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ID.: 19829
Turma: A Ano: 2º
As despesas públicas
1
Franco, António L. de Sousa, cfr. Finanças Públicas e Direito Financeiro, ob. cit. p297 e 298.
2
Franco, António L. de Sousa, cfr. Finanças Públicas e Direito Financeiro, ob. cit. p298.
Na Lei Quadro do OGE, no seu artigo 12º, encontramos o seguinte conceito para
as despesas orçamentais:
As receitas orçamentais
3
Franco, António L. de Sousa, cfr. Finanças Públicas e Direito Financeiro, ob. cit. p299.
Mas diferente das despesas, o professor Sousa Franco, classifica as receitas
públicas. Na sua óptica, por meio dos elementos que compõem o conceito de receitas
públicas, podemos recortar três tipos:
- Receitas patrimoniais: podem derivar de uma gestão normal, como a
venda de frutos, arrendamento; ou de uma redução do património, como o resultado
da venda de um edifício.4
- Receitas tributárias: são as receitas públicas fundamentais, num
moderno Estado de economia de mercado. São receitas que o Estado obtém mediante
o recurso ao seu poder de autoridade, impondo aos particulares um sacrifício
patrimonial que não tem por finalidade puni-los nem resulta de qualquer contrato com
eles estabelecido, mas tem como fundamento assegurar a comparticipação dos
cidadãos na cobertura dos encargos públicos ou prosseguir outros fins públicos. Os
tipos de receita tributária são o imposto e a taxa.5
- Receitas creditícias: resultam do recurso ao crédito - empréstimo -
contraído pelo Estado.6
Olhemos, então, para o que diz a Lei Quadro do OGE acerca das receitas, a partir
do artigo 8º:
4
Franco, António L. de Sousa, cfr. Finanças Públicas e Direito Financeiro, ob. cit. p300
5
Franco, António L. de Sousa, cfr, Finanças Públicas e Direito Financeiro, ob. cit. p300 e 301
6
Franco, António L. de Sousa, cfr. Finanças Públicas e Direito Financeiro, ob. cit. p301, O crédito público tornou-se
modernamente uma fonte de receitas da maior importância nas sociedades capitalistas e tem um conjunto de caracteristicas que
permitem a sua autonomização e a sua distinção do crédito privado. Entre elas poder-se-á referir: 1. enquanto o crédito privado
assenta numa base real de confiança, a confiança que o prestamista aqui tem no Estado não deriva de garantias reais mas da sua
própria posição especial (de ser Estado, em suma); 2. o carácter público do devedor marca de uma forma essencial as relações de
crédito, já que o devedor conserva faculdades que não seriam normais num devedor privado, como sejam, por exemplo, a de. em
certas circunstâncias poder alterar as condições do empréstimo.
Conclusão
7
Franco, António L. de Sousa, cfr. Finanças Públicas e Direito Financeiro, ob. cit. p300, “Quanto aos recursos de tesouraria,
entende-se de uma maneira geral que eles se limitam a antecipar as verdadeiras receitas públicas, que, por diversos motivos, não
deram ainda entrada na caixa do Estado, sem representarem, no entanto, uma verdadeira receita., já que a sua natureza é
meramente transitória. Trata-se, de alguma forma, de recursos momentâneos: o Estado contrai um empréstimo em Janeiro por
conta das receitas de impostos a cobrar em Julho; só estas são receitas públicas, sendo as outras meras antecipações de tesouraria.
No caso das entradas de caixa vinculadas a fundos de garantia, trata-se de quantias que são entregues ao Estado, mas de que ele
não pode dispor, dado que terão de ser devolvidas ao seu proprietário, que as entregou apenas para funcionarem como garantia
do cumprimento de certas obrigações (p. ex., depósito ou caução judicial).”