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Direito e Mercado Financeiro

Professor
Julio Cesar da Silva Tavares
Sistema Financeiro Nacional

ÓRGÃOS/INTITUIÇÕES NORMATIVAS

Conselho Monetário Nacional

Órgão Superior do Sistema Financeiro Nacional


Composição
Ministro da Fazenda
Ministro do Planejamento e Orçamento
Presidente do Banco Central do Brasil
Sistema Financeiro Nacional

ÓRGÃOS/INTITUIÇÕES NORMATIVAS

Conselho Monetário Nacional

Órgão de assessoramento de Política de Moeda e Crédito


Presidente do Banco Central - coordenador
Presidente da Comissão de Valores Mobiliários
Secretário-Executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento
Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda
Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda
Secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda
Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda
Diretores do Banco Central do Brasil*
Sistema Financeiro Nacional

Conselho Monetário Nacional - Competências


 Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central da
República do Brasil, por meio dos quais se estimarão as necessidades
globais de moeda e crédito;
 Determinar as características gerais das cédulas e das moedas;
 Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a
compra e venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de
Saque e em moeda estrangeira;
 Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações
creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações
de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras;
 Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem
atividades subordinadas a esta lei, bem como a aplicação das
penalidades previstas;
Sistema Financeiro Nacional

Conselho Monetário Nacional - Competências


 Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões
e qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços
bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da
República do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos
que se destinem a promover:
– - recuperação e fertilização do solo;
– - reflorestamento;
– - combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais;
– - eletrificação rural;
– - mecanização;
– - irrigação;
– - investimento indispensáveis às atividades agropecuárias;
 Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições
financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de
Sistema Financeiro Nacional

Conselho Monetário Nacional - Competências


 Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes,
mobilizações e outras relações patrimoniais a serem observadas pelas
instituições financeiras;
 Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas
pelas instituições financeiras;
 Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das
instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem
como a localização de suas sedes e agências ou filiais;
 Estabelecer para as instituições financeiras públicas, a dedução dos
depósitos de pessoas jurídicas de direito público que lhes detenham o
controle acionário, bem como dos das respectivas autarquias e
sociedades de economia mista, no cálculo a que se refere o inciso
anterior;
Sistema Financeiro Nacional

Conselho Monetário Nacional - Competências


 Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o monopólio das
operações de câmbio quando ocorrer grave desequilíbrio no balanço de
pagamentos ou houver sérias razões para prever a iminência de tal
situação;
 Autoriza o Banco Central da República do Brasil e as instituições
financeiras públicas federais a efetuar a subscrição, compra e venda de
ações e outros papéis emitidos ou de responsabilidade das sociedades
de economia mista e empresas do Estado;
 Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de
Fundos públicos;
 Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas,
para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos
desta lei;
Sistema Financeiro Nacional

Conselho Monetário Nacional - Competências


 Fixar, até quinze (15) vezes a soma do capital realizado e reservas livres,
o limite além do qual os excedentes dos depósitos das instituições
financeiras serão recolhidos ao Banco Central da República do Brasil ou
aplicados de acordo com as normas que o Conselho estabelecer;
 Decidir de sua própria organização; elaborando seu regimento interno no
prazo máximo de trinta (30) dias;
 Conhecer dos recursos de decisões do Banco Central da República do
Brasil;
 Aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central do Brasil e
decidir sobre seu orçamento e sobre seus sistemas de contabilidade, bem
como sobre a forma e prazo de transferência de seus resultados para o
Tesouro Nacional, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da
União.
Sistema Financeiro Nacional

Conselho Monetário Nacional - Competências


 Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as mesmas
vedações ou restrições equivalentes, que vigorem nas praças de suas
matrizes, em relação a bancos brasileiros ali instalados ou que nelas
desejem estabelecer - se;
 Colaborar com o Senado Federal, na instrução dos processos de
empréstimos externos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
para cumprimento do disposto no art. 63, nº II, da Constituição Federal;
 Expedir normas e regulamentação para as designações e demais efeitos
do art. 7º, desta lei.
 Regular os depósitos a prazo de instituições financeiras e demais
sociedades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil,
inclusive entre aquelas sujeitas ao mesmo controle acionário ou
coligadas.
Sistema Financeiro Nacional
Banco Central do Brasil
Lei 4.595/64 e Lei Complementar 179/21
Autarquia autônoma
Mandato de 4 anos com início em 01 de janeiro do
3º ano do mandado do Presidente da República.
8 Diretores com mandado de 4 anos com início a
cada ano.
Presidente e Diretores são indicados pelo
Presidente da República e precisam aprovação
pelo Senado
Sistema Financeiro Nacional
Banco Central do Brasil
Manter a inflação sob controle, ao redor da meta, é objetivo fundamental do
BC.

A estabilidade dos preços preserva o v​alor do dinheiro, mantendo o poder de


compra da moeda​. ​Para alcançar esse objetivo, o BC utiliza a política
monetária, política que se refere às ações do BC que visam afetar o custo do
dinheiro (taxas de juros) e a quantidade de dinheiro (condições de liquidez)
na economia.

Faz parte da missão do BC assegurar que o sistema financeiro seja sólido


(tenha capital suficiente para arcar com seus compromissos) e eficiente.
Sistema Financeiro Nacional
Banco Central do Brasil

As instituições financeiras precisam manter contas no BC.​ Essas contas


são monitoradas para que as transações financeiras aconteçam com
fluidez e para que as próprias contas não fechem o dia com saldo
negativo.
O BC gerencia o meio circulante, que nada mais é do que garantir, para a
população, o fornecimento adequado de dinheiro em espécie.
O BC detém as contas mais importantes do governo e é o depositório das
reservas internacionais do país.
Fiscalização das instituições Financeiras.
Sistema Financeiro Nacional
Banco Central do Brasil

Banco dos Bancos


Executor de Política Monetária do
Governo
Emissora de Moeda
Poder Fiscalizador
Banco do Governo
Sistema Financeiro Nacional
Comissão de Valores Mobiliários

Autarquia em Regime Especial.


Autonomia Administrativa e ausência
de subordinação
Presidente mais 4 diretores com
mandato de 5 anos.
Mandato fixo
Sistema Financeiro Nacional
Comissão de Valores Mobiliários
Lei 6.385/76
Atividades
A emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado;
A negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários;
A negociação e intermediação no mercado de derivativos;
A organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de Valores;
A organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de Mercadorias
e Futuros;
A administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários;
A auditoria das companhias abertas;
Os serviços de consultor e analista de valores mobiliários.
Sistema Financeiro Nacional
Comissão de Valores Mobiliários

Atua na Fiscalização de:

Instituições Financeiras
Companhias de Capital Aberto
Investidores
Sistema Financeiro Nacional
Conselho Nacional de Seguros Privados
Decreto-Lei 73/66

Órgão Normativo
Composição
Ministro de Estado da Fazenda, ou seu representante; (
Representante do Ministério da Justiça;
Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social; (
Superintendente da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP;
Representante do Banco Central do Brasil;
Representante da Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
Sistema Financeiro Nacional
Conselho Nacional de Seguros Privados
Decreto-Lei 73/66

I - Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados;


II - Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos
que exercerem atividades subordinadas a êste Decreto-Lei, bem como a
aplicação das penalidades previstas;
III - Estipular índices e demais condições técnicas sôbre tarifas,
investimentos e outras relações patrimoniais a serem observadas pelas
Sociedades Seguradoras;
IV - Fixar as características gerais dos contratos de seguros;
V - Fixar normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas
pelas Sociedades Seguradoras;
Sistema Financeiro Nacional
Conselho Nacional de Seguros Privados
VI - delimitar o capital das sociedades seguradoras e dos
resseguradores;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 126, de 2007)
VII - Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;
VIII - disciplinar as operações de co-seguro;
XI - Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras,
com fixação dos limites legais e técnicos das operações de seguro;
XII - Disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor;
XIV - Decidir sôbre sua própria organização, elaborando o respectivo
Regimento Interno;
XV - Regular a organização, a composição e o funcionamento de suas
Comissões Consultivas;
Sistema Financeiro Nacional
Conselho Nacional de Seguros Privados
XVI - Regular a instalação e o funcionamento das Bolsas de Seguro.
XVII - fixar as condições de constituição e extinção de entidades
autorreguladoras do mercado de corretagem, sua forma jurídica, seus
órgãos de administração e a forma de preenchimento de cargos
administrativos;
XVIII - regular o exercício do poder disciplinar das entidades
autorreguladoras do mercado de corretagem sobre seus membros, inclusive
do poder de impor penalidades e de excluir membros;
XIX - disciplinar a administração das entidades autorreguladoras do mercado
de corretagem e a fixação de emolumentos, comissões e quaisquer outras
despesas cobradas por tais entidades, quando for o caso.
Sistema Financeiro Nacional
Superintendência de Seguros Privados - SUSEP
Decreto-Lei 73/66
Órgão Supervisor
PRINCIPAIS FINALIDADES E COMPETÊNCIAS DA SUSEP
1. Promover o desenvolvimento e concorrência dos mercados de seguro,
resseguro, capitalização e previdência complementar aberta;
2. Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando
sua expansão e o fortalecimento das entidades que neles operem;
3. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;
4. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das
Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência
Privada Aberta, Resseguradores e corretores, na qualidade de executora da
política traçada pelo CNSP;
Sistema Financeiro Nacional
Superintendência de Seguros Privados - SUSEP
Decreto-Lei 73/66
Órgão Supervisor
PRINCIPAIS FINALIDADES E COMPETÊNCIAS DA SUSEP
5. Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se
efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de
capitalização e resseguro;
6. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados
supervisionados;
7. Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos
operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema
Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização, e
8. Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em
especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas.
Sistema Financeiro Nacional
Conselho Nacional de Previdência Complementar
Lei 12.154/09
Órgão Normativo
CNPC é um órgão colegiado integrante da
estrutura do atual Ministério da Previdência
Social, e tem por função de regular o regime de
previdência complementar operado pelas
entidades fechadas de previdência
complementar
Sistema Financeiro Nacional
Superintendência Nacional de Previdência
Complementar – PREVIC
Lei 12.154/09
Órgão Supervisor

Autarquia com autonomia financeira e


vinculação ao Ministério da Previdência.
Sistema Financeiro Nacional
Superintendência Nacional de Previdência
Complementar – PREVIC
I - proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência
complementar e das suas operações;
II - apurar e julgar as infrações e aplicar as penalidades cabíveis;
III - expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas
relativas à sua área de competência;
IV - autorizar: a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de
previdência complementar e a aplicação dos respectivos estatutos e dos
regulamentos de planos de benefícios; as operações de fusão, cisão,
incorporação ou qualquer outra forma de reorganização societária, relativas às
entidades fechadas de previdência complementar; a celebração de convênios e
termos de adesão por patrocinadores e instituidores e as retiradas de
patrocinadores e instituidores; e as transferências de patrocínio, grupos de
participantes e assistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades
fechadas de previdência complementar;
Sistema Financeiro Nacional
Superintendência Nacional de Previdência
Complementar – PREVIC
V - harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar
com as normas e as políticas estabelecidas para o segmento;
VI – decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de
previdência complementar e nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei;
VII - nomear administrador especial de plano de benefícios específico, podendo
atribuir-lhe poderes de intervenção e liquidação extrajudicial, na forma da lei;
VIII - promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas de previdência
complementar e entre as entidades e seus participantes, assistidos, patrocinadores
ou instituidores, bem como dirimir os litígios que lhe forem submetidos na forma da
Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996;
IX - enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério da Fazenda e, por seu
intermédio, ao Presidente da República e ao Congresso Nacional; e adotar as
providências necessárias ao cumprimento de seus objetivos.

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