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27- Qual é o valor jurídico do negócio celebrado por escritura pública, mas que a lei
estabelece escrito particular ou vice-versa?
R: Forma, está ligada ao modo de exteriorização da vontade, ex.: Negócio de compra e
venda de bens imóveis deve ser celebrado por escritura pública, é a forma. Formalidades,
é o conjunto de formalidades ou preliminares a se ter em conta para dar eficácia ao acto.
28- Diferença entre prescrição e caducidade.
R: A prescrição é um efeito jurídico da inércia prolongada do titular do direito no seu
exercício, e traduz-se em o direito prescrito sofrer na sua eficácia um enfraquecimento
consistente em a pessoa vinculada poder recusar o cumprimento ou a conduta a que esteja
adstrita (art. 300° e ss ).
Caducidade é a extinção de um direito pelo decurso do respectivo prazo (art. 328° e ss).
A distinção entre ambas assenta-se na oficiosidade do conhecimento e na extinção de
direitos. A prescrição não extingue o direito nem a vinculação, apenas confere ao obrigado
o poder de recusar o cumprimento, enquanto a Caducidade extingue determinado direito
pelo decurso do respectivo prazo. Quanto à oficiosidade do conhecimento, o tribunal
conhece da Caducidade por sua própria iniciativa, ainda que nenhuma das partes a tenha
invocado, ao contrário da prescrição, em que não pode o fazer se não for invocada pela
parte que dela beneficia.
29- Diferença entre condição resolutiva e suspensiva.
R: As partes podem subordinar a um acontecimento futuro e incerto a produção dos
efeitos do négocio jurídico ou a resolução dos mesmos efeitos (art 270º cc).
A distinção entre eles é o da influência que a verificação do evento condicionante tem
sobre a eficácia do negócio: se a verificação da condição importa a produção dos efeitos
do négocio, trata-se de uma condição suspensiva. Se a verificação da condição importa a
destruição dos efeitos negocias, trata-se de uma condição resolutiva.
30- Quando é que há a conclusão de um contrato?
R: O contrato é um negócio onde são manifestadas duas ou mais declarações de vontades,
que resultam na condição obrigação entre as partes. Todavia, não bastam que seja feita
declarações de vontades para que exista um contrato, pois este só é concluído (produz
efeitos) quando as partes tenham acordado com todas as cláusulas atinentes à este (art.
232 CC).
31- Distinga coação moral de coação física.
R: Na coação fisica ou absoluta o coagido tem a liberdade de acção totalmente excluída,
enquanto na coação moral ou relativa a liberdade está cerceada mas não excluída (o
coacto pode optar por outro comportamento, como sofrer o mal ou combatê-lo).
32- O que é necessário para que haja uma declaração eficaz?
R: Uma declaração negocial é eficaz quando chega ao poder do seu destinatário ou é por
ele conhecida, art 224º CC
33- Diferença entre declaração negocial e convite a contratar?
R: A declaração negocial é o acto exterior adequado a dar a conhecer uma certa intenção
de realizar certos efeitos práticos ao passo que o convite a contratar é um ato finalistico
apropriado para a abertura de uma negociação mantendo o autor a sua liberdade.
34- Diferença entre proposta contratual e convite a contratar?
R: Na proposta contratual o sujeito fica numa situação de sujeição (sujeição de aceitação
ou não aceitação por parte do autor do convite a contratar) ao passo que no convite a
contratar o sujeito tem a liberdade.
35- Diferença entre liberdade contratual, negocial, da autonomia privada, de formae
da declaração?
R: Liberdade contratual, as partes têm a faculdade de fixar o conteúdo dos contratos,
celebras diferentes contratos, e fixar as cláusulas desses contratos, artigo 405
Liberdade declarativa, 217 CC
Liberdade de forma 219.
36- É possível haver princípio da consensualidade sem liberdade de forma?
R: Não é possível.
37- Qual é a relevância da forma na celebração de um contrato?
R: A forma é importante porque em negócios que para a sua celebração ela é exigível, a
sua inobservância dá lugar a nulidade do negócio, um negócio celebrado sem observância
da forma é inválido.
38- Ratificação é um negócio jurídico?
R: A ratificação é sim um negócio jurídico, é um negócio jurídico unilateral que visa
atribuir efeitos jurídicos aos negócios que deles careçam. Art 268º nº 2
39- Quando é que há um conflito de interesses?
R: Em máteria do negócio consigo mesmo anunciam-se exceções e uma delas é a
possibilidade da existência de conflitos de interesses, artigo 261º.
40- Existem contratos sem liberdade de estipulação?
R: Sim, existem contratos sem liberdade de estipulação. A liberdade de estipulação é uma
das manifestações da autonomia privada, consiste na possibilidade de fixação do
conteúdo do contrato (liberdade de estipulação).
41- Existem contratos sem liberdade de celebração?
R: Não existem contratos sem liberdade de celebração pois isso seria uma afronta a
autonomia privada, o conceito de autonomia privada refere o espaço de autodeterminação
pessoal, abrangendo tudo o que cada pessoa pode fazer. A autonomia privada manifesta-
se através do exercício dos direitos subjetivos e da possibilidade de celebração de
negócios jurídicos brangendo quer a possibilidade de celebrar ou não celebrar
determinado contrato (liberdade de celebração).
42- Qual é a diferença entre celebração do contrato e conclusão do contrato?
R: Considera-se celebrado o contrato no momento em que o proponente tomar
conhecimento da aceitação do aceitante e por conclusão do contrato o encerramento das
obrigações entre as partes, por conclusão do objeto, por término do prazo ou outras
situações previstas em lei.
43- Existe alguma diferença entre dever jurídico e a sujeição?
R: Existe sim, dever jurídico é a necessidade de realizar um comportamento negativo ou
positivo, com objetivo de realizar o direito subjetivo propriamente dito de um sujeito ativo
da relação jurídica
Sujeição- Situação de necessidade em que se encontra o adversário ou sujeito passivo de
ver a se produzirem de modo esforçoso, efeitos jurídicos na sua esfera, resultantes do
mero exercício do direito de seu titular.
44- Qual é o problema cerne da Teoria Geral do Direito Civil?
R: O Direito Civil é o cerne cultural e cientifico de qualquer ordenamento jurídico de
base românica. O problema da Parte Geral do Código Civil e da existência de uma
disciplina de Teoria Geral não é pacifica, todavia, assim como também não é pacífica a
existência de uma Parte Geral no Código Civil, as duas questões estão normalmente
ligadas, ainda que não forçosamente.
45- O Código Civil regula todos os factos jurídicos?
R: Sim, o código civil regula todos os factos juridicos, nomeadamente: aquisição,
modificação ou extinção de direitos e deveres.
Fatos jurídicos são todos os acontecimentos (provindos da atividade natural ou humana)
capazes de influenciar na órbita do direito por criar, modificar ou extinguir relações
jurídicas.
46- O Código Civil define o negócio jurídico?
R: Não. A definição encontrada e formulada nos trabalhos preparatórios do BGB( código
civil alemão): o negócio jurídico é uma declaração de vontade que se verifica conforme
a ordem jurídica por ter sido querido pelas partes
47- Quem é qualquer interessado?
R:
48- Qual é o documento (forma) mais solene exigido pela lei?
R: A forma mais exigida por lei é a forma escrita, art 875º.
49- Quanto à personalidade jurídica:
- Quando começa e quando termina?
R: A personalidade juridica começa com o nascimento completo com vida (art 66º cc) e
cessa com a morte (art 68º nº 1).
- Concordas com a posição do nosso código civil?
R: sim, concordo.
- Os nascituros têm personalidade jurídica?
R: Sim, têm personalidade juridica, art 66º nº 2.
- E os concepturos?
R: Alguns autores consideram que não pois
50- Quanto aos direitos de personalidade:
- Qual é a função do nome?
R: Tem a função de designar uma pessoa, um animal, uma coisa ou um grupo de pessoas,
animais e coisas.
- Cartas-missivas: Escrito de caráter privado, por meio do qual se faz uma comunicação
ou se estabelece correspondência com pessoa ausente (artigo 76º)
- Nome e pseudónimo: Pseudônimo é um nome fictício usado por um indivíduo como
alternativa ao seu nome legal.
51- O que são pessoas colectivas?
R: Pessoas colectivas são organizações de pessoas destinadas a prosseguir determinados
fins e que a lei atribui personalidade jurídica ou sejam, podem ser titulares de direitos e
obrigações.
52- Empresa é uma pessoa colectiva?
R: sim, é.
São considerados fins de interesse social aqueles que se traduzem no benefício de uma
ou mais categorias de pessoas distintas do fundador, seus parentes ou afins, ou de pessoas
ou entidades a ele ligadas por relações de amizade ou de negócios designadamente:
a) A assistência e pessoas com Deficiência;
b) A cooperação para o desenvolvimento;
C) A promoção da cultura;
d) A promoção de artes;
e) A proteção e apoio à família;
65- Publicidade da constituição de uma pessoa colectiva.
R: Artigo 162º.
66- Os órgãos da pessoa colectiva podem celebrar contratos?
R: Artigo 161º.
67- Noção de órgãos.
R: São aqueles que manifestam vontade das pessoas colectivas.
68- Património da pessoa colectiva (noção, características do património, separação
de património, património colectivo/autónomo).
R: Património - são todas as situações jurídicas activas e passivas de carácter patrimonial
que em cada momento se encontram na titularidade dessa pessoa.
69- Diferença entre negócios indirecto e simulação.
R: Na ordem jurídica angolana, as expressões "negócio indireto" e "simulação" têm
significados distintos.
O negócio indireto ocorre quando duas partes celebram um contrato que aparentemente
possui uma finalidade, mas, na realidade, ambas as partes pretendem alcançar outro
objetivo, que não é expresso no contrato. Ou seja, as partes utilizam um contrato
aparentemente legítimo para disfarçar a verdadeira intenção ou natureza do acordo. O
objetivo do negócio indireto é ocultar, de forma lícita ou ilícita, as verdadeiras intenções
das partes envolvidas.
Por outro lado, a simulação é uma figura jurídica que ocorre quando as partes celebram
um contrato com a intenção de criar uma aparência enganosa ou falsa sobre a sua
natureza, conteúdo ou consequências. Diferentemente do negócio indireto, na simulação
não há uma intenção subjacente real que as partes desejam alcançar. A simulação é uma
forma de falsidade que ocorre no momento da celebração do contrato, onde as partes
deliberadamente concordam em representar algo que não é verdadeiro.
70- Diferença entre negócio indirecto e negócio abstrato.
R:
.
71- Diferença entre negócio causal e abstrato.
R: O critério de distinção é a relevância da causa, nos negócios causais a causa é relevante
no respetivo regime juridico, logo pode ser invocável com fundamento de pretensões ou
excepções, ao passo que, nos négocios abstratos a causa não é relevante no respetivo
regime jurídico, logo não é invocável como fundamento de pretenções ou excepções.
72- Há prestação nos negócios gratuitos?
R: Não.
73- Critério de distinção das coisas.
R:
76- Diferencie exceptio doli, supressio e surrectio, venire contra factum proprium,
inalegabilidade formal e tu quoque.
R: Exceptio doli – exceção de dolo, ou seja, não age com boa-fé aquele que atua intuito não
de preservar legítimos interesses, mas, sim, de prejudicar a parte contrária. Por exemplo,
aquele que ajuíza ação de cobrança de dívida paga com o objetivo de receber em
duplicidade determinado valor na esperança de que o devedor não tenha como provar o
pagamento ou seja revel em ação judicial.
Venire contra factum proprium – proibição de comportamento contraditório, traduz o exercício
de uma posição jurídica em contradição com o comportamento anteriormente assumido,
constituindo verdadeira surpresa
Inalegabilidade de nulidades formais – decorre, para muitos, do próprio venire contra factum
proprium. Trata-se da proibição da alegação dos vícios formais por quem lhe deu causa,
intencionalmente ou não.
Tu quoque: objetiva impedir que o infrator de uma norma ou obrigação almeje valer-se
posteriormente da mesma norma ou obrigação antes transgredida para exercer um direito ou
pretensão. Ou seja, aquele que viola determinada norma jurídica não poderá desempenhar a
situação jurídica que essa mesma norma lhe confere, pois do contrário, se estaria
transgredindo os princípios da boa-fé objetiva, bem como da ética e da justiça contratual