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Gonçalves, Carlos Roberto. Teoria geral das obrigações / Carlos Roberto Gonçalves. -
Coleção Direito Civil Brasileiro. Volume 2 – 17. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020. Cit.P.20.
Gomes, Orlando. Direitos Reais - 21a ed. rev. e atual. - Rio de Janeiro: Forense, 2012. Cit P. 16.
Portanto, só serão oponíveis erga omnes quando faz-se necessário que todos
possam conhecer os seus titulares, para não molestá-los; e o registro e a tradição
tem essa função, atuando como meio de publicidade da titularidade de direitos reais.
Em contrapartida, os direitos pessoais seguem o princípio do
consensualismo, aperfeiçoando-se esses direitos através do acordo de vontade das
partes, dispensando a publicidade.
O referido artigo é a referência dos direitos reais e seu rol taxativo, contudo é
possível disciplinar outros direitos reais em leis especiais, como o Decreto-lei n.
58/37, Lei n. 4.728/65, Decreto-Lei n. 911/69; Lei n. 9.514/97; Lei n. 10.931/04; Lei n.
11.481/2007, Lei n. 13.043/14).
e) Princípio da Tipicidade: os direitos reais existem de acordo com os tipos
legais, definidos e enumerados por lei.
Nos direitos pessoais, pelo contrário, admitem-se contratos típicos e os
atípicos, em número ilimitado.
Após o estudo dos direitos reais e dos direitos pessoais, seus conceitos,
diferenças e princípios, é preciso que se faça o estudo de coisa e bem.
2. COISA E BEM
Caio Mário da Silva Pereira, por exemplo, dizia que: "Bem é tudo que
nos agrada" e diferenciava: "Os bens, especificamente considerados,
distinguem-se das coisas, em razão da materialidade destas: as
coisas são materiais e concretas, enquanto que se reserva para
designar imaterias ou abstratos o nome bens em sentido estrito".
Para esse doutrinador, os bens seriam gênero e as coisas espécies.3
E prossegue
3
Tartuce, Flavio. Qual a diferença entre bens e coisas?. Disponível em
https://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/121820217/qual-a-diferenca-entre-bens-e-coisas. Acesso em
23/06/2022.
3. CLASSIFICAÇÃO DA POSSE
O Capítulo I do Livro III da Parte Especial o Código Civil via tratar da posse e
de sua classificação, a distinguindo em posses direta e indireta; a justa e injusta; a
de boa-fé e má-fé.
Mas pelo exame do diploma legal permite-se que sejam apontadas outras
espécies de posse, quais sejam: posse exclusiva, composse e posses paralelas;
posse nova e posse velha; posse natural e posse civil ou jurídica; posse ad interdicta
e posse ad usucapionem; e posse pro diviso e posse pro indiviso.
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Gomes, Orlando. Direitos Reais - 21a ed. rev. e atual. - Rio de Janeiro: Forense, 2012. Cit.P.47.
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Gonçalves, Carlos Roberto. Teoria geral das obrigações / Carlos Roberto Gonçalves. -
Coleção Direito Civil Brasileiro. Volume 2 – 17. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020.
Cit.P.74.
Assim como a posse pode ser viciada objetivamente, isto é, por fato
ligado à própria relação possessória, há vício subjetivo cuja
existência, ou inexistência, determina a sua divisão em posse de
boa-fé e posse de má-fé.8
7
Gomes, Orlando. Direitos Reais - 21a ed. rev. e atual. - Rio de Janeiro: Forense, 2012.
Cit.P.49.
8
Gomes, Orlando. Direitos Reais - 21a ed. rev. e atual. - Rio de Janeiro: Forense, 2012.
Cit.P.49.
b) Posse Indireta: é o real proprietário do bem, mas por algum motivo não
está em contato físico e direto com a mesma.
Uma não anula a outra e coexistem no tempo e espaço, são posses jurídicas
autônomas, e implicam no exercício efetivo do direito sobre a coisa.
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Gonçalves, Carlos Roberto. Teoria geral das obrigações / Carlos Roberto Gonçalves. -
Coleção Direito Civil Brasileiro. Volume 2 – 17. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020. Cit.P.75.
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder,
temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a
indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto
defender a sua posse contra o indireto.
e) Civil ou Jurídica: aquela que se adquire por força da lei, não sendo
necessários atos físicos ou da apreensão material da coisa.
Conforme verifica-se, a posse pode ser classificada nas mais diversas formas,
e não se trata apenas de uma classificação acadêmica, mas sim de uma
classificação que gerará consequências aos possuidores e ao exercício da posse de
cada um deles.
GOMES, Orlando. Direitos Reais - 21a ed. rev. e atual. - Rio de Janeiro:
Forense, 2012.