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PRESCRIÇÃO E
DECADÊNCIA. PROVA DO FATO JURÍDICO. DO NEGÓCIO JURÍDICO:
CONCEITO. CLASSIFICAÇÃO. ELEMENTOS ESSENCIAIS GERAIS.
ELEMENTOS ACIDENTAIS (CONDIÇÃO, TERMO, ENCARGO). DEFEITOS
DO NEGÓCIO JURÍDICO (ERRO OU IGNORÂNCIA, DOLO, COAÇÃO,
ESTADO DE PERIGO, LESÃO, FRAUDE CONTRA CREDORES),
INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO.
Foque nos conceitos básicos por sua fonte doutrinária e complemente com a
leitura incansável do Código Civil. Art. 138 ao art. 165
CESPE. Os fatos jurídicos são aptos a modificar direitos, seja de forma subjetiva,
seja de forma objetiva. CORRETO
Conceito de ato jurídico: acontecimento que tem relevância jurídica, mas com
elemento volitivo e conteúdo lícito (estado de necessidade *** arts. 929 e 930 estado
de necessidade agrassivo***, a legítima defesa e o exercício regular de um direito),
ou ilícito. É a atuação da vontade de alguém.
Ilícito caducificante “é todo ilícito cujo efeito é a perda de um direito. Ex.: poder
familiar. Também aqui não importa os dados de fatos aos quais o legislador imputou
tal eficácia. Importa, para os termos presentes, que se tenha a perda de um direito
como efeito de um ato ilícito. Sendo assim, teremos um ilícito caducificante”. O autor
exemplifica: “Estatui, a propósito, o Código Civil, art. 1.638: “Perderá por ato judicial o
poder familiar o pai ou a mãe que: I – castigar imoderadamente o filho; II – deixar o
filho em abandono; III – praticar atos contrários à moral e aos bons costumes; IV –
incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente”. Assim, o pai (ou a
mãe) que espanque o filho pode perder o poder familiar”
Validade: Art. 104 - vontade livre e de boa-fé; agente seja capaz; o objeto lícito, possível,
determinado ou determinável; e a forma, aquela prescrita ou não defesa em lei. Violado um dos
requisitos o NJ poderá ser nulo ou anulável.
Condição: art 125 - é um acontecimento futuro e incerto de que depende a eficácia do negócio
jurídico. impede aquisição do direito e o exercício. “te dou um carro se você for aprovado no
vestibular do final do ano”. Pode ser lícitas ou ilícitas, condição ilícita invalida o NJ de forma
integral.
As condições podem ser: Causais; Potestativas (puramente podetestativa (vedada art. 122), ou
simplesmente potestativas) ; e mistas. Vedada tmb as condições perplexas/contraditórias.
A condição resolutiva é aquela que não desempenha suspensão nem da aquisição e nem do
exercício. Após a ocorrência do evento futuro e incerto, ocorre a extinção do direito (carro
enquanto estuda, acabou devolve).
Questão. Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou
resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.
Assim, entendeu o STJ que “pode ser válida a estipulação que confira ao credor a possibilidade
de exigir, "tão logo fosse de seu interesse", a transferência da propriedade de imóvel” (quando
beneficia o credor).
Termo – é o acontecimento futuro e certo que interfere na eficácia jurídica do negócio . É o dia
ou momento em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico, podendo ter como
unidade de medida a hora, o dia, o mês ou o ano. Ex.: “te dou o carro no Natal deste ano”.
O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito, sendo dotado de certeza,
inexiste estado de pendência, podendo o titular inclusive exercer atos de conservação.
Pode ainda ocorrer conjugação de termo e condição num mesmo negócio jurídico – “te dou um
carro se você se formar em direito até 22 anos de idade”.
A morte no contrato de seguro de vida não é condição, é termo. Porém, se a clausula for
vinculada a morte do credor, passa a ser uma condição.
O termo pode ser inicial (no dia 10), final (até o dia 10), convencional (vontade das partes), de
direito (decorre da lei), de graça (prazo ao devedor), certo (tem data específica) e incerto (não
tem data específica/ morte).
Contagem do prazo.
Encargo – é uma determinação que, imposta pelo autor por liberalidade, obriga o
beneficiário. É utilizada em doações ou testamentos. Por exemplo, “te dou minha casa para que
você institua uma creche”. Não pode ser aposta em negócio oneroso, pois equivaleria a uma
contraprestação.
Art 136 - não suspende nem o exercício, nem a aquisição salvo quando expressamente imposto
no NJ como condição suspensiva.
Se a pessoa doa uma casa em que vive para um cuidador, com o elemento acidental de dele
cuidar até o fim da sua vida, esse elemento é um encargo ou uma condição suspensiva? Caso se
entenda que é encargo, então o cuidador se torna dono da casa imediatamente. No entanto, caso
se entenda como condição suspensiva, o cuidador somente se torna dono da coisa com a morte,
atrelada ao elemento incerto de cuidar da idosa até o fim da sua vida.
O erro, o dolo, a coação, o estado de perigo, a lesão e a fraude contra credores. Cuidado não é o
estado de necessidade. Estado de necessidade é excludente de ilicitude, é estado de perigo.
Já na fraude contra credores, ele é conhecido como vício social. Porque o indivíduo declara
exatamente o que ele quer. O problema é que o que ele quer é prejudicar os credores, prejudicar
a sociedade. Por isso que é um vício social.
Todos os defeitos do negócio jurídico têm como efeito a anulabilidade do negócio, que é a
nulidade relativa, conforme artigo 171, inciso II. Tem prazo para ser alegada que é de 04 anos,
conforme o artigo 178. O termo a quo, o termo inicial desse prazo? Em regra, a data da
celebração do negócio jurídico. E um prazo decadencial de quatro anos. Tem natureza de
decadência. O prazo decadencial de quatro anos começa a correr na data o, com exceção da
coação. Na coação esse prazo decadencial de quatro anos começa a correr na data em que
cessou a coação. Porque se o indivíduo estava tão coagido, tão ameaçado a ponto de celebrar um
negócio que não era de sua vontade, ele também não vai ter liberdade para entrar com uma ação
anulatória. Por isso tem que contar a partir da data em que cessou a coação.
Erro/ ignorância: Dois requisitos - tem que ser substancial/ essencial, tem que recair sobre os
elementos principais do negócio, sobre o objeto, sobre a outra parte, sobre a forma de
cumprimento do negócio. Ou seja, você tem que se perguntar se o indivíduo soubesse o que
estava fazendo, ele celebraria esse negócio? Não. Não é mais requisito do erro a escusabilidade
(p. da confiança), é o que diz o enunciado 12 do CJF.
O erro tem que ser cognoscível, reconhecível para o destinatário da vontade. Tem que ser
possível para o destinatário da vontade perceber que a pessoa estava em erro. Não precisa que
ele perceba, mas tem que ser possível perceber.
Ex.: exemplo: Maria, comerciante do ramo de joias, se dirige a uma joalheria com a intenção de
comprar um relógio de ouro. Chegando lá, ela escolhe o único relógio que não é de ouro, é de
aço pintado de dourado. Estava no meio de vários relógios de ouro o relógio de aço pintado de
dourado. Ela compra achando que é de ouro. Passado um ano, dois anos, ela descobre que o
relógio não é de ouro. E aí, ela pode anular o negócio jurídico? Como que você vai ter que
analisar? Com os requisitos que eu dei para vocês. Primeiro, esse erro é substancial, é essencial?
Recaiu sobre o objeto do negócio. Se ela soubesse que estava levando um relógio de aço pintado
de dourado, ela não celebraria o negócio, porque a vontade dela era comprar um relógio de
ouro. Esse erro é conhecível, cognoscível, reconhecível para o destinatário da vontade? A loja
de joias, através de seus prepostos, poderia perceber que colocar um relógio de aço pintado de
dourado no meio de vários relógios de ouro poderia confundir os clientes? Sim. Então, esse erro
é cognoscível. Ela pode anular o negócio jurídico em até quatro anos. Mesmo que o erro seja
inescusável, você pode alegá-lo.
*** Erro de direito: equívoco sobre a regra que disciplina o negócio jurídico que se está
celebrando. Ele não se confunde com o total desconhecimento da lei. É substancial se for
motivo único ou principal do negócio, ele pode sim gerar a anulação, pode configurar erro. Art.
139, III. ***
Existe ainda o erro de motivos “falso motivo” art.140 e o erro a trasmissão errônea da vontade
art. 141.
O erro pode ser convalidado se a pessoa se dispuser a executar de acordo com a vontade real.
Dolo: você erra com a ajuda de alguém. E o dolo pode ser por comissão ou por omissão. Então,
por exemplo, a Maria poderia chegar nessa loja e perguntar para o vendedor “eu queria um
relógio de ouro” e ele mostra um relógio de aço pintado de dourado e fala “nós temos esse
maravilhoso relógio de ouro” aí está enganando ela. Então, no erro você erra sozinho no dolo
você é enganado por alguém ou ele se cala, por exemplo, se ela escolhe o relógio errado e ele se
calar, é um dolo por omissão, vai anular o negócio jurídico também.
Coação: o indivíduo está sendo ameaçado, sofrendo pressão psicológica, ameaçando a pessoa
do declarante, a sua família, ou os seus bens. A coação pode ser exercida por um dos
negociantes. Ex.: eu chego para você e falou “ou você vende o seu apartamento para mim ou eu
te mato”. Uma ameaça. Mesmo que você venda pelo valor de mercado, você não era obrigado a
vender, você só vendeu que se sentiu ameaçada. Então, você pode anular o negócio jurídico em
até quatro anos. Essa coação foi exercida pelo próprio negociante. Eu estava comprando de
você.
Agora, se eu faço altas festas até altas horas da madrugada no meu apartamento. Meus vizinhos
não aguentam mais. Um dia toca a campainha e o vizinho aparece com uma arma na cintura
falando “olha só, Aurélio, ou você vende o seu apartamento até o final do mês ou te mato”. Uma
ameaça. E aí eu anuncio o apartamento na Zap Móveis e você vê o anúncio e compra. Eu vou
poder depois anular o negócio jurídico e pedir o imóvel de volta, devolvendo o seu dinheiro?
Depende.
O artigo 154 e 155 trabalham a coação exercida por terceiro. Quando a coação é exercida por
terceiro, se o beneficiado do negócio, o comprador, sabia ou deveria saber da coação, o negócio
será anulado e os dois, coautor e beneficiado, vão responder solidariamente por perdas e danos.
Agora, se você não sabia. Você viu o anúncio na internet. Aí o negócio não pode ser anulado. O
apartamento é seu, mas eu posso buscar perdas e danos de quem me ameaçou. Arts 153 e 154.
Estado de perigo x lesão: O estado de perigo está previsto no artigo 156 - A pessoa passa uma
premente necessidade de salvar a si próprio alguém de sua família (não é qualquer dano. É
salvar a vida/ integridade física). Segundo requisito, dolo de aproveitamento, que é um grave
dano conhecido pela outra parte, a outra parte sabe da situação de perigo e se aproveita dela, e
faz com que a pessoa assuma uma obrigação excessivamente onerosa. Exemplo: um pai chega
com seu com filho ensanguentado hospital precisando de uma cirurgia urgente, e os
médicosfalam “a gente faz a cirurgia, mas vamos cobrar R$200.000.
Lesão: O artigo 157 diz que a lesão ocorre quando alguém, em premente necessidade ou
inexperiência que não pode ser presumida** (questão), assume uma prestação manifestamente
desproporcional. Aqui só tem dois requisitos. Premente necessidade ou uma situação de
inexperiência e o segundo requisito assume o negócio manifestamente desproporcional.
Assumir negócio manifestamente desproporcional é a mesma coisa de com onerosidade
excessiva. Na situação de necessidade fica muito parecido com o estado de perigo. Só que aqui
não é uma necessidade se salvar de um grave dano, é um necessidade, por exemplo, de chegar a
tempo no aeroporto para uma viagem, uma necessidade de chegar ao trabalho, uma necessidade
ou uma inexperiência, faz a pessoa assumir uma obrigação com prestações manifestamente
desproporcionais. Não se exige o dolo de aproveitamento, que a outra parte conheça a
necesidade e se aproveite dela.
Vai poder anular esse negócio jurídico? Mesmo estando de boa fé (não se exige dolo), a
premissa é de que é estranho assumir um negócio por um valor manifestamente
desproporcional. Por isso é possível alegar lesão. Ele passava uma situação de premente
necessidade, o que fez com que ele assumisse uma prestação manifestamente proporcional.
Tem como evitar a anulação, no artigo 157, §2º, se a parte concordar em reduzir o proveito ou
oferecer um suplemento do valor. Esse artigo 157, §2º, pode ser aplicado analogicamente ao
estado de perigo do 156.
A desproporção deve ser apreciada e avaliada segundo os valores vigente na data da celebração
do negócio. Art. 157, § 1º.
Fraude contra credores (fraude pauliana) art. 158 e 165: o indivíduo começa a se desfazer
dos bens de seu patrimônio para esvaziar o seu patrimônio, frustrando assim os seus credores. O
indivíduo tem dívidas e sabe que os credores podem acabar pedindo a penhora desses bens.
Então, ele vai se desfazendo desses bens, mas de forma fraudulenta, doa para o amigo, vende
para o irmão e aí você não sabe se o irmão pagou de fato. Se os credores identificarem esses
negócios fraudulentos, vão ingressar com a chamada ação pauliana, que visa desconstituir esses
negócios.
A legitimidade passiva da ação pauliana é em face do devedor insolvente, da pessoa que com
ele contratou e, eventualmente, do terceiro de má-fé (art. 161, ver também REsp. 242.151, MG).
Haverá um litisconsórcio passivo necessário entre os legitimados passivos. Se o bem estiver
com terceiro de boa-fé que o adquiriu sem ter ciência da fraude, o credor terá de buscar outros
meios de ressarcimento.
Anulando, os bens voltam ao patrimônio do devedor e aí os credores podem pedir a penhora.
Pode se dar em negócio gratuito (doação) ou em negócio oneroso.
Sobre insolvência notória: de acordo com precedente jurisprudencial do STJ, para que fosse
configurada deveria envolver a existência título protestado no domicílio do devedor ou no
lugar onde está situado o imóvel... e a questão em análise também não aborda nada disso. Então
não se presume o conhecimento do adquirente, já que não há notoriedade.
Não se pode alegar a fraude contra credores em sede de embargos de terceiros. Súm. 195 STJ.
Porque nessa ação falta a presença do vendedor do bem.
Questão: se o devedor, ao perdoar uma divida, for reduzido à insolvência, o ato de perdão da
dívida poderá ser anulado sob a alegação de fraude contra credores.
Os mais cobrados são fraude contra credores (comparar com a fraude à execução e saber tudo de
ação pauliana) e simulação.
A simulação não é um defeito do negócio jurídico. Já foi no Código Civil de 16, não é mais. A
simulação agora é causa autônoma de nulidade absoluta (os defeitos são causa de anulabilidade e
não de nulidade). art. 167 CC
A simulação é um negócio mentiroso e é uma mentira contada a dois, pelos dois negociantes.
O negócio jurídico simulado, seja na simulação absoluta, seja na simulação relativa, é sempre
inválido, sempre nulo. E pode inclusive ser declarado nulo de ofício pelo juiz que venha a
apreciar seus efeitos, ainda que contra a vontade das partes.
O dissimulado sendo válido na substância e na forma, passa a produzir plenos efeitos. (ex.: da
doação par a ex namorada não sendo casado).
Ou seja: o negócio simulado é inválido, mas o negócio oculto, sendo válido na substância e na
forma, passa a produzir plenos efeitos.
O negócio simulado é sempre nulo, mesmo que a simulação seja inocente E. 152 do CJF. O
dissimulado nem sempre é nulo (ex.: namorado que doa para ex).
Nulidade absoluta (nulidade/ nulo): Matéria de ordem pública; Não pode ser suprida; Não
admite confirmação; Qualquer interessado, MP ou juiz de ofício; Sentença erga omnes e ex tunc;
Ação declaratória de nulidade, imprescritível.
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-
lhe a prática, sem cominar sanção
Questão. Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo
decurso do tempo.
Nulidade relativa (anulabilidade/ anulável): Matéria de ordem privada; Pode ser suprida pelo
juiz a requerimento das partes; Pode ser sanada, expressa ou tacitamente, por confirmação; Só
pode ser alegada pelos prejudicados; Sentença inter partes e ex nunc ou ex tunc; Ação anulatória,
com prazo decadencial;
Em regra:
CESPE. Durante a vigência de contrato em relação de trato sucessivo, foi proposta ação em
que se pretende o reconhecimento da abusividade de cláusula contratual e, por consequência,
a restituição dos valores indevidamente pagos. Não houve, por sua vez, a negativa do próprio
direito de fundo. RESPOSTA: pode ser requerida durante a vigência do contrato, caso em
que o prazo será prescricional, sendo desnecessário discutir na ação a validade do próprio
negócio jurídico.
Nas relações jurídicas de trato sucessivo, quando não estiver sendo negado o próprio
fundo de direito, pode o contratante, durante a vigência do contrato, a qualquer tempo,
requerer a revisão de cláusula contratual que considere abusiva ou ilegal, seja com base em
nulidade absoluta ou relativa. Porém, sua pretensão condenatóriade repetição do indébito terá
que se sujeitar à prescrição das parcelas vencidas no período anterior à data da propositura
da ação, conforme o prazo prescricional aplicável. RECURSO ESPECIAL Nº 1.360.969 - RS
(2013/0008444-8)
A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em
relação ao representado (CC, art. 116)
Toda vez que o Código disser que algo é anulável, uma nulidade relativa, há um prazo para ser
alegada, esse prazo é decadencial, esse prazo é decadencial.
Quando a lei disser que algo é anulável, mas não trouxer prazo, você cai no prazo geral
decadencial de ações anulatórias do artigo 179, que é o prazo de dois anos.
Características da prescrição:
Tipos de decadência
- Questão de interesse público: diferente da prescrição, que é de interesse privado. Por isso
mesmo que a decadência legal...
- Não admite renúncia.
- Pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e assim como a prescrição,
- Pode ser reconhecida de ofício pelo magistrado.
- Não admite suspensão. Em regra, os prazos de decadência legal não podem ser
interrompidos, não se suspendem. Artigo 207. Excessão Art. 208
Características da decadência CONVENCIONAL:
Causas obstativas do Prazo Prescricional: LER artigos 205, 206 e 197 a 202
As mesmas causas que suspendem também impedem a prescrição. Depende do momento em que
vai ocorrer.
Então, se eu pedir R$100.000 emprestado para a minha esposa, não está correndo o prazo
prescricional, está impedido. Se a gente se divorciar, a partir dali, começa a correr o prazo
prescricional para ela cobrar. Agora, se eu peço R$100.000 emprestados para uma amiga, já
começou a correr o prazo prescricional de cinco anos, por exemplo. Correu dois anos e ela não
cobrou e a gente acaba se casando. Nesse caso, o casamento vai suspender, não vai interromper,
vai suspender, o prazo que estava correndo fica suspenso. A gente pode ficar casado dez anos,
divorciou, o prazo volta a correr de onde parou. Já tinha passado dois, faltam três ainda.
Causas interruptivas: art. 202. A mais conhecida é que o despacho do juiz interrompe a
prescrição, lembrando que seus efeitos retroagem à data da propositura da ação, o art. 202, inciso
I. Aqui o prazo é interrompido e volta a contar do zero.
Regra de transição entre os prazos previstos no CC1916 e no CC2002 (qual prazo aplicar).
*** Exceção/defesa: Artigo 190. A exceção prescreve no mesmo prazo que a pretensão.
Provas - apenas lei seca nos arts. 212-232 do CC/02, pois é tema que
será estudado em processo civil.
Leitura dos art. 104 a 232 do CC/02 – essa é a meta mais relevante do dia.