 24/4/2019 (repercussão geral) (Info 938).
II – Incorreta. Súmula 626, STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada
pela lei local como urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à existência dos
melhoramentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN. STJ. 1ª Seção. Aprovada em 12/12/2018,
DJe 17/12/2018.
Assim, pode incidir IPTU sobre imóvel situado em área urbanizável ou de expansão urbana
mesmo que ainda não existam os melhoramentos previstos no art. 32, § 1º do CTN. O exemplo
típico são os sítios de recreio: É legal a cobrança do IPTU dos sítios de recreio, localizados em
zona de expansão urbana definida por legislação municipal, mesmo que não contenha os
melhoramentos previstos no art. 31, § 1º, do CTN. STJ. 2ª Turma. AgRg no REsp 783.794/SP,
Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 15/12/2009.
III – Correta. O termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e
Territorial Urbano - IPTU - inicia-se no dia seguinte à data estipulada para o vencimento da
exação. STJ. 1ª Seção. REsp 1.658.517-PA, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em
14/11/2018 (recurso repetitivo) (Info 638).
A pretensão executória surge, portanto, somente a partir do dia seguinte ao vencimento
estabelecido no carnê encaminhado ao endereço do contribuinte ou da data de vencimento
fixada em lei local e amplamente divulgada através de calendário de pagamento.
84- No Diário Oficial municipal que circulou no dia 03 de janeiro de 2018, foi publicada lei
municipal que modificou a data de recolhimento de ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza devido naquela localidade, antecipando o prazo de vencimento da obrigação
tributária. O último dispositivo legal estabeleceu que a lei entraria em vigor na data de sua
publicação. Essa lei
a) não poderá produzir efeitos durante o exercício fiscal de 2018, em respeito ao princípio da
anterioridade.
b) poderá ter sua eficácia suspensa administrativa ou judicialmente, em respeito ao princípio da
segurança jurídica.
c) produzirá efeitos a partir da data de sua publicação, uma vez que o princípio da anterioridade
não se aplica à norma legal que apenas altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária.
d) produzirá efeitos a partir da data de sua publicação, uma vez que o critério temporal de
incidência tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade, legalidade ou da confiança.
e) produzirá efeitos a partir de 03 de abril de 2018, devendo observar o princípio da
anterioridade nonagesimal.
GABARITO: C
Súmula vinculante 50-STF: Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação
tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
Segundo o STF, o princípio da anterioridade só se aplica para os casos em que o Fisco
institui ou aumenta o tributo. A modificação do prazo para pagamento não pode ser
equiparada à instituição ou ao aumento de tributo, mesmo que o prazo seja menor do que o
anterior, ou seja, mesmo que tenha havido uma antecipação do dia de pagamento.
Em outras palavras, quando o Poder Público alterar o prazo de pagamento de um
tributo, isso poderá produzir efeitos imediatos, não sendo necessário respeitar o princípio da
anterioridade (nem a anual nem a nonagesimal).
A alteração do prazo de pagamento não precisa ser feita por lei, podendo ser realizada
por ato infralegal. Assim, pode-se dizer que a alteração do prazo de pagamento não se submete
ao princípio da legalidade.
85- São tributos classificados como indiretos, de competência da União, Estados e Municípios,
respectivamente:
a) Imposto sobre produtos industrializados - IPI, Imposto sobre a transmissão causa mortis e
doação – ITD e Imposto sobre a transmissão de bens imóveis – ITBI;
b) Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação – ICMS, Imposto sobre
serviços de qualquer natureza – ISS e Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – ITR, quando
cobrado pelos Municípios;
c) Contribuições de intervenção no domínio econômico - CIDE, Imposto sobre operações
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação – ICMS e Imposto sobre serviços de qualquer
natureza – ISS;
d) Imposto sobre produtos industrializados – IPI, Imposto sobre a propriedade de veículos
automotores – IPVA e Contribuição para o custeio da iluminação pública – COSIP, quando
cobrada na conta de energia elétrica;
e) Imposto sobre produtos industrializados – IPI, Imposto sobre operações relativas à circulação
de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação – ICMS e Imposto sobre serviços de qualquer natureza – ISS.
GABARITO: E
Tributos indiretos: são tributos nos quais o contribuinte de direito não é o mesmo que paga o
tributo (contribuinte de fato), nessa classificação, o encargo financeiro do tributo indireto é
transferido para um terceiro, que arca com todo ônus tributário. Representam essa
classificação, via de regra, os tributos incidentes sobre o consumo e os IVAs. Ex: ISS, IPI, ICMS,
PIS, COFINS.
Tributos diretos: são tributos em que o contribuinte de fato coincide com o contribuinte de
direito. Aquele que paga o tributo é o mesmo que a lei estipulou como sujeito passivo da
obrigação tributária. Ex: IR, ITCMD, ITBI, etc.
DIREITO ADMINISTRATIVO
93- Assinale a alternativa INCORRETA com relação aos sujeitos do ato de improbidade
administrativa, considerando o entendimento jurisprudencial sobre o tema.
a) A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui ato de
improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública.
b) O estagiário que atua no serviço público, ainda que transitoriamente, se remunerado, está
sujeito a responsabilização por ato de improbidade administrativa.
c) É possível aplicar a lei de improbidade mesmo para quem não é agente público, mas induza
ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma,
direta ou indireta. É o caso do chamado "terceiro", definido pelo art. 3º da Lei nº 8.429/92.
d) É possível, no âmbito de ação civil pública de improbidade administrativa, a condenação de
membro do Ministério Público à pena de perda da função pública prevista no art. 12 da Lei
8.429/92.
e) Os notários e registradores estão abrangidos no amplo conceito de “agentes públicos”, na
categoria dos “particulares em colaboração com a Administração” e assim podem ser
considerados agentes públicos para fins de improbidade administrativa.
Gabarito: B
a) A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui ato de
improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública. STJ. 1ª
Seção. REsp 1177910-SE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 26/8/2015 (Info 577).
b) e c) O estagiário que atua no serviço público, ainda que transitoriamente, remunerado ou
não, está sujeito a responsabilização por ato de improbidade administrativa. Isso porque o
conceito de agente público para fins de improbidade abrange não apenas os servidores
públicos, mas todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função na Administração Pública. Além disso, é possível aplicar a lei de
improbidade mesmo para quem não é agente público, mas induza ou concorra para a prática
do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma, direta ou indireta. É o caso do
chamado "terceiro", definido pelo art. 3º da Lei nº 8.429/92. STJ. 2ª Turma. REsp 1352035-RS,
Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 18/8/2015 (Info 568).
d) O membro do Ministério Público pode ser processado e condenado por ato de improbidade
administrativa? SIM. É pacífico o entendimento de que o Promotor de Justiça (ou Procurador da
República) pode ser processado e condenado por ato de improbidade administrativa, com
fundamento na Lei 8.429/92. Mesmo gozando de vitaliciedade e a Lei prevendo uma série de
condições para a perda do cargo, o membro do MP, se for réu em uma ação de improbidade
administrativa, poderá ser condenado à perda da função pública? O membro do MP pode ser
réu em uma ação de improbidade de que trata a Lei 8.429/92 e, ao final, ser condenado à perda
do cargo mesmo sem ser adotado o procedimento da Lei 8.625/93 e da LC 75/93? SIM. O STJ
decidiu que é possível, no âmbito de ação civil pública de improbidade administrativa, a
condenação de membro do Ministério Público à pena de perda da função pública prevista no
art. 12 da Lei 8.429/92. A Lei 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do MP) e a LC 75/93 preveem
uma série de regras para que possa ser ajuizada ação civil pública de perda do cargo contra o
membro do MP. Tais disposições impedem que o membro do MP perca o cargo em ação de
improbidade? NÃO. Segundo o STJ, o fato de essas leis preverem a garantia da vitaliciedade aos
membros do MP e a necessidade de ação judicial para a aplicação da pena de demissão não
significa que elas proíbam que o membro do MP possa perder o cargo em razão de sentença
proferida na ação civil pública por ato de improbidade administrativa. Essas leis tratam dos
casos em que houve um procedimento administrativo no âmbito do MP para apuração de fatos
imputados contra o Promotor/Procurador e, sendo verificada qualquer das situações previstas
nos incisos do § 1º do art. 38, deverá obter-se autorização do Conselho Superior para o
ajuizamento de ação civil específica. Desse modo, tais leis não cuidam de improbidade
administrativa e, portanto, nada interferem nas disposições da Lei 8.429/92. Em outras
palavras, existem as ações previstas na LC 75/93 e na Lei 8.625/93, mas estas não excluem (não
impedem) que o membro do MP também seja processado e condenado pela Lei 8.429/92. Os
dois sistemas convivem harmonicamente. Um não exclui o outro. Se o membro do MP praticou
um ato de improbidade administrativa, ele poderá ser réu em uma ação civil e perder o cargo?
Essa ação deverá ser proposta segundo o rito da lei da carreira (LC 75/93 / Lei 8.625/93) ou
poderá ser proposta nos termos da Lei 8.429/92? SIM. O membro do MP que praticou ato de
improbidade administrativa poderá ser réu em uma ação civil e perder o cargo. Existem duas
hipóteses possíveis: • instaurar o processo administrativo de que trata a lei da carreira (LC
75/93: MPU / Lei 8.625/93: MPE) e, ao final, o PGR ou o PGJ ajuizar ação civil de perda do cargo
contra o membro do MP. • Ser proposta ação de improbidade administrativa, nos termos da Lei
8.429/92. Neste caso, não existe legitimidade exclusiva do PGR ou PGJ. A ação poderá ser
proposta até mesmo por um Promotor de Justiça (no caso do MPE) ou Procurador da República
(MPF) que atue em 1ª instância. STJ. 1ª Turma. REsp 1191613-MG, Rel. Min. Benedito
Gonçalves, julgado em 19/3/2015 (Info 560).
e) Os notários e registradores podem ser considerados agentes públicos para fins de
improbidade administrativa? SIM. Os sujeitos ativos dos atos de improbidade administrativa
não são apenas os servidores públicos, mas todos aqueles que estejam abarcados no conceito
de agente público, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 8.429/1992. Os notários e
registradores estão abrangidos no amplo conceito de “agentes públicos”, na categoria dos
“particulares em colaboração com a Administração”. Dessa forma, encontram-se no campo de
incidência da Lei nº 8.429/1992. STJ. 1ª Turma. REsp 1186787/MG, Rel. Min. Sérgio Kukina,
julgado em 24/04/2014.
(CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>)
DIREITO AMBIENTAL
96- Não compete privativamente à União legislar sobre:
a) Direito agrário.
b) Águas e energia.
c) Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia.
d) Responsabilidade por dano ao meio ambiente.
e) Atividades nucleares de qualquer natureza.
Gabarito: D
Art. 22, CF. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e
do trabalho;
(...)
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
(...)
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
(...)
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
Art. 24, CF. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
(...)
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
99- De acordo com o Código Florestal (Lei 12.621/12), são consideradas Área de Preservação
Permanente, em zonas rurais ou urbanas, EXCETO:
a) Em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta)
metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.
b) As áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua
situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros.
c) As encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por
cento) na linha de maior declive.
d) As bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca
inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais.
e) As áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou
represamento de cursos d’água naturais, na faixa 100 (cem) metros, em zonas rurais e 30
(trinta) metros, em zonas urbanas.
Gabarito: E
Art. 4º, Lei 12.621/12. Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou
urbanas, para os efeitos desta Lei:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os
efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta)
metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos)
metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600
(seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600
(seiscentos) metros;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares
de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou
represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do
empreendimento;
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua
situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por
cento) na linha de maior declive;
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII - os manguezais, em toda a sua extensão;
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca
inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e
inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente
a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida
pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos
ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a
vegetação;
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50
(cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.