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IMOBILIÁRIO
A desapropriação é perda
compulsória (sem vontade do
titular) de um bem particular ou
público (corpóreo ou incorpóreo)
por determinação do poder
público (ato administrativo
formal) que determina a
expropriação da coisa,
normalmente por meio de
pagamento de indenização.
Figura 6 – Ação de desapropriação
Fonte: Pixabay
A desapropriação é a transferência de propriedade particular para o
poder público de forma compulsória. A transferência desse bem tem que
ser motivada por uma clara necessidade ou utilidade pública ou um
interesse social que demonstre tal necessidade.
Por um lado, a norma protege a propriedade, gerando a sua inviolável,
tendo em vista o seu caráter constitucional (direito fundamental), pois é
assegurado a qualquer sujeito. Por outro lado, o Estado, por meio da
legislação, institui prioridades públicas, econômicas e sociais, cujo
interesse sobrepõe ao particular. Ou seja, estando em conflito um direito
privado e um direito público, em regra, sobrepõe-se o direito público.
O ato de desapropriar acompanha o pagamento de indenização ao
proprietário, como podemos ver no art. 5º, XXIV da Constituição Federal:
“a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade
ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia
indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
Constituição” (BRASIL, 1988, on-line).
Regulamentação da desapropriação
Figura 7 – Desapropriação
Fonte: Pixabay
A Lei nº 8.629/1993 trata da regulamentação dos dispositivos
constitucionais relativos à reforma agrária. Por isso, se o imóvel rural não
adimplir a função social, estará passível de desapropriação.
Para a verificação do adimplemento da função social, é necessário
observar as regras da Lei Complementar nº 76/1993 e do Decreto nº
12.250/1997.
A desapropriação não é um confisco da propriedade, mas um modo de
transferência forçada, derivada de um ato administrativo unilateral e
declaratório do poder público, no qual o bem vem a integrar o patrimônio
público. No caso da desapropriação judicial indireta, vem integrar o
patrimônio do particular, mediante uma decisão judicial.
O ato de desapropriar é oriundo do Estado, ou seja, o Estado extingue a
propriedade de determinado indivíduo sobre o bem, mediante o
pagamento de indenização. Contudo, no Código Civil, a desapropriação
aparece no § 3º do art. 1.228: “o proprietário pode ser privado da coisa,
nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou
interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público
iminente” (BRASIL, 2002, on-line).
4. Ação reivindicatória