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ASPECTOS JURÍDICOS

Ano: 2010 Banca: ACEP Órgão: BNB Prova: ACEP - 2010 - BNB - Especialista
Técnico - Advogado
Considerando o regime de bens do Código Civil Brasileiro, assinale a
alternativa CORRETA.
Alternativas
A São bens móveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural e
artificialmente
B Perdem o caráter de imóveis os materiais provisoriamente separados de
um prédio, para nesta se reempregarem
C As energias, somente quando tenham valor econômico, são
consideradas bens móveis para os efeitos legais.
D Os bens naturalmente divisíveis podem tomar-se indivisíveis somente
por determinação legal.
E São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção
por força alheia, ainda que com alteração da substância ou da destinação
econômico-social.

A fim de encontrar a resposta correta, iremos analisar todas as alternativas


propostas pela questão:

A) Diz o legislador, no art. 79 do CC, que “são BENS IMÓVEIS o solo e tudo
quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente".

Os bens imóveis classificam-se da seguinte forma: BENS IMÓVEIS POR


DISPOSIÇÃO LEGAL, assim considerados para que possam receber maior
proteção jurídica (art. 80 do CC); BENS IMÓVEIS POR NATUREZA, que são
formados pelo solo, sua superfície, o subsolo e o espaço aéreo (a árvore, por
exemplo); BENS IMÓVEIS POR ACESSÃO FÍSICA INDUSTRIAL, que têm
origem em construções e plantações, não podendo ser removidos sem que
isso implique na sua destruição ou deterioração (como as edificações); e BENS
IMÓVEIS POR ACESSÃO FÍSICA INTELECTUAL, que abrangem tudo aquilo
que for empregado para a exploração industrial, aformoseamento e
comodidade. São os bens móveis que foram imobilizados pelo proprietário,
constituindo uma ficção jurídica, sendo tratados, via de regra, como pertenças.

Há divergência na doutrina se ainda persistiriam os bens imóveis por acessão


física intelectual. Temos o Enunciado 11 do CJF que é no sentido de que “não
persiste no novo sistema legislativo a categoria dos bens imóveis por acessão
intelectual, não obstante a expressão 'tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente', constante da parte final do art. 79 do CC".

Por outro lado, Flavio Tartuce, Maria Helena Diniz, entre outros, entendem que
tal modalidade persiste, sendo uma interpretação sistemática dos arts. 79, 80 e
93 do Código. Os bens imóveis por acessão física intelectual são pertenças,
geralmente bens móveis incorporados a imóveis, para realizar suas finalidades
(TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Lei de Introdução e Parte Geral. 13. ed. Rio de
janeiro: Forense, 2017. v. 1, p. 298). Incorreta;

B) A previsão do art. 81, II do CC é no sentido de que “NÃO PERDEM o caráter


de imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se
reempregarem". Portanto, o que se retira de um prédio para nele novamente
incorporar pertencerá ao imóvel e será considerado imóvel (GONÇALVES,
Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Parte Geral. 10. ed. São Paulo: Saraiva,
2012. v. 1. p. 288). Incorreta;

C) Em harmonia com o art. 83, I do CC: “Consideram-se móveis para os efeitos


legais: I - as energias que tenham valor econômico". Trata-se de bens
imateriais. Correta;

D) De acordo com o art. 88 do CC, os bens naturalmente divisíveis podem


tornar-se indivisíveis por determinação da lei (como acontece com a herança,
que é indivisível até que ocorra a partilha) OU POR VONTADE DAS PARTES
(o que acontece, à título de exemplo, com o § 1º do art. 1.320 do CC), além da
indivisibilidade natural (ex: relógio), ou seja, decorrente da própria natureza do
bem. Incorreta;

E) Dispõe o legislador, no art. 82 do CC, que “são móveis os bens suscetíveis


de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, SEM ALTERAÇÃO da
substância ou da destinação econômico-social".

Assim, temos os BENS MÓVEIS POR NATUREZA OU ESSÊNCIA, que são os


bens que podem ser transportados sem qualquer dano, por força própria
(semoventes) ou alheia; BENS MÓVEIS POR ANTECIPAÇÃO, que são os
bens que eram imóveis, mas que foram mobilizados por uma atividade
humana, como a árvore cortada, que se transforma em lenha, ou a colheita de
uma plantação; e BENS MÓVEIS POR DETERMINAÇÃO LEGAL, previstos no
art. 83 do CC (TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Lei de Introdução e Parte Geral.
13. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017. v. 1. p. 267). Incorreta.

Ano: 2010 Banca: ACEP Órgão: BNB Prova: ACEP - 2010 - BNB - Analista
Bancário
Sobre vícios que anulam o negócio jurídico, relacione as colunas a seguir.

1. Erro ( ) Pressão física ou moral exercida sobre a pessoa para obrigá-la a


praticar ato jurídico que não queira.

2. Dolo ( ) Noção inexata sobre um objeto, que leva a uma distorção da


formação da vontade do declarante.

3. Coação ( ) Expediente astucioso para induzir alguém a praticar ato


danoso a si próprio.

4. Simulação ( ) Declaração enganosa da vontade, visando produzir efeito


diverso do ostensivamente indicado.

Assinale a alternativa com a sequência CORRETA


Alternativas
A 1-2-3-4
B 2-1-3-4
C 3-1-2-4
D 3-4-2-1
E 2-1-4-3

A fim de encontrar a resposta correta, iremos analisar todas as


alternativas propostas pela questão:

1. Estamos diante da coação, conceituada pela doutrina como “pressão física


ou moral exercida sobre o negociante, visando obrigá-lo a assumir uma
obrigação que não lhe interessa" (TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Lei de
Introdução e Parte Geral. 13. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017. v. 1. p. 417),
com previsão no art. 151 e seguintes do CC. Exemplo: se você não me vender
a casa, vou contar para todos o seu segredo (3).
2. Trata-se do erro, que é a falsa noção da realidade (art. 138 e seguintes do
CC). Exemplo: a pessoa pensa que está comprando um anel de prata, mas, na
verdade, é de aço inoxidável (1).
3. Cuida-se do dolo. Percebam que, enquanto no erro a pessoa se equivoca
sozinha, no dolo alguém a induz ao erro. Exemplo: o vendedor diz que o anel é
de prata, mas é de aço e a pessoa compra (2).

4. Esta situação configura simulação, prevista no art. 167 do CC, em que “há
um desacordo entre a vontade declarada ou manifestada e a vontade interna"
(TARTUCE, Flavio. Direito Civil. Lei de Introdução e Parte Geral. 13. ed. Rio de
janeiro: Forense, 2017. v. 1. p. 443). Exemplo: o pai, querendo beneficiar seu
filho em detrimento dos demais, simula uma compra e venda de um imóvel,
quando, na verdade, trata-se de verdadeira doação (4).

Assinale a alternativa com a sequência CORRETA

C) 3-1-2-4

Ano: 2010 Banca: ACEP Órgão: BNB Prova: ACEP - 2010 - BNB - Analista
Bancário
Quanto à nulidade dos negócios jurídicos, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
A É nulo o negócio jurídico, quando celebrado por pessoa relativamente
incapaz.
B É anulável o negócio jurídico, quando houver ilicitude, impossibilidade ou
indeterminação do objeto.
C É anulável o negócio jurídico que tiver por objetivo fraudar lei imperativa
D O negócio jurídico anulável pode ser confirmado pelas partes, sem
ressalva de direito de terceiros.
E É anulável o negócio jurídico por vício resultante de erro, dolo,
coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

A fim de encontrar a resposta correta, iremos analisar todas as alternativas


propostas pela questão:

A) O art. 104 do CC traz os requisitos de validade do negócio jurídico, fazendo


menção, no inciso I, ao agente capaz. Cuida-se da capacidade de fato, que é a
aptidão para contrair obrigações e exercer direitos por si só.

Aliás, nas precisas lições de Carlos Roberto Gonçalves, “a capacidade do


agente (condição subjetiva) é a aptidão para intervir em negócios jurídicos
como declarante ou declaratário. Trata-se da capacidade de fato ou de
exercício, necessária para que uma pessoa possa exercer, por si só, os atos da
vida civil (...) Esta é adquirida com a maioridade, aos 18 anos, ou com a
emancipação (CC, art. 5º)" (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil
Brasileiro. Parte Geral. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 358 e 359).

Se o negócio jurídico for realizado por ABSOLUTAMENTE INCAPAZ, será


considerado NULO DE PLENO DIREITO (art. 166, I) e, se realizado por
RELATIVAMENTE INCAPAZ, será ANULÁVEL (art. 171, I do CC). Incorreta;

B) Diz o legislador, no art. 166 do CC, que “É NULO O NEGÓCIO JURÍDICO


quando: I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II – FOR ILÍCITO,
IMPOSSÍVEL OU INDETERMINÁVEL O SEU OBJETO; III - o motivo
determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; IV - não revestir a forma
prescrita em lei; V - for preterida alguma solenidade que a lei considere
essencial para a sua validade; VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; VII -
a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar
sanção".

Exemplo: Caio adquiriu de Ticio um pacote de viagens de 5 dias para o sol,


pelo valor de R$ 15.000,00, com direito a passagem aérea e hospedagem.
Incorreta;

C) De acordo com o art. 166, VI, o negócio jurídico será NULO, haja vista violar
norma cogente, preceito de ordem pública. Incorreta;

D) A previsão do art. 172 é a de que “o negócio anulável pode ser confirmado


pelas partes, SALVO DIREITO DE TERCEIRO". Assim, ao contrário do que
acontece com o negócio jurídico nulo (art. 169 do CC), o negócio anulável pode
ser ratificado pelas partes. Exemplo: O pai do relativamente incapaz poderá
ratificar o ato praticado sem a sua assistência; todavia, os terceiros devem ser
protegidos contra eventuais danos decorrentes dessa ratificação. Exemplo: a
venda de imóvel feita por relativamente incapaz, sem estar assistido, e que o
vendeu também a terceiro, assim que completou a maioridade. Neste caso,
não poderá confirmar a primeira alienação para não prejudicar os direitos do
segundo adquirente (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil
Esquematizado. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. V. 1, p. 403). Incorreta;
E) Em harmonia com a previsão do art. 171, II do CC: “Além dos casos
expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I - por
incapacidade relativa do agente; II - por vício resultante de erro, dolo, coação,
estado de perigo, lesão ou fraude contra credores". Erro, dolo, coação, estado
de perigo e lesão são os denominados vícios de consentimento. A fraude
contra credores é considerada um vício social. Correta.

Ano: 2010 Banca: ACEP Órgão: BNB Prova: ACEP - 2010 - BNB - Analista
Bancário

“A”, menor de 16 anos, celebra com o Banco “X”, sem prévia autorização da
pessoa que detém sua guarda, contrato de mútuo, recebendo, em uma
única parcela, a totalidade do empréstimo. Considerando que o mutuário
indicou “B”, maior e apta ao encargo da fiança, como fiador, assinale a
afirmativa CORRETA.
Alternativas
A A fiança é possível, no caso acima, considerando-se que o Código Civil
admite essa possibilidade, quando a nulidade da obrigação resultar da
incapacidade pessoal do devedor
B Como regra geral, o mútuo pode ser reavido pelo Banco mutuante do
mutuário, mas não de seu fiador
C Como regra geral, o mútuo não pode ser reavido pelo Banco mutuante
do mutuário, mas sim de seu fiador, em face de sua capacidade e
idoneidade.
D Como regra geral, o mútuo pode ser reavido pelo Banco mutuante, tanto
do mutuário, quanto de seu fiador.
E Como regra geral, o mútuo não pode ser reavido pelo Banco
mutuante do mutuário, nem tampouco de seu fiador.

A fim de encontrar a resposta correta, iremos analisar todas as alternativas


propostas pela questão:

A) Diz o legislador, no art. 824 do CC, que “as obrigações nulas não são
suscetíveis de fiança, EXCETO SE A NULIDADE RESULTAR APENAS DE
INCAPACIDADE PESSOAL DO DEVEDOR". Isso significa que qualquer outra
causa de nulidade da obrigação principal (arts. 166 e 167 do CC) prejudica a
fiança, salvo se o devedor for absoluta ou relativamente incapaz. A intenção do
legislador foi a de proteger o incapaz. Exemplo: o menor de 14 anos contrai
uma obrigação, que poderá ser exigida do fiador. Este, por sua vez, não terá
ação regressiva contra o incapaz.
Acontece que ESTA EXCEÇÃO NÃO ABRANGE O CONTRATO DE MÚTUO
FEITO AO MENOR e é nesse sentido a previsão do art. 588 do CC: “O mútuo
feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver,
não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores".

A regra tem a finalidade de desestimular o mútuo feito a menores e a FIANÇA


SERÁ CONSIDERADA INVÁLIDA, não sendo lícito ao credor recobrar do fiador
(GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito
Civil. Contratos em Espécie. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. v. 4. p. 724).
Incorreta;

B) “O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja
guarda estiver, NÃO PODE SER REAVIDO NEM DO MUTUÁRIO, NEM DE
SEUS FIADORES" (art. 588 do CC). Incorreta;

C) “O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja
guarda estiver, NÃO PODE SER REAVIDO NEM DO MUTUÁRIO, NEM DE
SEUS FIADORES" (art. 588 do CC). Incorreta;

D) “O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja
guarda estiver, NÃO PODE SER REAVIDO NEM DO MUTUÁRIO, NEM DE
SEUS FIADORES" (art. 588 do CC). Incorreta;

E) Em harmonia com o art. 588 do CC. Correta.


Art. 588, CC: O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele
sob cuja guarda estiver, não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus
fiadores.

Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: BNB Prova: FGV - 2014 - BNB - Analista
Bancário
Foi celebrado contrato no âmbito do mercado financeiro entre o Banco W e
a sociedade empresária Telha Empreendimentos Turísticos Ltda. pela qual
o primeiro terá a propriedade fiduciária em caráter resolúvel de certo bem
móvel fungível, em garantia do financiamento concedido, e a segunda, uso
e gozo do referido bem. De acordo com as disposições legais relativas a
esse contrato e ao procedimento de cobrança, é correto afirmar que, em
caso de inadimplemento ou mora da obrigação garantida:
Alternativas
A o credor poderá vender a terceiros o bem objeto da propriedade
fiduciária independente de leilão, hasta pública ou qualquer outra
medida judicial ou extrajudicial;
B o credor deverá interpor o protesto extrajudicial e, com a obtenção da
lavratura e registro do protesto, requerer judicialmente a busca e
apreensão do bem para posterior venda em hasta pública;
C o credor poderá adjudicar em juízo imediatamente o bem,
independentemente de previsão contratual ou purgação da mora pelo
devedor;
D o devedor poderá reter o bem em seu poder até que o credor lhe pague
as despesas feitas com a coisa, e os prejuízos que da sua conservação
provierem, se devidamente provados;
E verificada a mora, independentemente de notificação ou interpelação, o
devedor poderá requerer o depósito judicial da coisa para evitar sua
alienação extrajudicial pelo credor.

Trata-se de matéria regulada pelo Código Civil de 2002 que, em seu artigo
1364, prevê que "vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender,
judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no
pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança, e a entregar o saldo,
se houver, ao devedor.

Gabarito: Letra A
Julgue corretamente as afirmativas abaixo em V (verdadeira) ou F (falsa) e
assinale a opção correspondente.
( ) A validade do negócio jurídico requer a existência de três requisitos: agente
capaz, objeto prescrito em lei e testemunha.
( ) É válido o negócio jurídico quando seu objeto é lícito e os agentes capazes,
ainda que, por erro, não se revista de forma obrigada em lei.
( ) Salvo disposição legal em contrário, a cessão de um crédito abrange
também os seus acessórios.
( ) É proibido ao credor recusar o recebimento de prestação diversa da que lhe
é devida, quando aquela for mais valiosa.
( ) O contrato de compra e venda admite por objeto coisa atual ou futura.
a) V – V – V – V – V
b) F – F – V – F – V
c) F – F – F – F – F
d) F – F – V – V – V
e) V – F – V – F – F

Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: BNB Prova: FGV - 2014 - BNB - Analista
Bancário
O Código Civil disciplina o empréstimo de coisas nos contratos de
comodato e mútuo. Quanto às distinções entre esses contratos, analise as
afirmativas a seguir:

I- O comodato é um contrato consensual, unilateral e comutativo; o mútuo


é um contrato real, bilateral e aleatório.
II- O comodato é o empréstimo de coisas infungíveis; o mútuo é o
empréstimo de coisas fungíveis.
III- O comodato deve ser ajustado por escrito; o mútuo pode ser ajustado
verbalmente ou por instrumento público.
IV- O comodatário deverá conservar a coisa para aliená-la a terceiros; o
mutuário não poderá aliená-la a terceiros.
V- O comodato não transfere o domínio da coisa emprestada; o mutuário
adquire o domínio da coisa do mutuante.

Estão corretas somente as afirmativas:


Alternativas
A I e III;
B I e IV;
C II e IV;
D II e V;
E III e V.

I- O comodato é um contrato consensual, unilateral e comutativo; o mútuo


é um contrato real, bilateral e aleatório.

Tanto o comodato como o mútuo são unilaterais.

II- O comodato é o empréstimo de coisas infungíveis; o mútuo é o


empréstimo de coisas fungíveis.

certo. coisas infungíveis são que não podem ser substituídas ( ex: carro
), já fungíveis podem ( ex: dinheiro )
III- O comodato deve ser ajustado por escrito; o mútuo pode ser ajustado
verbalmente ou por instrumento público.

o comodato pode ser feito verbalmente.

IV- O comodatário deverá conservar a coisa para aliená-la a terceiros; o


mutuário não poderá aliená-la a terceiros.

errado. o mutuário tem o direito de aliená-lo a terceiros, já que é um


bem fungível.

V- O comodato não transfere o domínio da coisa emprestada; o mutuário


adquire o domínio da coisa do mutuante.

certo. no comodato o dono continua sendo quem emprestou por se


tratar de um empréstimo de uma coisa que não pode ser substituída,
já no mútuo não, o bem fica sobre a posse do mutuário.

A principal distinção entre comodato e mútuo é de que o primeiro é um


empréstimo de uso e o segundo é de consumo. Exatamente por isso, a
coisa a ser restituída no comodato é o bem utilizado (algo infungível) ao
passo que no mútuo se restitui bem da mesma natureza (fungível). No item
I há erro em se dizer o mútuo se trata de aleatório. No item III o erro está
na exigência de contrato escrito para o comodato, pois este pode ser
verbal. Por fim no item IV o erro está em afirmar que a coisa deve ser
mantida pelo comodatário para alienar a terceiros. Certas a II e a V.

Gabarito: Letra D

Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: BNB Prova: FGV - 2014 - BNB - Analista
Bancário
O contrato de compra e venda é uma espécie de negócio jurídico pela qual
um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o
outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. Com relação a esse contrato,
considere as afirmativas abaixo:

I. O contrato de compra e venda é nulo, quando se deixa ao arbítrio


exclusivo de uma das partes a fixação do preço.
II. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura.
III. A lei civil autoriza expressamente a compra e venda entre cônjuges, com
relação a bens excluídos da comunhão.
IV. A fixação do preço não pode, de maneira nenhuma, ser deixada ao
arbítrio de terceiro.

Assinale se:
Alternativas
A II e IV estiverem corretas;
B I, II e IV estiverem corretas;
C I, II e III estiverem corretas;
D IV estiver correta;
E I, II, III e IV estiverem corretas.

Resposta: Letra C.

I. CORRETA. (CC/02) Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando


se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço.

II. CORRETA. (CC/02) Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa
atual ou futura. Neste caso, ficará sem efeito o contrato se esta não vier a
existir, salvo se a intenção das partes era de concluir contrato aleatório.

III. CORRETA. (CC/02) Art. 499. É lícita a compra e venda entre cônjuges, com
relação a bens excluídos da comunhão.

IV. ERRADA. (CC/02) Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao
arbítrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem
designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o
contrato, salvo quando acordarem os contratantes designar outra pessoa.

Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: BNB Prova: FGV - 2014 - BNB - Analista
Bancário

As operações de empréstimo concedidas por instituições financeiras à


pessoa física ou jurídica que se dedique à atividade comercial ou de
prestação de serviços poderão ser representadas por Cédula de Crédito
Comercial ou por Nota de Crédito Comercial. Sobre esses títulos de crédito
e suas garantias, é correto afirmar que:
Alternativas
A nas cédulas e notas de crédito comercial, não poderão ser pactuados
juros capitalizados, sob pena de nulidade dos títulos e dos contratos a eles
vinculados;
B a não inscrição da cédula de crédito comercial no Cartório de Registro de
Imóveis retira sua validade tanto entre as partes quanto em relação a
terceiros;
C o beneficiário da cédula de crédito comercial é a instituição financeira
concedente do empréstimo; na nota de crédito comercial, a instituição
financeira é a emitente do título;
Da não identificação dos bens objeto da alienação fiduciária cedular
não retira a eficácia da garantia, que incidirá sobre outros de mesmo
gênero, quantidade e qualidade;
E é obrigatória a descrição dos bens objeto de penhor e do local de seu
depósito quando a garantia se constituir através de penhor de títulos de
crédito.

a) nas cédulas e notas de crédito comercial, não poderão ser pactuados


juros capitalizados, sob pena de nulidade dos títulos e dos contratos a eles
vinculados; poderão

b) a não inscrição da cédula de crédito comercial no Cartório de Registro de


Imóveis retira sua validade tanto entre as partes quanto em relação a
terceiros; terão validade entre as partes

c) o beneficiário da cédula de crédito comercial é a instituição financeira


concedente do empréstimo; na nota de crédito comercial, a instituição
financeira é a emitente do título; em ambos os títulos (Cédula de
Crédito Comercial ou Nota de Crédito Comercial), a instituição financeira
é concedente do empréstimo, sendo os emitentes as empresas que visam
a se capitalizar no mercado financeiro com finalidade comercial.

e) é obrigatória a descrição dos bens objeto de penhor e do local de seu


depósito quando a garantia se constituir através de penhor de títulos de
crédito. É dispensada a descrição dos bens objeto do penhor, ou da
alienação fiduciária quando a garantia se constituir através de penhor de
títulos de crédito, hipótese em que se estabelecerá apenas o valor global
(art. 3o da Lei 6.840/80).

Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: BNB Prova: FGV - 2014 - BNB - Analista
Bancário
Com relação à diferença entre aval e fiança, é correto afirmar que:
Alternativas
Ao aval é uma garantia pessoal, enquanto a fiança é uma garantia real;
B o aval é uma garantia real, enquanto a fiança é uma garantia pessoal;
C o aval é uma garantia constituída em um título de crédito, enquanto
a fiança é uma garantia estabelecida em contrato ou carta;
D no aval, o credor pode acionar diretamente o avalista, enquanto na
fiança se aciona o fiel depositário;
E o aval precisa da assinatura do cônjuge, enquanto a fiança não tem essa
exigência.

Aval e fiança são, ambas, espécies de garantias fidejussórias, ou pessoais.


Em regra, o aval é dado como garantia de títulos de crédito tais como
cheques, promissórias e Cédulas Bancárias. Já a fiança é garantia associada
a contratos e cartas (de fiança) em geral. De fato, no aval, o garantidor pode
ser cobrado antes do devedor ao contrário da fiança que exige a cobrança
do devedor inicialmente (e não do fiel depositário. Por fim, a fiança exige a
outorga uxória (assinatura do cônjuge).

Gabarito: Letra C

Ano: 2008 Banca: FCC Órgão: TCE-AL Prova: FCC - 2008 - TCE-AL -
Procurador
Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes
Alternativas
A se obriga a transferir o domínio de certa coisa e o outro a recebê-lo,
mediante o pagamento em dinheiro ou em outros bens.
B transfere o domínio de certa coisa, e o outro, se obriga a pagar-lhe certo
preço em dinheiro.
C quando se tratar de venda sobre documento, transfere o domínio da
coisa mediante a tradição, obrigando-se a entregar os documentos exigidos
pelo contrato, ou pelos usos locais, em prazo fixado de comum acordo
entre as partes.
D se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe
certo preço em dinheiro.
E transfere a propriedade resolúvel de certa coisa, e o outro se obriga a
pagar-lhe certo preço em dinheiro, como condição para adquirir o domínio
pleno.
Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a
transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em
dinheiro.

Ano: 2007 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: IEMA - ES Prova: CESPE - 2007
- IEMA - Advogado
Texto associado
É nula a fiança dada em valor inferior ou superior ao da obrigação principal,
pois, sendo a fiança acessória à obrigação contraída em outro contrato,
servindo-lhe de garantia, a sua fixação deve corresponder ao valor da
dívida principal.
Alternativas
Certo
Errado

Gabarito: ERRADO!
Não é nula não!!!
Vejamos:
Art. 823. A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e
contraída em condições menos onerosas, e, quando exceder o valor da
dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá senão até ao limite da
obrigação afiançada.
Espero ter contribuído!

Ano: 2022 Banca: FAU Órgão: EMDUR de Toledo - PR Prova: FAU - 2022 -
EMDUR de Toledo - PR - Advogado
Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a
transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço
em dinheiro. Sobre a compra e venda, analise as assertivas e assinale a
alternativa que aponta as CORRETAS:
I - A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os
contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro
não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando
acordarem os contratantes designar outra pessoa.
II - É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem
consentido.
III - Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma
autoriza a rejeição de todas.
IV - É ilícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens
excluídos da comunhão.
Alternativas
A
Apenas I, II e IV.
B
Apenas II, III e IV.
C
Apenas I.
D
Apenas I e II.
E
I, II, III e IV.

Gabarito: alternativa d).

Fundamento para a correção ou incorreção das afirmativas postas para


avaliação:

I - correta. Art. 485, CC. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de
terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se
o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo
quando acordarem os contratantes designar outra pessoa.

II - correta. Art. 496, CC. É anulável a venda de ascendente a descendente,


salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente
houverem consentido.

III - errada. Art. 503, CC. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito
oculto de uma não autoriza a rejeição de todas.

IV - errada. Art. 499, CC. É lícita a compra e venda entre cônjuges, com
relação a bens excluídos da comunhão.

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