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Distinções:
Relativamente ao Objeto – O Objeto do Direito Obrigacional é sempre
uma prestação (dar, fazer ou não fazer) do Devedor; no Direito Real, o
objeto pode ser uma coisa corpórea ou incorpórea;
Obrigações podem ser continuadas (não há data para cessar o “não
fazer/fazer), tendo fim apenas no final de um contrato em questão;
Não há prestação no Direito Real, pode-se fruir a vontade da coisa;
Relativo ao Limite – O Direito Obrigacional é ilimitado, sensível e
com a autonomia da vontade permitindo a criação de novas figuras
contratuais (nominados/inominados);
Já o Direito Real não pode ser objeto de livre convenção já que está
limitado e regulamentado expressamente pela lei (art.1225);
O Direito Obrigacional é ilimitado, desde que observadas as devidas
restrições básicas (capacidade das partes, etc.);
Autonomia da vontade (as partes pagam caso algo ilícito aconteça,
ninguém mais fora do negócio);
Quanto ao Direito Real, é totalmente limitado pela lei;
Relativo a Extinção – Os Direitos Obrigacionais extinguem-se pela
inércia do sujeito, prescrevendo caso as partes não busquem o direito
pleiteado;
Quanto aos Direitos Reais, conservam-se até que se constitua uma
situação contrária em proveito de outro titular (vender um objeto, logo
extingue-se o direito que antes possuía o vendedor detentor do objeto);
Quanto ao Modo de Gozar os Direitos – O Direito Obrigacional exige
sempre um intermediário, que é aquele que está obrigado à prestação.
No Direito Real não existe um intermediário, sendo que o titular goza
diretamente do direito sobre a coisa, desde que ela possa estar à sua
disposição;
Ação ou omissão (fazendo ou dando) do devedor (cumprindo
obrigação negativa);
Sem intermediários no Direito Real, podendo assim gozar/fruir
livremente da coisa;
Sem a possibilidade de criar tipos de direitos reais (todos encontram-se
previamente estipulados pelo Art.1225 do CC);
A obrigação será extinta em casos fortuitos ou de força maior (salvo
esteja previamente estipulado e convencionado em contrato);
Em Relação ao Abandono – O abandono é característico do Direito
Real, podendo o titular abandonar a coisa. No Direito Obrigacional não
pode haver o abandono do negócio;
No Direito Obrigacional, existem obrigações que devem ser futuramente
cumpridas;
Quanto ao Uso Capião – Pode-se afirmar que é modo aquisitivo de
Direito Real e Não Obrigacional;
Bens Imóveis: Art. 1238 a 1244;
Bens Móveis: Art. 1260 a 1262;
O Uso capião seria a posse mansa e pacífica de uma propriedade de
propriedade por outrem, como se dono fosse;
Situação na qual determinado proprietário não cuida de um bem móvel
ou imóvel;
Objetos Híbridos:
Ônus Reais – São obrigações que limitam, ainda que parcialmente a
fruição e a disposição da propriedade;
Natureza Jurídica – obrigações de realizar, periódica ou reiteradamente
uma obrigação, que recaem sobre o titular de certo bem, portanto ficam
vinculados à coisa que servirá de garantia para seu cumprimento;
Um exemplo seria a hipoteca (art. 1473/74 do CC);
Obrigações com Eficácia Real – Terá eficácia real quando, sem perder
seu caráter de direito a uma prestação, se transmite e é oponível a
terceiro que adquira o direito sobre determinado bem;
Exige registro em cartório; Ex. Art. 576 147/18 CC
Art. 1418 – Garantias no que tange “negócios de gaveta”;
Promessa de compra e venda (no final, obrigação real de transferir bem
ao comprador);
Obrigação de transferir;
Prestação Obrigacional:
c) Determinada ou Determinável: Quando houver a perfeita
individuação do objeto da prestação ou:
Quando houver a individuação (for feita) no momento de seu
cumprimento mediante critérios estabelecidos no contrato ou em lei;
Objeto com número de edição tem individualização;
Como exemplo, podemos utilizar o caso da compra de um carro (o
comprador escolhe entre uma série de 5 carros idênticos, sendo aquele
escolhido pelo mesmo que irá ganhar individualidade por registro;
Ao escolher personalizações, têm-se a individualização;
Torna-se individual o bem a partir da nota fiscal;
O comprador dá as características quando compra, individualiza;
Obrigação deve ter valor econômico;
Obrigações ilíquidas são aquelas nas quais não é possível estipular
valor exato, sendo necessária a liquidação;
d) Patrimonial: Que seja suscetível de estimação econômica;
Fato Jurídico:
Natural – Fenômeno natural sem intervenção humana;
Humano – Voluntário (pessoa possui escolha, como num casamento,
contrato) ou involuntário (pessoa não tem escolha, como num caso
ilícito no qual a mesma tem a responsabilidade de reparar o dano,
ressarcir);
Responsabilidade Civil Objetiva – Obrigação que vincula o
ressarcimento aos casos de risco (acidente de ônibus num trajeto, a
agência deve ressarcir as vítimas);
Não existe o dolo/vontade, mas existe a obrigação humana involuntária
da agência de ônibus;
2°Bimestre
2°Bimestre:
Obrigações Solidárias:
1) Conceituação (M.H Diniz): É aquela em que, havendo multiplicidade
de credores ou de devedores, ou de uns e outros, cada credor terá
direito a totalidade da prestação, como se fosse o único credor, ou
cada devedor estará obrigado débito todo, como se fosse um único
devedor;
Conceito (Caio Mário): Há solidariedade quando na mesma obrigação
concorre pluralidade de credores, cada um com direito a dívida toda,
ou pluralidade de devedores, cada um obrigado a ela por inteiro;
Solidariedade existe pela multiplicidade de credores, nascendo da
vontade das partes ou da lei;
Cada um deve igualmente, um podendo quitar para todos e logo depois
executar os outros devedores;
Pessoas respondem conjuntamente;
Deve haver causa de solidariedade;
Quando o credor principal recebe, extingue a obrigação (cabendo ao
mesmo dividir entre os outros credores);
Sem formalidade excessiva (simples cláusula convencional entre os
envolvidos);
Alguns casos já nascem com a cláusula solidária pela lei;
Objetivo - Estabelecer o tratamento da pluralidade pela unicidade, ou
seja, unificar o múltiplo;
Natureza Jurídica – Na solidariedade, devedores e credores se unem
para conseguir o mesmo fim. Nela haverá tantas relações obrigacionais
quantos forem os credores e devedores, unidos pelo fim comum, pela
unicidade de objetos, identidade ou da prestação;
Fontes da Obrigação Solidária:
a) Legal – Quando prover de comando normativo expresso; Ex. Art.585
(comodato); Art. 942 (reparação de danos);
b) Convencional ou Contratual – Quando decorrer da vontade das
partes pactuadas em contratos/negócios jurídicos;
Na solidariedade há um feixe de obrigações oriundas da mesma fonte,
com igual conteúdo apresentando ainda comunidade sem fim;
3° Bimestre:
Modalidades:
O Cessionário correrá o risco da insolvência do devedor (cedido). Art.
296;
D1) Cessão Pro Soluto – Ocorre quando houve a quitação plena do
débito do cedente para com o cessionário;
O cedente (credor) responde pela EXISTÊNCIA e LEGALIDADE do
crédito, mas NÃO RESPONDE pela solvência do cedido (devedor);
A regra do CC é o Pro Soluto (pressuposto que o contrato de cessão
seja assim, salvo disposição contrária);
O cedente da a quitação e está quitado, sem delongas;
D2) Cessão Pro Solvendo – Quando o cedente somente verá quitada a
sua obrigação com o 3°, o novo credor, (cessionário) quando o
devedor (cedido) efetivamente quitar a obrigação;
Credor responde pela solvência do devedor, só estando este livre da
relação quando o mesmo realizar o pagamento;
Pro solvendo seria um acordo no qual uma possível insolvência seria
responsabilidade do cedente/credor;
Só efetivamente quitada a obrigação quando o cedido efetivamente
realizar o pagamento ao cessionário (condições em contrato fundadas
em futuridade e incerteza);
Responsabilidade solidaria entre as partes (credor e
devedor/cedente e cedido);
Objeto da Cessão:
QUALQUER crédito, vencido ou não, que conste de um título ou não,
ajuizado ou não, DESDE QUE não se oponha (art.286 CC):
A) A Natureza da Obrigação – São incedíveis créditos de Direito
Personalíssimo (art.11 CC) e créditos alimentícios;
B) A Lei – Visto que não são cedíveis: Herança de pessoa viva
(art.426 CC), Créditos (já penhorados) (art.298 CC), o benefício da
justiça gratuita (Lei n°1.060/50, art.10), A Preempção (Art.520);
C) Convenção com o devedor, pois as partes ajustaram sua
intransmissibilidade;
Forma de Cessão: A lei NÃO EXIGE forma específica ou solene para
a realização da cessão de crédito. Ela aperfeiçoa-se com a simples
declaração de vontade do cedente e do cessionário
(art.107);
d) Requisitos Legais:
d.1) Capacidade das partes;
d.2) Objeto lícito (presentes e futuros, exceto obrigações
personalíssimas);
d.3) Forma Legal: Regra livre ou forma escrita (quando tiver bem
imóvel ou lei estipular que deve transcorrer expressamente); como
exemplo podemos citar as fianças e reservas de domínio como negócios
que precisam de forma legal escrita;
Cessão de Crédito – CR + DV, porém credor cede para 3°
(cessionário). Pode passar de forma livre, não havendo necessidade
de concordância do DV;
Cessão de Débito – CR + DV, porém aqui o devedor quem cede,
porém precisa de permissão do CR para transferir a obrigação ao
cessionário;
Cessão de Contratos:
Conceito – É a transferência da inteira posição ativa e
passiva (crédito e débito), do conjunto de direitos e obrigações de
que é titular uma pessoa, derivados de contrato bilateral já ultimado
(ponto de vista formal), mas de execução ainda não
concluída;
Podemos exemplificar na Cessão de Locação, cessão esta na qual ao
ceder a locação para terceiro (cessionário), o locatário não apenas
cede o direito de usar e fruir o imóvel, como também a obrigação de
pagar o aluguel ao locador. Fica evidente aí as posições ativas e
passivas cedidas;
JUNÇÃO DE CRÉDITO E DÉBITO, que não se encontra propriamente
expressa no CC;
Contratante A pode ceder suas devidas posições (transfere créditos ou
débitos, obrigação ativa ou passiva, respectivamente) para Cessionário
3°, porém com a anuência do contratante B quanto ao débito (como já
visto anteriormente);
Cedente (transfere sua posição contratual); Cessionário (adquire a
posição transmitida/cedida); Cedido (o outro contratante, que consente
na cessão realizada pelo cedente);
Apenas execuções continuadas (não se aplica em contratos
imediatos, não havendo como ceder nestes casos);
A partir da quitação de uma das partes, sobram apenas Créditos ou
Débitos (dependendo de qual lado da equação de contratantes
estivermos olhando, qual obrigação foi quitada ou não );
Créditos não necessitam da anuência por parte de um contratante
para a cessão, apenas débito (como já visto anteriormente na
assunção de dívida);
1) Pagamento em Consignação:
A) Conceito – É o meio indireto do devedor exonerar-se do liame
obrigacional, consistente no depósito em juízo (judicial) ou em
estabelecimento bancário (extrajudicial) da coisa devida, nos
casos e formas legais;
Por alguma razão, credor não aceita a forma de pagamento do
devedor; não aceita receber (desacordo quanto valor, lugar do
pagamento, dentre outros);
É levado ao judicial (exonera o devedor da dívida ou então considera-
o improcedente);
Exoneração – Serve como quitação, não fica mais obrigado a pagar
ao devedor;
B) Natureza Jurídica – Na ação de consignação, ante a sua finalidade
específica, não se discute a validade contratual (RT 391/367, RT
390/270), nem a natureza ou substância do contrato (RT 390/267).
Todas as questões fundadas na lesividade do negócio, na alteração
de cláusula contratual, ou na existência do direito de
arrependimento;
C) Com pagamento no CPC (art.539);
D) Com pagamento Extra Judicial;
E) Requisitos:
Impossibilidade de pagamento ao credor (por motivos
adversos, tais como o mesmo residir em bairro de alta periculosidade);
Credor incapaz, desconhecido, ausente, ou residir em lugar incerto
(335,III); dúvidas quanto a quem é o credor, se pender litígios sem o
objeto do pagamento
F) Consignação Extrajudicial (334 CC e 539 CPC);
Pagamento em Consignação:
Espécies:
A) Judicial – Cabível quando não pode ou se recusa a receber o
pagamento ou dar quitação. Quando o credor não vai e nem manda
outrem em seu lugar para receber determinada coisa. Se o credor não
for capaz de receber, for desconhecido, ou residir em lugar incerto ou de
acesso complicado. Existem dúvidas acerca de quem realmente deve
receber e também em casos que pende litígios sobre o objeto da
relação;
B) Extrajudicial – Não há necessidade de se entrar em juízo, assim,
quando o devedor deposita o montante devido, há a cessação da
correção monetária que haveria com o inadimplemento e o
devedor deixa de estar em mora. Art.539, CPC;
Obrigações em dinheiro;
Remissão de Dívidas:
1) Conceito – É a liberdade efetuada pelo credor, consistente em
exonerar o devedor do cumprimento da obrigação;
DEVE SER ACEITA pelo devedor (consentimento);
Exigência de vontade unilateral do credor, devendo o devedor aceitar
expressa/tacitamente;
3) Espécies de Remissão:
A) Total ou Parcial;
B) Expressa - Com declaração do credor (pública/particular);
C) Tácita – Ocorre do comportamento do credor, incompatível com a
qualidade do credor, por traduzir de forma inequívoca, a intenção
liberatória. Como exemplo:
Quando se contentar com quantidade inferior à totalidade de seu crédito;
Quando destrói título na presença do devedor;
Quando faz chegar ao devedor a ciência da destruição do título;
Da Confusão:
1) Conceito – Confusão é a aglutinação, em uma única pessoa e
relativamente a mesma relação jurídica, das qualidades de credor e
devedor por ato inter-vivos ou causa mortis, operando a extinção do
crédito;
2) Requisitos:
A) Unidade de relação obrigacional (mesmo crédito/obrigação);
B) União, na mesma pessoa, das qualidades de credor e devedor;
C) Ausência de separação dos patrimônios;
3) Espécies:
A) Total ou própria – toda dívida;
B) Parcial ou imprópria – parcial do crédito/débito;
4) Exemplos:
A) inter-vivos – Empresas;
B) causas mortis – sucessão hereditária;