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-Questões de Prova Oral TGDC


1- Diferença entre direito objetivo e direito subjetivo.
R: A diferença entre o direito objetivo e o direito subjetivo, enquanto o direito
objetivo é aquele que está previsto de forma abstrata nas normas jurídicas;
o direito subjetivo é aquele que é titulado a um sujeito, ao qual corresponde um
direito/dever.
2- Diferença direito substantivo e direito adjetivo.
R: O substantivo é o direito previsto (se importa com a finalidade das leis) e o
direito formal é o direito que indica a forma que se aplica o direito na
sociedade(aplica o caso concreto a que se encaixa), ex: o direito civil é o direito
material e o processo civil é o direito formal, o direito penal é o direito material e
o direito processual penal é o direito formal.
3- Diferença entre direito público e direito privado.
R: O critério mais adequado para a distinção entre o direito público e o direito
privado é o critério da teoria dos sujeitos, segundo este critério, o direito privado
regula as relações jurídicas estabelecidas entre particulares ou entre particulares e
o Estado ou entes públicos, mas intervindo o Estado ou esses entes públicos em
veste de particular, isto é, despidos de ius imperii ou poder soberano ao passo que,
o direito público integrado pelas normas que estruturam o Estado e outras pessoas
coletivas dotadas de qualidades ou prerrogativas próprias do poder estadual ou
disciplinam as relações desses entes providos de «jus imperii».
4- Fale sobre o princípio do personalismo ético.
R: Este princípio apela ao respeito pela pessoa humana e ao respeito inerente à
dignidade da pessoa. Ele é um princípio transversal a todo direito positivo pois
ele resulta de um direito natural.
O personalismo ético assenta na consideração da pessoa humana, como ser livre,
autónomo, igual e irreparável, elemento central de toda a organização social,
dotado de uma dignidade originária e própria que lhe é inerente desde a sua
conceção e que não pode ser reduzida, alienada nem extinta.
Essa dignidade é comum a todas as pessoas, independentemente da raça, estatuto
social e económico, etc.
5- Como se resolvem as situações em que o indivíduo consente, mas fere a ordem
pública?
R: Revoga se com base na nulidade, se a intenção de lesar dano tiver sido dos dois,
e nn do autorizante
6- Em regime de culpa qual é a diferença entre responsabilidade contratual e
extracontratual por factos ilícitos ou subjetiva?
R: Em regime de culpa na responsabilidade extra contratual aplica-se o artigo
487º nº1 onde é ao lesado que incumbe provar a culpa do autor da lesão. E na
responsabilidade contratual aplica-se o artigo 799 nº1 onde incumbe ao devedor
provar que a falta de cumprimento defeituoso da obrigação não
procede de culpa sua.
7- Quais são os requisitos da responsabilidade subjectiva.
R: Os requisitos são:
Facto: facto humano voluntario
Ilicitude: violação de um direito de outrem ou violação de um dever legal
Culpa: o facto ilícito deve ver culposo
Dano: verificação de um dano
Nexo de causalidade entre o facto e o dano: o dano tem que ser causado ou
provocado pelo facto em causa.
8- Qual é a razão da diferenciação das capacidades?
R: É importante distinguir a capacidade juridica da capacidade de exercicio de
direitos porque uma se refere a capacidade de gozo dos direitos que lhes são
inerentes e a capacidade de exercicio de direitos é a capacidade de agir no trafego
juridico.
9- Distinga o instituto de elaboração da assistência.
R: O instituto de assistência é uma forma de suprimento da incapacidade dos
inabilitados, a assistência tem lugar quando a lei admite o incapaz a agir, mas
exige o consentimento de certa pessoa ou entidade
10- Distinga actos de administração, disposição e alienação.
R: Actos de administração trata-se de cuidar do imóvel sob todos os aspectos,
desde a sua manutenção à locação (pode ser feita pelo representante ou pelo
representado);
Os actos de disposição visam transformar ou alterar a disposição da coisa, alteram
.
A alienação de bens é a transferência do direito de propriedade de determinado
bem. Esta operação pode ser realizada por meio de venda, permuta ou doação.
Ambos os termos estão relacionados à tranferencia de propriedade ou controle
de ativos ou bens. No entanto, disposição é um termo mais amplo que engloba
várias formas de tranferência, enquanto alienação é mais específico e
geralmente se refere à tranferência de propriedade ou título legal de um bem.
11- Que tipo de coisas o Código Civil regula?
R: O código civil, no artigo 204º define os seguintes tipos de coisas: coisas
imóveis e móveis, as coisas simples e compostas, as coisas fungíveis, as coisas
consumíveis, as coisas divisíveis, as coisas principais e as coisas acessórias ou
pertenças e as coisas futuras.
12- Como Pedro Pais de Vasconcelos interpreta a representação sem poderes?
R: Ao contrário do que acontece na representação, na representação sem poderes
não existem verdadeiros poderes de representação e muitas vezes nem uma
relação subjacente. Os efeitos não se produzem nem na esfera do falso
representante nem do suposto representado ou seja, o agir representativo é
ineficaz,
13- O regime da representação orgânica no Código Civil.
R: A representação da pessoa colectiva por intermédio dos seus órgãos, o regíme
jurídico é o artigo 163º cc.
14- Diferença entre representação e delegação de poderes.
R: Na representação, o representante pratica os actos em nome do representado e os
efeitos jurídicos vão produzir-se na esfera juridica deste último, ao passo que o delegado
exerce a competência delegada em nome próprio, pelo que os actos que pratica persistem
sempre como actos seus, embora os repectivos efeitos se enserem na esfera da pessoa
colectiva pública a que o delegado pertence.
16- Diferença entre mandato com e sem representação.
R: No Mandato com poderes de representação o mandatário age em nome e por conta do
mandante. É posterior à procuração. (Artigo 1178 CC).
No mandato sem poderes de representação (1180CC ) o mandatário atua em nome próprio
mas por conta do mandante, e os efeitos jurídicos produzem-se na esfera jurídica do
mandatário, ficando este último com o dever de transmitir para a esfera jurídica do
mandante.
Diferente da representação que os efeitos recaem imediatamente na esfera jurídica do
representado.
17- Quais são os elementos do negócio jurídico?
R: Os elementos do negócio juridico são: sujeito, declaração de vontade e o contéudo.
São elementos essenciais: capacidade das partes, declaração negocial e idoniedade do
objecto.
São elementos naturais: os efeitos que os negócios juridicos em princípio produzem se
não forem afastados por estipulação das partes, ex: pagamento de uma dívida (art 964º).
São elementos acidentais: as cláusulas que as partes podem livremente incluir nos seus
contratos.
18- Diferença entre negócio jurídico bilateral e contrato bilateral?
R: O contrato na verdade é o instrumento pelo qual representa o negócio juridico, a peça
escrita com suas cláusulas
A diferença entre negócio juridico bilateral e contrato bilateral consiste em, no negócio
bilateral existem duas ou mais declarações de vontades de conteúdo diverso mas que se
complementam num resultado juridico unitário, ao passo que, contrato bilateral gera
obrigações para ambas as partes, ou seja, para o negócio juridico precisa-se das
declarações de vontades ao passo que no contrato bilateral o elemento essencial é o
cumprimento das obrigações das partes.
19- Diferença entre negócio jurídico unilateral e contrato unilateral?
R: A diferença entre os dois é que no negócio juridico é necessário que haja a
manifestação da vontade das partes, ao passo que no contrato unilateral há uma obrigação
de cumprimento das obrigações entre as partes.
20- Diferença entre o princípio da liberdade declarativa e princípio da
consensualidade. Fundamento legal.
R: Não existe diferença alguma, o princípio da consensualidade entende que o
consentimento ou simples manifestação de vontade das partes é suficiente para que ela se
conclua, e o artigo 219 do Cc, que fala do princípio da liberdade de forma, estatui que a
validade da declaração negocial não depende de observância de forma, o mero consenso
é suficiente.
21- Diferença entre documento autêntico e autenticado?
R: A principal diferença entre documento autêntico e autenticado é q o primeiro é emitido
diretamente pela fonte confiável, enquanto o segundo passa por um processo de validação
adicional para confirmar sua autenticidade.

22- Diferença entre forma e formalidade?


R: A forma é um requisito legal para a validade dos atos e negócios jurídicos e pode ser
estabelecida por lei ou por acordo entre as partes envolvidas. Por exemplo, no contrato
de compra e venda de um bem imóvel, a lei exige que o contrato seja feito por escritura
pública.
Já a formalidade é o cumprimento de procedimentos e ritos necessários para que um ato
ou negócio jurídico possa ser considerado válido. Por exemplo, em algumas situações,
além da forma dos contratos, é exigido que o mesmo seja assinado por duas testemunhas
ou que seja reconhecida a firma das partes.
Assim, a forma está relacionada ao meio utilizado para que um ato jurídico seja válido,
enquanto a formalidade está relacionada à execução de procedimentos necessários para
que a forma seja válida.
23- Um negócio pode ser válido e ineficaz?
R: Um negócio pode ser válido e ineficaz, por exemplo, os negócios que os menores não
têm capacidade para celebrar mais ainda os celebram em princípio são anuláveis mas
enquanto não forem anulados produzem os seus efeitos de modo provisório.
24- Um negócio pode ser inválido e eficaz?
R: Quando os menores celebram contratos para os quais não estão qualificados dada a
sua incapacidade, são anuláveis mas produzem efeitos de forma provisória.
25- Distinga os tipos de proteção de terceiros.
R: É considareado de boa fé o 3º adquirente que no momento da aquisição (do seu direito)
desconhece, sem culpa, o vício do negócio nulo ou anulável (art 291º).
São para efeitos do registo, são 3º de boa fé aqueles que do mesmo transmitente, adquiram
direito total ou parcialmente incompatíveis entre si sobre o mesmo bem. Estão em causa
situações de dupla disposição.
Neste caso não pode haver dois ou mais direitos reais com o mesmo conteúdo sobre o
mesmo objecto sob pena de nulidade (art 892º cc).
26- Distinga os sentidos da forma.
R: Chama-se forma legal àquela que é exigida por lei.
Forma convencional é aquela que é exigida não por lei mas pelas partes ou por uma delas.
Chama-se forma voluntária àquela que as partes usaram na prática do ato com solenidade
que excede a exigida por lei.

27- Qual é o valor jurídico do negócio celebrado por escritura pública, mas que a lei
estabelece escrito particular ou vice-versa?
R: Forma, está ligada ao modo de exteriorização da vontade, ex.: Negócio de compra e
venda de bens imóveis deve ser celebrado por escritura pública, é a forma. Formalidades,
é o conjunto de formalidades ou preliminares a se ter em conta para dar eficácia ao acto.
28- Diferença entre prescrição e caducidade.
R: A prescrição é um efeito jurídico da inércia prolongada do titular do direito no seu
exercício, e traduz-se em o direito prescrito sofrer na sua eficácia um enfraquecimento
consistente em a pessoa vinculada poder recusar o cumprimento ou a conduta a que esteja
adstrita (art. 300° e ss ).
Caducidade é a extinção de um direito pelo decurso do respectivo prazo (art. 328° e ss).
A distinção entre ambas assenta-se na oficiosidade do conhecimento e na extinção de
direitos. A prescrição não extingue o direito nem a vinculação, apenas confere ao obrigado
o poder de recusar o cumprimento, enquanto a Caducidade extingue determinado direito
pelo decurso do respectivo prazo. Quanto à oficiosidade do conhecimento, o tribunal
conhece da Caducidade por sua própria iniciativa, ainda que nenhuma das partes a tenha
invocado, ao contrário da prescrição, em que não pode o fazer se não for invocada pela
parte que dela beneficia.
29- Diferença entre condição resolutiva e suspensiva.
R: As partes podem subordinar a um acontecimento futuro e incerto a produção dos
efeitos do négocio jurídico ou a resolução dos mesmos efeitos (art 270º cc).
A distinção entre eles é o da influência que a verificação do evento condicionante tem
sobre a eficácia do negócio: se a verificação da condição importa a produção dos efeitos
do négocio, trata-se de uma condição suspensiva. Se a verificação da condição importa a
destruição dos efeitos negocias, trata-se de uma condição resolutiva.
30- Quando é que há a conclusão de um contrato?
R: O contrato é um negócio onde são manifestadas duas ou mais declarações de vontades,
que resultam na condição obrigação entre as partes. Todavia, não bastam que seja feita
declarações de vontades para que exista um contrato, pois este só é concluído (produz
efeitos) quando as partes tenham acordado com todas as cláusulas atinentes à este (art.
232 CC).
31- Distinga coação moral de coação física.
R: Na coação fisica ou absoluta o coagido tem a liberdade de acção totalmente excluída,
enquanto na coação moral ou relativa a liberdade está cerceada mas não excluída (o
coacto pode optar por outro comportamento, como sofrer o mal ou combatê-lo).
32- O que é necessário para que haja uma declaração eficaz?
R: Uma declaração negocial é eficaz quando chega ao poder do seu destinatário ou é por
ele conhecida, art 224º CC
33- Diferença entre declaração negocial e convite a contratar?
R: A declaração negocial é o acto exterior adequado a dar a conhecer uma certa intenção
de realizar certos efeitos práticos ao passo que o convite a contratar é um ato finalistico
apropriado para a abertura de uma negociação mantendo o autor a sua liberdade.
34- Diferença entre proposta contratual e convite a contratar?
R: Na proposta contratual o sujeito fica numa situação de sujeição (sujeição de aceitação
ou não aceitação por parte do autor do convite a contratar) ao passo que no convite a
contratar o sujeito tem a liberdade.
35- Diferença entre liberdade contratual, negocial, da autonomia privada, de formae
da declaração?
R: Liberdade contratual, as partes têm a faculdade de fixar o conteúdo dos contratos,
celebras diferentes contratos, e fixar as cláusulas desses contratos, artigo 405
Liberdade declarativa, 217 CC
Liberdade de forma 219.
36- É possível haver princípio da consensualidade sem liberdade de forma?
R: Não é possível.
37- Qual é a relevância da forma na celebração de um contrato?
R: A forma é importante porque em negócios que para a sua celebração ela é exigível, a
sua inobservância dá lugar a nulidade do negócio, um negócio celebrado sem observância
da forma é inválido.
38- Ratificação é um negócio jurídico?
R: A ratificação é sim um negócio jurídico, é um negócio jurídico unilateral que visa
atribuir efeitos jurídicos aos negócios que deles careçam. Art 268º nº 2
39- Quando é que há um conflito de interesses?
R: Em máteria do negócio consigo mesmo anunciam-se exceções e uma delas é a
possibilidade da existência de conflitos de interesses, artigo 261º.
40- Existem contratos sem liberdade de estipulação?
R: Sim, existem contratos sem liberdade de estipulação. A liberdade de estipulação é uma
das manifestações da autonomia privada, consiste na possibilidade de fixação do
conteúdo do contrato (liberdade de estipulação).
41- Existem contratos sem liberdade de celebração?
R: Não existem contratos sem liberdade de celebração pois isso seria uma afronta a
autonomia privada, o conceito de autonomia privada refere o espaço de autodeterminação
pessoal, abrangendo tudo o que cada pessoa pode fazer. A autonomia privada manifesta-
se através do exercício dos direitos subjetivos e da possibilidade de celebração de
negócios jurídicos brangendo quer a possibilidade de celebrar ou não celebrar
determinado contrato (liberdade de celebração).
42- Qual é a diferença entre celebração do contrato e conclusão do contrato?
R: Considera-se celebrado o contrato no momento em que o proponente tomar
conhecimento da aceitação do aceitante e por conclusão do contrato o encerramento das
obrigações entre as partes, por conclusão do objeto, por término do prazo ou outras
situações previstas em lei.
43- Existe alguma diferença entre dever jurídico e a sujeição?
R: Existe sim, dever jurídico é a necessidade de realizar um comportamento negativo ou
positivo, com objetivo de realizar o direito subjetivo propriamente dito de um sujeito ativo
da relação jurídica
Sujeição- Situação de necessidade em que se encontra o adversário ou sujeito passivo de
ver a se produzirem de modo esforçoso, efeitos jurídicos na sua esfera, resultantes do
mero exercício do direito de seu titular.
44- Qual é o problema cerne da Teoria Geral do Direito Civil?
R: O Direito Civil é o cerne cultural e cientifico de qualquer ordenamento jurídico de
base românica. O problema da Parte Geral do Código Civil e da existência de uma
disciplina de Teoria Geral não é pacifica, todavia, assim como também não é pacífica a
existência de uma Parte Geral no Código Civil, as duas questões estão normalmente
ligadas, ainda que não forçosamente.
45- O Código Civil regula todos os factos jurídicos?
R: Sim, o código civil regula todos os factos juridicos, nomeadamente: aquisição,
modificação ou extinção de direitos e deveres.
Fatos jurídicos são todos os acontecimentos (provindos da atividade natural ou humana)
capazes de influenciar na órbita do direito por criar, modificar ou extinguir relações
jurídicas.
46- O Código Civil define o negócio jurídico?
R: Não. A definição encontrada e formulada nos trabalhos preparatórios do BGB( código
civil alemão): o negócio jurídico é uma declaração de vontade que se verifica conforme
a ordem jurídica por ter sido querido pelas partes
47- Quem é qualquer interessado?
R:
48- Qual é o documento (forma) mais solene exigido pela lei?
R: A forma mais exigida por lei é a forma escrita, art 875º.
49- Quanto à personalidade jurídica:
- Quando começa e quando termina?
R: A personalidade juridica começa com o nascimento completo com vida (art 66º cc) e
cessa com a morte (art 68º nº 1).
- Concordas com a posição do nosso código civil?
R: sim, concordo.
- Os nascituros têm personalidade jurídica?
R: Sim, têm personalidade juridica, art 66º nº 2.
- E os concepturos?
R: Alguns autores consideram que não pois
50- Quanto aos direitos de personalidade:
- Qual é a função do nome?
R: Tem a função de designar uma pessoa, um animal, uma coisa ou um grupo de pessoas,
animais e coisas.
- Cartas-missivas: Escrito de caráter privado, por meio do qual se faz uma comunicação
ou se estabelece correspondência com pessoa ausente (artigo 76º)
- Nome e pseudónimo: Pseudônimo é um nome fictício usado por um indivíduo como
alternativa ao seu nome legal.
51- O que são pessoas colectivas?
R: Pessoas colectivas são organizações de pessoas destinadas a prosseguir determinados
fins e que a lei atribui personalidade jurídica ou sejam, podem ser titulares de direitos e
obrigações.
52- Empresa é uma pessoa colectiva?
R: sim, é.

53- Pressupostos da constituição de uma pessoa colectiva?


R: Substrato de índole pessoal: conjunto de pessoas e o substrato patrimoial: conjunto de
massa de bens.
54- Tipos de reconhecimento.
R: Reconhecimento normativo (artigo 158º) e o reconhecimento por concessão( art 158º,
nº 2).
55- Tipos de pessoas colectivas no Código Civil.
R: Associações e fundações (art 157º).
56- Qual é o reconhecimento das sociedades comerciais?
R: Reconhecimento normativo, por escritura pública, art 158º.
57- Regime Jurídico das Pessoas Colectivas?
R: O regime jurídico das pessoas coletivas: art 157º cc-201º cc.
58- Capacidade jurídica e de gozo das pessoas colectivas.
R: O art 160 do CC estabelece a capacidade jurídica. É uma capacidade mais reduzida do
que aquela que é atribuída às pessoas singulares.
O art 160 n°1 prevê o princípio da especialidade do fim. Se desrespeitar este princípio o
acto praticado pela pessoa colectiva é nulo. Podendo até mesmo levar a extinção da pessoa
colectiva.
O art 163 do cc estabelece a capacidade de exercício das pessoas colectivas. Aqui temos
que distinguir 2 situações:
Representação orgânica: Nesta situação é a própria pessoa colectiva que age.
Representação: o poder de representação da pessoa colectiva decorre de um acto especial
de um órgão ( Art 163 n°2).
59- Diferença entre propriedade mão comum e compropriedade.
R: Na propriedade colectiva há contitularidade de duas (ou mais) pessoas num único
direito, tal como na compropriedade (art. 1403); mas, além de conter um único direito,
na propriedade colectiva há ainda um direito uno, enquanto na compropriedade há um
aglomerado de quotas dos vários comproprietários.
60- Distinção em relação à capacidade das pessoas singulares.
R: As pessoas colectivas têm a capacidade mais limitada com relação as pessoas
singulares, as pessoas colectivas agem segundo os seus fins (160º)
61- Como age a pessoa colectiva?
R: As pessoas colectivas agem por intermédio dos seus órgãos ou por representação.
62- Representação da pessoa colectiva?
R: A representação da pessoa colectiva pode ser orgânica (163º, n1) ou voluntária (163º,
n2)
63- Responsabilidade da pessoa colectiva.
R: As pessoas colectivas não são pessoas em sentido físico, mas, sim, em sentido jurídico.
A pessoa colectiva tem capacidade de exercício e actua por intermédio dos seus órgãos,
quando estes actuam por acto próprio. O artigo 163°cc estabelece a capacidade de
exercício das pessoas colectivas. Aqui há duas situações:
1. Representação orgânica- determinado pelos estatutos ou na falta de disposição
voluntária.
2. Representação voluntária- quando o poder de representação da pessoa colectiva decorre
de um acto especial de um órgão que nomeia uma pessoa estranha à própria pessoa
colectiva.
Quanto ao aspecto da responsabilidade civil das pessoas colectivas, há que distinguir 2
tipos de responsabilidades:
1- Contratual art. 163° cc
2-extracontratual art. 165° cc
Quando é que as pessoas coletivas respondem por acto próprio?
a) tratando-se da responsabilidade orgânica
-Contratual 796°cc
-Extracontratual 483°cc
b) tratando-se da responsabilidade dos seus agentes, representantes voluntários ou
auxiliares (situações em que a pessoa colectiva responde por actos de outrem). Podem
ser:
-Contratual (art. 163° cc e confronto com o artigo 800° com ligação ao artigo 258° cc,
preenchidos os requisitos do artigo 798 do cc)
-Extracontratual (art. 165° cc e o confronto com o artigo 500° cc- preenchidos os
requisitos do artigo 483°cc)
64- Fundação (que interesses é que estão subjacentes neste tipo de pessoa
colectiva)?
R: As fundações são pessoas colectivas regidas no código civil nos artigos 185° ao 194°
sem fins lucrativos, dotada de um património suficiente e irrevogavelmente afetado à
prossecução de um fim de interesse social. O seu reconhecimento é dependente de uma
entidade competente, por força do artigo 188°, podendo essa mesma entidade extinguir a
fundação caso se tenha verificado que o fim da fundação tenha se tornado impossível.

São considerados fins de interesse social aqueles que se traduzem no benefício de uma
ou mais categorias de pessoas distintas do fundador, seus parentes ou afins, ou de pessoas
ou entidades a ele ligadas por relações de amizade ou de negócios designadamente:
a) A assistência e pessoas com Deficiência;
b) A cooperação para o desenvolvimento;
C) A promoção da cultura;
d) A promoção de artes;
e) A proteção e apoio à família;
65- Publicidade da constituição de uma pessoa colectiva.
R: Artigo 162º.
66- Os órgãos da pessoa colectiva podem celebrar contratos?
R: Artigo 161º.
67- Noção de órgãos.
R: São aqueles que manifestam vontade das pessoas colectivas.
68- Património da pessoa colectiva (noção, características do património, separação
de património, património colectivo/autónomo).
R: Património - são todas as situações jurídicas activas e passivas de carácter patrimonial
que em cada momento se encontram na titularidade dessa pessoa.
69- Diferença entre negócios indirecto e simulação.
R: Na ordem jurídica angolana, as expressões "negócio indireto" e "simulação" têm
significados distintos.
O negócio indireto ocorre quando duas partes celebram um contrato que aparentemente
possui uma finalidade, mas, na realidade, ambas as partes pretendem alcançar outro
objetivo, que não é expresso no contrato. Ou seja, as partes utilizam um contrato
aparentemente legítimo para disfarçar a verdadeira intenção ou natureza do acordo. O
objetivo do negócio indireto é ocultar, de forma lícita ou ilícita, as verdadeiras intenções
das partes envolvidas.
Por outro lado, a simulação é uma figura jurídica que ocorre quando as partes celebram
um contrato com a intenção de criar uma aparência enganosa ou falsa sobre a sua
natureza, conteúdo ou consequências. Diferentemente do negócio indireto, na simulação
não há uma intenção subjacente real que as partes desejam alcançar. A simulação é uma
forma de falsidade que ocorre no momento da celebração do contrato, onde as partes
deliberadamente concordam em representar algo que não é verdadeiro.
70- Diferença entre negócio indirecto e negócio abstrato.
R:
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71- Diferença entre negócio causal e abstrato.
R: O critério de distinção é a relevância da causa, nos negócios causais a causa é relevante
no respetivo regime juridico, logo pode ser invocável com fundamento de pretensões ou
excepções, ao passo que, nos négocios abstratos a causa não é relevante no respetivo
regime jurídico, logo não é invocável como fundamento de pretenções ou excepções.
72- Há prestação nos negócios gratuitos?
R: Não.
73- Critério de distinção das coisas.
R:

74- Critério de distinção da classificação dos negócios jurídicos.


R: 1. Negócios unilaterais e bilaterais (Plurilaterais) - Critério da unidade ou pluralidade
das partes;
2. Negócios intervivos e mortis causa - Critério da vida ou morte;
3. Negócios solenes e formais - Critério da forma;
4. Negócios pessoais e patrimoniais - Critério do caracter pessoal ou patrimonial do
conteúdo;
5. Negócios sinalagmáticos e não sinalagmáticos – obrigatoriedade das partes
6. Negócios obrigacionais, reais, familiares e sucessórios - Critério da estruturação do
código civil;
7. Negócios gratuitos e onerosos - Critério da existência ou não no conteúdo do negócio
de um sistema de contrapartidas;
8. Negócios comutativos, aleatórios e parciários - modo de ser da contrapartida;
9. Negócios de administração e disposição - ?
10. Negócios causais e abstratos - Critério da relevância ou relevância da causa.

75- Que tipo de contrato é o mandato?


R: O art. 1157.º do Código Civil [1] define contrato de mandato nos seguintes termos:
“Mandato é o contrato pelo qual uma das partes se obriga a praticar um ou mais atos
jurídicos por conta da outra”.
O contrato de mandato é uma modalidade de contrato de prestação de serviços. Para além
do contrato de mandato também são modalidades de contratos de prestação de serviços o
contrato de depósito e o contrato de empreitada (1155.º).
Ora, o contrato de prestação de serviço é aquele em que uma das partes se obriga a
proporcionar à outra certo resultado do seu trabalho intelectual ou manual, com ou sem
retribuição (art. 1154.º).
Assim, o mandatário (que é um prestador de serviços):
i) obriga-se a prestar um determinado resultado do seu trabalho intelectual ou manual;
ii) atuando com independência (que se contrapõe à subordinação jurídica)

76- Diferencie exceptio doli, supressio e surrectio, venire contra factum proprium,
inalegabilidade formal e tu quoque.
R: Exceptio doli – exceção de dolo, ou seja, não age com boa-fé aquele que atua intuito não
de preservar legítimos interesses, mas, sim, de prejudicar a parte contrária. Por exemplo,
aquele que ajuíza ação de cobrança de dívida paga com o objetivo de receber em
duplicidade determinado valor na esperança de que o devedor não tenha como provar o
pagamento ou seja revel em ação judicial.
Venire contra factum proprium – proibição de comportamento contraditório, traduz o exercício
de uma posição jurídica em contradição com o comportamento anteriormente assumido,
constituindo verdadeira surpresa

Inalegabilidade de nulidades formais – decorre, para muitos, do próprio venire contra factum
proprium. Trata-se da proibição da alegação dos vícios formais por quem lhe deu causa,
intencionalmente ou não.

Surrectio: Surgimento de um direito face a uma conduta que é repetida no tempo.

Supressio: supressão, é a perda de um direito face a um comportamento que é repetido no


tempo.

Tu quoque: objetiva impedir que o infrator de uma norma ou obrigação almeje valer-se
posteriormente da mesma norma ou obrigação antes transgredida para exercer um direito ou
pretensão. Ou seja, aquele que viola determinada norma jurídica não poderá desempenhar a
situação jurídica que essa mesma norma lhe confere, pois do contrário, se estaria
transgredindo os princípios da boa-fé objetiva, bem como da ética e da justiça contratual

77- Requisitos da usura.


R: Os requisitos para usura seria o mútuo (1142) e o acréscimo de juros.
78- Diferença entre usura e negócio usurário
R: Usura é quando um contrato de mútuo (empréstimo) tem juros muito maiores que o
legalmente exigido (1146) ao passo que o negócio usurário é o negócio jurídico na qual
alguém, explorando a situação de necessidade, inexperiência, ligeireza, dependência,
estado mental ou fraqueza de carácter de outrem, obtiver deste, para si ou para terceiro,
a promessa ou a concessão de benefícios excessivos ou injustificados.

79- Fale da procuração!


R: Tipos de procuração:
-Procuração Expressa(n°1 do artigo 217 do CC): quando a procuração é declarada de
forma expressa,em que o representado outorga poderes ao representante para que aja em
seu nome e de acordo com a sua vontade.
A procuração expressa pode ser:
*Simples: quando a procuração é outorgada de um modo isolado (artigo 219°).
*Clausulada:quando a lei exige ou estipula a forma da procuração.Ex:a escritura pública
na celebração do contrato de compra e venda de bens imóveis (art.875° do Código
Civil).
-Procuração Tácita (n°2 do artigo 217° do CC):quando não são outorgados poderes,mas
pode se permitir a representação.
A procuração tácita pode ser:
*Tolerada:ocorre quando alguém não outorga poderes de representação a uma
pessoa,mas sabe que está a ser representado, porém não manisfesta a sua vontade
contrariamente,tolerando e aceitando a situação, mostrando uma aparente situação de
representação a terceiros.
-Aparente:ocorre quando alguém invoca poderes de representação de outrem e atua em
seu nome,sem que lhe tenham sido outorgados poderes para tal e sem o conhecimento
do representado.Nestes casos,o representado devia saber desta "suposta
representação",se tivesse agido com a deligência devida.
Nas situações de procuração tácita,o representado pode aceitar a representação por meio
da ratificação (artigo 268°,n° 2 do Código Civil).

80- Como se explica esta não coincidência entre os contratos onerosos e os


contratos bilaterais?
R: É que nos contratos unilaterais onerosos a contspectividade estabelece-se. não
entre duas obrigações — só há obrigações por um dos lados, visto que são contratos
reais —. mas entre duas atribuições patrimoniais que consistem numa prestação
contemporânea da formação do negócio (a entrega de uma sorna em dinheiro para ser
utilizada) e numa obrigação (a de restituir o capital e pagar os juros).

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