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MERCADO FINANCEIRO E CAPITAIS

PROFESSOR: HERMINIO SILVA

A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA MERCADO DE CAPITAIS

Todo investidor busca aperfeiçoar os três aspectos básicos de um


investimento:
• Retorno;
• Prazo;
• Proteção.
FGC – FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO
Hoje cobre até R$ 250.000,00 de imediato e até R$ 1.000.000,00
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Isso se o banco em que você tiver deixado seu dinheiro estiver
em processo de RJ ou FALÊNCIA
Quem toma a frente é o Banco Central

Após avaliar, portanto, deve estimar sua:


• Rentabilidade;
• Liquidez
• E grau de risco.

A rentabilidade é sempre diretamente relacionada ao risco. Ao investidor


cabe definir o nível de risco que está disposto a correr, em função de obter
uma maior ou menor lucratividade. Nas duas últimas décadas, ocorreram
importantes transformações no quadro econômico brasileiro, as quais
influenciaram a capacidade de tomada de recursos por parte das empresas.

A forma básica de financiamento dava-se, principalmente, via crédito, sendo


que o mercado de capitais brasileiro esteve à margem do arranjo financeiro.

As inovações financeiras que surgiram nas décadas de 1980 e 1990


possibilitaram a alavancagem de recursos via lançamentos de títulos de
dívida direta, que, necessariamente, tornou o mercado de capitais brasileiro
mais flexível.

Ao profissional do mundo globalizado, no exercício de suas funções, cabe


acompanhar a evolução do mercado financeiro para atuar nessa área de
conhecimento bastante concorrida.

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – RESUMO

O Sistema Financeiro Nacional é composto por: Um conjunto de instituições


financeiras públicas e privadas e seu órgão máximo é o Conselho
Monetário Nacional (CMN).

Por meio do Sistema Financeiro Nacional (SFN), viabiliza-se a relação entre


agentes carentes de recursos para investimentos e agentes capazes de
gerar poupança e, consequentemente, em condições de financiar o
crescimento da economia.

Uma característica presente na estrutura do SFN são os conglomerados


financeiros, que foram criados “em função da política de concentração
bancária desenvolvida nas últimas décadas por intermédio principalmente
de fusões e aquisições (ASSAF NETO, 2000)”.

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O SFN foi estruturado por uma série de leis editadas a partir do ano de
1964, as quais formataram sua estrutura de funcionamento. No Quadro 1,
têm-se as principais leis que contribuíram para sua construção.

Quadro 1 - Leis que formataram a estrutura do SFN


Lei nº 4.595/64 Lei da Reforma do Sistema Financeiro
Nacional, que criou o Conselho
Monetário Nacional e o Banco Central do
Brasil e estabeleceu as normas
operacionais, os procedimentos e as
subordinações do sistema
de intermediação.

Lei nº 4.537/64 Lei da Correção Monetária, que instituiu


a estrutura de indexação dos débitos
fiscais e criou os títulos públicos com
cláusulas de correção monetária.

Lei nº 4.380/64 Lei do Plano de Habitação Nacional, que


criou o Banco Nacional de Habitação
(BNH) para gerir o Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimos (SBPE) com
objetivo de fomentar o setor da
construção civil e de saneamento.

Lei nº 4.728/65 Lei de Mercado de Capitais, que


estabeleceu a estrutura do sistema de
investimento destinado a atender a
demanda de crédito até então reprimida.

Lei nº 6.385/76 Lei da Comissão de Valores Mobiliários


que criou a CVM, que passou a assumir
a responsabilidade pela regulamentação
e fiscalização das atividades
relacionadas ao mercado de valores
mobiliários.

Lei nº 6.404/76 Lei das Sociedades Anônimas que


definiu as regras e as estruturas das
demonstrações financeiras, as estruturas
societárias e os direitos e as obrigações
de acionistas e dos órgãos estatutários.

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CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL

O Conselho Monetário Nacional foi criado pela Lei nº 4.595/64, com a


finalidade de formular a política da moeda e do crédito, objetivando o
progresso econômico e social do País. Toledo Filho (2006) afirma que os

PRINCIPAIS OBJETIVOS DO CMN SÃO:

• Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da


economia nacional.
• Regular o valor interno da moeda, corrigindo os surtos inflacionários
e deflacionários.
• Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio da balança de
pagamento.
• Orientar a aplicação de recursos das instituições financeiras públicas
e privadas.
• Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras.
• Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e a
dívida pública, interna e externa.

AS COMPETÊNCIAS DO CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL SÃO,


ENTRE OUTRAS:

o Estabelecer condições para que o Banco Central do Brasil emita


moeda-papel de curso forçado, nos termos e nos limites decorrentes
da Lei nº 4.595/64, bem como as normas reguladoras do meio
circulante.
o Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central
do Brasil, por meio dos quais serão estimadas as necessidades
globais de moeda e de crédito.
o Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto à
compra e venda de ouro e a quaisquer operações em direitos
especiais de saque e em moeda estrangeira.
o Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações
creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e
prestações de quaisquer garantias por parte das instituições
financeiras.
o Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização dos que
exercerem atividades subordinadas à Lei nº 4.595/64, bem como a
aplicação das penalidades previstas.
o Determinar a porcentagem máxima dos recursos que as instituições
financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de
empresas (diversificação do risco).
o Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes,
imobilizações e outras relações patrimoniais, a serem observadas
pelas instituições financeiras (limites operacionais).
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o Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem


observadas pelas instituições financeiras.
o Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as
operações de redesconto e de empréstimo efetuadas com quaisquer
instituições financeiras públicas e privadas de natureza bancária.
o Baixar normas que regulem as operações de câmbio,
inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras condições.
o Regular os depósitos a prazo de instituições financeiras e demais
sociedades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil,
inclusive entre aquelas sujeitas ao mesmo controle acionário ou
coligadas.

MERCADO FINANCEIRO
O mercado financeiro pode ser entendido como “o conjunto de
intermediários e demais prestadores de serviços financeiros (auxiliares
financeiros) que possibilitam a transferência de recursos dos agentes
superavitários para os agentes deficitários”.

Assaf Neto (2006) define mercado financeiro como “um conjunto de


instituições e instrumentos financeiros destinados a possibilitar a
transferência de recursos dos ofertadores para os tomadores, criando
condições de liquidez no mercado”. O mercado financeiro pode ser
segmentado segundo diversos critérios. Quanto à natureza das operações
desenvolvidas pode-se segmentar em:

• Mercado Monetário: Envolve operações de curtos e curtíssimos


prazos, proporcionando um controle ágil e rápido da liquidez da
economia das autoridades monetárias.

• Mercado de Crédito: É caracterizado por operações de curtos e


médios prazos, onde as empresas buscam recursos para o
financiamento de capital de giro e onde as famílias obtêm recursos
para a aquisição de bens de consumo duráveis.

• Mercado de capitais: Esse mercado contempla as operações


financeiras de médios e longos prazos e de prazo indeterminado,
como as operações com ações.

• Mercado de Câmbio: É o segmento financeiro em que ocorrem


operações de compras e vendas de moedas internacionais
conversíveis, ou seja, em que se verificam conversões de moeda
nacional em estrangeiras e vice-versa. Esse mercado reúne todos os
agentes econômicos que tenham motivos para realizar transações
com o exterior, como operadores de comércio internacional,
instituições financeiras, investidores e bancos centrais.

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MERCADO DE CRÉDITO, DE CAPITAIS, CAMBIAL, MONETÁRIO.

LENDO UM POUCO MAIS E REVISANDO OS CONCEITOS.


O MERCADO FINANCEIRO SE DIVIDE EM:
1. MERCADO DE CRÉDITO
2. MERCADO DE CAPITAIS
3. MERCADO MONETÁRIO
4. MERCADO CAMBIAL

CRÉDITO – os prazos podem ser curtos, médios e aleatórios, tem por finalidade
financiamento do consumo e capital de giro das empresas, sua intermediação pode
ser bancária ou não.
Esse processo envolvem tomadores de créditos e doadores finais, com normas Pré-
estabelecidas tais como:

• Valor da operação – moeda ou percentual do bem a financiar;


• Destino de uso – crédito industrial, rural, imobiliário, capital de giro, pessoal,
direto ao consumidor.
• Custo do crédito – refere-se ao custo de captação dos recursos, mais impostos e
taxas e mais remuneração do agente financeiro;
• Prazo – data de vencimento, varia de acordo com a inflação, quanto mais alta,
menor o prazo.
• Garantias reais;
• Forma de liquidação.

CAPITAIS – seus prazos variam de médio, longo e indeterminado, sua finalidade é


financiar capital fixo, de giro e especiais. sua intermediação dá-se pelo sistema não
bancário.
Neste mercado não se empresta dinheiro, compra-se participação no
empreendimento, desta forma sua participação pressupõe risco
MONETÁRIO - possuem prazos curtos. Sua finalidade é o controle da liquidez monetária da
economia, sua intermediação pode ser bancária e não bancária.

Desta forma, o BC detém um controle mais ágil sobre as reservas e recursos dos
bancos. Nada mais é do que compra e venda de moeda através de títulos com prazo
de um a três dias.
CAMBIAL – seu prazo é à vista ou de curto prazo, tem por finalidade transformação
de valores em moeda estrangeira e moeda nacional, sua intermediação através do
sistema bancário e auxiliar (corretoras).
• Dólar americano;
• Marco alemão;
• Iene japonês;
• Franco suíço;
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• Franco francês;
• Libra esterlina

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA, NOÇÕES DE POLÍTICA MONETÁRIA,


INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA, FORMAÇÃO DA TAXA DE JUROS
POLÍTICA ECONÔMICA – é uma política governamental, com meta para salários e
preços ou controle de salários e preços, que tem por finalidade limitar a taxa em que
aumentam os salários e outras rendas, pagas em dinheiro. O objetivo principal é
reduzir a taxa de inflação.

POLÍTICA MONETÁRIA – refere-se à quantidade e controle de oferta de moeda e


das taxas de juros. O executor desta política é o BACEN e os instrumentos mais
utilizados para este controle são:

• Depósito compulsório (regula o multiplicador bancário);


• Redesconto (é o socorro que o BACEN fornece aos bancos para suprimento de
caixa);
• Operações de mercado aberto (regula a oferta monetária);
• Controle e seleção de crédito (permite o livre funcionamento das forças de
mercado, estabelecendo controles direto sobre o volume e preço do crédito);
Nesse momento que estamos falando de política monetária, isto é, oferta ou
demanda de moeda, devendo destacar que possuímos diversos modos ou meios de
pagamento:

• M1 -= papel moeda + depósito à vista


• M2 = M1 + depósitos a prazo nos bancos comerciais
• M3 = M2 + depósitos de caderneta de poupança
• M4 = M3 + depósitos a prazo.

POLÍTICA FISCAL – a política fiscal refere-se aos instrumentos que o governo


dispõe para a arrecadação de tributos (política tributária) e controle de suas
despesas (política de gastos).
Possui um forte poder de influência à medida em que a carga tributária afeta
diretamente o fluxo de caixa dos agentes econômicos.
Se analisarmos o ponto de vista de integração entre as políticas monetária e
cambial, podemos notar que uma política fiscal adequada permitiria neutralizar,
através de um superávit, o endividamento interno.
Devemos lembrar ainda que é através dos ajustes nos impostos ou gastos que o
governo conseguirá agir positivamente no tocante à demanda agregada.

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POLÍTICA CAMBIAL – posemos dizer que a política cambial baseia-se na


administração das taxas de câmbio e no controle de operações cambiais. Embora
tratando diretamente dos interesses de transação econômica do País com o exterior
possui grande relacionamento com a política monetária, uma vez que uma política
cambial de alto impacto nas exportações, pode gerar um efeito inflacionário, pois o
ingresso de moeda estrangeira corresponde à conversão de divisas em reais e por
sua vez uma expansão na base monetária.
O aumento da pressão da oferta monetária, via câmbio, faz com que o governo
adote medidas de aumento de taxa de juros, endividando-se internamente,
enxugando assim, a quantidade excessiva de moeda no mercado.

REVISANDO OS CONCEITOS
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL

O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão deliberativo máximo do Sistema


Financeiro Nacional. Ao CMN compete: estabelecer as diretrizes gerais das políticas
monetária, cambial e creditícia; regular as condições de constituição, funcionamento
e fiscalização das instituições financeiras e disciplinar os instrumentos de política
monetária e cambial.

O CMN é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda (Presidente), pelo Ministro


de Estado do Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do Banco Central do
Brasil (Bacen). Os serviços de secretaria do CMN são exercidos pelo Bacen.

Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc),


composta pelo Presidente do Bacen, na qualidade de Coordenador, pelo Presidente
da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo Secretário Executivo do Ministério
do Planejamento e Orçamento, pelo Secretário Executivo do Ministério da Fazenda,
pelo Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, pelo Secretário do
Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e por quatro diretores do Bacen,
indicados por seu Presidente.

Está previsto o funcionamento também junto ao CMN de comissões consultivas de


Normas e Organização do Sistema Financeiro, de Mercado de Valores Mobiliários e
de Futuros, de Crédito Rural, de Crédito Industrial, de Crédito Habitacional e para
Saneamento e Infraestrutura Urbana, de Endividamento Público e de Política
Monetária e Cambial.

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FONTE BANCO CENTRAL DO BRASIL


O Conselho Monetário Nacional (CMN)

O Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi instituído pela Lei 4.595, de 31 de
dezembro de 1964, é o órgão responsável por expedir diretrizes gerais para o bom
funcionamento do SFN. Integram o CMN o Ministro da Fazenda (Presidente), o
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do
Brasil. Dentre suas funções estão: adaptar o volume dos meios de pagamento às
reais necessidades da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o
equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das
instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos
instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna
e externa.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) foi instituído pela Lei 4.595, de 31 de


dezembro de 1964. O CMN é o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro
Nacional e como órgão de Cúpula desse Sistema é responsável por expedir
diretrizes gerais para o bom funcionamento do mesmo. O CMN é constituído pelo
Ministro de Estado da Fazenda (Presidente), pelo Ministro de Estado do
Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do Banco Central do Brasil (Bacen).
Os serviços de secretaria do CMN são exercidos pelo Banco Central.

Ao CMN compete estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e


creditícia; regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das
instituições financeiras e disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial.
E de acordo com o artigo 3º, que refere-se a política do Conselho Monetário
Nacional, este objetivará:

• Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da


economia nacional e seu processo de desenvolvimento;
• Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os
surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as
depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos
conjunturais;
• Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do
país, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira;
• Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas,
quer privadas, tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do país,
condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional;

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• Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros,


com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de
recursos;
• Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
• Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida
pública, interna e externa.

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL


Conselho Monetário Nacional – CMN - Órgão normativo, responsável pela fixação
das políticas monetária, creditícia e cambial do País.
Pelo desenvolvimento destas políticas no cenário econômico, o CMN acaba
transformando-se num conselho de política econômica.

Banco Central – BACEN - Órgão executivo do Sistema Financeiro, ao qual cabe a


responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o
funcionamento do sistema e as normas expedidas pelo C.M.N.
Considerado o Banco dos bancos, é o executor da política monetária e o banco
emissor do papel moeda. Em resumo, é por meio do BACEN que o Estado intervém
diretamente no sistema financeiro e, indiretamente, na economia.

Comissão de Valores Mobiliários – CVM = Órgão normativo vinculado ao governo,


voltado para o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de valores
mobiliários, basicamente o mercado de ações e debêntures.

Banco do Brasil – BB - Opera, na prática, como agente financeiro do Governo


Federal. É o principal executor da política oficial de crédito rural.
Desempenha, ainda, algumas funções não próprias de banco comercial, como:
• Executar o serviço de compensação de cheques e outros papéis;
• Atuar como agente recebedor e pagador fora do país.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES - Instituição


responsável pela política de investimento de longo prazo.

É a principal Instituição Financeira a estimular o desenvolvimento econômico do


País.
Sistema Financeiro da Habitação - Conjunto de organismos financeiros
governamentais e privados, cujo objetivo é estimular e realizar a construção de
habitações populares e a aquisição da casa própria.

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As Associações de Poupança e Empréstimo (APE) e as Sociedades de Crédito


Imobiliário (SCI) pertencem ao Sistema Financeiro da Habitação, com atividades
exclusivas.

• Associação de Poupança e Empréstimo = São entidades constituídas sob


a forma de fundações, cooperativas, etc, sem fins lucrativos, cuja
finalidade é a aquisição e construção de casa própria.

• Sociedade de Crédito Imobiliário = São entidades financeiras privadas, de


apoio ao Sistema Financeiro da Habitação, constituídas com a finalidade
de realizar financiamentos imobiliários diretos ao mutuário final ou por
meio de abertura de crédito a favor de empresários, destinados a
empreendimentos imobiliários.

Instituições Financeiras - As instituições financeiras são diferenciadas segundo


suas funções de crédito. Assim existem, Bancos Múltiplos, Bancos de
Desenvolvimento, Bancos Comerciais, Sociedades de Crédito, Financiamento e
Investimento e Bancos de Desenvolvimento.

• Bancos Múltiplos - São instituições que operam em mais de uma carteira,


por exemplo, carteira comercial, carteira de crédito imobiliário, etc.

• Bancos de Desenvolvimento - Como já visto anteriormente, o BNDES é


o principal agente do Governo para financiamentos ao setor produtivo.
Existem também os bancos regionais de desenvolvimentos, controlados
pelos governos estaduais, cuja finalidade é fornecer crédito de longo prazo
às empresas localizadas nos respectivos estados.

• Bancos Comerciais - Têm como principal função atuar como


intermediários financeiros, que recebem recursos em depósito à vista e a
prazo e distribuem em forma de empréstimos e financiamentos a quem
necessita de recursos. Atuam também na prestação de serviços
(recebimento de tributos).

• Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento - São


conhecidas no mercado como Financeiras. Têm como função financiar
bens de consumo duráveis por crédito direto ao consumidor (crediário).
Não podem manter contas-correntes; seu instrumento de captação de
recursos são as Letras de Câmbio.

• Bancos de Investimentos - Operam com repasses de recursos às


empresas para capital de giro e investimentos no ativo permanente. Não
podem captar depósitos à vista, porém obtêm recursos por intermédio de
depósitos a prazo (CDB – Certificado de Depósito Bancário).

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Bolsa de Valores - Instituição civil sem fins lucrativos, que tem por objetivo principal
manter local adequado para a realização de compra e venda de ações.

• Sociedades Corretoras = São instituições típicas do mercado acionário,


que têm como atividade principal fazer a intermediação das ordens de
compra e venda de ações em bolsa de valores, solicitados pelos clientes.

• Sociedades Distribuidoras = Sua função é semelhante à de uma


sociedade corretora, porém não são habilitadas a intermediar,
diretamente, negócios em bolsa de valores, podendo, apenas, operar por
meio das corretoras.

Cenários Econômicos
O Governo também pode influenciar na atividade bancária ao tomar decisões de
política econômica. Este assunto é tão importante, muitas vezes, uma determinação
governamental muda os rumos da economia e afeta instantaneamente os negócios
dos bancos e dos seus clientes.
POLÍTICA ECONÔMICA

A Política Econômica é a forma por meio da qual o governo interfere na economia,


visando a estabilidade e crescimento. Didaticamente, é subdividida em:

- Política Fiscal
- Política Monetária
- Política Cambial

POLÍTICA FISCAL
É a ação do Estado no que se refere às receitas e despesas do governo.

Receitas: tudo o que o governo arrecada num determinado período de


tempo. As principais fontes de receita são: arrecadação de tributos e
venda/concessão de serviços públicos.

Despesas: tudo o que o governo gasta num determinado período de tempo.


Principais despesas do governo: pagamento dos funcionários, manutenção da
máquina administrativa e investimentos públicos.

A Política Fiscal pode ser Restritiva ou Expansiva. Uma política restritiva reduz a
quantidade de moeda em circulação, enquanto a política expansiva aumenta a
liquidez da Economia. Para praticar a política fiscal, o governo conta com
instrumentos:

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• Alíquotas de impostos
• Gastos públicos
• Concessão de subsídios
• Transferências financeiras

Exemplo: quanto maior a carga tributária, menos recursos terão os contribuintes


para poupar e/ou consumir.

Resultado das Contas Públicas:


Superávit = Receita superior a Despesa
Déficit = Receita inferior a Despesa

POLÍTICA MONETÁRIA
É o conjunto de medidas adotadas pelo governo para adequar a quantidade de
moeda em circulação às necessidades da Economia.

São instrumentos de Política Monetária:

Depósito Compulsório: mecanismo por meio do qual o BACEN reduz o total de


meios de pagamento existente na economia, uma vez que os bancos são obrigados
a manter no Banco Central parte de sus depósitos.

• Empréstimos de Liquidez ou Redesconto: é a concessão de assistência


financeira a instituições do Sistema Financeiro Nacional destinada a atender a
eventuais problemas de caixa, desde que de caráter breve e momentâneo. O
objetivo do empréstimo de liquidez é evitar que eventuais desequilíbrios de
alguma instituição possam repercutir no sistema causando insegurança.

• Operações de Mercado Aberto ou “Open Market”: mercado no qual o


Banco Central regula o fluxo de moeda, comprando e vendendo títulos da
dívida pública. Quando existe muito dinheiro em circulação, o BACEN vende
títulos e, quando quer aumentar a quantidade de dinheiro em circulação,
compra os títulos. Essas operações são intermediadas por instituições
financeiras.

POLÍTICA CAMBIAL:

É a administração da taxa de câmbio para garantir o funcionamento regular do


mercado. O gestor da política cambial é o BACEN que atua nas transações entre o
Brasil e o exterior.

A taxa de câmbio é a relação entre duas moedas (quantos reais são necessários
para adquirir um dólar, por exemplo), e pode estimular ou desestimular as trocas
internacionais, ou seja, movimentos de mercadorias, serviços e capitais entre os
países.

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Percebe-se que o resultado da Balança Comercial pode ser bastante influenciado


pela taxa de câmbio, uma vez que um câmbio favorável pode contribuir para
aumentar a competitividade do produto nacional do exterior.

Resultado da Balança Comercial:


Superávit = Exportação superior a Importação
Déficit = Exportação inferior a Importação

1. ESTRUTURA DO MERCADO DE CAPITAIS

1.1. Estrutura do mercado de capitais


1.2. Investidores individuais e institucionais
1.3. Mercado primário
1.4. Abertura de capital
1.5. Ações
1.5.1. Ações preferenciais
1.5.2. Ações ordinárias
1.5.3. Forma de circulação das ações
1.5.4. Direitos dos acionistas
1.5.5. Resultados econômicos das ações
1.5.6. Valor das ações

1.1. ESTRUTURA DO MERCADO DE CAPITAIS


O mercado de capitais pode ser definido como sendo um conjunto de instituições
que negociam com títulos e valores mobiliários, objetivando a canalização dos
recursos dos agentes compradores para os agentes vendedores. Ou seja, o
mercado de capitais representa um sistema de distribuição de valores mobiliários
que tem o propósito de viabilizar a capitalização das empresas e dar liquidez aos
títulos emitidos por elas.
O surgimento do mercado de capitais ocorreu quando o mercado de crédito deixou
de atender às necessidades da atividade produtiva, no sentido de garantir u fluxo de
recursos nas condições adequadas e termos de prazos, custos e exigibilidades.
Desse modo, seu surgimento foi fundamentado em dois princípios:

• Contribuir para o desenvolvimento econômico, atuando como um propulsor de


capitais para os investimentos, estimulando a formação da poupança privada; e
• Permitir e orientar a estruturação de uma sociedade pluralista, baseada na
economia de mercado, permitindo a participação coletiva de forma ampla na
riqueza e nos resultados da economia.

O sistema de distribuição e intermediação do mercado de capitais brasileiro é


composto por sociedades corretoras de valores mobiliários, sociedades
distribuidoras de valores mobiliários, bancos de investimento e bancos de
desenvolvimento. Existem também as empresas de liquidação e custódia de valores.

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No Brasil não existe títulos ao portador e quase as totalidades dos títulos negociados
são escriturais, o que demanda um alto grau de sofisticação operacional das
empresas de liquidação e custódia. Todos os negócios em bolsas de valores são
realizados por meio de sociedades corretoras. As comissões praticadas são
estabelecidas de forma competitiva e todos os negócios são executados em nome
do cliente final.

Podemos subdividir o mercado de capitais em dois grandes segmentos: um


institucionalizado e um não institucionalizado.

O segmento não institucionalizado é aquele que não está sujeito `regulamentação e


ao controle das autoridades. Nesse mercado a negociação é de forma direta entre
empresa e investidor sem a participação de intermediários financeiros. Geralmente,
as negociações desse mercado ocorrem no mercado de balcão.

As negociações no segmento institucionalizado brasileiro são controladas pelos


órgãos de controle e acompanhamento de mercado. O sistema de relação do
mercado de capitais brasileiro é formado por quatro principais organismos: o
Conselho Monetário Nacional, a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito, o Banco
Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários. Cada um desempenha a ou
mais funções de normatização, regulamentação, fiscalização e assessoria relativa às
atividades do sistema distribuidor de títulos e valores mobiliários. Exercem
igualmente papel relevante as entidades auto-reguladoreas como é o caso das
bolsas de valores e mercadorias.
Para realizar seu monitoramento do mercado a CVM utiliza sistemas on-line e off-
line. O controle on-line ocorre durante os pregões e o off-line ocorre à noite após o
encerramento das negociações com o objetivo de rastrear as causas das variações
que não se enquadram nos limites previamente estabelecidos.
Além dos controles realizados pela CVM existem também os executados pelas
próprias bolsas de valores que garantem e protegem os clientes e acompanham o
mercado. Um exemplo é o sistema do CIRCUIT BREAK que interrompe o pregão
sempre que ocorrem oscilações bruscas nos preços das ações.
Outras formas de controle e acompanhamento do mercado são os mecanismos de
garantias que são administradas pelas câmaras de compensação, constituídos por :

• Margens de garantias depositadas por clientes;


• Garantias do agente de compensação;
• Fundo de garantia da câmara de compensação;
• Patrimônio da câmara de compensação.

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Até 1999 compunham o mercado de capitais brasileiro noves bolsas de valores:


1. Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa.
2. Bolsa de Valores do Rio de Janeiro – BVRJ.
3. Bolsa de Valores do Extremo Sul – BVES.
4. Bolsa de Valores Bahia – Sergipe – Alagoas - BVBSA.
5. Bolsa de Valores de Minas Gerais – Espírito Santo - Brasília – Bovmesb.
6. Bolsa de Valores do Paraná – BVPR.
7. Bolsa de Valores de Pernambuco - Paraíba – BVPP.
8. Bolsa de Valores Regional – BVRg.
9. Bolsa de Valores de Santos – BVSt.

HOJE COM O AVANÇO DA TECNOLOGIA MUITA COISA MUDOU


Um dos segmentos do sistema financeiro, ele é responsável por intermediar
negociações de investimentos de renda fixa e renda variável, como ações,
debêntures e muito mais. Entenda.
Quem está começando a entender sobre o mundo dos investimentos provavelmente
vai encontrar o termo mercado de capitais em algum momento. Afinal, é por meio
dele que são negociadas as famosas ações.
Mas o que exatamente é o mercado de capitais? Qual sua função? E quem são os
participantes?

O que é mercado de capitais?


Mercado de capitais (ou de valores mobiliários) é um dos segmentos do sistema
financeiro. De forma resumida, ele é responsável por intermediar negociações entre
quem quer captar dinheiro, como empresas, e quem quer investir, como pessoas
físicas e investidores profissionais.

É por meio do mercado de capitais que são negociados ativos como


ações, debêntures, fundos de investimento e fundos imobiliários, por exemplo. E as
operações são, em geral, de médio e longo prazo.

Com o aumento do número de investidores brasileiros na Bolsa de Valores, o


mercado de capitais ganha cada vez mais importância. Só no primeiro semestre de
2021, o total de investidores pessoa física na B3, a bolsa de valores
brasileira, cresceu 43% em relação ao mesmo período de 2020, atingindo 3,8
milhões de contas.

Os outros segmentos do sistema financeiro são o mercado monetário, responsável


por transações que ocorrem em até 24 horas; o mercado de crédito, que reúne os
empréstimos feitos por instituições financeiras; e o mercado de câmbio, em que é
realizada a troca de moedas estrangeiras.

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Por que o mercado de capitais também pode ser chamado de mercado de


valores mobiliários?

Porque os ativos negociados no mercado de capitais são, justamente, os ativos


regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como ações, debêntures,
fundos imobiliários, ETFs e muitos outros. Por isso, esses ativos também podem ser
chamados de valores mobiliários.

Qual é a função do mercado de capitais?


A principal função do mercado de capitais é conectar investidores às empresas que
emitem os ativos financeiros. As principais categorias de ativos são a renda fixa e
a renda variável.

Muitas vezes, empresas precisam de dinheiro para realizar investimentos no negócio


– para inovar, expandir a capacidade produtiva ou comprar outra companhia, por
exemplo. Uma das maneiras de fazer isso é emitir ativos que serão vendidos no
mercado de capitais, como as ações.

Ao mesmo tempo, investidores buscam opções rentáveis


para aplicar seu dinheiro e vê-lo crescer ao longo do
tempo.
O que o mercado de capitais faz é conectar essas duas pontas: investidores
querendo fazer seu dinheiro render com empresas que estão buscando recursos
para o negócio.

Quais ativos são negociados no mercado de


capitais?
Basicamente, o mercado de capitais permite a negociação de ativos de renda fixa e
de renda variável. Confira mais detalhes sobre cada uma dessas categorias .

Renda Fixa
Renda Fixa é um tipo de investimento no qual o investidor tem maior clareza de
quanto poderá receber ao final do período. Ela pode ser prefixada, quando o
investidor sabe exatamente qual será o retorno no fim da aplicação (6% ao ano, por
exemplo); ou pós-fixada, quando o rendimento é atrelado a algum outro índice da
economia (como o CDI).
Alguns exemplos de Renda Fixa:
• Títulos do Tesouro Direto;
• CDB
• LCIs e LCAs;
• Letras de Crédito (LC);
• Debêntures.
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Renda Variável
Por outro lado, Renda Variável é um tipo de investimento em que, como o próprio
nome sugere, não é possível saber quanto o dinheiro vai render em determinado
período. É um investimento muito volátil e de maior risco. O investidor pode tanto
ganhar quanto perder dinheiro muito rapidamente.
Alguns exemplos de Renda Variável são:
• Ações;
• Fundos imobiliários;
• Fundos de investimento;
• Opções;
• Mercado futuro;
• Notas comerciais (ou commercial papers)

Fundos imobiliários: o que são e como investir


Os chamados FIIs têm regras específicas e costumam ser uma alternativa para
quem quer investir em imóveis sem se tornar proprietário.

Investir em imóveis é algo que pode ser feito de basicamente três maneiras:
comprando para revender depois da valorização da propriedade, colocando para
alugar ou aplicando em fundos imobiliários.

Investir em fundos imobiliários é a opção mais simples, dado que o investimento


necessário para comprar um imóvel é alto e deve ser pensado para o longo prazo –
o mercado imobiliário pode demorar anos para aquecer e valorizar o imóvel, por
exemplo. Mas o que são fundos imobiliários? E como eles funcionam?

O que são fundos imobiliários?


Fundos imobiliários ou FIIs, sigla usada no mercado, funcionam como outros fundos
de investimento: eles reúnem pessoas interessadas em investir e têm gestores
responsáveis por controlar e gerenciar onde o dinheiro será aplicado.

Como funcionam fundos de investimento?


Fundos de investimento são uma modalidade de aplicação financeira coletiva – ou
seja: diversas pessoas podem investir em um mesmo fundo. Todos os valores
aplicados em um fundo são administrados por uma gestora e investidos em outros
produtos financeiros, que variam conforme o tipo do fundo e sua proposta.
Ao aplicar em um fundo, o investidor dá à gestora o poder de reinvestir o seu próprio
dinheiro, repassando os lucros e rentabilidade a todas as pessoas que aplicaram
algum valor nele.

No caso de um fundo imobiliário, portanto, os ativos que fazem parte dele são
empreendimentos imobiliários ou aplicações financeiras ligadas ao mercado

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imobiliário, Existem duas principais categorias de FIIs fundos de tijolo e fundos de


papel, sobre os quais falaremos adiante.

Como funcionam os fundos imobiliários?


Os fundos imobiliários são controlados por uma gestora de fundos e contam com um
gestor especializado, que junto com uma equipe acompanha diariamente o mercado
e faz a administração do patrimônio do fundo e dos ativos dentro dele.
Assim, o gestor é quem faz as alocações e mudanças na composição da carteira do
fundo.
Os resultados do fundo, seja rentabilidade ou perda, são repassados de
forma igual para os investidores, também chamados de cotistas. Todos os cotistas
pagam um mesmo valor por uma cota de fundo e recebem a mesma rentabilidade
por cada uma; quanto mais cotas forem compradas, portanto, maior tende a ser o
lucro do investidor – ou o prejuízo, no caso dele não ter um rendimento.

Quem investe em fundos imobiliários se torna proprietário


de imóvel?
Não. Segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que regulamenta a
operação e administração dos FIIs: “ao investir em um FII, o investidor se torna
cotista, ou seja, titular (“dono”) do FII na proporção de seu investimento.”

É importante ressaltar que o investidor ou cotista “não pode exercer qualquer direito
real sobre os imóveis e empreendimentos que fazem parte do patrimônio do fundo”,
e por isso também não respondem legalmente pelo imóvel.

Vale dizer também que os fundos imobiliários são listados na Bolsa de Valores – por
isso, o investimento é feito da mesma forma que se compram ações, por meio de
uma corretora de investimentos.

Fundos imobiliários: conheça os vários


tipos
Existem dois tipos principais de fundos imobiliários: os de tijolo e os de papel. Mas,
além destes, também podem ser considerados tipos de fundos imobiliários os FoFs
(fundo de fundos) e os híbridos. Abaixo, entenda mais sobre eles.

Fundos de tijolo
Os fundos de tijolo são aqueles que investem em empreendimentos imobiliários
físicos, sejam os que já estão finalizados ou que ainda estão em construção.
Prédios comerciais, shoppings centers e hospitais são alguns dos que entram como
ativos; esses fundos investem na construção ou aquisição dos empreendimentos.

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Fundos de papel
Os fundos de papel investem em títulos financeiros vinculados ao mercado
imobiliário, como Letras de Créditos Imobiliário (LCI), Certificados de Recebíveis
Imobiliários (CRI), cotas de outros fundos imobiliários, entre outros.
O rendimento desses fundos está vinculado, portanto, ao rendimento que esses
papéis ou títulos apresentam.

Fundos de fundos (FoFs)


São fundos que investem em outros fundos. Ou seja: investimentos em cotas de
outros Fundos Imobiliários. Eles reúnem recursos de um conjunto de investidores
que tem como objetivo obter lucro com a compra e venda de outros fundos.

Fundos híbridos
Aqui, o gestor pode mesclar diferentes tipos de investimentos. Isso significa que, em
uma mesma carteira, ele consegue investir em papéis imobiliários (como LCIs, CRIs,
entre outros), cotas de outros fundos e diretamente em imóveis.

Rendimento de um fundo imobiliário


É possível saber quanto rende um fundo imobiliário de duas formas: valorização das
cotas e distribuição de rendimentos. Veja os detalhes:

Valorização das cotas do fundo imobiliário


Os investidores podem vender suas cotas para outros investidores. O preço unitário
da cota de um fundo pode se valorizar com o tempo, seja influenciado pelo mercado
ou por aumento do valor patrimonial do fundo. Mas, por ser um investimento
de renda variável, existe o risco de desvalorização das cotas e prejuízo.

Distribuição dos lucros do fundo imobiliário


A maioria dos fundos imobiliários possui uma renda mensal que normalmente vem
do aluguel de imóveis. Por isso, os FIIs distribuem esse lucro líquido para seus
cotistas, de maneira proporcional à quantidade de cotas de cada um.
A regulamentação dos FIIs estabelece que os lucros devem ser distribuídos,
obrigatoriamente, no mínimo a cada seis meses. A maioria dos fundos, entretanto,
faz essa distribuição mensalmente, mas isso varia conforme a política de
investimento do fundo.

Vale dizer que os rendimentos de fundos imobiliários, para investidor pessoa física,
podem ser isentos de Imposto de Renda quando:
• O cotista tiver menos de 10% das cotas do fundo;
• O fundo tiver no mínimo 50 cotistas;
• E as cotas do fundo forem negociadas exclusivamente na Bolsa de Valores.

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Vantagens de um fundo imobiliário


Algumas vantagens dos fundos imobiliários podem te ajudar a decidir se eles valem
a pena, mas não esqueça de verificar se eles estão de acordo com seu perfil de
investidor, bem como com seus objetivos e seu planejamento financeiro pessoal:

• Ao investir em FIIs, você não precisa se preocupar com a administração dos


imóveis, como cobrança, contratos, impostos, entre outros;
• Você pode ser sócio de empreendimentos onde os inquilinos são grandes
empresas, o que gera maior segurança no investimento;
• Praticidade: os fundos são administrados por um gestor que é responsável
pela sua manutenção;
• Rende mais do que a poupança;
• Os pagamentos das cotas que você investiu são mensais na maioria dos
casos;
• São isentos de imposto de renda para pessoas físicas, mas existem algumas
condições: você tem que ter menos de 10% das cotas do fundo escolhido, e o
mesmo deve ter no mínimo 50 cotistas;
• Você pode comprar cotas/ações de diferentes fundos. Não precisa concentrar
todo seu investimento em um só – facilitando a diversificação;
• Você pode começar a investir, por exemplo, com R$ 100;
• O lucro pode ser reinvestido comprando outras cotas de fundos imobiliários,
multiplicando seu dinheiro.

O que é Mercado futuro?


Antes de tudo, é importante dizer que o Mercado Futuro é um tipo de derivativo –
contratos que dependem de outros ativos e são influenciados por sua variação.

Paramos aula 12/05/23


Quem são os participantes do mercado de capitais?
Os principais participantes do mercado de capitais são:
• Comissão de Valores Mobiliários (CVM): órgão estatal responsável por
regular e fiscalizar o mercado de capitais brasileiro (também chamado de
mercado de valores mobiliários);
• Empresas: emitem ativos para serem negociados e captar recursos;
• Bolsa de Valores: por onde a maior parte dos ativos do mercado de capitais
são negociados;
• Corretoras de valores: instituições que conectam os investidores à Bolsa de
Valores;
• Bancos e outras instituições financeiras: ajudam a viabilizar as operações
do mercado de capitais.

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Como funciona o mercado de capitais brasileiro?


O mercado de capitais brasileiro é monitorado e regulado pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), responsável por definir as regras que empresas, investidores e
instituições financeiras devem seguir ao negociar valores mobiliários.

Como é a estrutura do mercado de capitais?


Basicamente, o mercado de capitais brasileiro é dividido em dois: o mercado
primário e o mercado secundário.

Mercado Primário
No Mercado Primário, são comercializadas as ações emitidas na oferta pública inicial
da companhia (conhecido como IPO, é o momento em que a empresa entra na
Bolsa de Valores) ou em emissões posteriores (chamadas de follow ons).
Nesses momentos, o dinheiro arrecadado com a venda das ações é repassado à
empresa – que pode utilizá-lo para desenvolver o negócio, investir em novos
produtos, expandir internacionalmente, entre outras ações.

Mercado Secundário
Depois que as ações foram comercializadas em um IPO ou em follow ons, só é
possível comprar ou vender esses papéis no Mercado Secundário, responsável por
fazer a negociação entre investidores.
Funciona assim: o acionista interessado em vender suas ações entra em contato
com a corretora de valores – que, então, fica responsável por vendê-las às pessoas
interessadas.

Como investir no mercado de capitais?


Para investir no mercado de capitais, é necessário:
1. Definir seus objetivos: com isso, você consegue identificar os melhores
investimentos que vão te ajudar a chegar lá;
2. Abrir uma conta: o que pode ser feito em uma corretora ou instituição
financeira que negocie ativos do mercado de capitais;
3. Escolher os ativos: faça isso com base no seu perfil de investidor e objetivos;
4. Enviar seu pedido de compra: seja por meio da corretora, seja por meio da
instituição financeira.

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IMAGENS DE COMO ERAM OS PREGÕES PELO BRASIL E NO MUNDO – hoje


usa-se mais a tecnologia, pregão ON LINE um exemplo

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JAPÃO

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1.2. INVESTIDORES INDIVIDUAIS E INSTITUCIONAIS


Como vimos anteriormente, as nove bolsas de valores passaram a ser um
modelo ultrapassado, a unificação do mercado de capitais brasileiro, representa a
ruptura, como tentativa de minimizar o problema de baixa liquidez, enquanto o
mercado brasileiro chegou a girar, por dia, algo em torno de R$ 500 milhões, o giro
diário nos EUA chegou a ser em torno de U$ 60 bilhões. No modelo de unificação a
Bovespa concentra as negociações com ações, enquanto a bolsa do Rio se
responsabiliza pelas transações com títulos públicos e as demais, prestação de
serviços à praça local.
Os investidores individuais são pessoas físicas ou jurídicas que participam
diretamente do mercado, seja comprando ou vendendo ações, por si próprios,
assumindo sozinho o risco.
Investidores institucionais são pessoas jurídicas que movimentam grandes
quantias. São profissionais da captação de poupanças, investidores que dispõem de
grandes recursos mantidos com certa estabilidade, destinados à reserva de risco ou
à renda patrimonial. São pessoas jurídicas que por determinação governamentais
são obrigadas a investir parte de seus capitais no mercado de ações, constituindo
uma carteira de investimento.

Podem ser agrupados em:


• Sociedades seguradoras
São instituições obrigadas, por instrumento legal, a destinarem investimentos para
a cobertura de sinistros. Chegando até a liquidar 100% da carteira de títulos
públicos (LFT, NBC, NTN, etc.), ações negociadas em bolsas, títulos de renda fixa
privados e títulos de renda variável emitidos por instituições financeiras.

• Entidades de previdência privada


São fundos formados pelas agremiações corporativas de segmentos do
funcionalismo que se organiza inicialmente em instituições de pecúlio e
cooperativas de crédito. Os fundos de pensões também são obrigados a investir

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em determinados tipos de papel, a provisão matemática destinada a pagamentos


futuros de planos de aposentadoria e pecúlio, sendo responsáveis por grande
parte do montante investido no mercado financeiro brasileiro. Os principais tipos
de fundos de pensão são:

• Entidades fechadas de previdência privada


Representam os interesses de um grupo restrito de trabalhadores, mantidas
através da contribuição periódica de seus associados, como valorização, parte
de sua reserva técnica, são investidas no mercado acionário.

• Entidades abertas de providência privada


Instituições abertas ao público. Os estudos realizados por essas entidades têm
como finalidade privatizar parte ou a totalidade da aposentadoria no Brasil.
Fundos de aposentadoria programada individual
Aprovados pelo Congresso Nacional em 08 de julho de 1997. Funcionam como
uma complementação de renda na hora da aposentadoria, com um prazo de
capitalização de 10 anos. Estes fundos são direcionados especialmente a
profissionais liberais e empregados de pequenas e médias empresas, que não
tem porte econômico para organizar um fundo de pensão próprio.

• Clubes de investimento
Associações voluntárias de investidores que se consorciam com a finalidade de
realizar aplicações no mercado de capitais, administrando diretamente essas
carteiras com a assistência e assessoria de instituições especializadas (bancos
de investimento, sociedades corretoras, etc.)
• Sociedades de capitalização
Obrigadas por lei, assim como as sociedades seguradoras e os fundos de
pensões a destinar um percentual da provisão matemática constituída para
pagamento do montante a ser restituído ao investidor em aplicações financeiras
de renda fixa ou variável.
• Fundos externos de investimento
Carteira de títulos, principalmente ações, formadas pelas sociedades de
investimento no Brasil com a finalidade de realizar investimentos nesse país com
recursos oriundos da poupança de investidores externos. São constituídas,
obrigatoriamente por bancos de investimentos ou sociedades corretoras de títulos
e valores mobiliários.

• Fundos mútuos de investimento (são considerados fundos abertos).


Tal como um condomínio, são entidades financeiras, emitem títulos, concentram
capitais de inúmeros indivíduos para aplicação diversificada.
Os fundos agem em nome de uma coletividade e buscam a melhor rentabilidade
do que aplicações individuais.
✓ A administração do fundo é feita por administradores especializados.

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✓ O investidor não adquire títulos que compõem o fundo, mas, sim compre e
vende quotas.
✓ São condomínios voluntários, os proprietários participam por livre e
espontânea vontade.
✓ Cada cotista participa até o limite de suas cotas, conforme expresso no
certificado de investimento, emitido pelo administrador do fundo.
✓ O administrador é nomeado mediante contrato de mandato.
✓ Como são constituídos sob forma de condomínio, todos os cotistas
possuem direitos, receitas e despesas iguais.
✓ O administrador deve manter os livros legais e fiscais em ordem e de
quando em vez apresentar ao Bacen.
✓ É vedado utilizar os recursos do fundo em atividades que não sejam do
mercado financeiro e de capitais, conceder empréstimos, prestar avais,
fianças.

FUNDOS FECHADOS
É lançado com um número fixo de cotas.
Após a venda dessa quantidade de cotas o fundo estará fechado para novos
investidores.
FUNDOS ABERTOS
Emite ilimitadamente cotas.
Os recursos captados são investidos em novos ativos.
Aceitam investidores em geral.
Não tem limite de capital.
Para saber qual fundo mais adequado, deve-se observar:
• Estratégia e objetivo adotado pelo fundo;
• Composição da carteira do fundo;
• Custos;
• Rentabilidade comparada ao risco oferecido;
• Rotatividade dos gestores do fundo;
• Liquidez;
• Volatilidade (risco em relação à taxa);
• Regulamento do fundo.

Tipos de fundos:
Fundo de investimento financeiro – FIF
Prazos > = 30 dias
Fundo de investimento financeiro – curto prazo
Prazos < = 30 dias
Fundo de aplicações em quotas de fundos de investimento – FAQ
Aplica em cotas de outros fundos
Fundo de investimento financeiro – dívida estadual e/ou municipal
Somente recebe aplicações das Entidades Públicas Estaduais e
Municipais com sede no Estado em que está constituído o fundo.

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RENDA FIXA
FIF de curto prazo
FIF de 30 dias
FIF de 60 dias
Renda fixa DI

RENDA VARIÁVEL
Ações
Carteira livre

RENDA MISTA
1.3. Mercado primário
De acordo com sua estrutura, o mercado acionário pode ser dividido em duas
etapas: mercado primário e mercado secundário.

Primeira etapa: Segunda etapa:

Mercado primário Mercado secundário

• Criação de títulos • Negociação de


• Capitalização das títulos
empresas • Criação da liquidez

O mercado primário de ações é onde se negocia a subscrição (venda) de novas


ações ao público, ou seja, no qual a empresa obtém recursos para seus
empreendimentos. Quando a emissão é subscrita totalmente pelos antigos
acionistas, embora a empresa seja registrada em bolsa, chama-se de
subscrição particular e é feita diretamente na empresa ou por meio da bolsa de
valores. Nessa etapa ocorre a primeira negociação da ação e o dinheiro da
venda vai para a empresa.
Os lançamentos de ações novas no mercado, de forma ampla e não restrita à
subscrição pelos atuais acionistas, chamam-se lançamentos públicos de ações
ou operações de UNDERWRITING. O UNDERWRITING é um esquema de
lançamento de uma emissão de ações para subscrição pública, no qual a
empresa encarrega a um intermediário financeiro a colocação desses títulos no
mercado.
Assim, esse importante segmento do mercado de capitais, o mercado de ações,
exerce sua função de canalizar recursos dos que poupam para o investimento
nas atividades produtivas.
Um UNDERWRITING pode ser executado por apenas um intermediário
financeiro ou por um consórcio formado por várias instituições financeiras.

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As operações de mercado aberto, processam-se inicialmente pela colocação (ou


resgate) de títulos da dívida pública, permitindo que as autoridades monetárias
executem a política de expansão ou retração dos meios de pagamento da
economia. As colocações desses títulos para os investidores, quando realizadas
pela primeira vez, constituem o denominado mercado primário. Em outras
palavras, o mercado primário é representado pela negociação direta ( e primária)
entre o emitente dos títulos ( o governo federal ) e seus adquirentes (
instituições financeiras ).

MERCADO
PRIMÁRIO

GOVERNO FEDERAL

TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA

Instituições financeiras

Diante dos objetivos retratados do mercado aberto, o mercado primário contribui


para a realização dos dois primeiros, ou seja, o Banco Central, negociando
diretamente com os agentes econômicos esses ativos, no volume dos meios de
pagamento e no custo do crédito a curto prazo.
As colocações primárias dos títulos públicos costumam desenvolver-se por meio
de leilões periódicos, coordenados pelo Banco Central, nos quais são
estabelecidas a priori as principais características da oferta, como quantidade de
títulos colocados em negociação etc.
No denominado mercado secundário, verifica-se a transferência (ou
renegociação) para terceiros dos títulos adquiridos no mercado primário, no qual
não ocorre a negociação direta entre o órgão público emitente do título e os
aplicadores.
Em realidade, o mercado secundário constitui a principal fonte de financiamento
das carteiras de aplicações formadas pelas instituições financeiras. Por exemplo,
se uma instituição adquire um título público com resgate em 182 dias, a uma taxa
de desconto de 20%, procurará financiar essa posição com a revenda do título a

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uma taxa naturalmente inferior à que obteve de desconto (deságio) em sua


aplicação. Como o financiamento ocorre naturalmente a prazos bem curtos
(inferiores ao prazo de resgate do título negociado), a instituição financeira,
passado o tempo de colocação pactuado com o aplicador, deverá recomprar o
título à taxa de desconto contratada quando de sua colocação. Posteriormente à
recompra do título do aplicador (poupador que, ao mesmo tempo, obtém algum
rendimento em suas disponibilidades ociosas e financia também a carteira de
aplicações da instituição financeira), inicia-se novamente o processo de revenda
do título, o qual se repetirá até a data de vencimento (resgate) nele definida.
Deve-se acrescentar, ainda, que no mercado primário podem ser negociados
títulos da dívida pública originados dos estoques do Banco Central, e que essas
operações são praticadas pelas instituições legalmente credenciadas,
denominadas DEALERS. Esses dealers, na realidade, agem no mercado de
títulos de curto prazo em nome do Banco Central, adquirindo-os e repassando-os
posteriormente ao mercado secundário.

UNDERWRITING FIRME
As empresas subscrevem integralmente a emissão de ações para tentar
revende-las posteriormente ao público. Nessa forma de contrato, a empresa não
tem risco algum, pois tem certeza da entrada de recursos, já que o intermediário
subscreve para si o total da emissão. O risco da aceitação ou não do lançamento
pelo mercado fica por conta do intermediário financeiro.
UNDERWRITING RESIDUAL – STAND-BY
Nesse caso, o intermediário financeiro compromete-se a colocar as sobras de
ações para o público em determinado espaço de tempo, após o qual ele próprio
subscreve o total de ações não colocadas. Isso significa que, depois de decorrido
o prazo no qual o intermediário comprometeu-se a vender as sobras da
subscrição ao público, o underwriting torna-se do tipo firme.
UNDERWRITING MELHORES ESFORÇOS – BEST- EFFORTS
O intermediário financeiro assume o compromisso de realizar seu melhor esforço
no sentido de colocar as ações ao público, não assumindo qualquer obrigação de
comprar, ele mesmo, os títulos não vendidos. Nesse caso, a empresa não tem
certeza de conseguir aumentar o seu capital na proporção pretendida, nem no
tempo estabelecido para sua concretização.

1.4. Abertura de capital


Uma empresa em fase de expansão necessita de recursos para realizar seus
projetos. Mesmo que o retorno do projeto seja superior ao custo do investimento,

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recomenda que exista um balanceamento entre o financiamento do projeto com


recursos externos e com recursos próprios.
Fontes de financiamento para a empresas.

Externas
Passivo circulante
Passivo exigível a longo prazo
Próprias
Capital
Aporte de capital dos atuais sócios
Abertura de capital
• Ações preferenciais
• Ações ordinárias
Lucros retidos

A captação de recursos por meio de fontes externas aumenta o nível de


endividamento. Já as fontes próprias melhoram o nível de endividamento e facilita a
obtenção de novos recursos.

Quando as empresas necessitam fortalecer suas bases de capitais próprios, nem


sempre os atuais acionistas são capazes de subscrever as ações de uma nova
emissão. Nesse caso é preciso que mais gente se associe àquela empresa. Diante
dessa necessidade surge intermediário que converterá os poupadores em
investidores por meio da operação de underwriting no mercado primário de ações.
Dessa forma o mercado primário cumpre seu papel de obter novos sócios e
canalizar seus recursos para execução de projetos de investimentos.
Vale ressaltar que nem todas as necessidades podem ser satisfeitas com a abertura
de capital. Quando há abertura de capital, normalmente existe necessidade de
ampliação da produção, modernização da empresa, criação de novos produtos,
informatização etc.
Não existe uma regra para determinar o percentual de capital de terceiros e capital
próprio.
Antes da decisão de se transformar em uma empresa de capital aberto, é necessário
proceder alguns ajustes de ordem jurídica, societária e de posicionamento. Esses
ajustes são:

• Adaptação dos estatutos sociais;


• Reorganização da estrutura societária;
• Criação do conselho de administração;
• Designação do diretor de relação com mercado;
• Contratação de auditoria independente;
• Acertos de pendências fiscais;
• Definição do tipo de ação a ser lançada, montante e preço

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1.5. Ações
Representa parte do capital social de uma sociedade econômica.
Confere ao seu possuidor o direito de participação nos resultados.
1.5.1.ações preferenciais
Tem prioridade sobre as ações ordinárias no recebimento de dividendos.
Podem existir diversas classes A, B etc.
As vantagens ou restrições devem constar nos estatutos da companhia.
1.5.2.ações ordinárias
As ações ordinárias têm como principal caraterística o direito ao voto. Numa
sociedade anônima é por meio do voto que o acionista tem o direito legal de controle
da organização.

AÇÕES

DEFINIÇÃO:
A função financeira compreende os esforços despendidos objetivando a formulação
de um esquema que seja adequado à maximização dos retornos dos proprietários
das ações ordinárias da empresa, ao mesmo tempo em que possa propiciar a
manutenção de certo grau de liquidez.
OBJETIVOS:
Maior rentabilidade com maior liquidez. Valor atual da riqueza.

AÇÕES
TIPOS DE AÇÕES
Existem várias formas de classificar as ações. A cartilha de investimentos explica as
mais usuais. É possível dividir as ações pelo tipo de direito que dão ao investidor
(ordinárias e preferenciais), pela liquidez do papel (primeira ou segunda linha), pelo
tipo de registro (nominal e ao portador) ou pelo tipo de mercado em que são
vendidas (lote padrão e mercado fracionário).
Lote padrão e mercado fracionário
Nominal e ao portador
Ordinárias e preferenciais
Primeira e segunda linhas

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ORDINÁRIAS E PREFERENCIAIS
A sociedade por ações permite a separação entre a propriedade da empresa e seu
controle efetivo. Isso se dá através de ações com atributos diferentes. A ação
ordinária (ON) é a que dá direito a voto ao acionista, ou seja, que permite o controle
da empresa. A ação preferencial (PN), por sua vez, regra geral, não tem direito a
voto.
Para compensar o fato de não dar direito a voto, o papel preferencial deve oferecer
alguma vantagem. Os controladores precisam definir se a empresa vai:
1. Pagar um dividendo mínimo de 3% do valor patrimonial;
2. Pagar dividendo 10% maior do que o pago para as ações ordinárias;
3. Ou oferecer o direito de TAG ALONG. Através deste direito, o acionista
recebe 80% do valor pago ao controlador em caso de venda da companhia.
As ações preferenciais apenas ganham o direito a voto em situações bastante
especiais. É o caso de quando a empresa deixa de pagar dividendos por três anos
consecutivos, quando então a preferencial ganha direito temporário de voto, até que
a empresa volte a pagar dividendos. A lei também garante direito de voto ao
preferencialista quando estiver em votação alteração de seus direitos.
As ações preferenciais também podem estar divididas em classes diferentes, o que
gera códigos como PNA e PNB.

PRIMEIRA E SEGUNDA LINHA


A facilidade em negociar as ações (liquidez) é que define se um papel deve ser
chamado de primeira ou segunda linha. Quanto maior o volume negociado
diariamente, quanto maior o número de vendedores e compradores potenciais,
maior a liquidez de uma ação, e mais facilmente ela estará incluída no grupo de
primeira linha, conhecidas no mercado como BLUE CHIPS. As ações de segunda
linha, por sua vez, são menos negociadas. Por seu porte, empresas com grandes
patrimônios costumam integrar o grupo das ações de primeira linha.

NOMINAL E AO PORTADOR
As ações nominativas são aquelas que estão registradas no nome de seu
proprietário. As ao portador são de quem apresentar as ações, sem identificação de
propriedade. Desde 1990 o Brasil não tem mais ações ao portador, como forma de
coibir o uso destes papéis na lavagem de dinheiro e na evasão fiscal.

LOTE PADRÃO E MERCADO FRACIONÁRIO


As Bolsas de Valores definem um tamanho padrão de negócios com as ações em
seu pregão normal, que é o chamado lote-padrão. Pode ser de 1 ou mil ações, ou
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qualquer quantidade que configure volume financeiro razoável. Acontece que o


acionista pode ter partes que não correspondem à divisão perfeita deste lote-padrão.
Estas partes que não conseguem reunir um lote podem também ser negociadas nas
Bolsas de Valores, mas no mercado fracionário. Como o próprio nome diz, neste
mercado são negociadas frações do lote-padrão estabelecido pelas Bolsas. Convém
destacar que cada papel tem um lote-padrão próprio.

RESUMO
TIPOS DE AÇÕES
ORDINÁRIAS
Proporcionam participação nos resultados da empresa e conferem ao acionista o
direito de voto em assembleias gerais.

PREFERENCIAIS
Garantem ao acionista a prioridade no recebimento de dividendos (geralmente em
percentual mais elevado do que o atribuído às ações ordinárias) e no reembolso de
capital, no caso de dissolução da sociedade.
1.5.3. Forma de circulação das ações
NOMINATIVAS
Cautelas ou certificados que apresentam o nome do acionista, cuja transferência é
feita com a entrega da cautela e a averbação de termo, em livro próprio da
sociedade emitente, identificando novo acionista.
ESCRITURAIS
Ações que não são representadas por cautelas ou certificados, funcionando como
uma conta corrente, na qual os valores são lançados a débito ou a crédito dos
acionistas, não havendo movimentação física dos documentos.

AO PORTADOR
As ao portador são de quem apresentar as ações, sem identificação de propriedade.
Desde 1990 o Brasil não tem mais ações ao portador, como forma de coibir o uso
destes papéis na lavagem de dinheiro e na evasão fiscal.

1.5.4. direitos dos acionistas


Basicamente o acionista tem apenas uma obrigação: desde que tenha subscrito as
ações de um aumento de capital ( a prova é o boletim de subscrição), é obrigado a

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integralizar sua parte no capital (isso é, pagar o valor das ações que subscreveu).
Entretanto, a Lei n. 6.404/76, que regulamenta o funcionamento das sociedades
anônimas, lhe confere uma série de direitos, que nem o estatuto social nem a
assembleia geral lhe podem tirar:

• Participação nos lucros sociais;


• Participação do acervo da companhia, em caso de liquidação;
• Fiscalização, na forma prevista por lei, da gestão dos negócios sociais;
• Preferência para subscrição de ações;
• Retirada da sociedade nos casos previsto em lei, mediante o reembolso do
valor de suas ações.

1.5.5.resultados econômicos das ações


As ações têm rendimentos e resultados distribuídos pela própria companhia e outros
decorrentes dos movimentos de preços dos mercados organizados. Normalmente,
os investidores relacionam os resultados da companhia ao valor venal da ação, para
avaliação correta da lucratividade.

1.5.5.1Resultados da companhia
1.5.5.1.1. Dividendos
Pagos em dinheiro 25% do lucro líquido ou, opcionalmente, 6% sobre o
capital.
Os dividendos decorrem da distribuição de uma parcela da empresa
aos acionistas e são pagos em dinheiro. Permanecendo na empresa o
dividendo é creditado ao acionista, mesmo que esse não vá recebê-lo.
Passados cinco anos, caso o acionista não tenha reclamado o
recebimento, sua parcela de dividendo será incorporada a um fundo de
reserva da empresa.

1.5.5.1.2. Bonificações
Quando se capitalizam reservas e/ou resultados e se distribuem ações
novas.
Consistem no recebimento gratuito de um número de ações
proporcional à quantia já possuída. Resultam do aumento de capital,
por incorporação de reservas ou lucros em suspenso. Para o
patrimônio da empresa, nada representam uma vez que apenas há
transferência de um valor inscrito em uma conta (do patrimônio líquido
– reservas de lucros, reservas de reavaliações etc.) para outra (de
capital).

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Subscrição
É o direito que os acionistas tem de adquirir novas ações emitidas pela
sociedade anônima, por aumento de capital, com preço e prazo
determinado. São ações adquiridas pelo acionista, mediante um
pagamento efetuado à empresa emissora dos títulos, o qual pode ser
acrescido de ágio.
A empresa por subscrição de seu capital social, obtém recursos
adicionais para expandir seus investimentos ou reforçar seu capital de
giro.
Split - desdobramento
Distribuição gratuita de novas ações aos acionistas pela diluição do
capital em maior número de ações com objetivo de dar liquidez as
títulos no mercado.
As empresas emitem um, duas, três, ou quatro novas ações para cada
ação antiga, até várias dezenas ou mesmo centenas.
As operações de desdobramento de ações – stock splti ou split off –
não alteram o capital da empresa, modificando, exclusivamente, o valor
individual das ações.
Inplit - agrupamento
Condensação do capital em um maior número de ações com
consequente aumento do valor patrimonial da ação. É realizado
geralmente com o objetivo de ajustar o valor nominal da ação.

1.5.5.1.3. Alterações no valor nominal substituições


Quando se capitalizam reservas e/ou resultados, e se aumenta o valor
estabelecido nas ações.
Quando se aumenta o capital por subscrição, com valores inferiores ao
valor venal.

1.5.5.2. Resultados do mercado


1.5.5.2.1. Lucro na venda
Pode ser nominal, quando não se relaciona com inflação. Ou real,
quando se desconta a inflação. Pode ser positivo ou negativo.

Responda:

Existem quantos tipos diferentes de ações negociadas no mercado?


Somente um (ações ordinárias).

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Dois (ações ordinárias e ações preferenciais).


Qual a principal característica das ações ordinárias?
Prioridade no recebimento de dividendos.
Dão direito a voto nas Assembléias Gerais de Acionistas.
Qual a principal característica das ações preferenciais?
Valem mais do que as ordinárias.
Têm preferência quando da distribuição de dividendos.

APLICAÇÃO:
1. Com relação às AÇÕES marque C (certo) E (errado).
a) Constituem na menor parcela (fração) do capital social de uma sociedade
anônima.
b) São valores caracteristicamente negociáveis e distribuídos aos
subscritores (acionistas) de acordo com a participação monetária
efetivada.
c) As ações podem ser emitidas com e sem valor nominal, de acordo com o
regido no estatuto da companhia. Na hipótese de emissão com valor
nominal, todas as ações terão idêntico valor, não podendo ainda se
emitidas novas ações com valor diferente.
d) Quando as ações não possuírem valor nominal, o preço de emissão será
definido pelos sócios fundadores da companhia, podendo a companhia
estabelecer qualquer valor para suas ações.
e) As ações podem ser classificadas, de acordo com a natureza dos direitos
e vantagens que conferem a seus titulares, em três espécies: ordinárias,
preferenciais e de gozo ou fruição.

2. Com relação às AÇÕES ordinárias, marque C (certo) E (errado).


a) Apresentam como principal caraterística o direito de voto.
b) Os acionistas ordinários podem deliberar sobre os destinos da sociedade,
analisam e votam suas contas patrimoniais, decidem sobre a destinação
dos resultados.
c) Os acionistas ordinários elegem a diretoria da sociedade e podem
promover alterações nos estatutos, além de deliberar sobre outros
assuntos de interesse da companhia.
d) Os acionistas ordinários têm preferência sobre o recebimento de
dividendos.
e) Os acionistas ordinários somente terão direito de voto, caso a companhia
não distribua dividendos por três anos consecutivos.

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3. Com relação às AÇÕES preferenciais, marque C (certo) E (errado).


a) Os acionistas preferenciais têm preferência no recebimento de dividendos,
devendo isso ocorrer antes dos acionistas ordinários, ficando eles na
dependência de saldo.
b) Os acionistas preferenciais têm vantagem no recebimento dos dividendos,
com a fixação de um dividendo mínimo obrigatório ou fixo de 25% do lucro
líquido ajustado no período (caso bastante raro nas empresas brasileiras).
c) Os acionistas preferenciais têm preferência no reembolso do capital em
caso de liquidação da sociedade.
d) Os acionistas preferenciais somente terão direito de voto, caso a
companhia não distribua dividendos por três anos consecutivos.
e) Quando uma empresa faz opção por distribuir a seus acionistas
montantes, expressas em ações, que supostamente lhes caberiam na
hipótese de dissolução da companhia. Essas ações são chamadas de
preferências de gozo ou fruição.

4. A respeito do mercado primário, marque C (certo) E (errado).


a) De acordo com sua estrutura, o mercado acionário pode ser dividido em
duas etapas: mercado primário e mercado secundário.
b) O mercado primário de ações é onde se negocia a subscrição (venda) de
novas ações ao público, ou seja, no qual a empresa obtém recursos para
seus empreendimentos.
c) Quando a emissão é subscrita totalmente pelos antigos pelos antigos
acionistas, embora a empresa seja registrada em bolsa, chama-se
subscrição particular e é feita diretamente na empresa ou por meio de
bolsa de valores. Nessa etapa ocorre a primeira negociação da ação e o
dinheiro vai para a empresa.
d) Os lançamentos de ações novas no mercado, de forma ampla e não
restrita à subscrição pelos atuais acionistas, chamam-se lançamentos
públicos de ações ou operações de underwriting.
e) O underwriting é um esquema de lançamento de uma emissão de ações,
para subscrição pública, no qual a empresa encarrega a um intermediário
financeiro a colocação desses títulos no mercado.

5. A respeito do mercado secundário, marque C (certo) E (errado).


a) Depois da compra de ações no mercado primário, um investidor que
deseja converter as aplicações em dinheiro, deverá recorrer a um
escritório credenciado a operar com valores, para que realize uma
operação denominada secundária.
b) Para realizar operações no mercado secundário, tanto o vendedor como o
comprador deverá se dirigir a uma sociedade corretora.
c) As corretoras receberão as ordens de venda e compra e executarão a
operação de fechamento do negócio no pregão.

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d) A função do mercado secundário é dar liquidez ao investidor possibilitando


que, no momento que realizar uma operação de venda, exista o
comprador e vice-versa o que viabilizará o crescimento do mercado
primário, e a conseqüente capitalização das empresas via mercado de
ações.
e) A diferença básica entre os mercados primário e secundário é que
enquanto o primário caracteriza-se pelo encaixe de recursos na empresa,
o segundo, pela mera transação entre compradores e vendedores de
ações.

GABARITO:
1. C,C,C,C,C
2. C,C,C,E,E
3. C,C,C,C,E
4. C,C,C,C,C
5. C,C,C,C,C

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VÍDEOS E/OUPALESTRAS SOBRE MERCADO DE CAPITAIS

1 - O QUE É UMA AÇÃO?

https://www.tororadar.com.br/investimento/bovespa/o-que-e-uma-acao

2 - Investidor ganha R$ 232 mil em apenas dois dias com ação "esquecida"

https://economia.uol.com.br/noticias/infomoney/2016/05/17/investidor-ganha-r-232-
mil-em-apenas-dois-dias-com-acao-esquecida-pelo-mercado.htm?cmpid=copiaecola

3 - MERCADO DE AÇÕES

https://www.youtube.com/watch?v=1svi5MnGY6M

DEBÊNTURES
As companhias abertas podem emitir de forma pública as debêntures, devendo
realizar os seguintes passos:

• Convocar uma Assembleia Geral dos acionistas para autorizar essa emissão;
• Criar um documento chamado Escritura de Emissão, registrando-o em
cartório;
• Registrar essa emissão na Comissão de Valores Mobiliários (CVM);

Para fazer financiamentos a médio e longo prazo, como por exemplo, ampliar uma
fábrica, trocar um frota de veículos ou realizar outras reformas e modificações, uma
empresa necessita de recursos financeiros. Uma das alternativas para conseguir
esses recursos é emitir títulos de crédito chamados de debêntures.

As debêntures são títulos de dívida, de médio e longo prazo, que dá aqueles que a
tem, um crédito contra a companhia emissora. Ou seja, ele é uma valor mobiliário
emitido nas sociedade por ações e é usado para a captação de recursos.
Ela é uma dívida e seu comprador passa a ser credor da empresa. Quando a dívida
é paga há uma remuneração diferenciada para quem ‘emprestou’ o dinheiro. Devido
a sua flexibilidade, eles são considerados um dos mais importantes instrumentos
para obtenção de recursos das companhias no Brasil.

• Debenturista: comprador ou investidor (podem ser bancos, fundos de


pensão, seguradoras, investidores estrangeiros e investidores individuais).
Também é chamado de debenturista proprietário ou titular de debênture.

• Emissores de Debêntures: são empresas de sociedade anônima, de capital


aberto ou fechado.
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Emissores de Debêntures
Quem pode emitir?

As debêntures podem ser emitidas por uma Sociedade Anônima, de capital aberto
ou fechado. Apenas as companhias abertas com registro na CVM poderão realizar
emissões públicas. Quando há esse tipo de emissão é necessário existir o agente
fiduciário, que é responsável por proteger os direitos e interesses dos
debenturistas, fiscalizando e administrando bens de terceiros, independente da
emissora e demais interessados na distribuição das debêntures. Já a emissão
privada poderá ser feita por um grupo de investidores, que não precisam do registro
na CVM.

Como funciona o processo?


As companhias abertas podem emitir de forma pública as debêntures, devendo
realizar os seguintes passos:
• Convocar uma Assembleia Geral dos acionistas para autorizar essa emissão;
• Criar um documento chamado Escritura de Emissão, registrando-o em
cartório;
• Registrar essa emissão na Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
• Realizar a emissão e providenciar a negociação das debêntures no mercado
comprador;
• A empresa emissora deverá pagar aos investidores as debêntures no prazo
estabelecido e de acordo com a escritura de emissão.

Escritura de Emissão
A Escritura de Emissão é um documento que descreve todas as condições sob as
quais a debênture será emitida. É nela que se encontra:

• Data de resgate do título e vencimento;


• Juros;
• Remuneração;
• Condições de Amortização (parcelas);
• Montante da emissão e quantidade de títulos;
• Deveres da Emissora;
• Direitos dados pelos títulos, etc.

Características das Debêntures


As debêntures podem ser de duas formas:

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• Debênture Nominativa: é aquela cujo registro e controle das transferências


são feitos pela companhia emissora no Livro de Registro de Debêntures
Nominativas;
• Debênture Escritural: é aquela cuja custódia e escrituração é realizada pela
instituição financeira autorizada pela CVM para prestar o serviço.

• Com relação a classe/tipo, ou seja, o recebimento do valor devido pelo


emissor ao investidor, podem ser:
• Não Conversíveis ou Simples: é aquela cujo resgate ou amortização, é feito
em moeda corrente;
• Permutável: o investidor recebe ativos ou ações da empresa, como
pagamento. Está especificado na escritura de emissão;
• Conversíveis em Ações: podem ser trocadas por ações da companhia
emissora, caso o investidor opte por isso ou mesmo em moeda corrente.

Garantias
A emissão pode ser feita com ou sem garantias. Caso tenha a emissão com garantia
existem:

• Garantia Real: quando são garantidas por bens (imóveis ou móveis) em


forma de hipoteca, penhor ou anticrese pela empresa, por terceiros ou
empresas de seu conglomerado.
• Garantia Flutuante: quando há privilégio geral sobre o ativo da empresa,
mas também poderá haver a negociação dos bens que compõem esse ativo.

Já as sem garantia podem ser:


Quirografárias: é uma debênture que não possui privilégios semelhantes aos outros
tipos de garantias. Em caso de falência dos debenturistas eles se equiparam aos
demais credores quirografários da empresa;

Subordinadas: não possuem garantia, ou seja, em caso de liquidação da empresa,


os debenturistas possuem preferência apenas sobre os acionistas.

Para Investidores de Debêntures


Para investir, é necessário ser cliente de uma corretora que negocie este produto,
pois eles possuem especialistas que irão auxiliar em todo o processo. Qualquer
pessoa poderá investir, devendo sempre observar o valor mínimo exigido pelas
empresas.

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