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Aula 01 – 23.02.

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Revisão:

Os fatos jurídicos se dividem em fatos naturais e fatos humanos.


O nascimento gera e cria o direito de herança, ou seja, filhos alteram a cadeia
sucessória onde antes os herdeiros seriam os pais da pessoa, passa agora a ser esses,
os filhos.
A morte é um fato natural ordinário que cria, modifica e extingue os direitos de
propriedade e personalidade, com exceção daqueles que o próprio código civil
brasileiro admite transferência para seus herdeiros.
Fatos jurídicos naturais extraordinário são imprevisíveis, e mesmo que previsíveis não
decorrem de nenhuma conduta humana, e tendo em mãos o poder de criar, modificar
ou extinguir relações jurídicas.
Fatos jurídicos que decorrem de uma conduta humana: eles seguem o ordenamento
jurídico brasileiro ou confrontam o ordenamento jurídico brasileiro? Assim, os fatos
jurídicos humanos se subdividem entre lícitos e ilícitos.
A única diferença entre os humanos e os naturais, é que sejam eles lícitos ou ilícitos, os
humanos decorrem unicamente de uma conduta humana, mas também possuem a
capacidade de criar, modificar extinguir as relações jurídicas no direito.
Ato ilícito =/ ato antijurídico: sobretudo na imputabilidade; todos os incapazes
cometem atos inflacionais, não cometeram um crime, não praticaram um ato ilícito,
para o direito penal eles praticaram uma conduta infracional.
NÃO EXISTE NEGÓCIO JURÍDICO SEM PRESTAÇÃO DE VONTADE. (se alguém casa
enganado, o casamento não produz negócio jurídico).
Desapropriação (atende ao princípio de supremacia do interesse público em
detrimento do interesse do particular) =/ venda: o estado (coletividade) necessita de
um área em detrimento do bem coletivo como alargar uma rua, construir uma praça,
inaugurar um hospital, o estado irá desapropriar o proprietário atendendo a uma
finalidade específica e mediante o pagamento de uma preço justo, então ai não cabe a
vontade do proprietário (mesmo uma venda/compra sendo um negócio jurídico e
necessitando de prestação de vontade, nesse caso não será uma venda/compra, será a
desapropriação que não é caracterizado como negócio jurídico , a desapropriação é
um ato jurídico não negocial, estando na cadeia de direitos protestativos).

Ao observar o dano, é necessário olha-lo nos seus dois aspectos, material e moral (944 do CC),
“A indenização mede-se pela extensão do dano”, não apenas o que você perdeu, em outras
palavras, tudo aquilo que você deixou de ganhar, e quando é dito o dano moral, são todos os
prejuízos causados a alma ou aqueles “direitos” protegidos pelo próprio direito (nome, honra e
assim sucessivamente).

Condição suspensiva: será efetuada até o complemento da condição, futuro incerto. (lhe darei
10.000 quando você completar seu curso de direito).

Condição resolutiva: desde já fará jus das consequências jurídicas e se extinguirão com o
complemento da condição (você poderá usufruir da minha casa até completar seu curso de
direito).
Atos do dia-a-dia como comprar, casar, vender, alugar, entre outros geram obrigações e as
obrigações estão circunscritas as relações jurídicas.

O CC de 1916 refletiu as vontades das classes dominantes do séc. XIX, da burguesia que até
então não teve espaço na sociedade, e quando essa classe chega ao poder exige liberdade, e
assim esse CC foi permeado pelo princípio da autonomia da vontade. Assim esse ideal de
liberdade (francês) irá perdurar até 2002, mas quando chega 1988 o estado brasileiro implanta
uma nova concepção da CF de 88, a constituição cidadã que tem como princípio supremo a
dignidade das pessoas humanas.

Não é possível dar as mesmas condições para aquele que não as mesmas condições, por isso
existem, por exemplo, política pública de proteção as mulheres, que são iguais aos homens no
direito, mas historicamente não são. Contudo, essa autonomia desenfreada no CC gera
injustiça e confronta a CF e assim é criado o CC de 2002, onde é flexibilizado a autonomia da
vontade e passará a ser o princípio do CC a boa-fé objetiva.

O direito do consumir é um subespecialidade do direito civil!

*ilicitude por omissão.

Enriquecimento sem causa (quando não dá razão, fundamentos ou justificativa para o


aumento patrimonial) =/ enriquecimento ilícito (enriquece mediante aproveitamento da
ilicitude)

Segundo o STJ a simples cobrança indevida não causa danos

Aula do dia 25.02.21

As obrigações podem decorrer de diversas fontes das leis, e por isso a lei será entendida como
fontes mediatas/secundárias das obrigações; Atos ilícitos também geram obrigações.

Características das obrigações:

1. Transitoriedade, não existe obrigação eterna, não existem obrigações perpetuas, as


obrigações existem um ciclo de vida, e quando satisfazemos essas obrigações elas se
extinguem.
2. Natureza patrimonial, elas não integram qualquer direito subjetivo.
3. As obrigações dizem respeito essencialmente a pessoas, mas é possível ter obrigações
que dizem respeito as coisas (obrigações propter ren).

As imobiliárias são responsáveis por suas ações: obrigação das coisas.

Escritura publica provando que “antigo dono” afirmou que o condomínio e todas as obrigações
se encontraram preferivelmente em dia, e de que todo as obrigações a partir do dia da compra
pertence ao “novo dono”

Obrigação própria da coisa, propter ren, as unidades imobiliárias são responsáveis pelas suas
obrigações, o documento uma vez escrito na escritura pública quita as obrigações, e se o
“antigo dono” provas que nada deve, não tem nenhum valor provante e o imóvel continuará
responsável por todas essas obrigações, assim o condomínio deverá saber em nome de quem o
imóvel se encontra registrado, que no caso é o “novo dono”, e será contra “novo dono” que
moverá a ação de cobrança, não cabendo nenhum argumento do mesmo, mesmo que o
“antigo dono” faltou com a boa-fé ou mostrar a escritura pública, por ser uma obrigação
própria da coisa o imóvel deverá cumprir a obrigação se não será penhorado para satisfação
da obrigação em favor do condomínio.

Entretanto, em razão de um contrato em que o vendedor se comprometeu a pagar e cumprir


todas obrigações existentes até a data da assinatura do contrato, o “novo dono” pode mover
uma ação regressiva contra o “antigo vendedor”, mas o “novo dono” não poderá se furtar e
tentar afastar seu dever de pagar essa obrigação.

A relação jurídica obrigacional não é integrada por qualquer espécie de direito subjetivo, mas
somente aquele de conteúdo econômico, sobre os direitos de crédito, descartando os direitos
de personalidade, até por que não é possível transacionar esses direitos (a honra o nome a
personalidade), essa obrigação termina com seu cumprimento e não com seu pagamento.

Sujeito: devedor (sujeito passivo) e credor (sujeito ativo da relação obrigacional) >> toda
relação jurídica obrigacional deverá ter pelo menos um credor e um devedor, porém é possível
ter uma universalidade de pessoas seja no polo ativo ou no polo passivo (pode um devedor
dever a uma universalidade de credores).

Inadimplemento: é o não cumprimento de uma obrigação no prazo determinado, sujeito


inadimplente. >> esse descumprimento obrigacional gera a responsabilidade.

estrutura da obrigação:

Direito objetivo: regra geral, norma, diz respeito a todos, generalidade, impessoalidade. >>
elemento objetivo da relação obrigacional: PRESTAÇÃO

Direito subjetivo: diz respeito a alguém em particular. >> elemento subjetivo da relação
obrigacional: CREDOR E DEVEDOR

*Obrigação negativa: obrigação de não fazer

*surgindo do conceito de direito objetivo e subjetivo é possível identificar os elementos


objetivos e subjetivos.

Fontes das obrigações:

Fonte imediata da obrigação: a própria lei.

Aula do dia 02.03

Art. 313 CC: “ainda que mais valiosa” >> o credor não está obrigado a receber obrigação
diversa daquela constituída, ainda que mais valiosa. (exemplo do celular da apple).

O consumidor é o sujeito mais frágil e vulnerável na relação.

Ninguém pode se responsabilizar por aquilo que não se obrigou! (exemplo do cônjuge), isso
traria imensa inseguranças jurídicas; eu não sou obrigada daquilo que meu marido se
obrigou!

Se o fiador declara que é casado, é necessário tomar anuência do cônjuge.

O acessório acompanha o objeto/principal (vaca prenha)


Todas as obrigações são objetos de prescrição!

*embarco de terceiros.

*ação de regresso ou ação regressiva

Classificação especial das obrigações: as obrigações são facultativas, alternativas cumulativas,


divisíveis, liquidas e ilíquidas; dizem ao objeto da obrigação

obrigações fracionárias: quando pode ser fracionada a determinado(s) devedor(s), ao contrário


das obrigações conjuntas que não podem ser fracionárias.

Obrigação alternativa: que pode até ser confundida com a obrigação facultativa;
sendo esta aquela obrigação que tem por objeto (prestação) duas ou mais obrigações;
a quem cabe essa escolha? A escolha sempre deverá cair sobre o devedor. Se as duas
prestações perecerem, por exemplo, há de se avaliar o aspecto da culpa do devedor,
se o mesmo não tiver culpa extingue-se obrigação; porém se for comprovada a culpa
do devedor há de verificar de quem coube a escolhe e avaliar o aspecto das perdas e
danos.
As obrigações podem ser divisíveis ou indivisíveis (as vezes é natural ou material, ou
seja, próprio do objeto da obrigação, como por exemplo um animal e outros seres
moventes, além desses há quando a lei coloca a impossibilidade de um fracionamento
ainda que fisicamente seja possível, como o módulo/gleba rural, que é determinada
por lei essa indivisibilidade jurídica; há obrigação é indivisível também por convenção
ou estabelecimento contratual)
Obrigação liquida: a obrigação economicamente certa, pecuniariamente determinada.

Obrigações especiais:

Obrigações solidárias:

Aula do dia 04.03


Obrigação de dar: uma coisa certa (que não pode ser substituída por nenhuma outra,
não admitindo substituição por dinheiro, e se aceitasse essa substituição não
estaríamos diante de uma obrigação de dar simples, englobando a obrigação de
restituir, contudo ao falar de obrigação de dar, você estará oferecendo algo que antes
não pertencia ao credor enquanto nas obrigações de restituir, você está devolvendo
aquilo que já foi uma vez do credor) ou uma coisa incerta.

*a obrigação de dar envolve tanto um bem móvel quanto bem imóvel; as obrigações com bens
móveis se satisfazem com mera tradição/entrega, já os bens imóveis vão além da tradição pois
admite-se para os bens imóveis o registro no cartório, no cartório de registro de imóveis. >> a
única coisa que garante a propriedade é o registro do imóvel.

*obrigação de dar a coisa certa gera apenas um direito a coisa, ao bem e não exatamente um
direito real, então o vínculo por si só não tem o condão de fazer adquirir a propriedade, e por
tal razão não seria exatamente correto reafirma que “a obrigação de dar o conteúdo é a
entrega de uma coisa”, pois o bem imóvel ainda necessita da sua transcrição no registro.

Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados,
salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso (princípio da
acessoriedade) >> caso de um bem imóvel ser por exemplo uma vaca, e mesmo estando
grávida o devedor não poderá aumentar o valor do bem e muito menos mudar a data
obrigacional por conta da gestação da vaca, nesse caso a obrigação começa ao compactuar o
negócio.

Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder (destruição total da coisa, a
coisa deixou de existir, o preço neutralizou), sem culpa do devedor, antes da tradição, ou
pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes (como o
direito não admite o enriquecimento sem causa, ele terá que devolver tudo aquilo que recebeu,
ou seja, a restituição dos valores recebidos); se a perda resultar de culpa do devedor,
responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. (incluído os danos morais: tudo
aquilo que o credor deixou de ganhar).

*sendo culpado, terá que arcar além da restituição dos valores pagos (essa restituição não irá
se restringe apenas aquilo que pagou efetivamente o preço da coisa, mas tudo que envolveu o
pegamento).

*restituição: é reparar o dano causado ao credor, não só por aquilo que o mesmo pagou, mas
tudo aquilo que ele deixou de ganhar.

Art. 235. Deteriorada (perda parcial, seria um prejuízo no preço de mercado, redução de
preço, falta de zelo), não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou
aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.

Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no
estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das
perdas e danos. >> no caso de deterioração da coisa, poderá haver um abatimento no preço
sem prejuízo de perdas e danos, tal situação acontece muito e é prevista no CDC.

*o CDC das 3 opções para resolução do problema:

1. restituição do valor sem prejuízo de perdas e danos.

2. ficar com o bem e sofrer abatimento no valor.

3. substituição por outro produto de valor igual ou superior sem qualquer cobrança excessiva,
cabendo a escolha ao consumidor.

Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. >> dano sendo ele moral ou material,
e no aspecto moral não é tudo que você pagou, mas tudo aquilo que você perdeu.

Art. 237. Até a tradição (entrega) pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos
(benfeitorias, podendo ser elas as necessárias, imprescindíveis para a manutenção da coisa,
única que é indenizável, podem ser úteis, que melhoram e facilitam seu uso, podem também
ser voluptuárias, que mesmo podendo enriquecer a propriedade são desnecessárias) e
acrescidos (são construções), pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não
anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.

*o critério para distinguir de a benfeitoria é necessária ou não, não é subjetivo, ou seja, não
varia de acordo com cada pessoa, é aquilo que já está prescrito como necessário (pintura de
uma casa, por ser necessário a manutenção de higiene e para preservar o imóvel).

Parágrafo único. Os frutos percebidos (colheita, por exemplo) são do devedor, cabendo ao
credor os pendentes (os que estão a colher).
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder
antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus
direitos até o dia da perda.

Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o


caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor
de boa-fé ou de má-fé.

Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto
neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé. >> se o arrendamento termina em
dezembro de 2020, mas a colheita só se daria em condições de normalidade em março e
mesmo assim o devedor os colhe verde para não perder, isso será um prejuízo ao credor,
embora colhidos eles não pertencem ao devedor que agiu de má-fé

*fruto natural: o cacau, por exemplo

*fruto civil: o aluguel

*fruto industrial: o resultado da fabricação de um serviço

Fruto (se renovam automaticamente) =/ de produtos (não se renovam automaticamente, se


extinguem, como por exemplo uma jazida de areia, ou uma mina)

Aula do dia 09.03

Nas obrigações de dar coisa incerta, ou seja, aquelas em que o objeto da prestação é
indeterminado há o instituto da escolha.

Pode-se dizer que a obrigação de dar coisa incerta sempre será transitória. Com efeito, haverá
um momento em que a incerteza em relação ao objeto cessará, transmudando-se a natureza
da obrigação para a de dar coisa certa, ou seja, aquela em que o objeto da prestação é
determinado.

Obrigação de dar coisa incerta: não é uma obrigação absoluta. >> art. 243-246

Contrato: título que restituiu a obrigação.

Obrigação de fazer: realizar, como por exemplo, pintura da tela, construção da casa e diversos
outros serviços e atividades realizáveis através de serviços, raramente não será de natureza
consumerista.

Art. 247: intuito personae/obrigação personalíssima, ou seja, uma obrigação que você
contrata alguém para realizar/cumprir determinada obrigação, e esse se recusa a fazer, assim
estando devendo; indenizar (devido pelo estado, para satisfação da vítima) =/ reparar (entre
particulares) =/ ressarcir (aquilo que você gastou e irá recorrer alguém); reparar perda e dano:
responsabilidade civil;

Art. 313 CC: “ainda que mais valiosa” >> o credor não está obrigado a receber obrigação
diversa daquela constituída, ainda que mais valiosa!

Art. 248: impossibilidade absoluta, ou seja, irrealizável por qualquer pessoa; sempre que haja
culpa do devedor ele deverá arcar com perdas e danos.
Art. 249: não é indenização, e sim reparação.

Obrigações de não fazer: diante de uma obrigação chamada negativa.

Art. 251: é uma hipótese culposa em que o devedor

em uma obrigação de não fazer as partes obrigadas não podem ser denominadas como
devedor ou credor que só surge por conta do adimplemento.

obrigações classificadas de forma especial

obrigação alternativa: mais de uma forma de cumprir a obrigação.

a escolha sempre caberá ao devedor, salvo em caso de algo estipulado no contrato.

art. 252: “outra coisa não se estipulou”, ou seja, no contrato.

prestação periódica: de mês em mês, de ano em ano, etc., por exemplo o aluguel

pluralidade de optantes: universalidade de devedores/cooperados

art. 253: hipótese onde a opção deixa de ser alternativa e tem que cumprir pela outra opção
que restou.

próxima aula: das obrigações divisíveis e indivisíveis.

aula do dia 11.03

obrigações divisíveis e indivisíveis

As obrigações de dar coisa/incerta podem tratar de coisas divisíveis e indivisíveis tomando


como parâmetro o objeto da obrigação e não o sujeito como nas obrigações solidárias.

As obrigações de fazer que podem incluir, que podem incluir inclusive obrigações que seja
personalíssima intuitu personae somente realizável por determinadas pessoas, as obrigações
de fazer só serão divisíveis se a atividade poder ser fracionada, por exemplo a construção de
um muro, mas NUNCA serão divisíveis nas obrigações intuitu personae, por exemplo pintar um
quadro ou esculpir uma escultura.

As obrigações de não fazer, ou seja, as obrigações negativas essas serão SEMPRE obrigações
INDIVISÍVEIS.

As obrigações indivisíveis podem ser naturalmente indivisíveis, um material que não está
sujeito a qualquer possibilidade de fracionamento materialmente ou fisicamente, por
exemplo, animais. Há obrigações que são juridicamente indivisíveis ou legalmente indivisíveis,
cuja a indivisibilidade decorre da lei, do ordenamento jurídico brasileiro, a exemplo tem-se:
um imóvel, onde seus zoneamentos não são passíveis de qualquer divisibilidade. E há as
obrigações que são convencionalmente indivisíveis, ou seja, esse objeto se tornou indivisível
por um acordo ou contrato entre as partes envolvidas.

Art. 257: Se a obrigação é sujeita a um fracionamento tantos credores e tantos devedores que
estejam envolvidos nessa relação jurídica relacional, presume-se divida em tantas obrigações
entre eles.
*Em uma obrigação indivisível onde há dois ou mais devedores, cada um será obrigado a
pagar pela dívida toda, >> art. 259.

Consequências jurídicas do inadimplemento: a incidência de multas e/ou juros, a correção


monetária e a incidência da responsabilidade civil (perdas e danos).

*a indenização mede-se pela extensão do dano, ou seja, não só tudo aquilo que ele perdeu,
mas também tudo aquilo que deixou de ganhar.

Caução: garantia.

Art. 260: em situação em que um dos credores for procurador, o mesmo estará
representando todos ou quem outorgou poderes para ele, nessa situação o devedor não
precisará dar uma caução, pois essa situação irá se configurar como no inciso I, seria como se
tivesse pagando a todos naquele ato.

Art. 263: parágrafo 2º, como o direito não admite enriquecimento sem causa, o credor que
não teve culpa apenas devolverá a parte do pagamento recebida, enquanto o outro assumirá
pela resolução da obrigação e ainda por todas consequências das responsabilidades civil das
perdas e danos.

aula do dia 16.03

obrigações solidárias: a origem das obrigações solidárias antecede o direito romano, ou seja,
muito antes também do direito civil brasileiro, cai bastante em provas principalmente na OAB,
sendo ela uma das mais importantes classificações das obrigações.

*art. 264

*art. 265: solidariedade não se presume, nasce/prevista da lei ou do contrato.

* art. 266

Existe solidariedade quando na mesma obrigação ocorre uma pluralidade de credores ou uma
pluralidade de devedores, ou uma pluralidade de ambos ao mesmo tempo.

solidariedade ativa: tem-se cocredores, ou seja, aqueles que exige a obrigação, dois ou mais
credores.

solidariedade passiva: tem-se codevedores (fiadores, por exemplo), ou seja, de quem se exige
a obrigação, dois ou mais devedores.

obrigações divisíveis e indivisíveis: pode ter solidariedade passiva ou ativa, dizendo elas a
respeito dos sujeitos.

art. 268: ao contrário do 267, agora é o devedor cumprindo sua obrigação evitando o
inadimplemento.

em uma mesma obrigação dois ou mais credores e o pagamento realizado pelo devedor

art. 271: converter em perdas e danos para todos os credores >>, questão de responsabilidade
não há um cumprimento da obrigação, a culpa das partes ou por inadimplemento subsistindo
a solidariedade.

*art. 944
Art. 272: remissão>> perdoar a dívida (quem perdoa é credor), hipótese de extinção de
obrigação. Remição: pagamento. >> ambas são formas de cumprir/extinguir a obrigação.

*o perdão de um credor não alcança o de outro credor.

art. 273: exceções >> são defesas, os meios de defesas pessoais das partes.

Se houver identidade de valores, onde duas pessoas assumem a posição de credor e devedor
entre eles, podendo muitas vezes ocorrer uma compensação, o legislador diz que nessas
situações que é possível arguir compensação, pagamento, perdão é possível arguição das
defesas, para através das defesas contra uma obrigação que está devida.

Sendo essa obrigação solidária, do polo ativo, tendo ou mais credores (situação da questão 2
da avaliação parcial), se houve pagamento ou remissão em relação um, essa situação não pode
ser alegada aos demais credores.

art. 274: não prevê a hipótese em que a obrigação foi levada a juízo, ela foi judicializada ;
situação com um agrupamento de credores.

solidariedade passiva:

*o credor pode exigir de qualquer um dos devedores.

Aula do dia 18.03

Art. 275: parcialmente quando a obrigação for suscetível desse fracionamento;

Não confundir o artigo 276 (herdeiro de devedor) com o artigo 270 (herdeiro de credor);
ninguém está obrigado a pagar a dívida de quem quer que seja, porém se recebida alguma
herança será obrigado a pagará quota correspondente ao seu quinhão hereditário, é uma
situação de insolvência. (quando a herança deixada não cobre a dívida)

Devedor insolvente: quando passivo supera o ativo, é falido, em decorrência de dívidas por
título judicial como extrajudicial, mas independentemente da natureza do título terá de ser
instaurado um novo processo para que se decrete a insolvência e proceda à satisfação das
dívidas que forem possíveis.

Art. 277: “senão até à concorrência da quantia paga ou relevada”, ou seja, perdoada.

Art. 278: havendo mais de dois devedores, apenas um devedor se obriga extraordinariamente,
ou seja, se obriga a mais, sem anuência dos demais devedores. >> obrigação não se presume,
obrigação, ou nasce da previsão da lei ou decorre de um contrato.

Perdas e danos: impossibilidade de cumprimento da obrigação por parte do devedor com


culpa >> inadimplemento.

Art. 280: se há ação é porque há inadimplemento, se há inadimplemento é porque tem


devedor; juros de mora: atraso que o inadimplemento gerou; essa situação desse artigo é a
situação onde todos os devedores deixaram de cumprir a obrigação.

Art. 281: devedor demando: aquele respondeu pela ação, aquele que foi réu; exceções
pessoais: aquelas defesas que o devedor fará na sua contestação; quando um devedor ou os
devedores forem demandados, forem citados para tomarem conhecimento da existência da
ação (ação de cobrança, ação de execução), eles terão prazo para apresentação de defesa, de
contestação na ação de cobrança ou de embargar a ação de execução, na contestação ou nos
embargos devedor ou os devedores deverão, sob pena se não fizeram nesse momento, estará
precluído seu direito de provar a existência das exceções pessoais, do pagamento realizado, da
compensação devida, ou do perdão dado pelo credor. >> “não lhe aproveitando as exceções
pessoais a outros codevedores”, ou seja, se o perdão foi ao outro, ele não poderá alegar para
si.

Art. 282: quase uma letra morta no CC; está renuncia de solidariedade implica na diminuição
de potencialidade de recuperação do seu crédito, quanto mais devedores solidários existirem
maior seu espectro de possibilidades de ele recuperar seus créditos, até porque o próprio CC
deu ao credor a escolha de quem exigir ou contra quem demandar; não seria uma situação
possível de ver fluir e operar na prática;

*Maria, José e João são codevedores de uma dívida de 150mil com Gabriel (credor); Gabriel
exige de João esse pagamento, e como foi exigido a João o mesmo paga integralmente a
Gabriel. João agora sub-roga-se dos direitos de Gabriel, pode e deve agora exigir do
pagamento dos demais codevedores (Maria e José), enquanto isso a justiça decreta a
insolvência de Maria, Maria como agora é insolvente, não pagará. Se é uma divida de 150mil
por 3, porém Maria é insolvente, quanto José deve a João? Deve 75 mil a José. >> art. 283

Uma dívida perdoada está perdoada, ou seja, os outros codevedores não necessitam pagar sua
parte, mas ao declarar insolvência de um codevedor deverá haver uma redistribuição entre os
outros codevedores, SE anteriormente um codevedor foi perdoado, ao ocorrer a insolvência
de um dos é redistribuída a divida e o que foi perdoado volta a pagar a parte redistribuída. >>

Hanna, Maria, Deni e Joana são codevedoras de uma dívida de 200mil com Camila. Camila
perdoa a dívida de Joana, ou seja, perdoa a parte da dívida de Joana. Camila exige o
pagamento a Hanna que paga integralmente toda a dívida a Camila (150 mil uma vez que a
parte de Joana foi perdoada). Hanna sub-roga-se dos direitos com Camila e deve cobrar dos
demais codevedores. Entretanto, a justiça decreta Maria insolvente. Quanto Deni deve a
Hanna? Joana também deve algo a Hanna? Mesmo que a dívida de Joana foi perdoada, ela
ainda é codevedora e após a redistribuição dos 150 mil já que Maria não pagará mais,
cabendo a Deni pagar 75mil a Hanna, e Joana paga-la 15 mil, cobrindo assim a parte de
Maria. *se Camila não quer novamente que Joana pague, ela deverá novamente fazer o
perdão de dívida de Maria que sobre cai em Joana >> art. 284.

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