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Lei Nº7/98 de 3 Fevereiro: define o novo regime geral de emissão e gestão da dívida
pública, revogando as leis anteriores e demais legislação complementar, ao mesmo tempo
que aponta para uma revisão geral do regime da generalidade dos instrumentos de dívida
pública, que tem vindo a traduzir-se numa cada vez maior complexidade de operações que
acompanham a evolução dos mercados financeiros.
Quanto ao 1º diz respeito a uma tentativa de definir os princípios gerais, a que fica
sujeito o recurso pelo Estado a empréstimos públicos (a Constituição não fixa
quaisquer limites ao endividamento público), assim como também se relaciona
com a alteração de alguns conceitos fundamentais em matéria de dívida.
Tem havido uma crescente importância do debate em torno das potenciais vantagens da
inclusão de limites constitucionais ao recurso da dívida pública. A Lei mantém, como
imposto pela CRP, um papel de primazia da Assembleia, art.4º/1/2 (este último nº sem
caráter de obrigatoriedade).
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Os poderes da Assembleia, art.15º, passam por uma informação trimestral sobre
os financiamentos e as condições dos empréstimos e pela possibilidade de a
qualquer momento, convocar o presidente do Instituto de Gestão do Crédito
Público para audiência destinada a prestar informação sobre os empréstimos
contraídos.
Modalidades de dívida
Dívida Pública Financeira: (por Sousa Franco) um encargo em que o Estado incorre em
virtude de uma operação financeira, pela qual lhe foram emprestados ativos financeiros,
devendo reembolsá-los e/ou pagar juros ou rendas.
Dívida acessória do Estado: resultante das garantias que o Estado concede a devedores
privados/públicos para a obtenção de empréstimos, Lei Nº112/97 de 16 Setembro,
art.1º/2.
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As agências de rating
1) Generalidades
Estas agências (de natureza privada) condicionam as opções dos intervenientes nos
mercados financeiros e dispõem, de condições únicas para ajudar a um funcionamento
regular/para, a contrário, introduzir perturbações do mercado.
Estas não atuam apenas na área da dívida pública, estando a sua origem relacionada com
os mercados comerciais, onde assumiam a responsabilidade por avaliar o risco dos títulos
emitidos. Essa avaliação de risco era solicitada pelas entidades emitentes.
Hoje em dia, o seu interesse tende a alinhar com os investidores em títulos soberanos,
apresentando baixos ratings dos Estados devedores que funcionam como um fator de
diminuição do risco e de obtenção de juros mais altos na aplicação.
Notação de risco: classificação através que uma nota que indica a capacidade de
um emitente de dívida, público/empresarial, cumprir com os pagamentos.
A sustentabilidade da dívida
O peso relativo que essa A taxa de juro que lhe é A taxa de crescimento
dívida já atingiu aplicada nominal do PIB
Tais variáveis estabelecem entre si uma relação que torna possível estimar a ordem de
grandeza que deve ter o saldo orçamental (diferença entre receita e despesa, aferido
antes da despesa com o pagamento de juros) das Administrações Públicas para que a
respetiva dívida se mantenha estável.
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Contudo, esta ideia não resolve o problema fundamental de saber qual deve ser a
dimensão exata da redução do endividamento e do défice ou a taxa de
crescimento do PIB que permitirá alcançar esse objetivo.