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INVESTIMENTOS FINANCEIROS: ESTUDO ACERCA DO CONHECIMENTO DOS

ACADÊMICOS DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA UNIFASIPE.


1. INTRODUÇÃO

1.1 Justificativa
1.2 Problematização
1.3 Hipóteses
1.4 Objetivos
1.4.1 Geral
1.4.2 Específicos
2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Educação financeira e endividamento

A educação financeira é definida como o processo mediante o qual “os indivíduos e as


sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de
maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as
competências necessários para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles
envolvidos”. De modo geral, significa que a educação financeira pode ajudar as pessoas nas
escolhas mais acertadas e responsáveis sobre o planejamento das finanças pessoais e
governamentais (BRASIL, 2016).
A educação financeira é o meio de prover esses conhecimentos e informações sobre
comportamentos básicos que contribuem para melhorar a qualidade de vida das pessoas e de
suas comunidades. É, portanto, um instrumento para promover o desenvolvimento
econômico. Afinal, a qualidade das decisões financeiras dos indivíduos influencia, no
agregado, toda a economia, por estar intimamente ligada a problemas como os níveis de
endividamento e de inadimplência das pessoas e a capacidade de investimento dos países
(BACEN/BCB, 2013).
Destacando que a facilidade de acesso ao crédito, tem levado muitas pessoas ao
endividamento excessivo, privando-as de parte de sua renda em função do pagamento de
prestações mensais que reduzem suas capacidades de consumir produtos que lhes trariam
satisfação. Consumidores bem educados financeiramente demandam serviços e produtos
adequados às suas necessidades, incentivando a competição e desempenhando papel relevante
no monitoramento do mercado, uma vez que exigem maior transparência das instituições
financeiras, contribuindo, dessa maneira, para a solidez e para a eficiência do sistema
financeiro (BACEN/BCB, 2013).
2.2. Sistema Financeiro Nacional

Entende-se por Sistema Financeiro o conjunto de instituições públicas e privadas que tem
por objetivo desenvolver ações no sentido de propiciar condições para a manutenção e
administração de recursos financeiros da sociedade em geral, incluindo pessoas físicas e
jurídicas (ASSAF NETO, 2009; FORTUNA, 2002).
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por um conjunto de entidades e
instituições que promovem a intermediação financeira, isto é, o encontro entre credores e
tomadores de recursos. É por meio do sistema financeiro que as pessoas, as empresas e o
governo circulam a maior parte dos seus ativos, pagam suas dívidas e realizam seus
investimentos. O SFN é organizado por agentes normativos, supervisores e operadores. Os
órgãos normativos determinam regras gerais para o bom funcionamento do sistema. As
entidades supervisoras trabalham para que os integrantes do sistema financeiro sigam as
regras definidas pelos órgãos normativos. Os operadores são as instituições que ofertam
serviços financeiros, no papel de intermediários. (BACEN/ BCB, 2022)

Figura 1: Estrutura do Sistema Financeiro do Brasil.

Fonte: Banco Central do Brasil.


É um sistema onde encontram-se órgãos normativos para gerar fluidez no mercado,
órgãos executivos os quais fazem a execução das normas e fiscalização e também as demais
instituições financeiras (ABREU; SILVA 2017).
A Constituição Federal de 1988 no Cap.III, Art 192 dispõe a seguir:
Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o
desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, será
regulado em lei complementar, que disporá sobre:
I – a autorização para o funcionamento das instituições financeiras, assegurado às
instituições bancárias oficiais e privadas acesso a todos os instrumentos do mercado
financeiro bancário, sendo vedada a essas instituições a participação em atividades
não previstas na autorização de que trata este inciso;
II – autorização e funcionamento dos estabelecimentos de seguro, previdência e
capitalização, bem como do órgão oficial fiscalizador e do órgão oficial
ressegurador;
III – as condições para a participação no capital estrangeiro nas instituições a que se
referem os incisos anteriores, tendo em vista, especialmente: a) os interesses
nacionais; b) os acordos internacionais;
IV – a organização, o funcionamento e as atribuições do banco central e demais
instituições financeiras públicas e privadas;
V – os requisitos para a designação de membros da diretoria do banco central e
demais instituições financeiras, bem como os seus impedimentos após o exercício do
cargo;
VI – a criação de fundo ou seguro, com o objetivo de proteger a economia popular,
garantindo créditos, aplicações e depósitos até determinado valor, vedada a
participação de recursos da União;
VII – os critérios restritivos da transferência de poupança de regiões com renda
inferior à média nacional para outras de maior desenvolvimento;
VIII – o funcionamento das cooperativas de crédito e os requisitos para que possam
ter condições de operacionalidade e estruturação próprias das instituições
financeiras;
§ 1º A autorização a que se referem os incisos I e II será inegociável e intransferível,
permitida a transmissão do controle da pessoa jurídica titular, e concedida sem ônus,
na forma da lei do sistema financeiro nacional, a pessoa jurídica cujos diretores
tenham capacidade técnica e reputação ilibada, e que comprove capacidade
econômica compatível com o empreendimento.
§ 2º Os recursos financeiros relativos a programas e projetos de caráter regional, de
responsabilidade da União, serão depositados em suas instituições regionais de
crédito e por elas aplicados.
§ 3º As taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e quaisquer outras
remunerações direta ou indiretamente referidas à concessão de crédito, não poderão
ser superiores a doze por cento ao ano; a cobrança acima deste limite será
conceituada como crime de usura, punido, em todas as suas modalidades, nos termos
que a lei determinar.

De acordo com Assaf Neto (2012, p. 39) o sistema financeiro pode ser divido em dois
subsistemas, a considerar: o normativo – de caráter fiscalizador e regulamentador, e os
supervisores – responsável pelas operações de intermediação financeira, como, por exemplo,
as sociedades de arrendamento mercantil e as cooperativas de crédito. Os órgãos: Conselho
Monetário Nacional (CMN), Banco Central do Brasil (BACEN), Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), Banco do Brasil (BB), Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e
Caixa Econômica Federal (CEF) fazem parte do subsistema normativo.
Santos (1999), afirma que o CMN (Conselho Monetário Nacional) tem como objetivo
estabelecer condições para a emissão de papel-moeda, coordenar políticas monetárias e
orientar a aplicação de recursos visando atender aos interesses econômicos e sociais do país.
O órgão possui influência sobre as taxas de juros e a poupança, podendo afetar o rendimento
de certas aplicações financeiras.
Um banco central é responsável pela gestão do sistema de pagamentos, pela política
monetária e pela estabilidade do sistema financeiro. Uma função adicional dos bancos
centrais, dependendo da legislação de cada país, é a regulação do sistema financeiro. A lei
brasileira atribui ao Bacen a função de agência de regulação do nosso sistema financeiro. Esse
sistema em qualquer parte do mundo tende a ser bastante concentrado e cabe à agência de
regulação impedir que as instituições financeiras usem seu poder de mercado, cobrando
preços abusivos pelos seus serviço (BARBOSA, 2015).
Outro órgão de relevância aos investimentos financeiros é a CVM, que, no âmbito de
suas atribuições, está a organização, o funcionamento e o estímulo da bolsa de valores. Uma
ação de uma empresa também é conhecida por valor mobiliário, ou ainda, título de
propriedade. A CVM também possui papel importante na proteção ao investidor, analisando e
proibindo possíveis fraudes que possam ocorrer na bolsa de valores por parte de organizações
mal-intencionadas. O órgão possui papel de supervisão da bolsa de valores brasileira
(SANTOS, 1999).
O sistema financeiro brasileiro teve início com a criação do Banco do Brasil,
conhecido como banco de depósitos, descontos e emissão. O objetivo do primeiro banco
brasileiro era transferir o ouro de terras nacionais para os cofres da coroa portuguesa, além de
comercializar pedras preciosas (LAGIOIA, 2009).
O BNDES, como agente de desenvolvimento, entendeu que faz parte de sua missão
ajudar a criar um ambiente favorável ao desenvolvimento das empresas do setor, para que o
mercado possa ampliar-se, ganhar eficiência, profissionalizar-se e realizar o seu potencial, de
maneira sustentável, com ganhos sociais em termos de geração de emprego, renda e inclusão
ao consumo de bens culturais. Para isso, o Banco se dispôs a atuar oferecendo um leque
diversificado de mecanismos de financiamento, que incluem não apenas a aplicação de
recursos não reembolsáveis como também financiamentos e instrumentos de renda variável.
Esses mecanismos se complementam, possibilitando uma atuação mais abrangente e mais
eficiente do BNDES no setor cultural(Barboza, 2020).
A CEF atua basicamente em programas dirigidos as pessoas físicas, como aplicados
no âmbito social, concedendo empréstimos para projetos nas áreas de habitação, assistência
social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte, tendo como principal
representante a
Caixa Econômica Federal. Assemelham-se aos bancos comerciais por captar depósitos a vista,
realizar operações de crédito e prestar serviços (VIEIRA, 2012).

2.2.1. Intermediação financeira

Intermediação Financeira é definida como atividade desenvolvida por instituições


financeiras que consiste em transferir recursos dos agentes econômicos superavitários para os
agentes econômicos deficitários. Trata-se do conjunto de operações que têm como objetivo
propiciar a transferências de recursos financeiros entre poupadores e tomadores de capital
(CAVALCANTE; MISUMI; RUDGE, 2009).
Carvalho (2000) entendeu que a atividade de intermediação financeira se divide em
duas, sendo uma a atividade financeira intermediada e outra a atividade financeira
desintermediada. A primeira atividade é executada por instituições intermediarias,
normalmente instituições financeiras, que captam recursos junto aos agentes econômicos
superavitários, assumindo a obrigação de honrar a exigibilidade destes recursos e emprestam
aos agentes econômicos deficitários. A segunda atividade é executada diretamente entre os
agentes econômicos superavitários e os agentes econômicos deficitários, onde o papel das
instituições financeiras é simplesmente promover a corretagem de valores.
As instituições financeiras agem como intermediários, canalizando as poupanças de
pessoas físicas, empresas e órgãos governamentais para empréstimos e investimentos
(GITMAN, 2010).
De acordo com De Paula (2000) foram os bancos que se tornaram mais eficientes na
intermediação financeira e na geração de resultados, respondendo dinamicamente ao cenário
de estabilidade monetária e conseguindo, assim, a preservação de seus elevados níveis de
rentabilidade.

2.3. Investimentos Financeiros

No sistema capitalista existente na maioria dos países, incluindo o Brasil, a captação


de recursos financeiros visando determinado objetivo pessoal, empresarial ou de igual
importância, tornou-se tema de eminente relevância e estudo. Um dos métodos para gerar
capital ocorre por meio de investimentos financeiros, que podem ser realizados de acordo com
a vontade do investidor. Um investimento financeiro está relacionado com a privação do
consumo ou do prazer presente com o objetivo de construir algo com maior valor para
aproveitamento futuro (BERNSTEIN; DAMODARAN, 2000).
Investimentos proporcionam a oportunidade de criar considerável quantia de recursos
financeiros por meio de uma grandeza consideravelmente menor. O objetivo de um
investimento financeiro consiste em produzir algo com maior valor para posterior benefício,
associado com a privação do consumo ou do prazer presente (BERNSTEIN; DAMODARAN,
2000).
Conforme afirma Gitman (2010) investir representa a maneira mais adequada para
construir um patrimônio consistente e próspero, além de ser um meio de alcançar
independência financeira, é importante começar a aplicar o seu dinheiro o quanto antes. Que
em aplicações financeiras, os investimentos podem variar em dois grandes grupos, renda fixa
e renda variável.
Os recursos aplicados pelos investidores no mercado de investimentos têm por
objetivo a obtenção de maior rentabilidade, uma vez que fica uma grande soma disponível
que, em determinado momento, poderá ser utilizada para aplicação em títulos mais rentáveis.
(TRINDADE, 2015)

2.3.1. Renda Fixa

Os fundos de renda fixa podem ser classificados como operações mais conservadoras
se comparados com os fundos de renda variável. O patrimônio dos fundos de renda fixa é
aplicado predominantemente em títulos públicos ou privados de acordo com cada modalidade
(TRINDADE, 2015).
Os investimentos de renda fixa, por apresentarem menor risco são as principais buscas
dos investidores. Assaf Neto (2012), afirma que o lucro obtido no mercado de renda fixa, por
meio do investimento realizado, pode ser resgatado no vencimento do título, em datas
específicas ou no momento em que o investidor bem entender, dependendo do tipo de
operação.

2.3.1.1. Poupança
A caderneta de poupança foi criada no Brasil em 1861 com o intuito inicialmente de
atender a população mais pobre. Na época em que foi criada não havia a possibilidade de
diversificar os investimentos (COELHO; CUNICO, 2019),
A caderneta de poupança é uma alternativa de aplicação financeira bastante
conservadora, oferecendo segurança, já que o governo garante os depósitos até certo limite e
baixa remuneração comparado a outros tipos de ativos no mercado. Além disso, a poupança
permite isenção de imposto de renda (ASSAF, 2003), é uma aplicação simples e tradicional.
Dentre os benefícios da poupança se destacam o fácil acesso, já que não exige a
intermediação de corretoras. Além disso, a isenção de IR (imposto de renda) e IOF (imposto
de operação financeira), ou seja, o investidor fica isento dessas tributações até o limite de R$
250,00 de rentabilidade mensal ou com R$ 50.000,00 aplicados. Contudo, apesar de ser um
investimento de baixo risco, os rendimentos que ela proporciona são modestos e, às vezes,
suficientes apenas para proteger o investidor da inflação, ou seja, em dadas situações o
investidor aufere uma rentabilidade real igual ou próxima de zero. O ponto negativo na
poupança é o prazo mínimo para seu retorno, ou seja, o investidor necessita aguardar o prazo
de 30 dias para receber a rentabilidade. No entanto, a caderneta de poupança tem liquidez
imediata e por isso pode ser considerada como ideal para reserva em caso de pequenas
emergências (KREUTZ, 2018)

2.3.1.2. CDB

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é uma forma de investimento realizada


junto a bancos comerciais, bancos de investimento ou bancos de desenvolvimento. É a
obrigação de pagamento futuro de um capital aplicado na instituição, podendo ser prefixado
ou pós-fixado. O CDB prefixado é quando o investidor sabe a quantia de retorno do
investimento, e o pós-fixado irá depender de diversos fatores da economia e da taxa de juro
estabelecida no momento da compra do certificado. O recurso financeiro captado pelas
instituições por meio do CDB, em geral, é destinado para o financiamento do capital de giro
das mesmas (ASSAF NETO, 2012). Neste tipo de investimento o investidor empresta o seu
dinheiro ao banco por um prazo definido com condições de liquidez variadas.
Conforme cita Ferreira (2015), São títulos privados financeiros de rendimento em suas
modalidades pré e pós-fixadas, com fluxo de pagamento simples, isto é, o poupador faz a
aplicação ou depósito e recebe o rendimento apenas uma vez, na data de resgate do título,
junto com o valor do principal.
2.3.1.3. LCI

Letra de Crédito Imobiliário (LCI) traduz-se como um investimento com base em


crédito imobiliário, sendo um título de crédito lastreado por créditos imobiliários, penhorado
por hipoteca ou alienação fiduciária de ativo imóvel e criado para incentivar o mercado
imobiliário. Apesar de a LCI possa ser corrigida por índices de valores, tem se normalmente
como base de atualização porcentagens de CDI (FIBRA, 2014).
De forma a incentivar os investimentos, a LCI é isenta de imposto de renda sobre o
ganho para as pessoas físicas e adota a tabela regressiva de imposto de renda, para os ganhos
em função do tempo de permanência, para aplicações de pessoas jurídicas. (FORTUNA,
2010).

2.3.1.4. LCA

De acordo com Fortuna (2010) Letra de Crédito Agronegócio (LCA) emitida


exclusivamente para garantias em empréstimos ao setor rural, e somente instituições
financeiras autorizadas podem emitir, tendo essas entidades a responsabilidade de honrar as
obrigações junto aos investidores. Esse título é executivo extrajudicial, sendo livre de penhor
judicial, que dá uma garantia extra ao investidor.
O LCA é bem parecido com o LCI em muitas características, no entanto, os recursos
do empréstimo serão destinados para financiar o agronegócio e as datas de vencimento são
pré-estabelecido, quando você faz um contrato com o credor. Para o setor do agronegócio
representa uma importante fonte de financiamento (CETIP

2.3.1.5. Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um programa criado pelo Tesouro Nacional, que permite que
qualquer pessoa com um CPF possa investir em TÍTULOS PÚBLICOS, pela internet
(SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL, 2019).
Conforme afirma Ferreira (2015), o tesouro direto trabalha com operações tem três
finalidades: financiar o déficit orçamentário; refinanciar a dívida pública; e realizar operações
para fins específicos definidos em lei.
O Tesouro Direto oferece investimento em títulos prefixados; e pós-fixados indexados
à Selic ou indexados ao IPCA. Títulos do tesouro direto: (SECRETARIA DO TESOURO
NACIONAL, 2019).

 Tesouro Prefixado: Os títulos Tesouro Prefixado são aqueles que têm taxa de juros
fixa, que você já conhece no momento do investimento
 Tesouro Selic: Os títulos Tesouro Selic são títulos pós-fixados que possuem
rentabilidade atrelada à Taxa Selic. A Taxa Selic é a taxa de juros básica da economia
determinada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central
 Tesouro IPCA+: Os títulos Tesouro IPCA+ são títulos pós-fixados que possuem
rentabilidade atrelada ao índice oficial de inflação no Brasil, o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo - IPCA.

2.3.1.6. Debêntures

As debêntures são títulos representativos de dívida emitidos por empresas com o


objetivo de captar recursos para diversas finalidades, como, por exemplo, o financiamento de
seus projetos. Os investidores, ao adquirem esses papéis, têm um direito de crédito sobre a
companhia e recebem remuneração a partir dos juros. (AMBIMA; 2019).
Conforme afirma Pinheiro Debênture é um título emitido por uma sociedade anônima,
previamente autorizado pela CVM, com a finalidade de captar recursos de médio e de longo
prazo, destinados normalmente a financiamento de projetos de investimento ou alongamento
do perfil do passivo. Caracteriza-se como um título de valor mobiliário, com remuneração
baseada em taxas de renda fixa.

2.3.2. Renda Variável

De acordo com Fortuna (2008) os fundos de renda variável são aqueles cuja
composição é, em sua maior parte, de aplicações em ações e/ou títulos e cuja taxa de retorno é
variável e, portanto, depende de seu desempenho no mercado. Logo a certeza de retorno
futuro desse investimento é incerto e depende do mercado financeiro.

2.3.2.1. Ações
O mercado de ações tem recebido muita atenção por parte de investidores e empresas,
haja vista que o mesmo tem se apresentado como uma oportunidade para investidores
externos que visem diversificar seus portfólios (NUNES; 2005)
Pinheiro (2016) definiu que as ações são títulos de propriedade de uma parte do capital
social da empresa que as emitiu. Quem tem ações, portanto, pode se considerar sócio da
empresa emissora
Para investir na Bolsa de Valores, por meio da compra de ações de empresas, é preciso
contatar uma das corretoras financeiras disponibilizadas pela Bm&fBovespa, abrir uma conta
na corretora, similar a uma conta bancária, e realizar as operações de compra ou venda. As
operações são realizadas via contato entre o investidor e a corretora, seja pelo telefone ou
internet (HALFELD, 2007).

2.3.2.2. FII’s

Nos últimos anos, observou-se um notório crescimento do interesse por investimentos


no segmento imobiliário, com destaque para os Fundos de Investimentos Imobiliários,
também conhecidos como Fundos Imobiliários ou simplesmente por sua abreviação FIIs. Os
investimentos imobiliários possuem aspectos de consumo e de investimentos. Imóveis podem
ser vistos como moradia e também como uma parcela importante do investimento das famílias
(SCOLESE; 2015).
De Acordo com Scolese (2015) O FII é um condomínio de investidores com o objetivo
de aplicar recursos financeiros, em empreendimentos imobiliários, a serem implantados ou já
concluídos. O cotista do FII não tem nenhum direito real sobre os imóveis e empreendimentos
integrantes do patrimônio do fundo. Assim, a regulamentação exime o titular das cotas de
responder pessoalmente por qualquer obrigação legal ou contratual relativa aos imóveis e
empreendimentos integrantes do fundo ou do administrador.

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