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O direito real, por sua vez, não pode ser objeto de livre
convenção; está limitado e regulado expressamente por norma
jurídica, constituindo essa especificação da lei um numerus
clausus (CC, art. 1 .225, I a XII).
5) Quanto ao modo de gozar os direitos: 21
•Princípio da
exclusividade: segundo esse
princípio, não pode haver dois
direitos reais, com o mesmo
conteúdo, sobre a mesma coisa.
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ASSIM COMO OS DIREITOS SOCIAIS, OS
DIREITOS REAIS SÃO ESTABELECIDOS PELO
NORMAS DE
LEGISLADOR COMO SENDO LEGAIS,
ORDEM PÚBLICA
PREVISTOS TANTOS NA CF/88 QUANTO NO
CC/02
SÃO EXERCIDOS DE FORMA IMEDIATA SEM A
IMEDIATIVIDADE
INTERFERÊNCIA DE TERCEIROS
COISA O OBJETO DE BUSCA É A PROPRIA COISA, O BEM
DETERMINADA DETERMINADO ( CASA, CARRO, ETC.)
PERMANENTE O BEM É SEU ATÉ SEU FALECIMENTO,
É O PODER ABSOLUTO DO TITULAR SOBRE A
ABSOLUTO ERGA COISA, PORQUE SE EXERCE ERGA OMNES OU
OMNES CONTRA TODA A COLETIVIDADE, QUE DEVE-SE
ABSTER DE PERTURBAR ESSA RELAÇÃO
NUMERUS CLAUSUS AS REGRAS E DIREITOS SÃO TAXATIVOS
JUS IN RE QUER DIZER O DIREITO A COISA
OBJETO É A COISA
DIREITO DE DIREITO DE BUSCAR A COISA COM QUEM
SEQUELA ESTIVER OU ONDE ESTIVER
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NORMAS NORMAS DE AUTONOMIA PRIVADA DOS
DISPOSITIVAS SUJEITOS
SÃO EXERCIDOS DE FORMA MEDIATA COM A
MEDIATIVIDADE INTERFERÊNCIA DE TERCEIROS, DEPENDENCIA
DA OUTRA PARTE
COISA O OBJETO DE BUSCA É ALGO QUE PODE SER
DETERMINAVEL TANGIVEL PELO DIREITO
PRECISA DE UMA RELAÇÃO JURÍDICA PARA
DIREITOS TRANSITÓRIO
COMEÇAR E TERMINAR
RELATIVO – INTER FAZ COISA JULGADA APENAS PARAS AS PARTES
PESSOAIS PARTES ENVOLVIDAS
NUMEROS ABERTOS, É UM ROL
NUMERUS APERTUS
EXEMPLIFICATIVO DE DIREITOS.
JUS IN REM QUER DIZER O DIREITO A UMA COISA
OBJETO É A
PRESTAÇÃO
DIREITO DE DIREITO DE BUSCAR A OBRIGAÇÃO DE FAZER,
PATRIMONIO DAR, PAGAR, INDENIZAR, ETC.
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CLASSIFICAÇÃO
DA POSSE
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realiza-se independentemente de
translatividade, sendo, portanto, em
regra, unilateral, visto que
A aquisição originária independe da anuência do antigo
da posse possuidor, ou seja, efetiva-se
unicamente por vontade do
adquirente sem que haja
colaboração de outrem
a) a apropriação do bem pela qual o possuidor
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passa a ter condições de dispor dele livremente,
excluindo a ação de terceiros e exteriorizando,
assim, seu domínio. Essa apreensão é, no nosso
entender, unilateral, pois recai sobre coisas sem
possuidor atual por terem sido abandonadas (res
São modos aquisitivos derelictae) ou por não serem de ninguém (res
originários da posse: nullius) ou sobre bens de outrem, porém, sem o
consentimento deste, por meio dos vícios da
violência e clandestinidade, desde que cessados a
mais de ano e dia. A apreensão se revela em
relação aos bens móveis pela ocupação (art.
1 .263), e quanto aos imóveis pelo seu uso
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a efetiva ou material,
Gabriel era empregado caseiro do imóvel de praia de José Luiz, localizado no Balneário Camboriú. Após o falecimento de
José Luiz, nenhum familiar se apresenta a Gabriel, que, embora demitido pelo inventariante do espólio de José Luiz,
mantém-se no imóvel, cuidando dele como se seu fosse. Após dois anos do falecimento do ex-empregador e a realização
de diversas benfeitorias para a manutenção do imóvel às suas expensas, Gabriel é surpreendido, ao retornar de um rápido
passeio, com a ocupação do imóvel por sobrinhos de José Luiz, dizendo-se proprietários do bem.
Diante dessa situação, Gabriel:
A nada poderá fazer, pois os sobrinhos agiram mediante legítimo desforço possessório;
B poderá pleitear indenização pelas benfeitorias, mas não a posse, já que era mero detentor;
C não faz jus a indenização por benfeitoria e tampouco a reaver a posse, visto que esta era exercida de má-fé;
D pode se valer do imediato desforço possessório moderado para reaver, por autotutela, a posse;
E deve receber o valor das benfeitorias realizadas em dobro, por conta da posse de boa-fé.
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DETENÇÃO é a posse desqualificada juridicamente. É uma posse degradada. É uma situação de fato à qual o
direito nega efeitos jurídicos. Assim, o detentor não possui os direitos que são estendidos ao possuidor, como o de
indenização por benfeitorias. Ressalve-se que a doutrina admite, ao menos, que o detentor possa exercer a
legítima defesa da posse ou o desforço pessoal imediato, pois ele pode atuar em nome do possuidor.
O detentor não exerce posse própria, mas uma posse em nome de outrem. Esse detentor também pode ser
chamado de fâmulo da posse; de gestor da posse; de detentor dependente; ou servidor da posse. Ele sempre
estará em uma situação de dependência econômica ou vínculo de subordinação (pratica atos de mera custódia).
Em. 301 JDC: É possível a conversão da detenção em posse, desde que rompida a subordinação, na hipótese de
exercício em nome próprio dos atos possessórios.
Ex.:Um caseiro que cuidava de uma casa e da dona do imóvel, que já estava idosa. Com a morte da idosa, os
herdeiros acabaram por romper o vínculo empregatício com o caseiro. Porém, os herdeiros abandonaram o
imóvel, e o caseiro permaneceu na casa, fazendo até benfeitorias. Com isso, houve um rompimento do vínculo de
subordinação, e o caseiro passou a possuidor.
En 493 JDC – O detentor (art. 1.198 do Código Civil) pode, no interesse do possuidor, exercer a auto-defesa do
bem sob seu poder.
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• Invasão de propriedade;
Quais os tipos de • Ocupação de imóvel de maneira indevida;
esbulho? • Obstrução de passagem de moradores;
• Obstrução da locomoção de pessoas que
estejam trabalhando;
• Desapropriação indireta;
• Recusa na devolução de imóvel alugado ou
emprestado.
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Dessa forma, toda a legislação também fora adaptada à nova realidade, de forma
que o direito de propriedade (casse sempre delimitado pelo cumprimento da
função social, conforme se depreende da leitura do art. 1.228, §§1º e 2º do CC:
Art. 1.228. (...) § 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância
com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados,
de conformidade com o estabelecido em lei especial, a /ora, a fauna, as belezas
naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como
evitada a poluição do ar e das águas.
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Em suma, o conceito de
responsabilidade civil está
O que é intimamente relacionado ao
responsabilidade civil conceito de não prejudicar o
outro.
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Conforme Sílvio Venosa:
a) Posse com intenção de dono (animus domini) – Como exaustivamente demonstrado, a posse ad
usucapionem deve ter como conteúdo a intenção psíquica do usucapiente de se transformar em dono da coisa.
Entra em cena o conceito de posse de SAVIGNY, que tem como conteúdo o corpus (domínio fático) e o
animus domini (intenção de dono). Essa intenção de dono não está presente, pelo menos em regra, em casos
envolvendo vigência de contratos, como nas hipóteses de locação, comodato e depósito. Ilustrando e
concluindo pela não caracterização da intenção de dono, destaca-se o seguinte julgado: “Ação reivindicatória –
Alegação defensiva de usucapião – Testemunhas contraditadas a que se deu a valoração adequada – Comodato
caracterizado – Legatário que sempre residiu no local, até sua morte – Cessão graciosa de um imóvel nos
fundos da casa em que residia – Ausência do ‘animus domini’ pelo ocupante da edícula – Indenização devida a
partir do trânsito em julgado – Razoabilidade jurídica – Recurso parcialmente provido” (TJSP – Apelação com
Revisão 135.688-4 – São Paulo – 8.ª Câmara de Direito Privado – Rel. Nivaldo Balzano – 17.03.2003 – v.u.).
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b) Posse mansa e pacífica – É a posse exercida sem qualquer manifestação em contrário de quem tenha
legítimo interesse, ou seja, sem a oposição do proprietário do bem. Se em algum momento houver
contestação dessa posse pelo proprietário, desaparece o requisito da mansidão e, assim, a posse ad
usucapionem.
c) Posse contínua e duradoura, em regra, e com determinado lapso temporal – A posse somente
possibilita a usucapião se for sem intervalos, ou seja, se não houver interrupção. Contudo, como exceção
a ser estudada, o art. 1.243 do CC/2002 admite a soma de posses sucessivas ou accessio possessionis.
Quanto à duração, há prazos estabelecidos em lei, de acordo com a correspondente modalidade de
usucapião. Cumpre destacar a aprovação de interessante enunciado na V Jornada de Direito Civil,
estabelecendo que “O prazo, na ação de usucapião, pode ser completado no curso do processo,
ressalvadas as hipóteses de má-fé processual do autor” (Enunciado n. 497).
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d) Posse justa – A posse usucapível deve se apresentar sem os vícios objetivos, ou seja,
sem a violência, a clandestinidade ou a precariedade. Se a situação fática for adquirida
por meio de atos violentos ou clandestinos, não induzirá posse para os fins de
usucapião, enquanto não cessar a violência ou a clandestinidade (art. 1.208, 2.ª parte, do
CC). Se for adquirida a título precário a posse injusta jamais se convalescerá, segundo o
entendimento majoritário outrora exposto.
e) Posse de boa-fé e com justo título, em regra – Para a usucapião ordinária, seja de
bem imóvel ou móvel, a lei exige a boa-fé e o justo título (arts. 1.242 e 1.260 do CC).
Para outras modalidades de usucapião, tais requisitos são até dispensáveis, como se
verá mais adiante, havendo uma presunção absoluta ou iure et de iure de sua presença.
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Assim, dado o disposto no art. 1.244 do Código Civil, não pode ser alegada a usucapião:
a) entre cônjuges na constância do casamento;
b) entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar (JTJ, 200:117);
c) entre tutelados e curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela;
d) em favor do credor solidário nos casos dos arts. 201 e 204, § 1º, do Código Civil, ou do herdeiro do
devedor solidário, na hipótese do art. 204, § 2º, também do Código Civil;
e) contra os absolutamente incapazes de que trata o art. 3º;
f) contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados e dos Municípios;
g) contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra;
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Os modos terminativos da propriedade imóvel estão arrolados nos arts. 1.275, I a V, 1.276 e 1.228, §§ 3º, 4º e
5º, do Código Civil. São eles:
a) Alienação (art. 1.275, I)
b) Renúncia (art. 1.275, II)
c) Abandono (arts. 1.275, III, e 1.276, §§ 1º e 2º; Lei n. 13.465/2017, arts. 64 e 65)
d) Perecimento do imóvel (art. 1.275, IV)
e) Desapropriação por necessidade ou utilidade pública ou interesse social (CF, arts. 5º, XXIV, 182, §§ 3º e 4º,
III, 184, §§ 1º a 5º; CC, art. 1.275, V, 1.228, § 3º, 1ª parte)
f) Direito de requisição da propriedade particular (CC, art. 1.228, § 3º, 2ª parte)
g) Desapropriação judicial baseada na posse pro labore ou posse-trabalho (CC, art. 1.228, §§ 4º e 5º)
A usucapião (CC, arts. 1.238 a 1.244);
Acessão (CC, arts. 1.248 a 1.259);
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§ 1 o Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas
oubanquetas, presumem-se, até prova em contrário, pertencer a ambos os proprietários confinantes, sendo estes
obrigados, deconformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua
construção e conservação.
§ 2 o As sebes vivas, as árvores, ou plantas quaisquer, que servem de marco divisório, só podem ser cortadas, ou
arrancadas,de comum acordo entre proprietários.
§ 3 o A construção de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de pequeno porte, ou para outro fim, pode
serexigida de quem provocou a necessidade deles, pelo proprietário, que não está obrigado a concorrer para as despesas.
Art. 1.298. Sendo confusos, os limites, em falta de outro meio, se determinarão de conformidade com a posse justa; e, não
seachando ela provada, o terreno contestado se dividirá por partes iguais entre os prédios, ou, não sendo possível a
divisão cômoda,se adjudicará a um deles, mediante indenização ao outro.
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Conceito:
Determinado direito pode pertencer a
vários indivíduos ao mesmo tempo, caso
em que se configura a comunhão. Se
Direito de condomínio recair tal comunhão sobre um direito de
propriedade tem-se, na concepção de
Bonfante, o condomínio ou compro
priedade
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Bonfante distribuiu essas concepções teóricas em dois
grupos, que são:
a) os condôminos podem deliberar que a coisa fique em estado de indivisão, porém tal indivisibilidade não pode ser
pactuada por prazo superior a 5 anos, embora seja possível que se ajuste uma prorrogação (CC, art. 1.320, § 1º);
b) se a indivisão for condição estabelecida pelo doador ou testador, não poderá ela exceder ao prazo de 5 anos (CC, art.
1.320, § 2º); e, se, porventura, houver omissão do autor da liberalidade quanto ao tempo de duração daquele estado de
indivisão por ele exigido, entender-se-á que o foi somente por cinco anos. Vencido tal prazo, os condôminos poderão
requerer a divisão ou, se acharem mais conveniente, prorrogá-lo por mais cinco anos.
c) se se convencionar indivisão por prazo superior a 5 anos, automaticamente a este se reduz;
d) a ação divisória é imprescritível, pois, a todo tempo, pode ser promovida a divisão (CC, art. 1.320); entretanto, se cessar
o estado de comunhão pela posse de um dos consortes por prazo superior a 15 anos, tem-se a prescrição aquisitiva e o
imóvel não mais poderá ser objeto de divisão. O mesmo se dará se vários comunheiros possuírem, por 15 anos, suas
respectivas porções materialmente determinadas no solo, como se tivesse ocorrido uma divisão;
e) a requerimento de qualquer interessado e se graves razões o aconselharem, pode o magistrado determinar a divisão da
coisa comum antes do prazo (CC, art. 1.320, § 3º).
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Sendo o condomínio em edifício de apartamentos um condomínio especial ou forçado, não podem os condôminos extingui-lo
por convenção ou por via judicial. De modo que, enquanto o prédio subsistir em caráter coletivo, o condomínio é
inextinguível.
Casos de extinção dessa modalidade de condomínio são:
a) desapropriação do edifício, caso em que a indenização será repartida na proporção do valor das unidades imobiliárias (CC,
art. 1.358);
b) confusão, se todas as unidades autônomas forem adquiridas por uma só pessoa;
c) destruição do imóvel por qualquer motivo, como, por exemplo, incêndio total (CC, art. 1.357, 1ª parte);
d) demolição voluntária do prédio, por razões urbanísticas ou arquitetônicas, ou por condenação do edifício pela autoridade
pública, por motivo de insegurança ou insalubridade (Lei n. 6.709/79, art. 1º) ou por ameaça de ruína (CC, art. 1.357,
1ª parte);
e) alienação a uma só pessoa natural ou jurídica ou reconstrução de todo o prédio, com aprovação dos condôminos, que
representem metade mais uma das frações ideais.
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