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1.0.

1 - O que esperar
Sistema Financeiro Nacional e participantes do mercado
Proporção: DE 5 A 10%
Peso: 3 a 6 questões
1.1.1 - O que é o Sistema Financeiro Nacional
Definição

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por um conjunto de entidades e


instituições que promovem a intermediação financeira, isto é, o encontro entre
credores e tomadores de recursos. É por meio do sistema financeiro que as
pessoas, as empresas e o governo circulam a maior parte dos seus ativos, pagam
suas dívidas e realizam seus investimentos.
Funções do SFN

- Intermediação de Recursos: o agente superavitário disponibiliza recursos


para o agente deficitário;
- Gestão de Recursos: Administração dos recursos de investidores através de
produtos financeiros, seguros e previdência.
Estrutura do SFN

O SFN é organizado por agentes normativos, supervisores e operadores. Os


órgãos normativos determinam regras gerais para o bom funcionamento do
sistema. As entidades supervisoras trabalham para que os integrantes do sistema
financeiro sigam as regras definidas pelos órgãos normativos. Os operadores são
as instituições que ofertam serviços financeiros, no papel de intermediários.
1.1.2 - Conselho Monetário Nacional
Definição

O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro


Nacional (SFN) e tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do
crédito. Seu objetivo é a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e
social do país.
Atribuições

- Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas,


quer privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País,
condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional;
- Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros,
com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de
recursos;
- Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
- Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida
pública, interna e externa.
Atribuições

- Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e


venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em
moeda estrangeira;
- Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações
creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de
quaisquer garantias por parte das instituições financeiras.
Composição do CMN

- Ministro da Fazenda (Presidente do Conselho);


- Ministro do Planejamento e Orçamento;
- Presidente do Banco Central.

Para você que vai fazer a prova até 12/07/23 a composição do CMN é:

- Ministro da Economia (Presidente do Conselho);


- Secretário Especial da Fazenda;
- Presidente do Banco Central.
1.1.3 - Banco Central do Brasil
Objetivos do BACEN

Assegurar a estabilidade de preços, zelar pela estabilidade e pela eficiência do


sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e
fomentar o pleno emprego.
Atribuições do BACEN

- Executar os serviços do meio-circulante, gerir o SPB e o SPI;


- Executar as políticas monetárias a fim de cumprir a meta de inflação
estabelecida pelo CMN;
- Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas;
- Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da lei;
- Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira;
- Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades
prevista;
- Conceder autorização para o funcionamento das instituições financeiras.
Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional do BACEN é comandada por uma diretoria colegiada,


composta por nove membros: o presidente e oito diretores, cada um responsável
por uma diretoria específica e com mandatos independentes entre si.
Todos os membros da diretoria colegiada são nomeados pelo presidente da
República, entre brasileiros de ilibada reputação e notória capacidade em
assuntos econômico-financeiros, após aprovação pelo Senado Federal.
Presidente do BACEN

O mandato do Presidente do Banco Central do Brasil terá duração de 4 (quatro)


anos, com início no dia 1º de janeiro do terceiro ano de mandato do Presidente da
República, sendo permitido apenas uma recondução.
Demissão do Presidente e diretores

O presidente e os diretores podem ser demitidos de seus cargos:


- A pedido;
- No caso de acometimento de enfermidade que incapacite o titular para o
exercício do cargo;
- Quando sofrerem condenação, mediante decisão transitada em julgado ou
proferida por órgão colegiado, pela prática de ato de improbidade
administrativa ou de crime cuja pena acarrete, ainda que temporariamente, a
proibição de acesso a cargos públicos;
- Quando apresentarem comprovado e recorrente desempenho insuficiente
para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil.
Fonte:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-08/real-digital-reduz
ira-ainda-mais-uso-de-dinheiro-em-papel
1.1.4 - Comissão de Valores Mobiliários
Definição

A CVM é o órgão do governo responsável pela regulação e fiscalização do


mercado de capitais no Brasil. Sua atuação está relacionada ao mercado de
fundos de investimentos, ações, debêntures e derivativos.
Atribuições da CVM

- Fiscalizar efetiva e tempestivamente o cumprimento das normas relativas às


atividades e serviços no âmbito do mercado de valores mobiliários;
- Investigar e punir tempestivamente descumprimentos à regulação do
mercado de valores mobiliários;
- Zelar pelo funcionamento eficiente e regular do mercado de capitais e seu
desenvolvimento;
- Proteger os investidores do mercado de capitais;
Atribuições da CVM

- Estimular a formação de poupança e seu investimento em valores


mobiliários;
- Assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente das bolsas de valores, do
mercado de balcão e das bolsas de mercadorias e futuros;
- Assegurar o acesso do público a informações tempestivas e de qualidade.
Estrutura Organizacional

A administração da CVM fica a cargo de um presidente e quatro diretores,


nomeados pelo presidente da República, depois de aprovados pelo Senado
Federal. Por determinação legal, os nomeados devem ser pessoas de ilibada
reputação e reconhecida competência em matéria de mercado de capitais. O
mandato desses dirigentes é de cinco anos, sendo vedada a recondução.
CVM aceita proposta de acordo de R$ 400 mil com ex-diretora do GPA |
Empresas | Valor Investe
1.1.5 - Susep
Definição

Susep é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda cujo objetivo é


o controle e a fiscalização dos mercados de seguro, previdência complementar
aberta, capitalização e resseguro.
Atribuições da Susep

- Fiscalizar a constituição, a organização, o funcionamento e a operação das


sociedades seguradoras, de capitalização, entidades de previdência
complementar aberta e resseguradores;
- Proteger a captação de poupança popular realizada por meio de operações
de seguro, previdência complementar aberta, de capitalização e resseguro;
- Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados
supervisionados;
Atribuições da Susep

- Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos


operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema
Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização;
- Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, zelando pela
liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;
- Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial
os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;
- Investigar e punir descumprimentos à regulação de mercados de seguro e
previdência complementar aberta;
- Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP.
1.1.6 - Previc
Definição

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é uma


autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e financeira e
patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Fazenda, tendo atuação em todo o
território nacional como entidade de fiscalização e supervisão das atividades das
entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas
para o regime de previdência complementar operado pelas referidas entidades.
1.1.7 - Anbima
Definição

A ANBIMA é uma associação de autorregulação composta por mais de 340


associados, entre bancos comerciais, bancos múltiplos e bancos de investimento,
empresas de gestão de ativos, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e
gestores de patrimônio.
Frentes de trabalho da ANBIMA

- Informar: prover dados para o mercado financeiro e de capitais;


- Representar: representar seus associados junto aos órgãos reguladores
- Autorregular: procedimentos a serem adotados por seus associados que
representam as melhores práticas do mercado;
- Educar: prover educação financeira ao mercado e coordenar o processo de
certificação.
Autorregulação

- Os associados definem as regras;


- A área técnica supervisiona;
- Uma comissão especializada acompanha;
- Um conselho independente julga.
1.1.7.1 - Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas
para o Programa de Certificação Continuada
Definição

Este código traz definições sobre a obrigatoriedade da certificação adequada aos


profissionais que desempenham as atividades de comercialização e distribuição
de produtos de investimento e aos profissionais que desempenham a atividade de
gestão profissional de recursos de terceiros.
Certificações

- CPA 10: distribuição de produtos de investimentos no segmento do varejo;


- CPA 20: distribuição de produtos de investimentos no segmento de varejo
alta renda;
- CEA: distribuição de produtos de investimentos como consultor de
investimentos;
- CFG: pré requisito para obter as certificações CGA ou CGE;
- CGA: gestão de fundos de investimentos ;
- CGE: gestão de fundos de investimentos estruturados.
O profissional de mercado financeiro

Possuam reputação ilibada e não tenham:

- Sido inabilitados para o exercício de cargo em instituições financeiras e


demais entidades autorizadas a funcionar pelo BACEN, CVM,
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) ou Susep;
- Sua autorização para o exercício da atividade suspensa, cassada ou
cancelada;
- Sofrido punição definitiva, nos últimos cinco anos, em decorrência de sua
atuação como administrador ou membro de conselho fiscal de entidade
sujeita a controle e fiscalização dos órgãos reguladores mencionados.
O profissional de mercado financeiro

- Exerçam suas atividades com boa fé, transparência, diligência e lealdade;


- Cumpram todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de suas
atividades, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma
dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por
quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas;
- Norteiem a prestação de suas atividades pelos princípios da liberdade de
iniciativa e da livre concorrência, evitando a adoção de práticas
caracterizadoras de concorrência desleal e/ou de condições não equitativas,
respeitando os princípios de livre negociação;
O profissional de mercado financeiro

- Evitem quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as


regras e princípios contidos no Código de Certificação e na Regulação em
vigor;
- Adotem condutas compatíveis com os princípios de idoneidade moral e
profissional.
Obrigações dos participantes

Implementar e manter, em documento escrito, regras, procedimentos e controles


internos que contenham, no mínimo:

- Procedimentos para identificação dos Profissionais Certificados na admissão


e no desligamento, bem como para atualização das informações desses
profissionais, de modo a manter atualizado o Banco de Dados da ANBIMA;
- Critérios adotados pelas instituições participantes para determinar as
atividades elegíveis para cada uma das certificações;
Obrigações dos participantes

- Critérios de identificação de elegibilidade de profissionais transferidos;


- Procedimento adotado para atualização de certificação de profissionais que
atuam em atividades elegíveis quando de seu vencimento;
- Procedimento para afastamento imediato dos profissionais que
desempenhem atividades elegíveis sem a devida certificação, ou com a
certificação vencida, bem como documentação formal que evidencie esse
afastamento, observadas as exceções expressas no Código de Certificação;
- Assegurar que os profissionais vinculados à instituição participante
conheçam e assinem, de forma manual ou eletrônica, o código de ética por
elas adotado até o último dia do mês subsequente à sua contratação.
Penalidades

- Advertência pública;
- Multa de até 250 vezes o valor da maior mensalidade recebida pela ANBIMA;
- Proibição temporária do uso do Selo Anbima;
- Desligamento da ANBIMA.
1.1.8 - Bancos - Modalidades
Definição - Instituição Financeira

Instituição financeira é uma organização cuja finalidade é otimizar a alocação de


capitais financeiros próprios e/ou de terceiros, obedecendo uma correlação de
risco, custo e prazo que atenda aos objetivos dos seus patrocinadores incluindo
pessoas físicas ou jurídicas que tenham interesses em sua operação como
acionistas, clientes, colaboradores, Cooperados, fornecedores, agências
reguladoras do mercado onde a organização opere.
Banco Comercial

Banco Múltiplo com Carteira comercial

Instituição Financeira Monetária Caixa Economica Federal

Cooperativa de Crédito

Banco Cooperativo de crédito

DTVM/CTVM

Banco de Investimentos

Banco múltiplo sem carteira comercial

Instituição Financeira não Monetária Banco de Desenvolvimento

Sociedade de crédito Financiamento e investimento

Companhias hipotecárias
Encontre uma instituição Arrendamento Mercantil
Banco comercial

- Captação de recursos através do depósito à vista;


- Captação de recursos através de depósitos a prazo;
- Aplicação de recursos através de desconto de títulos;
- Abertura de crédito simples em conta corrente: cheque especial;
- Operações de crédito rural, câmbio e comércio internacional;
- Prestação de serviços: cobrança bancária, arrecadação de tarifas e tributos
públicos.
Bancos de investimentos

- Captação de recursos através de depósito a prazo;


- Administração de fundos de investimentos;
- Abertura de capital e subscrição de novas ações de uma empresa;
- Conceder empréstimo para fins de capital de giro;
- Financiamento de capital de giro e capital fixo;
- Subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários;
- Distribuição de valores mobiliários.
Banco Comercial

Banco Múltiplo com Carteira comercial

Instituição Financeira Monetária Caixa Economica Federal

Cooperativa de Crédito

Banco Cooperativo de crédito

DTVM/CTVM

Banco de Investimentos

Banco múltiplo sem carteira comercial

Instituição Financeira não Monetária Banco de Desenvolvimento

Sociedade de crédito Financiamento e investimento

Companhias hipotecárias
Encontre uma instituição Arrendamento Mercantil
1.1.9 - DTVM/CTVM
Definição

As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, conhecidas


popularmente apenas como “corretoras”, são instituições financeiras constituídas
sob a forma de sociedade por ações ou por quotas de responsabilidade limitada.
Atribuições

- Operar em bolsas de valores, mercadorias e futuros por conta própria ou de


terceiros;
- Subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado;
- Comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de
terceiros;
- Encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de títulos e valores
mobiliários;
- Exercer funções de agente fiduciário;
- Emitir certificados de depósito de ações e cédulas pignoratícias de
debêntures;
Atribuições

- Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;


- Praticar operações de conta margem;
- Realizar operações compromissadas;
- Intermediar operações de câmbio;
- Praticar operações de compra e venda de metais preciosos no mercado
físico, por conta própria e de terceiros;
- Praticar operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes;
Atribuições

- Auxiliar os investidores com a disponibilização para clientes de informações


provenientes de seus departamentos técnicos ou de análises de empresas,
títulos e fundos de investimento;
- As corretoras estão sujeitas à fiscalização da bolsa de valores, da CVM e do
BACEN.
1.1.10 - Bolsa de Valores e mercado de balcão
Definição Bolsa de Valores

Bolsa de valores é uma entidade que mantém ambientes ou sistemas de


negociação eletrônica nos quais instituições habilitadas podem negociar títulos,
valores mobiliários, derivativos e mercadorias em nome próprio ou para clientes.
Essa entidade também é responsável pela listagem dos emissores cujos ativos
são negociados em mercado secundário.

Conheça a história da Bolsa, clicando aqui.


Negociação do ambiente de bolsa

A negociação em ambiente de bolsa busca a melhor formação de preços, por


meio de um nível elevado de transparência anterior e posterior à negociação, uma
vez que a bolsa divulga em tempo real as ofertas de compra e venda inseridas em
seus sistemas, assim como as operações realizadas.
Definição Mercado de Balcão

O Mercado de Balcão é o ambiente que permite a realização de operações que


não estão registradas na Bolsa de Valores, sendo eles:
- Captação Bancária;
- Captação por instituições não financeiras;
- Derivativos de Balcão.
Bolsa de Valores Mercado de Balcão

- Contratos Padronizados; - Não Padronizados;


- Transparência na formação de - Formação de preços não
preços; transparente;
- B3 assume o risco de - Investidor assume o risco de
contraparte; contraparte;
- Registrados na clearing da B3; - Registrado no clearing da B3;
- Regulado e fiscalizado pela - Regulado e fiscalizado pela
CVM. CVM.
1.1.11 - Clearing House
Definição

Os sistemas e câmaras de liquidação e custódia, também conhecidos como


clearing houses, são sistemas responsáveis pela liquidação das operações
ocorridas nas bolsas e nos mercados de balcão organizados.
Sistemas

- Selic: depositário central dos títulos da dívida pública federal interna de


emissão do Tesouro Nacional e, como tal, é responsável por processar a
emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia desses títulos;
- Clearing B3: realiza o registro, a compensação, a liquidação e o
gerenciamento de risco de operações com ações, renda fixa de emissão
privada, derivativos e ainda títulos públicos negociados no tesouro direto.
1.1.12 - Sistema de Pagamento Brasileiro - SPB
Definição

O SPB é o conjunto de entidades, sistemas e mecanismos relacionados com o


processamento e a liquidação de operações de transferência de fundos, de
operações com moeda estrangeira ou com ativos financeiros e valores
mobiliários.
Transações do SPB

- Compensação de cheques;
- Compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito;
- Transferência de fundos e de outros ativos financeiros;
- Compensação e liquidação de operações com títulos e valores mobiliários;
- Compensação e liquidação de operações realizadas em bolsas de
mercadorias e de futuros e outras entidades.
Trânsito Financeiro

- LBTR (Liquidação Bruta em Tempo Real): Liquidação realizada em tempo


real com o respectivo débito na conta da instituição pagadora;
- LDL (Liquidação Diferida Líquida): Liquidação realizada em D+1 (ou prazo
superior) com o débito (e crédito) na conta do pagador por diferença de
saldo.
Sistema de pagamento instantâneo

O Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) é a infraestrutura centralizada e


única para liquidação de pagamentos instantâneos entre instituições distintas no
Brasil.
O SPI é um sistema que faz liquidação bruta em tempo real (LBTR), ou seja, que
processa e líquida transação por transação. Uma vez liquidadas, as transações
são irrevogáveis.
1.1.13 - Tipos de Investidores
Definição

Com o objetivo de proteger a poupança popular, a CVM criou as classes de


investidores para que, de acordo com a capacidade de assumir riscos, estes
possam ter acesso a produtos de investimentos aderentes a esse perfil de risco.

Os tipos de investidores são:


● Investidor Comum;
● Investidor Qualificado;
● Investidor Profissional;
● Investidor não-residente.
Investidores Profissionais

I. Instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo


Banco Central do Brasil;
II. Companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
III. Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
IV. Pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em
valor superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e que,
adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor profissional
mediante termo próprio, de acordo com o Anexo A, Resolução 30 da CVM;
Investidores Profissionais

V. Fundos de investimento;
VI. Clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por
administrador de carteira de valores mobiliários autorizado pela CVM;
VII. Assessores de investimento, administradores de carteira de valores
mobiliários, analistas de valores mobiliários e consultores de valores
mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios;
VIII. Investidores não residentes.
Investidor Qualificado

I. Investidores profissionais;
II. Pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em
valor superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente,
atestem por escrito sua condição de investidor qualificado, assinando o
anexo B da Resolução CVM 30;
III. As pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação
técnica ou possuam certificações aprovadas pela CVM como requisitos para
o registro de assessores de investimento, administradores de carteira,
analistas e consultores de valores mobiliários, em relação a seus recursos
próprios; e
Investidor Qualificado

IV. Clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por um ou mais
cotistas, que sejam investidores qualificados.
Investidor não residente

São pessoas físicas ou jurídicas, inclusive fundos ou outras entidades de


investimento coletivo, com residência, sede ou domicílio no exterior e que
investem no Brasil.

Previamente ao início de suas operações, o investidor não residente deve:

1. Constituir um ou mais representantes no País;


2. Obter registro na Comissão de Valores Mobiliários; e
3. Constituir um ou mais custodiantes autorizados pela Comissão de Valores
Mobiliários.
2.0.1 - O que esperar
Compliance legal, ética e análise do perfil do investidor
Proporção: DE 15 A 25%
Peso: 9 a 15 questões
2.1.1 - Risco Legal e Risco de Imagem
Definição de Risco Legal

Risco Legal pode ser definido como a possibilidade de perdas decorrentes de


multas, penalidades ou indenizações resultantes de ações de órgãos de
supervisão e controle, bem como perdas decorrentes de decisão desfavorável em
processos judiciais ou administrativos.
Exemplo de Risco Legal

- Risco de legislação: o não cumprimento de alguma lei;


- Risco tributário: que ocorre quando há o não recolhimento de tributos devido
a uma má interpretação da legislação;
- Risco trabalhista: quando um funcionário entra na justiça contra a empresa
devido ao não cumprimento de uma meta trabalhista.
Definição de Risco de Imagem

Risco de Imagem ocorre quando a opinião pública sobre uma empresa é negativa,
tanto pelas suas ações como por seus produtos ou ainda seu histórico.
Exemplos de Risco de Imagem

- Fornecimento de crédito sem embasamento;


- Vantagens devido a relacionamentos políticos;
- Indícios de lavagem de dinheiro;
- Fama de atender mal os clientes;
- Falta de respeito ao meio ambiente;
- Falta de marcação a mercado dos fundos que administra;
- Situação financeira instável.
2.2.1 - Controles Internos
Resolução CMN 2554
Definição

A área de controles internos é responsável por trazer segurança às informações


dos clientes, monitoramento do cumprimento de regulação bem como, a
prevenção à lavagem de dinheiro.
Controles Internos

- Segregação das atividades atribuídas aos integrantes da instituição de forma


que seja evitado o conflito de interesses;
- Meios de identificar e avaliar fatores internos e externos que possam afetar
adversamente a realização dos objetivos da instituição;
- Acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas, de forma a que
se possa avaliar se os objetivos da instituição estão sendo alcançados, se os
limites estabelecidos e as leis e regulamentos aplicáveis estão sendo
cumpridos, bem como a assegurar que quaisquer desvios possam ser
prontamente corrigidos;
Controles Internos

- Contínua avaliação dos diversos riscos associados às atividades da


instituição;
- Existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de
informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico;
- A existência de canais de comunicação que assegurem aos funcionários,
segundo o correspondente nível de atuação, o acesso a confiáveis,
tempestivas e compreensíveis informações consideradas relevantes para
suas tarefas e responsabilidades.
Competência

A implementação é obrigatória e de responsabilidade da diretoria da instituição


financeira.
Os controles internos devem ser periodicamente revisados e atualizados, de
forma a que sejam incorporadas medidas relacionadas a riscos novos ou
anteriormente não abordados.
2.3.1 - O que é lavagem de dinheiro
Definição

Lavagem de dinheiro é uma expressão que se refere a práticas


econômico-financeiras que têm por finalidade dissimular ou esconder a origem
ilícita de determinados ativos financeiros ou bens patrimoniais, de forma a que
tais ativos aparentam uma origem lícita ou a que, pelo menos, a origem ilícita seja
difícil de demonstrar ou provar.
Regulação

- Convenção de Viena 1988;


- Lei 9613/98 (Link);
- Lei 12.683/12 (Link);
- Circular Bacen 3978/20 (Link);
- Resolução CVM 50/2021(Link).
Empresas que estão sujeitas às leis de PLDFT

- As bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou futuros e os sistemas de


negociação do mercado de balcão organizado;
- As seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades de previdência
complementar ou de capitalização;
- As administradoras de cartões de credenciamento ou cartões de crédito, bem
como as administradoras de consórcios para aquisição de bens ou serviços;
- As administradoras ou empresas que se utilizem de cartão ou qualquer outro
meio eletrônico, magnético ou equivalente, que permita a transferência de
fundos;
Empresas que estão sujeitas às leis de PLDFT

- As empresas de arrendamento mercantil (leasing), as empresas de fomento


comercial (factoring) e as Empresas Simples de Crédito (ESC);
- As sociedades que efetuem distribuição de dinheiro ou quaisquer bens
móveis, imóveis, mercadorias, serviços, ou, ainda, concedam descontos na
sua aquisição, mediante sorteio ou método assemelhado;
- As filiais ou representações de entes estrangeiros que exerçam no Brasil
qualquer das atividades listadas neste artigo, ainda que de forma eventual;
- As demais entidades cujo funcionamento dependa de autorização de órgão
regulador dos mercados financeiro, de câmbio, de capitais e de seguros;
Empresas que estão sujeitas às leis de PLDFT

- As pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem no


Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras, comissionárias ou por
qualquer forma representem interesses de ente estrangeiro que exerça
qualquer das atividades referidas neste artigo;
- As pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de promoção
imobiliária ou compra e venda de imóveis;
- As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais
preciosos, objetos de arte e antiguidades;
Empresas que estão sujeitas às leis de PLDFT

- As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto


valor, intermedeiem a sua comercialização ou exerçam atividades que
envolvam grande volume de recursos em espécie;
- As juntas comerciais e os registros públicos;
- Pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, intermediação,
comercialização, agenciamento ou negociação de direitos de transferência
de atletas, artistas ou feiras, exposições ou eventos similares;
- As empresas de transporte e guarda de valores;
Empresas que estão sujeitas às leis de PLDFT

- As pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente,


serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou
assistência, de qualquer natureza, em operações:
- de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos;
- de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou de valores
mobiliários;
- de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos
fiduciários ou estruturas análogas;
- Financeiras, societárias ou imobiliárias;
- De alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a atividades desportivas
ou artísticas profissionais.
Empresas que estão sujeitas às leis de PLDFT

- As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de alto valor de


origem rural ou animal ou intermedeiem a sua comercialização;
- As dependências no exterior das entidades mencionadas neste artigo, por
meio de sua matriz no Brasil, relativamente a residentes no País.
2.3.2 - Órgãos de PLDFT
GAFI
O Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do
Terrorismo (Gafi/FATF) é uma organização intergovernamental cujo propósito é
desenvolver e promover políticas nacionais e internacionais de combate à
lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.

Mais informações, clique aqui.


COAF
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) é a Unidade de
Inteligência Financeira (UIF) do Brasil, a autoridade central do sistema de
prevenção e combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e à
proliferação de armas de destruição em massa (PLD/FTP), especialmente no
recebimento, análise e disseminação de informações de inteligência financeira.

Criado pela Lei nº 9.613/98 (Lei de Lavagem de Dinheiro), e reestruturado pela Lei
nº 13.974/20, o Coaf é vinculado administrativamente ao Banco Central do Brasil
(BCB), dotado de autonomia técnica e operacional, e tem atuação em todo o
território nacional.
Competência do COAF

- Receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas;


- Comunicar às autoridades competentes para a instauração dos
procedimentos cabíveis nas situações em que o Conselho concluir pela
existência, ou fundados indícios, de crimes de “lavagem”, ocultação de bens,
direitos e valores, ou de qualquer outro ilícito;
- Coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações
que viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou
dissimulação de bens, direitos e valores;
Competência do COAF

- Disciplinar e aplicar penas administrativas.


- Regular os setores econômicos para os quais não haja órgão regulador ou
fiscalizador próprio;
- Nesses casos, cabe ao Coaf definir as pessoas abrangidas e os meios e
critérios para envio de comunicações, bem como a expedição das instruções
para a identificação de clientes e manutenção de registros de transações,
além da aplicação de sanções previstas em lei.
2.3.3 - Obrigações
Avaliação Interna de Risco
As instituições financeiras devem realizar avaliação interna com o objetivo de
identificar e mensurar o risco de utilização de seus produtos e serviços na prática
da lavagem de dinheiro e do financiamento do terrorismo. Essa avaliação deve ser
feita sobre:

I. Dos clientes;
II. Da instituição, incluindo o modelo de negócio e a área geográfica de atuação;
III. Das operações, transações, produtos e serviços, abrangendo todos os canais
de distribuição e a utilização de novas tecnologias;
IV. Das atividades exercidas pelos funcionários, parceiros e prestadores de
serviços terceirizados.
Avaliação Interna de Risco

Devem ser definidas categorias de risco que possibilitem a adoção de controles


de gerenciamento e de mitigação reforçados para as situações de maior risco e a
adoção de controles simplificados nas situações de menor risco.

Devem ser utilizadas como subsídio à avaliação interna de risco, quando


disponíveis, avaliações realizadas por entidades públicas do País relativas ao
risco de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo.
Relatório de Efetividade

O relatório de efetividade deve conter informações que descrevam:

I. Metodologia adotada na avaliação de efetividade;


II. Os testes aplicados;
III. A qualificação dos avaliadores;
IV. As deficiências identificadas.
Registro das operações

- Operações em espécie acima de R$ 2.000,00: coletar o CPF do portador;


- Operações em espécie acima de R$ 50.000,00: coletar o CPF do portador,
origem/destino do recursos e comunicar ao COAF;
- Operações suspeitas de qualquer valor devem ser comunicadas ao COAF.
Conheça seu parceiro/funcionário

As instituições financeiras devem classificar as atividades exercidas por seus


funcionários, parceiros e prestadores de serviços terceirizados nas categorias de
risco definidas na avaliação interna de risco.
Os procedimentos de conheça seu parceiro devem ser formalizados em
documento específico aprovado pela diretoria da instituição. Este documento
deve ser mantido atualizado.

No ato da contratação com terceiros não sujeitos a autorização para funcionar do


Banco Central do Brasil, participantes de arranjo de pagamento do qual a
instituição também participe, devem:
Conheça seu parceiro/funcionário

I. Obter informações sobre o terceiro que permitam compreender a natureza de


sua atividade e a sua reputação;
II. Verificar se o terceiro foi objeto de investigação ou de ação de autoridade
supervisora relacionada com lavagem de dinheiro ou com financiamento do
terrorismo;
III. Certificar que o terceiro tem licença do instituidor do arranjo para operar,
quando for o caso;
IV. Conhecer os controles adotados pelo terceiro relativos à prevenção à
lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo;
V. Dar ciência do contrato ao diretor responsável pelo PLDFT.
Conheça seu parceiro/funcionário

As instituições financeiras, na celebração de contratos com instituições


financeiras sediadas no exterior, devem:

- Obter informações sobre o contratado que permitam compreender a natureza


de sua atividade e a sua reputação;
- Verificar se o contratado foi objeto de investigação ou de ação de autoridade
supervisora relacionada com lavagem de dinheiro ou com financiamento do
terrorismo;
- Certificar que o contratado tem presença física no país onde está constituído
ou licenciado;
Conheça seu parceiro/funcionário

- Conhecer os controles adotados pelo contratado relativos à prevenção à


lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo;
- Obter a aprovação do detentor de cargo ou função de nível hierárquico
superior ao do responsável pela contratação; e
- Dar ciência do contrato de parceria ao diretor responsável pelo processo de
PLDFT.
Interface com reguladores

As instituições financeiras devem indicar formalmente ao Banco Central do Brasil


o diretor responsável pelo cumprimento das obrigações previstas na regulação de
PLDFT.

O diretor mencionado no item acima pode desempenhar outras funções na


instituição, desde que não haja conflito de interesses.
Penalidades

I. Multa pecuniária variável não superior:


A. ao dobro do valor da operação;
B. ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da
operação; ou
C. ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);
II. Inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo
de administrador das pessoas jurídicas obrigadas;
III. Cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade,
operação ou funcionamento.
2.3.3.1 - Obrigações - pt2
Prazo para Atualização dos procedimentos

- Avaliação Interna de Risco: a cada dois anos, bem como quando ocorrerem
alterações significativas nos perfis de risco;
- Relatório de efetividade: Elaborado anualmente, com data-base de 31 de
dezembro, encaminhado, para ciência, até 31 de março do ano seguinte ao da
data-base;
- O plano de ação e o respectivo relatório de ação de acompanhamento em
relação a deficiência do relatório de efetividade: encaminhados para ciência
e avaliação, até 30 de junho do ano seguinte ao da data-base;
- Início do relacionamento sem cumprimento do conheça seu cliente: máximo
de 30 dias.
Procedimento de análise de operações suspeitas

- As instituições financeiras devem implementar procedimentos de análise das


operações e situações selecionadas por meio dos procedimentos de
monitoramento e seleção operações suspeitas, com o objetivo de
caracterizá-las ou não como suspeitas de lavagem de dinheiro e de
financiamento do terrorismo;
- O período para a execução dos procedimentos de análise das operações e
situações selecionadas não pode exceder o prazo de quarenta e cinco dias,
contados a partir da data da seleção da operação ou situação;
- A análise de operações suspeitas deve ser formalizada em dossiê,
independentemente da comunicação ao COAF.
Controle centralizado

- Os procedimentos de análise de operações suspeitas podem ser realizados


de forma centralizada em instituição do conglomerado prudencial e do
sistema cooperativo de crédito;
- As instituições que optarem por realizar os procedimentos de análise na
forma centralizada devem formalizar a opção em reunião do conselho de
administração ou, se inexistente, da diretoria da instituição.
É vedado:

- A contratação de terceiros para a realização da análise de operações


suspeitas, salvo a contratação de serviços auxiliares para a análise;
- Realizar a análise a partir do exterior.
Manutenção dos Registros

Os contratos e procedimentos que as instituições financeiras adotam devem ser


registrados e mantidos em arquivo à disposição do regulador. O período de
manutenção varia de acordo com o tipo de contrato, como veremos a seguir:
Documentos atuais

- Procedimento relativo à política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao


financiamento do terrorismo;
- O documento relativo a avaliação interna de risco;
- O Relatório de efetividade;
- Contratos realizados com terceiros não sujeitos a autorização para funcionar
no Banco Central do Brasil.
Devem ser mantidos por, no mínimo, 5 anos.

- Avaliação interna de risco anteriores;


- Manual relativo aos procedimentos relacionado a conhecer seu cliente, seus
prestadores de serviços e seus funcionários;
- Relatório de efetividade anteriores;
- Documento com plano de ação que envolve as deficiências identificadas no
plano de efetividade;
- Os procedimentos que são adotados para fins de controles internos.
Devem ser mantidos por, no mínimo, 10 anos:

- As informações coletadas nos procedimentos destinados a conhecer os


clientes e os registros das transações realizadas pelo cliente. O prazo é
contado a partir do primeiro dia do ano seguinte ao término do
relacionamento com o cliente;
- As informações coletadas nos procedimentos destinados a conhecer os
funcionários, parceiros e prestadores de serviços terceirizados. O prazo é
contado a partir da data de encerramento da relação contratual;
- As operações que foram classificadas como suspeitas de LDFT pela
instituição (dossiê).
2.3.4 - Conheça seu Cliente
Conheça seu cliente e classificação

As instituições financeiras devem adotar procedimentos que permitam qualificar


seus clientes por meio da coleta, verificação e validação de informações,
compatíveis com o perfil de risco do cliente e com a natureza da relação de
negócio.

Os procedimentos de qualificação dos clientes devem incluir a coleta de


informações que permitam avaliar a capacidade financeira do cliente, incluindo a
renda, no caso de pessoa natural, ou o faturamento, no caso de pessoa jurídica.
Além de verificar se o cliente é uma Pessoa Exposta Politicamente (PEP).
Pessoas Expostas Politicamente

Pessoas Politicamente Expostas, também conhecidas como PEPs, são indivíduos


que passam por um monitoramento especial das suas movimentações
financeiras e fiscais, com objetivo de prevenir a corrupção e crimes como
lavagem de dinheiro.
São considerados PEPs

I. Os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da


União;
II. Os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União, de:
I. Ministro de Estado ou equiparado;
II. Natureza Especial ou equivalente;
III. Presidente, Vice-Presidente e Diretor, ou equivalentes, de entidades da
administração pública indireta; e
IV. Direção e Assessoramento Superior - DAS de nível 6 ou equivalente;
São considerados PEPs

III. Os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal,


dos Tribunais Superiores, dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais
Regionais do Trabalho, dos Tribunais Regionais Eleitorais, do Conselho
Superior da Justiça do Trabalho e do Conselho da Justiça Federal;
IV. os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral
da República, o Vice-Procurador-Geral da República, o Procurador-Geral do
Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça Militar, os Subprocuradores-Gerais
da República e os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito
Federal;
São considerados PEPs

V. Os membros do Tribunal de Contas da União, o Procurador-Geral e os


Subprocuradores-Gerais do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da
União;
VI. Os Presidentes e Tesoureiros nacionais, ou equivalentes, de partidos
políticos;
VII. Os Governadores e Secretários de Estado e do Distrito Federal, os Deputados
Estaduais e Distritais, os Presidentes, ou equivalentes, de entidades da
administração pública indireta estadual e distrital e os Presidentes de
Tribunais de Justiça, Militares, de Contas ou equivalentes de Estado e do
Distrito Federal;
São considerados PEPs

VIII. Os Prefeitos, os Vereadores, os Secretários Municipais, os Presidentes, ou


equivalentes, de entidades da administração pública indireta municipal e os
Presidentes de Tribunais de Contas de Municípios ou equivalentes.

Importante: a condição de PEP é estendida por 5 anos após o termino do


mandatado.
O COAF atualiza a relação de PEPs mensalmente até o dia 25 de cada mês.

Veja a relação completa de PEPs, clicando aqui.


Regras de Conheça seu Cliente

O procedimento de conheça seu cliente deve ser compatível com:

I. O perfil de risco do cliente, contemplando medidas reforçadas para clientes


classificados em categorias de maior risco, de acordo com a avaliação
interna de risco;
II. A política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do
terrorismo;
III. A avaliação interna de risco;
IV. A necessidade de verificação e de validação das informações fornecidas pelo
cliente deve ser avaliada pelas instituições de acordo com o perfil de risco do
cliente e com a natureza da relação de negócio.
Conheça seu cliente e classificação

Os procedimentos de qualificação do cliente pessoa jurídica devem incluir a


análise da cadeia de participação societária até a identificação da pessoa natural
caracterizada como seu beneficiário final.

O valor mínimo de referência de participação societária de que trata o parágrafo


acima deve ser estabelecido com base no risco e não pode ser superior a 25%
(vinte e cinco por cento), considerada, em qualquer caso, a participação direta e
indireta.
2.3.5 - Fases da Lavagem de Dinheiro e
penalidades
Fases da Lavagem de dinheiro

Colocação: fase onde o dinheiro, oriundo de uma atividade ilícita, é inserido no


sistema financeiro;

Ocultação: fase onde o criminoso usa de artifícios para dificultar o rastreamento


dos recursos;

Integração: fase onde o dinheiro oriundo de uma atividade ilícita volta para a
economia com aparência limpa.
Penalidades
- Reclusão de 3 a 10 anos e multa;
- A pena poderá ser aumentada em 1 a 2/3 se o crime for cometido
recorrentemente, por organização criminosa ou por meio de utilização de
ativos virtuais;
- A pena poderá ser reduzida em 1 a 2/3 ou ainda convertida em regime semi
aberto caso o criminoso colabore com as investigações.
Condução do julgamento

- O Juiz poderá decretar medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores


do investigado ou acusado, ou existentes em nome de interpostas pessoas,
que sejam instrumento, produto ou proveito dos crimes previstos nesta Lei ou
das infrações penais antecedentes;
- O patrimônio apreendido poderá ser repassado aos Estados ou à União.
Indisponibilidade de bens
- A lei 13.810/2019 ainda prevê um bloqueio temporário de bens por
solicitação do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU);
- A Resolução 44/2020 do Banco Central prevê as regras para indisponibilidade
de bens por solicitação do CSNU:
○ A instituição financeira que acata solicitação da CSNU deve informar imediatamente ao:
■ Banco Central;
■ COAF;
■ Ministério da Justiça e segurança pública.
2.4.1 – Padrões Éticos
Definição

A utilização de informações privilegiadas por profissionais de alta gestão e ainda,


por profissionais do mercado financeiro é considerado crime contra o mercado de
capitais.
Insider Trader

"Insider Trading" é qualquer operação realizada por um detentor de informação


privilegiada com valores mobiliários de emissão da companhia, e em proveito
próprio ou de terceiros.
Front Runner

Front running é uma prática ilegal de obtenção de informações antecipadas sobre


a realização de operação nos mercados de bolsa ou de balcão e que influenciarão
a formação dos preços de determinados produtos de investimento. A prática de
"Front running" consiste em realizar operações antecipadamente às operações
principais.
Exemplos

1) Analista de um banco de investimento negocia "dicas" sobre fusões de


empresas para obter lucros no mercado.

2) Diretor de uma companhia aberta sabe que a empresa irá apresentar grande
prejuízo no mercado e comenta com o cunhado, insinuando que ele deve
vender as ações antes que a notícia faça o preço cair na bolsa.

3) Um grande cliente da corretora decide comprar uma posição de ações que é


muito expressiva em relação ao volume movimentado pelo mercado. O
operador da mesa compra uma posição para o banco, antes de executar a
ordem do cliente e a vende imediatamente depois, com ganho.
Exemplos

4) Um analista de valores mobiliários de um grande banco, após um estudo,


forneceu um relatório a todos os clientes de sua instituição informando que, nos
próximos dias a bolsa entraria numa forte tendência de queda e que, por isso,
segundo sua análise, seria recomendado que os clientes que receberam o
relatório vendessem suas ações antes da queda.
Confidencialidade

Confidencialidade é a propriedade da informação pela que não estará disponível


ou divulgada a indivíduos, entidades ou processos sem autorização. Em outras
palavras, confidencialidade é a garantia do resguardo das informações dadas
pessoalmente em confiança e proteção contra a sua revelação não autorizada.
Conflito de interesses

Conflito de interesses é um cenário de diversas instâncias no qual um julgamento


profissional é indevidamente analisado, com base em interesses que não são os
primários. Ocorre quando se dá preferência a um interesse secundário no
resultado de determinada ação.
2.4.1 – Manipulação de Mercado e
Manipulação de Preços
Definição

Manipulação do mercado: realizar operações simuladas ou executar outras


manobras fraudulentas destinadas a elevar, manter ou baixar a cotação, o preço
ou o volume negociado de um valor mobiliário, com o fim de obter vantagem
indevida ou lucro, para si ou para outrem, ou causar dano a terceiros;

Manipulação de preços: a utilização de qualquer processo ou artifício destinado,


direta ou indiretamente, a elevar, manter ou baixar a cotação de um valor
mobiliário, induzindo terceiros à sua compra e venda.
Tipos de crime

- Spoofing: inclusão de ordens falsas de compra ou venda de ativos na bolsa


de valores com objetivo de manipular o preço;
- Layering: inclusão de múltiplas ordens de compra ou venda de ativos na
bolsa de valores com objetivo de manipular o preço;
- Manipulação de Benchmark: manipulação de índices de referências com o
intuito de obter vantagem.
Penalidade

Reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa de até 3 (três) vezes o montante da


vantagem ilícita obtida em decorrência do crime;

Nos casos de reincidência, a multa pode ser de até o triplo dos valores.
Administrador de carteira e investidora são punidos pela prática de
spoofing — Português (Brasil) (www.gov.br)
CVM julga processos envolvendo Fibam Companhia Industrial —
Português (Brasil) (www.gov.br)
2.4.2 – Uso Indevido de Informação
Privilegiada e outras práticas não equitativas
Definição

Uso Indevido de Informação Privilegiada: Utilizar informação relevante de que


tenha conhecimento, ainda não divulgada ao mercado, que seja capaz de
propiciar, para si ou para outrem, vantagem indevida, mediante negociação, em
nome próprio ou de terceiros, de valores mobiliários;

Prática não equitativa: aquela de que resulte, direta ou indiretamente, efetiva ou


potencialmente, um tratamento para qualquer das partes, em negociações com
valores mobiliários, que a coloque em uma indevida posição de desequilíbrio ou
desigualdade em face dos demais participantes da operação.
Tipos de crime

- Insider Trading primário: utilização de informação privilegiada, ainda não


divulgada ao mercado, para benefício próprio ou de terceiro, praticado por
alguém que sabia dessa informação em decorrência da sua função;
- Insider Trading secundário: utilização de informação privilegiada, ainda não
divulgada ao mercado, para benefício próprio ou de terceiro, praticado por
alguém que recebeu essa informação de um agente primário;
- Repasse de informação privilegiada: repasse de informação que ainda não
foi divulgada ao mercado e que se tenha conhecimento;
- Front Running: utilizar ordens de clientes para o seu próprio benefício,
realizando primeiramente o registro para si, antes de fazer para o cliente.
Penalidades

- Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa de até 3 (três) vezes o montante


da vantagem ilícita obtida em decorrência do crime;
- Incorre na mesma pena quem repassa informação sigilosa relativa a fato
relevante a que tenha tido acesso em razão de cargo ou posição que ocupe
em emissor de valores mobiliários ou em razão de relação comercial,
profissional ou de confiança com o emissor;
- A pena é aumentada em 1/3 (um terço) se o agente comete o crime previsto
de Insider valendo-se de informação relevante de que tenha conhecimento e
da qual deva manter sigilo;
- Nos casos de reincidência, a multa pode ser de até o triplo dos valores.
Yuji Naka, criador do Sonic, é preso no Japão em escândalo de empresa
envolvendo informação privilegiada | Games | G1 (globo.com)
CVM multa acusados em processo envolvendo prática de front running em negócios
realizados contra a Fundação Petros — Português (Brasil) (www.gov.br)
Exemplos

1. Analista de um banco de investimento negocia "dicas" sobre fusões de


empresas para obter lucros no mercado;
2. Diretor de uma companhia aberta sabe que a empresa irá apresentar grande
prejuízo no mercado e comenta com o cunhado, insinuando que ele deve
vender as ações antes que a notícia faça o preço cair na bolsa;
3. Um grande cliente da corretora decide comprar uma posição de ações que é
muito expressiva em relação ao volume movimentado pelo mercado. O
operador da mesa compra uma posição para o banco, antes de executar a
ordem do cliente e a vende imediatamente depois, com ganho.
2.4.3 – Exercício irregular de Cargo,
Profissão, Atividade ou Função Regulada
Definição
Exercer, ainda que a título gratuito, no mercado de valores mobiliários, a atividade
de administrador de carteira, de assessor de investimento, de auditor
independente, de analista de valores mobiliários, de agente fiduciário ou qualquer
outro cargo, profissão, atividade ou função, sem estar, para esse fim, autorizado
ou registrado na autoridade administrativa competente, quando exigido por lei ou
regulamento;

Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa;

Nos casos de reincidência, a multa pode ser de até o triplo dos valores.
2.4.4 – Omissão Imprópria
Omissão Imprópria

É quando a omissão de algo gera uma consequência em que o omitente tinha


dever de evitar;
A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para
evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
Exemplo

1. Profissional que trabalha na área de PLDFT, omite informações suspeitas ao


COAF com a intenção de possibilitar o crime de lavagem de dinheiro, este
profissional estará sujeito as penalidades de tal crime.
2.5.1 - Distribuição de produtos de investimentos
Definição

- Como será feito o processo de suitability;


- Quais os materiais podem ser utilizados para fazer publicidade dos produtos
de investimentos;
- Como os produtos são separados de acordo com seu risco.
2.6.1 - Análise do Perfil do Investidor
Definição

Regulado pela resolução CVM 30, o processo de API é a principal, porém não
única, ferramenta que o mercado financeiro e seus profissionais dispõe para fazer
recomendações de produtos de investimentos que sejam adequados a cada
investidor.
Perfis

- Perfil 1: investidor que declara possuir baixa tolerância a risco e que prioriza
investimentos em Produtos de Investimento com liquidez;
- Perfil 2: investidor que declara média tolerância a risco e busca a
preservação de seu capital no longo prazo, com disposição a destinar uma
parte de seus recursos a investimentos de maior risco;
- Perfil 3: investidor que declara tolerância a risco e aceita potenciais perdas
em busca de maiores retornos.
Suitability

1. O produto, serviço ou a operação é adequado aos objetivos de investimento


do cliente;
2. A situação financeira do cliente é compatível com o produto, serviço ou
operação;
3. O cliente tem conhecimento necessário para compreender os riscos
relacionados ao produto, serviço ou operação.
1. O produto, serviço ou a operação é adequado aos objetivos de investimento
do cliente

- o período em que o cliente deseja manter o investimento;


- as preferências declaradas do cliente quanto à assunção de riscos; e
- as finalidades do investimento.
2. A situação financeira do cliente é compatível com o produto, serviço ou
operação.

- o valor das receitas regulares declaradas pelo cliente;


- o valor e os ativos que compõem o patrimônio do cliente; e
- a necessidade futura de recursos declarada pelo cliente.
3. O cliente tem conhecimento necessário para compreender os riscos
relacionados ao produto, serviço ou operação.
- os tipos de produtos, serviços e operações com os quais o cliente tem
familiaridade;
- a natureza, o volume e a frequência das operações já realizadas pelo cliente
no mercado de valores mobiliários, bem como o período em que tais
operações foram realizadas; e
- a formação acadêmica e a experiência profissional do cliente, caso se trate
de pessoa física.
Vedação

É vedado aos profissionais de mercado financeiro recomendar produtos ou


serviços ao cliente quando:

- o perfil do cliente não seja adequado ao produto ou serviço;


- não sejam obtidas as informações que permitam a identificação do perfil do
cliente; ou
- as informações relativas ao perfil do cliente não estejam atualizadas.
Ao realizar operações desenquadradas

Alertar o cliente, com indicação clara das causas de divergência, acerca da:

- ausência de perfil definido;


- desatualização do perfil (falta de atualização nos últimos 24 meses); ou
- inadequação da operação requerida ao respectivo perfil.

Obter declaração expressa do cliente de que ele está ciente da ausência,


desatualização ou inadequação de seu perfil.
2.6.2 - Fatores Determinantes para Adequação
dos Produtos de Investimento
Premissas de escolha de investimentos

Um investidor tende procurar investimentos que tem potencial de rentabilidade


maior, entretanto, um investimento, necessariamente, deve ser analisado com
base em 3 premissas:

- Rentabilidade;
- Liquidez;
- Risco.
2.6.3 - Finanças pessoais
Definição

O conceito de finanças pessoais abrange todas as atividades que envolvem


dinheiro e decisões financeiras de uma pessoa ou família. Ele pode se referir à
disciplina que estuda os conceitos da organização financeira pessoal e também à
indústria que se dedica a oferecer soluções para o controle das finanças.
Existem, no mínimo, 2 ferramentas que devem ser utilizadas para controle das
finanças pessoais. São: orçamento pessoal e balanço patrimonial.
Orçamento familiar
2.7.1 - A decisão do investidor na perspectiva
das Finanças Comportamentais
Definição de Finanças Comportamentais

É chamada de finanças comportamentais uma área de estudos da Economia que


visa entender as decisões que as pessoas tomam no âmbito financeiro, a partir da
própria estrutura do comportamento humano, das suas motivações e, de modo
geral, da Psicologia.
Finanças tradicionais versus comportamentais

- Finanças tradicionais: assume que investidores são racionais e tendem a


escolher investimentos com menores riscos associados ao potencial de
retorno;
- Finanças comportamentais: assume que investidores agem de maneira
irracional e assumem riscos maiores do sua capacidade em busca de
maiores ganhos.
Finanças tradicionais versus comportamentais

- Finanças tradicionais: assume que investidores são avesso ao risco;


- Finanças comportamentais: assume que investidores são avesso a perda.
Finanças tradicionais versus comportamentais

- Finanças tradicionais: assume que investidores controlam seu orçamento


com ferramentas eficientes de controle orçamentário;
- Finanças comportamentais: assume que investidores fazem cálculo mental
em relação a seus investimentos e dívidas.
2.7.2 - Heurística da Disponibilidade e
Representatividade
Definição

Heurísticas são processos cognitivos empregados em decisões não racionais,


sendo definidas como estratégias que ignoram parte da informação com o
objetivo de tornar a escolha mais fácil e rápida.
Heurística da disponibilidade

A heurística da disponibilidade é um processo cerebral, em que a mente humana


define a probabilidade de um evento acontecer a partir da facilidade com que se
lembra de um evento similar ter acontecido no passado.
Qual a cidade mais violenta do Brasil?
Heurística da Representatividade

Heurística da representatividade é o nome dado a um fenômeno mental no qual,


diante da necessidade de tomar uma decisão de relativa complexidade, o ser
humano se apoia em seu repertório pessoal para julgar uma coisa, pessoa ou
situação;
Uma outra forma de entender a heurística da representatividade é adotar
estereótipos pré concebido para resolver questões complexas e, assim, encurtar o
processo de decisão.
Exemplos
- Estereotipar um setor para decidir comprar uma determinada ação;
- Decidir comprar ou vender ações de uma companhia por seu histórico de
longo prazo.
2.7.3 - Heurística da Ancoragem e Aversão a
Perda
Heurística da Ancoragem

A heurística da ancoragem é um atalho mental utilizado nos momentos de


tomada de decisão, segundo o qual o nosso cérebro se “ancora” em outras
informações e números para julgar uma determinada situação;
Outra maneira de entender a heurística da ancoragem é entender que a
ancoragem está sempre buscando um número ou um dado específico para
subsidiar sua decisão.
Exemplos

- Sempre que as ações de MGLU3 batem o valor de R$ 30,00 é um bom


momento de comprar;
- Sempre que as ações de BIDI4 batem o valor de R$ 20,00 é um bom
momento para vender;
- A recomendação de compra de uma determinada ação foi dada pela casa de
análise porque a ação, do concorrente da empresa analisada, está valendo R$
40,00 no mercado.
Aversão a Perda

A Aversão à Perda (Loss aversion, em Inglês) é um viés comportamental que nos


faz atribuir maior importância às perdas do que aos ganhos, nos induzindo
frequentemente a correr mais riscos no intuito de tentar reparar eventuais
prejuízos.
Um outro jeito de entender a aversão à perda e associar ao medo de assumir o
arrependimento.
Exemplos

- O investidor mantém uma posição perdedora na sua carteira com a


esperança de recuperar;
- O investidor que se desfaz de sua posição ganhadora com medo de perder no
futuro.
2.7.4 - Efeitos de estruturação
Definição

O Efeito de Estruturação (framing effect, em Inglês) é o viés que descreve de que


modo a tomada de decisão pode ser afetada pela maneira como o problema é
formulado ou pela forma como as opções são apresentadas (enquadradas).
Experimento acadêmico

Uma cidade enfrentou uma epidemia que atingiu 600 pessoas. O comitê de
saúde da cidade propõe algumas abordagens no tratamento desta doença, qual
você escolheria?

Abordagem a: 200 pessoas seriam salvas


Abordagem b: chance de 1/3 de salvar todas as pessoas e 2/3 todos morrerem

Abordagem c: 400 pessoas morrerão


Abordagem d: chance de 1/3 de salvar todas as pessoas e 2/3 todos morrerem
2.8.1 - Conceitos de ASG
Definição

Investimento ASG, (também chamado de ESG, environmental, social and


governance), é aquele que incorpora alguma questão, seja ambiental, social ou de
governança, em sua análise de investimento e leva em consideração a
sustentabilidade de longo prazo. Frequentemente, são identificados outros nomes
que remetem a esse mesmo tipo de investimento: investimento responsável,
investimento sustentável, investimento de impacto social, investimento ético,
títulos verdes (conhecidos lá fora como green bonds), investimentos na área de
infraestrutura, entre outros.
Fonte: Barragem da Vale se rompe em Brumadinho, MG | Minas Gerais | G1
2.8.2 – Regulação e Autorregulação ASG
RESOLUÇÃO CMN Nº 4.943
Definição

O Conselho Monetário Nacional e o Banco Central criaram resoluções para


nortear a gestão de risco ambiental, social e de governança dos seus regulados.
Para monitorar a exposição ao risco ASG, as instituições financeiras passam a
ser obrigadas e implementar o PRSAC (Política de Responsabilidade Social,
Ambiental e Climática).
Definição

Risco social: possibilidade de ocorrência de perdas para a instituição


ocasionadas por eventos associados à violação de direitos e garantias
fundamentais ou a atos lesivos a interesse comum;

Exemplo: prática relacionada ao trabalho em condições análogas à escravidão.


Definição

Risco ambiental: possibilidade de ocorrência de perdas para a instituição


ocasionadas por eventos associados à degradação do meio ambiente, incluindo
o uso excessivo de recursos naturais.

Exemplo: poluição irregular, ilegal ou criminosa do ar, das águas ou do solo.


Definição

Risco climático de transição: possibilidade de ocorrência de perdas para a


instituição ocasionadas por eventos associados ao processo de transição para
uma economia de baixo carbono, em que a emissão de gases do efeito estufa é
reduzida ou compensada e os mecanismos naturais de captura desses gases
são preservados.

Exemplo: alteração em legislação, em regulamentação ou em atuação de


instâncias governamentais, associada à transição para uma economia de baixo
carbono, que impacte negativamente a instituição.
Definição

Risco climático físico: possibilidade de ocorrência de perdas para a instituição


ocasionadas por eventos associados a intempéries frequentes e severas ou a
alterações ambientais de longo prazo, que possam ser relacionadas a mudanças
em padrões climáticos.

Exemplo: condição climática extrema, incluindo seca, inundação, enchente,


tempestade, ciclone, geada e incêndio florestal.
2.8.3 – Gestão e divulgação do PRSAC
Definição

O PRSAC deve ser atualizado, no mínimo, a cada 3 anos e ser divulgado para
acesso ao público e ainda, ficar a disposição do Banco Central.
A gestão do PRSAC deve ser realizado por um diretor nomeado para essa
finalidade.
Atribuições do Diretor - PRSAC

I. Prestação de subsídio e participação no processo de tomada de decisões


relacionadas ao estabelecimento e à revisão da PRSAC, auxiliando o
conselho de administração;
II. Implementação de ações com vistas à efetividade da PRSAC;
III. Monitoramento e avaliação das ações implementadas;
IV. Aperfeiçoamento das ações implementadas, quando identificadas eventuais
deficiências; e
V. Divulgação adequada e fidedigna das informações (GRSAC).
GRSAC

As instituições financeiras, ficam obrigadas a divulgar aos órgãos reguladores,


no mínimo uma vez por ano (com data base em 31/12), um relatório com a
gestão do risco social, ambiental e climático (GRSAC).
Este relatório deve conter, obrigatoriamente, informações qualitativas sobre o
gerenciamento de risco e ser divulgado, no máximo, 90 dias após o
encerramento do ano.
Prorrogação de prazo

Admite-se a prorrogação da divulgação do GRSAC, de acordo com os prazos


abaixo:
- Para o PRSAC de 2022, prazo máximo de 180 dias;
- Para o GRSAC de 2023, prazo máximo de 120 dias.
Informações do GRSAC

- Governança do gerenciamento dos riscos, incluindo as atribuições e as


responsabilidades das instâncias da instituição envolvidas com o
gerenciamento do risco social, do risco ambiental e do risco climático, como
o conselho de administração, quando existente, e a diretoria da instituição
- Impactos reais e potenciais, quando considerados relevantes, dos riscos nas
estratégias adotadas pela instituição nos negócios e no gerenciamento de
risco e de capital nos horizontes de curto, médio e longo prazos,
considerando diferentes cenários, segundo critérios documentados;
- Processos de gerenciamento dos riscos.
Manutenção do GRSAC

O GRSAC deve ser mantido a disposição publica e dos reguladores por, no


mínimo, 5 anos.
3.0.1 - O que esperar
Noções de Economia e Finanças
Proporção: DE 5 A 10%
Peso: 3 a 6 questões
3.0.2 - Introdução a Economia
Economia é uma ciência que consiste na análise da produção,
distribuição e consumo de bens e serviços. É também a ciência
social que estuda a atividade econômica, através da aplicação
da teoria econômica, tendo, na gestão, a sua aplicabilidade
prática.
Conceito
importante
Inflação: Conceito econômico que representa o aumento persistente e
generalizado do preço de uma cesta de produtos em um país ou região
durante um período definido de tempo;
3.1.1 - Produto Interno Bruto - PIB
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais
produzidos por um país, estado ou cidade, em determinado
período.
PIB = C + I + G + NX
Relevância:
PIB Nominal:

PIB Real:
Site do IBGE
3.1.2 - Sistemas de metas de inflação e
IPCA
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido
mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), foi criado com o objetivo de oferecer a
variação dos preços no comércio para o público final. O
IPCA é considerado o índice oficial de inflação do país.
➔ IPCA abrange as famílias com rendimentos mensais
compreendidos entre 1 (hum) e 40 (quarenta) salários-mínimos;

➔ Regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo


Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além
do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia e Campo Grande.
IPCA que tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos
e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal
das famílias. Esta faixa de renda foi criada com o objetivo de garantir
uma cobertura de 90% das famílias pertencentes às áreas urbanas.
- Estabelecer a meta;

- Cumprimento da meta;

- Mensuração da meta.
3.1.3 - IGP-M
O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é uma das
versões do Índice Geral de Preços (IGP). É medido pela
Fundação Getulio Vargas (FGV) e registra a inflação de
preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até
bens e serviços finais.
60% IPA

30% IPC

10% INCC
3.1.4 - Taxa Referencial -
TR
A TR é uma taxa de juros de referência, instituída pela Medida Provisória n°
294, de 31 de janeiro de 1991. Integrava um conjunto de medidas de
política econômica do governo brasileiro - o chamado Plano Collor II -
visando a desindexação da economia e o combate à inflação
➔ Caderneta de poupança;
➔ financiamentos imobiliários;
➔ FGTS;
➔ títulos de capitalização.
3.1.5 - Ptax
As taxas PTAX de compra e de venda correspondem,
respectivamente, às médias aritméticas das taxas de compra
e de venda de moeda internacional no mercado interbancário.
3.1.6 - Introdução a política Monetária
Políticas monetárias são instrumentos para controle de liquidez de
mercado para promover a estabilidade da moeda.
3.1.7 - COPOM e Taxa Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão do
Banco Central, formado pelo seu Presidente e
diretores, que define, a cada 45 dias, a taxa básica de
juros da economia – a Selic.
Taxa Selic
A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal
instrumento de política monetária utilizado pelo Banco
Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as
taxas de juros do país, como as taxas de juros dos
empréstimos, dos financiamentos e das aplicações
financeiras.
3.1.8 - Selic Meta x Selic Over
A taxa Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de
empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que
utilizam títulos públicos federais como garantia.
O BC opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja
em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política
Monetária do BC (Copom).
Site para consulta da Selic
3.1.9 - CDI x DI
Os Certificados de Depósitos Interbancários são títulos
emitidos pelos bancos como forma de captação ou
aplicação de recursos excedentes. Criado em meados da
década de 1980, os CDIs são aplicações com prazos de 1 dia
útil, com objetivo de melhorar a liquidez de uma determinada
instituição financeira.
I. O número de operações elegíveis para o cálculo da Taxa DI for igual ou
superior a 100 (cem);

I. O somatório dos volumes das operações elegíveis para o cálculo


da Taxa DI for igual ou superior a R$ 30 (trinta) bilhões;
3.1.10 - Open Market
Compra e venda de títulos públicos junto aos dealers para controle
de liquidez de mercado e regulação de taxa de juros
3.1.11 - Depósito Compulsório
O Depósito compulsório é um recolhimento das instituições financeiras
junto ao Banco Central com o objetivo de controlar a liquidez de
mercado, bem como, trazer maior previsibilidade e segurança ao
sistema financeiro nacional
- Depósito à vista;
- Saldo de caderneta de poupança;
- Depósito a prazo;
3.1.12 - Redesconto
Redesconto é uma linha de empréstimo concedida pelo
Banco Central do Brasil a outro Banco caso este não consiga,
através de captação junto ao público ou mercado
interbancário, manter sua posição junto ao BC credora ou
zerada.
I.- intradia;
II. - de um dia útil;
III. - de até quinze dias úteis,
IV. - de até noventa dias corridos.
3.1.13 - Política cambial
É o conjunto de medidas que define o regime de taxas de câmbio que pode
ser, flutuante, fixo ou administrado. No Brasil, o regime cambial é flutuante.
Dessa forma, a política cambial define as relações financeiras entre o país
e o resto do mundo, a forma de atuação no mercado de câmbio, as regras
para movimentação internacional de capitais e de moeda e a gestão das
reservas internacionais.
Política cambial Flutuante

Política cambial Flutuante suja


Risco cambial:
De onde vem esse dinheiro pro BC atuar no
mercado?
Reserva internacional, ou reserva cambial, são os meios de
pagamento de que dispõem as autoridades monetárias de um
país ou o montante de moeda estrangeira de que dispõe o país.
Originam-se de superávits nos balanços de pagamentos e
destinam-se a cobrir eventuais déficits das contas internacionais.
Saldo das reservas
Cupom Cambial
•O cupom cambial pode ser definido como a remuneração, em dólares,
dos reais investidos no Brasil. Ele é dado através da variação da taxa de
juros local, ou seja, através do CDI, menos a variação do câmbio no
período
3.1.14 - Balança de
Pagamentos
Balanço de pagamentos ou a balança de pagamentos é um
instrumento da contabilidade nacional referente à
descrição das relações comerciais de um país com o resto
do mundo. Registra o total de dinheiro que entra e sai de
um país, na forma de importações e exportações de
produtos, serviços, capital financeiro, bem como
transferências comerciais.
Balança Comercial Balança de Serviços

Rendas e transferências unilaterais Conta de Capitais


3.1.15 - Política Fiscal
Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais
o Governo arrecada receitas e realiza despesas de modo
a cumprir três funções: a estabilização
macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação
de recursos.
Receitas Despesas

➔ Impostos ➔ Despesas Correntes


➔ Venda de ativos
➔ Concessão
➔ Dividendos
Emissão de dívida
Receitas Despesas

➔ Impostos ➔ Despesas Correntes


➔ Venda de ativos ➔ Despesas Financeiras
➔ Concessão
➔ Dividendos
➔ Crédito
Resultado nominal Resultado primário

Dívida Pública Regra de Ouro


3.1.16 - Resumo das Políticas
Governamentais
Políticas Expansionistas Políticas Restritivas
3.2.1 - Introdução a Finanças
Finanças é um ramo especializado da Economia, contendo
aspectos da Microeconomia e da Macroeconomia, também
conhecida como a ciência da gestão do dinheiro.
3.2.2 - Taxa Real x Taxa Nominal
A taxa nominal é a taxa declarada de uma operação financeira.
Já a taxa de juros real, por sua vez, é a taxa nominal descontada
da inflação.
Preço do carrinho de compras: R$ 500,00
Preço do carrinho de compras: R$ 600,00
3.2.3 - Sistemas de Capitalização
Capitalização composta é aquela em que a taxa de juros incide sobre o capital
inicial, acrescido dos juros acumulados até o período anterior. Neste regime
de capitalização a taxa varia exponencialmente em função do tempo.
Capitalização simples é aquela em que a taxa de juros incide somente sobre
o capital inicial, não incide, pois, sobre os juros acumulados. a taxa varia
linearmente em função do tempo.
3.2.4 - Equivalência de
Taxas
Taxas equivalentes são taxas que produzem o mesmo
resultado quando aplicadas em períodos diferentes no regime
de capitalização composta.

Taxas equivalentes são taxas que produzem o mesmo


resultado quando aplicadas em períodos diferentes no regime
de capitalização simples
3.2.5 - Fluxo de pagamentos
Valor presente, valor futuro, taxa de desconto, Fluxo de caixa, cupom,
amortizações, zero cupom, Prazo médio, vencimento e Taxa Interna de
Retorno (TIR)
Prazo médio ponderado é uma medida estatística que calcula o
prazo médio de recebimento de uma carteira de investimentos
e, para isso, considera o vencimento e o valor de cada título.
3.2.6 - Taxa Livre de Risco e Custo
de oportunidade
Essa taxa é utilizada como referência para análise de risco relativo,
ou seja, é a taxa que utilizamos para calcular o retorno relativo do
ativo financeiro. No Brasil a taxa livre de risco adotada é a Selic
Over.
O custo de oportunidade é um conceito teórico que mensura o
custo daquilo que se deixa de fazer quando é preciso fazer uma
escolha de qualquer tipo.
3.2.7 - Custo Médio Ponderado de Capital
O custo médio ponderado do capital (CMPC) (Weighted Average
Cost of Capital ou WACC em inglês) é uma taxa que mede a
remuneração requerida sobre o capital investido em uma
determinada empresa ou entidade com fins lucrativos. Essa
taxa mede também o custo de oportunidade dos investidores
ou credores do negócio.
Empresa com 100% de capital próprio
Empresa com 100% de capital de
terceiros
Empresa com capital próprio e capital de
terceiros
3.2.8 - Retorno histórico e retorno
esperado
Retorno histórico Retorno esperado

Retorno médio ponderado


3.3.1 - Resumo Associativo
- PIB
- Inflação
- COPOM
- Políticas monetárias
- Política cambial
- Reservas internacionais
- Balanço de pagamentos
- DI
- Ptax
- TR
- Sistemas de capitalização
- Equivalência de taxas
- Fluxo de pagamentos
- Custo de oportunidade
4.0.1 - O que esperar
Instrumentos de renda variável, renda fixa e derivativos
Proporção: DE 17 A 25%
Peso: 10 a 15 questões
4.1.1 - Ações - Conceito
Definição

Ação é a menor parcela do capital social das companhias ou sociedades


anônimas. É, portanto, um título patrimonial e, como tal, concede aos seus
titulares, os acionistas, todos os direitos e deveres de um sócio, no limite das
ações possuídas.
4.1.2 - Tipos de ações
Classe de ações

- Ações ordinárias (ON): dão direito a voto na assembleia de acionistas. Cada


ação equivale a 1 voto;
- Preferenciais (PN): prioridade na recebimento do dividendo (fixo ou mínimo),
prioridade do reembolso de capital e, em alguns casos, dá direito a voto;
- Units: pacotes de ações negociadas em bolsa que podem conter tanto ações
ON quanto PN.
Vantagens eletivas da PN

- Direito de participar do dividendo a ser distribuído, correspondente a, pelo


menos, 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido do exercício;
- Direito ao recebimento de dividendo, por ação preferencial, pelo menos 10%
(dez por cento) maior do que o atribuído a cada ação ordinária;
- Direito de serem incluídas na oferta pública de alienação de controle (Tag
Along).
4.1.3 - BDRs e ADRs
Depositary receipt

Um recibo de depósito é um instrumento financeiro negociável emitido por um


banco para representar valores mobiliários negociados publicamente por uma
empresa estrangeira. O recibo do depositário é negociado em uma bolsa de
valores local.
BDR

Os Brazilian Depositary Receipts (BDR) são valores mobiliários emitidos no Brasil,


que possuem como lastro ativos, geralmente ações, emitidos no Exterior. Para
emissão do BDR Patrocinado, a companhia emissora dos valores mobiliários no
Exterior deve contratar no Brasil uma instituição depositária, a qual será
responsável por emitir os BDRs.
ADR

Os American Depositary Receipts (ADR) são valores mobiliários emitidos nos


Estados Unidos, que possuem como lastro ativos, geralmente ações, emitidos no
Exterior.
4.1.4 - Direitos e remuneração dos Acionistas
Direitos dos acionistas

- Participar dos lucros sociais (dividendos);


- Participar do acervo da companhia, em caso de liquidação;
- Fiscalizar a gestão dos negócios sociais;
- Preferência para a subscrição de ações;
- Retirar-se da sociedade;
- Recebimento de bonificação em caso de aumento de capital;
- Remuneração do capital não distribuído (Juros sobre o Capital próprio)
Dividendos

Dividendos são uma parcela do lucro apurado por uma sociedade anônima,
distribuída aos acionistas no valor proporcional à posição acionária de cada
investidor.

Os dividendos classificados em duas formas:


- Dividendo obrigatório: parte do lucro líquido que é distribuído aos acionistas
ao fim de cada exercício social;
- Dividendo fixo: valor de dividendo (opcional) descrito no estatuto da
companhia que será distribuído aos acionistas.
Regras do dividendo

- O percentual do lucro líquido que será distribuído como dividendos


obrigatório é aquele que consta no estatuto da companhia;
- Em caso de omissão do estatuto sobre o tema, o percentual mínimo será de
50% do lucro líquido;
- Em caso de omissão do estatuto, se a assembleia de acionistas quiser incluir
no estatuto, o percentual mínimo a ser incluído é de 25%;
- O Estatuto da companhia pode deliberar sobre o pagamento de dividendo
fixo.
Juros sobre o capital próprio

Os juros sobre capital próprio (JCP) são um tipo de provento pagos pelas
companhias, caracterizados, portanto, como uma das alternativas de distribuição
de lucro aos acionistas. Pagos como uma remuneração pelo empréstimo de
recursos dos sócios, os JCP são distribuídos ao longo do exercício social, assim
como os dividendos das empresas.
Bonificação

Bonificação de ações ocorre quando há aumento de capital por incorporação de


reservas e lucros de anos anteriores que não foram usados. Nessa operação,
novas ações são distribuídas gratuitamente aos acionistas da empresa, na
proporção das que eles já possuem.
Impactos sobre o preço das ações

O pagamento de proventos tem impacto no preço das ações e, na prática, o valor


pago pela empresa é descontado do valor da ação no mercado.
O mercado adotou como padrão a “data com”, que refere-se a data de referência
para pagamento de proventos e “data ex” que refere-se a data que não há mais o
direito de recebimento de proventos.
4.1.5 - Eventos societários
Eventos societários

- Subscrição: direito concedido ao acionista para comprar novas ações da


empresa em caso de follow-on (oferta secundária);
- Inplit: agrupamento de ações de pequeno valor para diminuir a exposição ao
risco de mercado;
- Split: desdobramento de ações de alto valor para diminuir a exposição ao
risco de liquidez;
- Tag Along: direito do acionista minoritário de vender suas ações em caso de
alienação de controle por, no mínimo, 80% do valor da venda.
Fonte de informação

Toda empresa listada em bolsa de valores é obrigada a manter um canal de


comunicação com o investidor, chamado de Relacionamento com Investidor (RI).
Através do RI, as empresas prestam conta aos investidores e ao mercado sobre
sua operação, fatos relevantes, demonstrações contábeis e demais informações
que interessam ao investidor.
4.1.6 - Oferta Primária e Secundária
Mercado primário x mercado secundário

Ambiente onde os ativos são negociados pela primeira vez com o objetivo de
gerar valor para a companhia emissora dos papéis. As ofertas públicas dos
papéis são negociadas através de um IPO (Initial Public Offering). O mercado
secundário é o ambiente onde investidores encontram liquidez de seus ativos e
podem negociar os ativos entre si.
IPO Initial Public Offering

Na oferta pública inicial de ações, as empresas captam dinheiro dos investidores


para financiar projetos e, neste caso, há diluição da posição acionária dos atuais
sócios. Uma oferta pública é assessorada por um banco de investimento,
corretora, distribuidora ou ainda um consórcio de instituições que assessoram na
estruturação e distribuição da oferta.
Oferta secundária

Uma empresa que já tenha ações negociadas em bolsa de valores pode fazer
ofertas sequenciais (chamadas de follow-on) com o objetivo de captar mais
recursos. Embora essas ofertas são chamadas de ofertas secundárias, a
negociação ocorrem no mercado primário.
Block Trade

Uma negociação em bloco é uma transação de alto volume em um título


negociado em particular, executado fora do mercado aberto para esse título.
4.1.7 - Distinções entre Análise Técnica (ou
Grafista) e Análise Fundamentalista
Análise Fundamentalista

Conjunto de análise que se baseia em fatores macroeconômicos,


microeconômicos, dados contábeis e de gestão da empresa. Essa análise parte
da premissa que o valor de uma ação está relacionado à capacidade de
crescimento da empresa.
Análise Técnica

Conjunto de técnicas de análise que está relacionada ao comportamento do


preço do ativo. Parte da premissa que o comportamento passado de preço pode
se repetir no futuro. A ferramenta de análise utilizada é o gráfico, por isso, essa
análise também é chamada de Grafista.
4.1.8 - Precificação. Aspectos relevantes
Definição

Para determinar o preço justo de uma ação, analistas fundamentalistas usam


indicadores da companhia para calcular seu Valuation e, a partir disso, calcular o
valor justo do ativo.
Indicadores Fundamentalistas

- Fluxo de caixa operacional: Fluxo de caixa relacionado exclusivamente às


vendas de produtos e serviços;
- Fluxo de caixa financeiro: fluxo de caixa relacionado a operações financeiras
- Fluxo de caixa de financiamento: fluxo de caixa destinado a financiamento de
investimentos;
- LPA (Lucro por ação): Lucro da empresa dividido pela quantidade de ações.
Indicadores Fundamentalistas

- Índice PL (preço sobre o lucro): indica o tempo necessário para retorno do


capital em relação ao lucro;
- Custo Médio Ponderado de Capital: custo de capital ponderado pelo capital
próprio e de terceiros;
- Valor Patrimonial: valor da empresa com base em seu patrimônio;
- Valor de Mercado: valor da empresa com base no valor das ações;
- EBITDA: Lucro Antes dos Juros, Impostos, depreciação e amortização;
- EV/EBITDA: Valor estimado da companhia. Indica quanto a empresa pode “se
pagar” com seu lucro operacional.
4.1.9 - Conceitos Gerais de Práticas de Boa
Governança Corporativa
Definição

Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais


organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os
relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de
fiscalização e controle e demais partes interessadas.
Nível 1 Nível 2 Novo Mercado
Nível 1

- 25% de Free Float;


- Mínimo de 3 membros do conselho (conforme legislação);
- Calendário de Eventos Corporativos.
Nível 2

- Mínimo de 5 membros no conselho, dos quais pelo menos 20% devem ser
independentes com mandato unificado de até 2 anos;
- Demonstrações financeiras traduzidas para o inglês;
- 100% de Tag Along.
Novo Mercado

- Somente ações ON;


- Free Float de 25% ou 15%, se o ADV for maior que 25 milhões/dia;
- Mínimo de 3 membros no conselho (conforme legislação), dos quais, pelo
menos, 2 ou 20% (o que for maior) devem ser independentes, com mandato
unificado de até 2 anos.

Para acessar o site da B3 com a relação completa de critérios, clique aqui.


Bovespa Mais Bovespa Mais Nível 2
4.1.10 - Características de negociação
Tipos de negociação

- Lote padrão: lote de 100 ações;


- Mercado fracionários: negociação a partir de 1 ação;
- Swing Trade: compra de ações para venda numa data futura, normalmente de
curto prazo;
- Day Trade: compra (ou venda) de ações para liquidação no mesmo dia;
- Buy and Hold: compra de ações com estratégia de longo prazo;
- Aluguel de ações: cessão dos direitos de negociação da ação para venda
descoberta;
- Venda descoberta: investidor que vende a ação alugada para apostar na
queda de preços.
Tipos de ordem

- Ordem a mercado: o investidor não determina o preço de sua ordem a aceita


o valor de mercado pela ordem;
- Ordem limitada: o investidor define o valor que está disposto a negociar;
- Ordem casada: investidor define a compra ou venda em razão de uma outra
operação;
- Ordem start: compra programada para ser enviada para a bolsa somente
quando a cotação da ação a ser comprada atingir valor igual ou superior ao
preço de disparo;
- Ordem Stop: Venda programada para ser enviada à bolsa somente quando o
preço da ação atingir o valor igual ou inferior ao preço de disparo.
Custos de negociação

- Corretagem: tarifa cobrada pela corretora/distribuidora por movimentação


(compra e venda)
- Custódia: Tarifa cobrada pela corretora pela manutenção da guarda dos
ativos;
- Emolumentos: cobrança realizada pela B3 pela movimentação dos títulos
(compra E venda);
- Imposto de Renda: imposto cobrado pelo governo com base no lucro
realizado no mercado.
4.1.11 - Tributação
Alíquotas e formas de recolhimento operação comum

- Alíquota: 15%;
- Retenção na fonte de 0,005% sobre o valor da venda a título de antecipação
(dedo duro);
- Isenção de IR para vendas totais no mês de até R$ 20.000,00;
- Apuração mensal e recolhimento até o último dia útil do mês subsequente.
Alíquotas e formas de recolhimento operação Day Trade

- Alíquota: 20%;
- Retenção na fonte de 1% sobre o valor do lucro a título de antecipação (dedo
duro);
- Não há Isenção de IR para vendas totais no mês de até R$ 20.000,00.
- Apuração mensal e recolhimento até o último dia útil do mês subsequente.
Compensação de perdas

Prejuízos auferidos podem ser compensados em ganhos futuros sem limitação


de tempo. Diferenciando-se apenas as operações de Day Trade das operações
comuns.
Rendimentos

- Juros Sobre o Capital Próprio: 15%;


- Dividendos: 0.
4.1.12 - Indicadores de Renda Variável
Indicadores de renda variável

- Índice Bovespa B3: mais importante indicador do desempenho médio das


cotações das ações negociadas na B3 - Brasil, Bolsa, Balcão. É formado
pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses;
- IBrX100: indicador do desempenho médio das cotações dos 100 ativos de
maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro;
- Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE): busca criar um ambiente de
investimento compatível com as demandas de desenvolvimento sustentável
da sociedade contemporânea e estimular a responsabilidade ética das
corporações.
Clique aqui para acessar o site da B3
4.1.13 - Clube de Investimento em ações
Definição

Reunião de investidores pessoa física com o objetivo de investir em ações que se


constitui em forma de clube de investimentos.
Características

- Política de investimento: investe no mínimo 67% do PL e ações, recibos de


ações, ETF, cotas de fundos de ações;
- Número de cotistas: no mínimo 3 e no máximo 50;
- Limitação de cotista: nenhum cotista poderá deter mais do que 40% das
cotas;
- Administração: CTVM/DTVM ou banco de investimento;
- Gestão: gestor profissional ou um dos cotistas;
- Resgate: no máximo em D+5.
4.2.1- O que é Renda Fixa
Definição

Os títulos de renda fixa, também chamados de títulos de crédito, representam


uma dívida do emissor. Empresas, bancos e governo emitem este tipo de título
para financiar projetos de curto e longo prazo junto a investidores que, por sua
vez, adquirem estes títulos com a expectativa de receber juro (rendimento)
durante o período que o dinheiro estiver investido.
Características da Renda Fixa

- Rentabilidade previamente acordada;


- Vencimento;
- Representa a dívida do emissor.
Conceitos importantes da Renda Fixa

- Data de emissão: data que o título foi emitido;


- Valor Nominal Atualizado (VNA): Valor do título atualizado na data de
negociação;
- PU (preço Unitário): Preço de negociação do título;
- Data de vencimento: Data que o título é resgatado e tirado de circulação
- Valor de Face: valor correspondente do título na emissão;
- Juros "acruados": rendimento apurado durante um período de pagamento;
- Cupom: Rendimento pago pelo título de Renda Fixa;
- Amortização: Antecipação parcial do resgate do título;
Conceitos importantes da Renda Fixa

- Cupom de taxa real e cambial: Rendimento pago acima da inflação ou


diferença da variação cambial;
- Resgate Antecipado: pagamento antecipado do total do título;
- Quebra de convenant: descumprimento de uma das obrigações do título
- Risco de Crédito: risco de inadimplência do título;
- Risco de Liquidez: risco de não conseguir vender o título no mercado pelo
preço justo;
- Risco de Mercado: mudança de preço durante a maturação;
- Duration: prazo médio de recebimento do título.
4.2.2 - Fundo Garantidor de crédito
Definição

Fundo Garantidor de Créditos (FGC) constitui-se em uma associação civil sem fins
lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado do Brasil, que administra
um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores,
permitindo recuperar, até um limite máximo determinado, os depósitos ou
créditos mantidos em instituição financeira, em caso de sua falência ou
liquidação.
Limite de cobertura

- Até R$ 250.000,00 por CPF/CNPJ por instituição;


- O valor máximo de cobertura é de R$ 1.000.000,00 no período de 4 anos;
- Conta conjunta tem limites de R$ 250.00.00 por conta, não por titular.
4.2.3 - Regra de Tributação em RF
Definição

As operações de renda fixa estão sujeitas à tributação exclusiva na fonte (há


títulos que oferecem isenção de impostos para investidores pessoa física). Estas
operações estão sujeitas a incidência de Imposto de Operações Financeiras (IOF)
e imposto de renda (IR). Estes dois impostos incidem apenas sobre o valor de
eventuais rendimentos recebidos pelo investidor e obedecem tabelas regressivas
de acordo com a regra de cada imposto.
Dias % Dias % Dias %

1 96% 11 63% 21 30%

2 93% 12 60% 22 26%

3 90% 13 56% 23 23%

4 86% 14 53% 24 20%

5 83% 15 50% 25 16%

6 80% 16 46% 26 13%

7 76% 17 43% 27 10%

8 73% 18 40% 28 6%

9 70% 19 36% 29 3%

10 66% 20 33% 30 0%
Prazo Alíquota

Até 180 dias 22,5%


De 181 a 360 dias 20%
De 361 a 720 dias 17,5%
Acima de 720 dias 15%
4.2.4 - Títulos Públicos Federais
Definição

Títulos públicos são títulos de renda fixa emitidos pela Secretaria do Tesouro
Nacional. Os recursos captados via títulos públicos representam a dívida do
governo e são utilizados para financiar investimentos do governo.
Características

- Títulos Pós fixados: indexados à variação da taxa selic over;


- Títulos pré Fixados: taxa previamente acordada no momento da contratação;
- Títulos Híbridos: pagam a variação do índice de inflação + uma taxa pré
fixada;
- Com pagamento de Cupom Semestral: o rendimento do título é antecipado
ao investidor semestralmente;
- Sem pagamento de Cupom Semestral: o rendimento do título é sempre pago
no resgate do título.
Títulos disponíveis

- Letra Financeira do Tesouro (LFT): pós fixado e sem cupom;


- Letra do Tesouro Nacional (LTN): pré fixado e sem cupom;
- Nota do Tesouro Nacional série B (NTN-B principal): híbrido e sem cupom;
- Nota do Tesouro Nacional série B (NTN-B): híbrido com cupom;
- Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F): pré fixado com cupom.
4.2.5 - Características de TPF
Características de negociação

- Títulos pós fixados e híbridos devem ser atualizados em razão do seu


indexador considerando a data da emissão, até a data da negociação. A data
da emissão destes títulos é 01/07/2000 no caso de uma LFT e 15/07/2000
no caso de uma NTN-B. O valor de emissão destes títulos é de R$ 1.000,00.
01/07/2000
Características de negociação

- Títulos pré fixados são negociados em razão do seu valor de face no


vencimento. A LTN SEMPRE será negociada com deságio sobre seu valor de
face.

01/01/2029
4.2.6 - Tesouro Direto
Definição

O Tesouro Direto é um programa de negociação de títulos públicos para pessoas


físicas por meio da internet. Esse sistema é gerido pela secretaria do tesouro
nacional em parceria com a B3.
Títulos disponíveis

- LFT ⇒ Tesouro Selic;


- LTN ⇒ Tesouro préfixado;
- NTN-F ⇒ Tesouro prefixado com juros semestrais;
- NTN-B principal ⇒ Tesouro IPCA+
- NTN-B ⇒ Tesouro IPCA+ com juros semestrais.
Características do Tesouro Direto

- Necessário um agente de custódia para intermediar a operação; (clique aqui)


- Compra mínima de 0,01 (1%) do título;
- Investimento máximo de 1.000.000,00 por mês;
- Liquidação sempre em D+1;
- Liquidez diária;
- Taxa de custódia da B3 de 0,25% ao ano, com isenção de até R$ 10.000,00
para LFT;
- Taxa de custódia da IF;
- IR e IOF retido pelo agente de custódia;
- Registro do título na clearing da B3.
4.2.7 - Riscos inerentes ao produto
Riscos presentes nos títulos públicos

- Risco de crédito: considerado “risco soberano” devida a baixíssima


probabilidade de calote por parte do governo;
- Risco de liquidez: risco de liquidez baixíssimo pois os o tesouro garante a
recompra antecipada no caso de investimento via tesouro direto;
- Risco de mercado: títulos pré fixados ou híbridos podem apresentar maior
risco de mercado em relação aos títulos pós fixados;
- Risco de reinvestimento: dificuldade de reinvestir o cupom nas condições
anteriores.
4.2.8 - Índice de mercado Anbima - IMA
Definição

O IMA (Índice de Mercado ANBIMA) é uma família de índices de renda fixa que
representam a dívida pública por meio dos preços a mercado de uma carteira de
títulos públicos federais.
IMA

O Índice de Mercado ANBIMA, conhecido como IMA, é referência para os


investimentos em renda fixa. É uma das formas de os investidores
acompanharem o desempenho das aplicações e também avaliarem, de forma
comparativa, as opções de produtos disponíveis no mercado.
O IMA é formado por uma carteira de títulos públicos semelhante à que compõe a
dívida pública interna brasileira. Isso significa que o indicador apresenta os
mesmos papéis, na mesma proporção, da dívida. Ele é chamado de IMA-Geral.
Para retratar essa variedade de títulos existentes, são calculados diferentes
indicadores. Eles reúnem ativos de características semelhantes e são chamados
de subíndices.
Índices

- IMA-B: Índice que reflete uma carteira teórica composta por NTN-B
- IMA-B 5
- IMA-B 5+
- IRF-M: Índice que reflete uma carteira teórica composta por LTN e NTN-F
- IRF-M 1
- IRF-M 1 +
- IMA-S: Índice que reflete uma carteira teórica composta por LFT
- IDkA: Índice de duração constante

Clique aqui para acessar o site da ANBIMA


4.2.9 - Certificado de Depósito bancário - CDB
Definição

O Certificado de Depósito Bancário é um título de Renda Fixa emitido por bancos


comerciais, bancos de investimentos ou bancos múltiplos e ainda, desde 2020,
por sociedades de crédito, financiamento e investimentos.
Características

- Prazo: Não há regra;


- Valor da emissão: Não há regra;
- Liquidez: Pode ser negociado no mercado secundário;
- Resgate Antecipado: Facultativo;
- Risco: Mercado, Liquidez e crédito. Conta com cobertura do FGC;
- Tributação: Conforme tabela regressiva de IR e IOF;
- Registro: Clearing da B3.
Ver Resolução CMN 4812
4.2.10 - Letra Financeira
Definição

Letras Financeiras são títulos de renda fixa emitidos por bancos comerciais,
bancos de investimentos e bancos múltiplos, as sociedades de crédito,
financiamento e investimento e desenvolvimento.
Características

- Prazo: mínimo de 24 meses;


- Valor da emissão: Mínimo de R$ 50.000,00 ou R$ 300.000,00 se tiver cláusula
de subordinação;
- Liquidez: Pode ser negociado no mercado secundário;
- Resgate Antecipado: Não é permitido o resgate antes do prazo;
- Risco: Mercado, Liquidez e crédito. Não conta com cobertura do FGC;
- Tributação: Conforme tabela regressiva de IR e IOF;
- Registro: Clearing da B3.
4.2.11 - DPGE
Definição

O DPGE é um título de renda fixa emitido por bancos comerciais, bancos


múltiplos, bancos de desenvolvimento, bancos de investimento, sociedades de
crédito, financiamento e investimento.
Características

- Prazo: Mínimo de 6 meses e máximo de 36 meses;


- Valor da emissão: Não há regra;
- Liquidez: Pode ser negociado no mercado secundário;
- Resgate Antecipado: Não pode ser resgatado antecipadamente;
- Risco: Mercado, Liquidez e crédito. Conta com cobertura do FGC de até R$
40.000.000,00 por CPF/CNPJ;
- Tributação: Conforme tabela regressiva de IR e IOF;
- Registro: Clearing da B3.
4.2.12 - Letra de crédito imobiliário (LCI)
Definição

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) são títulos de renda fixa emitidos por
bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos múltiplos, além de
sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo e
companhias hipotecárias. É um título que possui lastro na carteira de crédito
imobiliários do emitente.
Dinâmica da LCI
Características

- Prazo: mínimo de 90 dias se indexado ao CDI ou pré fixado, mínimo de 12 meses se


corrigido anualmente por índice de preços, mínimo de 36 meses se corrigido
mensalmente por índices de preços. Máximo de acordo com prazo da carteira de
crédito que dá lastro à operação;
- Valor da emissão: não há regra para valor da emissão;
- Liquidez: Pode ser negociado no mercado secundário;
- Resgate Antecipado: Facultativo, respeitando o prazo mínimo;
- Risco: Mercado, Liquidez e crédito. Conta com cobertura do FGC + garantia Real;
- Tributação: Isento de IR e IOF para PF. PJ paga conforme tabela;
- Registro: Clearing da B3.
4.2.13 - Cédula de Crédito Imobiliário - CCI
Definição

Instrumento originado pela existência de direitos de crédito imobiliário com


pagamento parcelado. A cédula é emitida pelo credor, com o objetivo de facilitar e
simplificar a cessão do crédito e podem contar ou não com garantia.
Dinâmica do CCI
Características

- Valor de emissão: não há regra quanto ao valor da emissão;


- Prazo: está relacionado ao prazo do crédito cedido;
- Rentabilidade: pré fixada, pós fixada ou híbrida;
- Resgate: não há resgate antecipado;
- Transferência: pode ser negociado no mercado secundário;
- Risco: crédito, mercado e liquidez;
- Tributação: isento de IR para PF. PJ paga conforme tabela regressiva;
- Registro: Clearing da B3.
4.2.14 - Certificado de recebível imobiliário - CRI
Definição

Certificados de Recebíveis Imobiliários são títulos de crédito de emissão


exclusiva das securitizadoras imobiliárias. Constituem promessas de pagamentos
em dinheiro e são lastreados em créditos imobiliários.
Dinâmica da CRI
Características

- Prazo: não há regra;


- Valor da emissão: não há regra para valor da emissão
- Liquidez: Pode ser negociado no mercado secundário;
- Resgate Antecipado: Facultativo.
- Risco: Mercado, Liquidez e crédito. Não conta com cobertura do FGC mas conta
com garantia real
- Tributação: Isento de IR e IOF para PF. Para PJ IR será conforme tabela regressiva.
- Registro: Clearing da B3
- Oferta Pública: é um valor mobiliário e, portanto, requer oferta pública para ser
ofertado ao mercado.
4.2.15 - Letra do Crédito do Agronegócio (LCA)
Definição

A LCA é um título emitido por um banco comercial, banco de investimento ou


banco múltiplo, sociedades de crédito, financiamento e investimento,
cooperativas de créditos. É utilizado para captar recursos para participantes da
cadeia do agronegócio. É um título que possui lastro na carteira de crédito do
agronegócio do emitente.
Dinâmica da LCA
Características

- Prazo: mínimo de 90 dias se indexado ao CDI ou pré fixado, mínimo de 12


meses se corrigido anualmente por índice de preços. Máximo de acordo com
prazo da carteira de crédito que dá lastro à operação;
- Valor da emissão: não há regra para valor da emissão;
- Liquidez: Pode ser negociado no mercado secundário;
- Resgate Antecipado: Facultativo, respeitando o prazo mínimo;
- Risco: Mercado, Liquidez e crédito. Conta com cobertura do FGC + garantia
Real;
- Tributação: Isento de IR e IOF para PF. PJ paga conforme tabela;
- Registro: Clearing da B3.
4.2.16 - Cédula do Produtor Rural - CPR
Definição

Regulada pela lei 8929/94, a CPR - Cédula de Produto Rural é um título que
representa uma promessa de entrega futura de um produto Agropecuário,
funcionando como um facilitador na produção e comercialização rural.
Dinâmica da CPR
Características

- Emissor: Produtor Rural ou cooperativa de produtores;


- Avalizador: Banco comercial ou de investimento, Cooperativa de crédito e
seguradoras;
- Liquidação: Financeira ou física;
- Liquidez: pode ser negociado no mercado secundário;
- Imposto: não há incidência de IOF para PF e para PJ. Quanto ao IR, PF está
isento;
- Risco: Mercado, Liquidez e crédito;
- Registro: Clearing da B3.
4.2.17 - Certificado de Direitos
Creditórios do Agronegócio – CDCA
Definição

O CDCA é um título de crédito nominativo, de livre negociação e representativo de


promessa de pagamento em dinheiro, vinculado a direitos creditórios originários
de negócios realizados entre produtores rurais (ou suas cooperativas) e terceiros,
inclusive financiamentos ou empréstimos.
Características

- Valor de emissão: não há regra quanto a emissão;


- Prazo: Limitado ao prazo máximo dos recebíveis;
- Rentabilidade: Pré, pós fixado ou híbrido;
- Resgate: Apenas no vencimento;
- Liquidez: Pode ser negociado no mercado secundário;
- Risco: crédito, mercado e liquidez (não conta com garantia FGC);
- Tributação: Tabela regressiva de IR para PJ. PF está isento;
- Registro: Clearing da B3.
4.2.18 - Certificado de Recebível do Agronegócio - CRA
Definição

O Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) é uma modalidade de


investimento em títulos de renda fixa vendidos exclusivamente por uma
companhia securitizadora de créditos do agronegócio. Essa modalidade de
investimento possui lastro no agronegócio.
Características

- Emissor: companhia securitizadora;


- Prazo: não há regra quanto ao prazo mínimo. Prazo máximo está alinhado
com o lastro da carteira;
- Liquidez: pode ser negociado no mercado secundário;
- Risco: Crédito, Mercado e Liquidez. Não conta com FGC mas tem garantia
Real;
- Tributação: Isento de IR e IOF para PF. PJ paga conforme tabela regressiva;
- Registro: Clearing da B3.
4.2.19 - Introdução a Debêntures
Definição

Debênture é um título de renda fixa emitido por companhia aberta não financeira
com o objetivo de captar recursos para financiamento de capital fixo.
Custo da obra R$ 3.000.000.000,00 ⇒ Tempo da obra: 3 anos ⇒ Previsão de primeira extração: 4 anos.
Características

- Oferta Pública;
- Escritura da Emissão;
- Nomear um Agente Fiduciário (IN CVM 583);
- Passível de Repactuação
- Não possui cobertura do FGC mas pode apresentar garantias adicionais:
- Real > Flutuante > Quirografária > Subordinada
4.2.20 - Tipos de Debêntures e Tributação
Tipos de Debêntures

- Debêntures simples;
- Debêntures conversíveis em ações;
- Debêntures permutáveis;
- Debêntures incentivadas.
Debêntures incentivadas

- Isenção de IR para PF;


- Alíquota única de 15% para PJ;
- Prazo mínimo de 48 meses;
- Não permite resgate antes de 24 meses.
4.2.21 - Notas Promissórias
CVM 566
Definição

As notas promissórias são instrumentos de renda fixa emitidos por sociedade


anônima ou ainda, empresas limitadas (não financeiras) para captação de curto
prazo.
Características

- Valor de emissão: não há regra quanto ao valor da emissão;


- Prazo: máximo de 360 dias. Se for sem oferta pública, prazo máximo de 90
dias;
- Rentabilidade: pré fixada, pós fixada ou híbrida;
- Liquidez: pode haver resgate antecipado;
- Transferência: pode ser negociada no mercado secundário;
- Risco: mercado, liquidez e crédito;
- Tributação: conforme tabela regressiva de IR;
- Registro: Clearing da B3.
Fonte: https://veja.abril.com.br/economia/empresas-emitem-mais-de-r-6-bi-em-promissorias-para-reforcar-caixa/
4.2.22 - Operações Compromissadas
Definição

Títulos de renda fixa emitido por banco comercial, investimento, múltiplo e, ainda,
pelo Banco Central do Brasil. O emissor da compromissada vende um título de
sua propriedade ao investidor e assume o compromisso de recompra.
Dinâmica da compromissada

1. Emite debêntures no mercado


2. Itaú compra essa debênture
3. Itaú vende um termo de compromisso lastreado
nessa debênture
Características

- Valor de emissão: não há regra para o valor da emissão;


- Prazo: não há regra quanto ao prazo;
- Liquidez: Resgate antecipado garantido ao investidor;
- Transferência: não tem mercado secundário;
- Risco: Crédito, mercado e liquidez. FGC somente se o lastro for debênture de
empresa ligada e emitida depois de 8 de março 2012;
- Tributação: Conforme tabela regressiva;
- Registro: Clearing da B3.
4.2.23 - Caderneta de Poupança
Definição

No Brasil, a caderneta de poupança, muitas vezes chamada apenas de poupança,


é uma forma de investimento de baixo risco cuja operação é regida por regras
específicas estabelecidas pelo governo federal para depósitos de poupança.
Características

- Rentabilidade: Se a Selic for = < 8,5%, o rendimento será 70% da Selic + TR.
Se Selic > 8,5%, rendimento será de 0,5% a.m + TR;
- Aniversário: mensalmente se PF e PJ sem fins lucrativos e trimestral para as
demais PJ. (excluem-se as datas 29, 30 e 31);
- Liquidez: diária, com perda de rentabilidade para saques antes do aniversário;
- Tributação: isenção para Pessoa Física e PJ imune. Demais PJ paga
conforme tabela regressiva de IR;
- Risco: Conta com a cobertura do FGC.
4.3.1 - Introdução a Derivativos
Riscos da produção

- Aumento no preço dos insumos;


- Aumento da oferta global de commodities;
- Valorização do Real frente ao dólar.
Riscos de operações financeiras

- Aumento de taxa de juros em posições passivas;


- Redução de taxa de juros em posições ativas;
- Desvalorização do Real frente ao Dólar em posições passivas de dólar;
- Valorização do Real frente ao Dólar em posições ativas em dólar.
4.3.2 - Introdução ao mercado a Termo
Definição

Promessa de compra/venda em que as partes contratantes especificam o objeto


do contrato e o seu volume, estipulam o preço, e estabelecem a data de entrega,
que coincide com o pagamento.
Características do contrato a termo

- Negociação: em bolsa de valores ou mercado de balcão;


- Prazo: em bolsa de valores, o prazo máximo é de 999 dias;
- Liquidez: não tem mercado secundário, para sair o investidor precisa
negociar uma posição inversa da original com outra contraparte;
- Liquidação: física ou financeira;
- NDF: da sigla inglês de Non Deliverable Foward, significa sem entrega futura;
- Liquidação antecipada: em caso de liquidação financeira, depende da
vontade do comprador. Em caso de liquidação física, é preciso
consentimento do vendedor.
Tipos de operação

- Comprador a termo: Operação de caixa ou fixação do preço de compra;


- Vendedor a termo: Aumentar a receita ou fazer uma operação de
financiamento.
4.3.3 - Características do Mercado a Termo
Características da negociação

- Margem de Garantia: para operações realizadas em bolsa de valores pode


ser solicitado margem de garantia do comprador e do vendedor;
- Risco de contraparte: para operações realizadas em bolsa, a B3 assume o
risco de contraparte. As operações de mercado de balcão não contam com
essa mitigação de risco;
- Tributação: Tributação conforme Renda Variável com possibilidade de
tributação conforme renda fixa em situações onde prazo e rentabilidade são
previamente conhecidos.
Tipos de contratos

- Termo de ações;
- Termo de moedas;
- Termo de índices;
- Termo de mercadorias.
Modalidades de contrato

- Termo tradicional: acordado entre o comprador e vendedor o ativo objeto, o


valor e vencimento do contrato;
- Termo Flexível: acordado entre comprador e vendedor apenas o valor do
contrato e vencimento, ou seja, o ativo objeto pode ser substituído.
4.3.4 - Tributação no Mercado a Termo
Tributação

- É necessário observar a natureza da operação (mesmo que sintética) para


definir o regime de tributação;
- Recolhimento pelo investidor via DARF;
- Apuração da liquidação do contrato;
- Compensação de perdas podem ser realizadas em outros contratos de
derivativos e ainda no mercado à vista.
4.3.5 - Introdução ao mercado de SWAP
Definição

SWAP é uma operação em que há troca de posições quanto ao risco e à


rentabilidade, entre investidores. O contrato de troca pode ter como objeto
moedas, commodities ou ativos financeiros.
- Prazo para Entrega: 12 meses
- Valor a pagar na entrega: U$ 1.000.000,00
- Cotação do dólar na data de hoje: R$ 4,00
- Valor a pagar em reais: R$ 4.000.000,00
R$ 4.154.400,00

R$ 4.000.000,00
- Prazo para Entrega: 12 meses
- Valor a pagar na entrega: U$ 1.000.000,00
- Cotação do dólar na data de hoje: R$ 4,00
- Valor a pagar em reais na data de hoje: R$ 4.000.000,00
- Cotação do dólar na entrega: R$ 6,00
- Valor a pagar em reais na data da entrega: R$ 6.000.000,00
R$ 4.000.000,00
4.3.6 - Características do SWAP
Características

- Ponta Ativa: Indexador que o investidor passa a receber ao contratar um


SWAP, também chamada de ponta comprada;
- Ponta Passiva: Indexador que o investidor deixa de receber ao contratar um
SWAP, também chamado de ponta vendida;
- Valor Base: valor contratado do SWAP que pode estar ou não atrelado a um
ativo;
- Modalidades: Swap Bullet, Swap de Fluxo de Caixa;
- Negociação: Mercado de balcão;
- Registro: Clearing da B3;
- Riscos: de crédito, de mercado e liquidez.
4.3.7 - Tributação em Swap
Regras de Tributação

- Conforme tabela regressiva da renda fixa


- Fato gerador: Ajuste positivo recebimento pelo investidor;
- Recolhimento: A fonte pagadora do ajuste positivo é responsável por recolher
IR;
- Compensação de perdas: as perdas apuradas no contrato de SWAP não
podem ser compensadas.
4.3.8 - Introdução ao mercado de opções
Definição

São contratos onde negociam-se o direito, por um determinado período, de


comprar ou vender um ativo por um preço previamente acordado. Diferente das
demais modalidades de derivativos, no mercado de opções um participante tem
opcionalidade no exercício.
Cliente
- Paga o prêmio
- Tem o direito de “vender o bem pra seguradora em caso
de sinistro” pelo valor da apólice
- Caso não haja sinistro, o valor pago como prêmio fica com
a seguradora

Seguradora
- Recebe o prêmio
- Tem a obrigação de “comprar o bem do cliente em caso
de sinistro” pelo valor da apólice
- Caso não haja sinistro, o valor pago como prêmio fica
com a seguradora
Comprador
- Paga o prêmio
- Tem o direito de “comprar o AP do vendedor no futuro por
preço previamente acordado”
- Caso não compre o AP, o valor de prêmio fica com o
vendedor

Vendedor
- Recebe o prêmio
- Tem a obrigação de vender o AP para o comprador no
preço previamente acordado.
- Caso o comprador desista da compra, o valor recebido
de prêmio fica com o vendedor
4.3.9 - Características das opções
Características

- Titular: player que tem o direito de exercer a compra ou venda do ativo a um


preço previamente acordado;
- Lançador: player que tem obrigação de comprar ou vender o ativo em caso
de exercício;
- Call: Opção de compra;
- Put: Opção de venda;
- Prêmio: valor pago pelo titular para ter o direito;
- Strike: valor cujo a opção será exercida;
- Ativo Objeto: ativo negociado na opção;
- Ambiente de negociação: bolsa de valores ou mercado de balcão.
Tipos de opção

- Opção Americana: opção que pode ser exercida a qualquer momento;


- Opção Européia: opção que pode ser exercida apenas no vencimento.
Resultado de uma opção

- In The Money: opção que, caso exercida, gera lucro ao titular;


- Out the Money: opção que, caso exercida, gera prejuízo ao titular;
- At the money: opção que está “empatada” e, portanto, torna-se indiferente o
exercício ou não;
- Valor Intrínseco: valor imediato de uma opção em relação ao preço do
ativo-objeto, independente de outros fatores como juros e tempo restante
para o vencimento do contrato;
- Valor extrínseco: parcela do prêmio de uma opção atribuída ao risco ou ao
custo de oportunidade e expectativas sobre a evolução do ativo-objeto;
- Vencimento das opções de bolsa: terceira sexta feira de cada mês.
4.3.10 - Estudo de Caso de Opções
Ticker de uma opção

O ticker de uma opção é composto pelo ativo objeto, seguido do tipo de opção e
vencimento, e ainda um valor base.

Exemplo: Uma opção de compra de Petrobras com vencimento em agosto cujo


strike é de 40 reais terá o seguinte ticker:

- PETR (indica o ativo objeto);


- H (indica que é uma opção de compra com vencimento em agosto);
- 40 (indica o strike);
- TICKER: PETRH40.
4.3.11 - Hands ON
4.3.12 - Interpretação dos gráficos
4.3.13 - Interpretação dos gráficos (parte 2)
Titular de uma Call Titular de uma Put
Lucro

Lucro
Preço do ativo Preço do ativo
Lançador de uma Call Lançador de uma Put
Lucro

Lucro
Preço do ativo Preço do ativo
4.3.14 - Fatores que Influenciam no preço de
uma opção
Fatores que influenciam o prêmio de uma opção

- O preço do ativo objeto;


- Preço de exercício;
- Taxa de juros;
- Prazo da opção;
- Volatilidade implícita do ativo objeto.
Tributação
- Fato Gerador 1: lucro obtido com o exercício de uma opção;
- Fato Gerador 2: lucro obtido com a negociação do prêmio;
- Base de cálculo 1: diferença positiva entre o custo de aquisição e venda do
ativo objeto. Neste cálculo o valor pago/recebido de prêmio entra no cálculo;
- Base de cálculo 2: diferença positiva entre o valor de compra e venda da
opção;
- Alíquota: 15% recolhido via DARF;
- Apuração: realizada 1 vez por mês e feita com todas as demais operações de
bolsa;
- Compensação de perdas: pode ser feita em outras operações de derivativos
ou ainda no mercado à vista.
4.3.15 - Introdução ao Mercado Futuro
Definição

O Mercado Futuro é um ambiente dentro da Bolsa de Valores, onde são


negociados contratos de compra ou venda de ativos para uma data futura. Os
contratos são padronizados e sua negociação segue a mesma regra para todos
os players.

Veja os tipos de contrato na B3 clicando aqui.


Características

- Contrato padronizado: os contratos são negociados na B3 e, por essa razão,


a Bolsa estabelece padrões para todos os contratos;
- Margem de garantia: todas as posições do mercado futuro precisam recolher
margem de garantia;
- Risco de contraparte: mitigado 100% pela B3 porque a bolsa assume esse
risco;
- Ajuste diário: as oscilações de preço no mercado causam ajustes diários nas
contas dos participantes;
- Liquidação: no vencimento apenas.
4.3.16 - Funcionamento do mercado Futuro
42 meses
Assuma uma necessidade de venda antecipada no valor de 150

Cotação Comprado Vendido

D+1 140,00 -10,00 10,00

D+2 130,00 -10,00 10,00

D+3 160,00 30,00 -30,00

D+4 170,00 30,00 -30,00

Venc 200,00 30,00 -30,00

Resultado 50,00 -50,00


Assuma uma necessidade de venda antecipada no valor de 150

Cotação Comprado Vendido

D+1 140,00 -10,00 10,00

D+2 160,00 20,00 -20,00

D+3 140,00 -20,00 20,00

D+4 130,00 -10,00 10,00

Venc 120,00 -10,00 10,00

Resultado -30,00 30,00


4.3.17 - Riscos e Tributação no Mercado Futuro
Riscos do mercado futuro

- Risco de Mercado: oscilações de preço dos contratos;


- Risco de Liquidez: embora seja baixo, existe o risco de não encontrar liquidez
nos contratos.
- Risco de contraparte: esse risco é assumido 100% pela B3.
Tributação

- Alíquota: 15% para operações comuns, 20% para operações Day Trade com
retenção de IRRF (come cotas) pela corretora;
- Fato Gerador: Lucro das operações, sendo o resultado positivo dos ajustes;
- Compensação de perdas: perdas apuradas no mercado futuro podem ser
compensadas em operações futuras de derivativos, inclusive mercado à
vista.
4.3.18 - Resumo Derivativos
Hedge Hedger

Especulador Arbitrador
SWAP Termo

Opções Futuro
4.4.1 - Certificado de operação estruturada (COE)
Definição

O COE é um investimento que une produtos da Renda Fixa, Renda Variável e


Derivativos. O título é uma versão brasileira das Notas Estruturadas, muito
comuns nos Estados Unidos e Europa.
Características

O COE terá data de vencimento conhecida no momento da emissão, com


possibilidade de vencimento antecipado de acordo com janelas de observações.
As modalidades possíveis do COE são: valor nominal protegido ou valor nominal
em risco.
Documentação

O investidor precisa tomar ciência dos riscos do COE, ao ler o DIE (Documento de
informações essenciais) e, para registrar sua ciência, é necessário assinar o
Termo de Adesão e Ciência de Riscos.
4.5.1 - Negociação, Liquidação e
Custódia
Definição

Os sistemas e câmaras de liquidação e custódia, também conhecidos como


clearing houses, são sistemas responsáveis pela liquidação das operações
ocorridas nas bolsas, nos mercados de balcão organizados e no mercado
financeiro como um todo.
Clearings

- Clearing da B3: processa o registro e liquidação de títulos privados, ações,


derivativos e ainda, títulos públicos negociados via tesouro direto;
- SELIC: processa o registro e liquidação de títulos públicos negociados no
mercado institucional.
4.6.1 - O que é uma oferta Pública
Definição

A Oferta Pública de Valores Mobiliários é uma operação por meio da qual uma
companhia ou titulares de valores mobiliários de sua emissão promovem a
colocação de ações ou outros valores mobiliários no mercado de capitais com o
objetivo de captar recursos no mercado.
Valores mobiliários

São considerados valores mobiliários e, portanto, há necessidade de oferta


pública os seguintes títulos: ações, BDR, Cota de Fundos Fechados, Debêntures,
Notas promissórias, CRI, CRA, e ainda, as Letras Financeiras.
Processos de uma oferta pública

- Ofertante: empresas que estão captando recursos no mercado via renda fixa
ou variável;
- Instituições intermediárias: instituições financeiras que coordenam a oferta
ao registrar na CVM, oferecer os investidores;
- Cronograma da oferta: dadas a serem observadas na oferta para liquidação
dos títulos;
- Coleta de intenção de investimento: data limite para investidores
manifestarem interesse no investimento (compra dos ativos);
- Prospecto: documento elaborado pelo banco coordenador em conjunto com
o ofertante com os detalhes da oferta e registrado na CVM.
Tipos de ofertas

- Oferta pública (CVM 400): oferta acessível a todos os investidores


interessados na oferta;
- Oferta Restrita (CVM 476): oferta destinada a um grupo específico de
investidores, na maior parte das vezes, institucionais.
4.6.2 - Banco Coordenador
Banco coordenador ou líder

- Avaliar, em conjunto com o ofertante, a viabilidade da distribuição, suas


condições e o tipo de contrato de distribuição a ser celebrado;
- Solicitar, juntamente com o ofertante, o registro de distribuição devidamente
instruído, assessorando-o em todas as etapas da distribuição;
- Formar o consórcio de distribuição, se for o caso;
- Informar à CVM, até a obtenção do registro, os participantes do consórcio,
discriminando por tipo, espécie e classe a quantidade de valores mobiliários
inicialmente atribuída a cada um;
Banco coordenador ou líder

- Comunicar imediatamente à CVM qualquer eventual alteração no contrato de


distribuição, ou a sua rescisão;
- Remeter mensalmente à CVM, no prazo de 15 (quinze) dias após o
encerramento do mês, a partir da divulgação do Anúncio de Início de
Distribuição, relatório indicativo do movimento consolidado de distribuição de
valores mobiliários;
- Participar ativamente, em conjunto com o ofertante, na elaboração do
Prospecto e na verificação da consistência, qualidade e suficiência das
informações dele constantes, ficando responsável pelas informações
prestadas no prospecto;
Banco coordenador ou líder

- Acompanhar e controlar o plano de distribuição da oferta;


- Controlar os boletins de subscrição ou os recibos de aquisição, devendo
devolver ao ofertante os boletins ou os recibos não utilizados, se houver, no
prazo máximo de 30 (trinta) dias após o encerramento da distribuição;
- Suspender a distribuição na ocorrência de qualquer fato ou irregularidade,
inclusive após a obtenção do registro, que venha a justificar a suspensão ou o
cancelamento do registro;
- Guardar, por 5 (cinco) anos, à disposição da CVM, toda a documentação
relativa ao processo de registro de distribuição pública e de elaboração do
Prospecto.
4.6.3 - Instituições intermediárias
Instituições Intermediárias

- Consórcio de Distribuição: Instituições Financeiras (IF) responsáveis por


distribuir os ativos aos investidores;
- Market Maker: IF responsável por prover liquidez e estabilidade de preços
dos ativos por tempo determinado;
- Liquidante: IF responsável por liquidar as compras dos ativos em nome dos
investidores;
- Depositário: IF responsável por manter a guarda dos ativos.
Instituições Intermediárias

- Auditor independente: empresa responsável por auditar os dados contábeis


da empresa quando da oferta;
- Agente Fiduciário: empresa responsável por representar os interesses dos
detentores dos títulos de renda fixa;
- Agência de Rating: empresa responsável por classificar o risco de crédito na
oferta de renda fixa;
- Securitizadora: ofertante de CRI e CRA.
4.6.4 - Regimes de distribuição
Garantias de oferta

- Garantia Firme: regime onde o consórcio de distribuição garante a colocação


total dos ativos no mercado e, caso não haja demanda dos ativos, as IF se
comprometem em comprar os ativos remanescentes;
- Garantia Residual: regime onde consórcio de distribuição se compromete em
fazer uma nova oferta caso não haja demanda suficiente pelos ativos;
- Garantia de Melhores Esforços: regime onde o consórcio de distribuição se
compromete em colocar o máximo possível dos ativos no mercado.
4.6.5 - Aspectos legais e normativos da oferta
Informações do Prospecto

- a oferta;
- os valores mobiliários objeto da oferta e os direitos que lhes são inerentes;
- o ofertante;
- a companhia emissora e sua situação patrimonial, econômica e financeira;
- terceiros garantidores de obrigações relacionadas com os valores mobiliários
objeto da oferta;
- terceiros que venham a ser destinatários dos recursos captados com a
oferta;
- Lote Suplementar.
Prospecto

- a oferta;
- os valores mobiliários objeto da oferta e os direitos que lhes são inerentes;
- o ofertante;
- a companhia emissora e sua situação patrimonial, econômica e financeira;
- terceiros garantidores de obrigações relacionadas com os valores mobiliários
objeto da oferta;
- terceiros que venham a ser destinatários dos recursos captados com a
oferta;
- Lote Suplementar;
- Distribuição Parcial.
Prospecto

- a oferta;
- os valores mobiliários objeto da oferta e os direitos que lhes são inerentes;
- o ofertante;
- a companhia emissora e sua situação patrimonial, econômica e financeira;
- terceiros garantidores de obrigações relacionadas com os valores mobiliários
objeto da oferta;
- terceiros que venham a ser destinatários dos recursos captados com a
oferta;
- Lote Suplementar;
- Distribuição Parcial;
- Fatores de Risco.
Prospecto
- a oferta;
- os valores mobiliários objeto da oferta e os direitos que lhes são inerentes;
- o ofertante;
- a companhia emissora e sua situação patrimonial, econômica e financeira;
- terceiros garantidores de obrigações relacionadas com os valores mobiliários
objeto da oferta;
- terceiros que venham a ser destinatários dos recursos captados com a
oferta;
- Lote Suplementar;
- Distribuição Parcial;
- Fatores de Risco;
- Relação do ofertante com o emissor.
Prospecto Preliminar

As informações contidas neste prospecto preliminar estão sob análise da


Comissão de Valores Mobiliários, a qual ainda não se manifestou a seu respeito.
Revogação ou modificação da oferta

A revogação torna ineficazes a oferta e os atos de aceitação anteriores ou


posteriores, devendo ser restituídos integralmente aos aceitantes os valores, bens
ou direitos dados em contrapartida aos valores mobiliários ofertados, na forma e
condições previstas no Prospecto.

A modificação deverá ser divulgada imediatamente através de meios ao menos


iguais aos utilizados para a divulgação da oferta e as entidades integrantes do
consórcio de distribuição deverão se acautelar e se certificar, no momento do
recebimento das aceitações da oferta, de que o manifestante está ciente de que a
oferta original foi alterada e de que tem conhecimento das novas condições.
Cancelamento ou suspensão da oferta

O ofertante deverá dar conhecimento da suspensão ou do cancelamento aos


investidores que já tenham aceitado a oferta, facultando-lhes, na hipótese de
suspensão, a possibilidade de revogar a aceitação até o quinto dia útil posterior
ao recebimento da respectiva comunicação.
4.6.6 - Publicidade e normas de conduta
Material Publicitário

A utilização de qualquer texto publicitário para oferta, anúncio ou promoção da


distribuição, por qualquer forma ou meio veiculados, inclusive audiovisual,
dependerá de prévia aprovação da CVM e somente poderá ser feita após a
apresentação do Prospecto Preliminar à CVM;

O material publicitário deverá fazer referência expressa de que se trata de material


publicitário e mencionar a existência de Prospecto, bem como a forma de se obter
um exemplar, além da advertência em destaque com o seguinte dizer: “LEIA O
PROSPECTO ANTES DE ACEITAR A OFERTA”.
Material Publicitário

Poderá ser especificamente admitida a utilização de material publicitário antes da


apresentação do Prospecto Preliminar, desde que destinado a campanha
educativa do público alvo, em distribuições destinadas a investidores não
familiarizados com o mercado de valores mobiliários.
Normas de conduta

A emissora, o ofertante, as Instituições Intermediárias, estas últimas desde a


contratação, envolvidas em oferta pública de distribuição, decidida ou projetada, e
as pessoas que com estes estejam trabalhando ou os assessorando de qualquer
forma, deverão, até que a oferta seja divulgada ao mercado, limitar:

- a revelação de informação relativa à oferta ao que for necessário para os


objetivos da oferta, advertindo os destinatários sobre o caráter reservado da
informação transmitida;
Normas de conduta

- a utilização da informação reservada estritamente aos fins relacionados com


a preparação da oferta;
- abster-se de negociar, até a divulgação do Anúncio de Encerramento de
Distribuição, com valores mobiliários do mesmo emissor e espécie.
4.6.7 - Aspectos Operacionais
Procedimento para precificação

- BookBuilding: precificação prévia do ativo antes de ir a mercado;


- Risco de Rateio: caso a demanda seja maior do que a oferta, haverá um
rateio proporcional;
- OPA (Oferta Pública de aquisições): recompra das ações no mercado;
- Mercado secundário de oferta restrita: somente após 90 dias após a
subscrição (exceto ações).
4.7.1 - Código Anbima Oferta Pública
Definição

O código de oferta pública tem por objetivo estabelecer princípios e regras para
as atividades de estruturação, coordenação e distribuição de ofertas públicas de
valores mobiliários e ofertas públicas de aquisição de valores mobiliários, visando
propiciar a transparência e o adequado funcionamento do mercado.
Temas abordados em prova

● Definições: princípios do código;


● Objetivo e Abrangência: a quem se destina o código;
● Princípios Gerais de Conduta: conduta a ser observada pelos participantes;
● Documentos da Oferta: regras para elaboração dos documentos
4.7.2 - Código de Distribuição
4.8.1 - Resumo Associativo
- Renda Fixa
- Renda Variável
- Derivativos
- Oferta Pública
- Código Anbima
Renda Fixa
Renda Variável
Derivativos
COE
Oferta Pública
Códigos Anbima
Códigos Anbima
5.0.1 - O que esperar
Fundos de Investimento
Proporção: DE 18 A 25%
Peso: 10 a 15 questões
5.1.2 - Tipos de Fundos
- Fundo Aberto;
- Fundo com carência;
- Fundo sem carência;
- Fundo Fechado.
5.1.3 - Administração do fundo de investimento
O fundo de investimento será administrado por pessoas jurídicas autorizadas
pela CVM para o exercício profissional de administração de carteiras de
valores mobiliários.
- Constituição, administração, funcionamento e divulgação de
informações dos Fundos;
- Elaboração de todos os documentos relacionados aos Fundos, devendo
observar, durante a elaboração, a Regulação aplicável a cada tipo de
Fundo de Investimento;
- Supervisão das regras, procedimentos e controles da gestão de risco
implementada pelo Gestor de Recursos;
- Supervisão dos limites de investimento das carteiras dos Fundos;
- Supervisão dos terceiros contratados;
- Gestão do risco de liquidez, que deve ser feita em conjunto com o Gestor
de Recursos.
O administrador pode
contratar...
-
Gestor;
- Pelas decisões de investimento, manutenção e desinvestimento, segundo a política
de investimento do fundo;
- Pelas ordens de compra e venda de ativos financeiros e demais modalidades operacionais;
- Pelo envio das informações relativas aos negócios realizados pelos Veículos de Investimento
ao Administrador Fiduciário;
- Pela negociação, alocação e rateio de ordens dos Veículos de Investimento,
quando aplicável;
- Pelo enquadramento aos limites de investimento da carteira dos fundos de Investimento;
- Pelo processo de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo dos
ativos financeiros adquiridos pelos fundos de investimentos;
- Pelo controle de risco dos Veículos de Investimento, incluindo, mas não se
limitando à gestão do risco de liquidez, risco de mercado e risco de crédito,
bem como ao enquadramento dos Veículos de Investimento aos limites de
risco estabelecidos nos Documentos dos Veículos de Investimento e/ou
em suas regras de risco;
- Pelo controle de risco dos Veículos de Investimento, incluindo, mas não se
limitando à gestão do risco de liquidez, risco de mercado e risco de crédito,
bem como ao enquadramento dos Veículos de Investimento aos limites de
risco estabelecidos nos Documentos dos Veículos de Investimento e/ou
em suas regras de risco;
- Estabelecer procedimentos para o controle e monitoramento das
operações realizadas entre os Veículos de Investimento sob a mesma
gestão, com critérios que busquem mitigar eventuais conflitos de interesse
e assimetria entre os Veículos de Investimentos.
O administrador pode
contratar...
- Gestor;
- Distribuidor;
O administrador pode
contratar...
- Gestor;
- Distribuidor;
- Custodiante;
O administrador deve contratar...
- Auditor
independente
5.1.4 - Assembleia Geral de Cotistas
A assembleia geral de cotistas é a maior instância de um fundo de
investimento e vai deliberar sobre os assuntos mais sensíveis do
fundo.
- As demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador;
- A substituição do administrador, gestor ou custodiante do fundo;
- A fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação do
fundo;
- O aumento da taxa de administração, da taxa de performance ou das
taxas máximas de custódia;
- A alteração da política de investimento do fundo;
- A emissão de novas cotas, no fundo fechado;
- A amortização e o resgate compulsório de cotas, caso não
estejam previstos no regulamento;
- Alteração do regulamento do fundo de investimento.
Convocação da assembleia

- Anualmente, a assembleia geral deve deliberar sobre as demonstrações


contábeis do fundo, fazendo-o até 120 (cento e vinte) dias após o término
do exercício social e, no mínimo, 15 dias após a divulgação das
demonstrações contábeis do fundo.
5.1.5 - PL x Cota do
Fundo
O patrimônio líquido do fundo de investimento é a soma de todos os
recursos alocados no fundo de investimento. A cota é a fração ideal do
fundo de investimento.
- Valor da cota;
- Transferência de titularidade de cota;
- Propriedade dos ativos dos fundos de
investimentos;
- Comunicação com os cotistas.
5.1.6 - Objetivo do fundo e política de
investimento
O objetivo do fundo de investimento descreve a meta do veículo de
investimento em relação ao seu benchmark.
A política de um fundo de investimento descreve os mercados que
o gestor pode atuar para cumprir o objetivo
- Gestão passiva: - Gestão ativa:
Dificuldades de replicação dos índices de
referência (benchmarks) e suas
principais causas: custos, impostos, dinâmica de cálculo da
rentabilidade do fundo e regras
de contabilização a mercado
5.1.7 - Direitos e obrigações dos condôminos
Ao adquirir cotas de um fundo, o investidor está concordando com
suas regras de funcionamento e passa a ter os mesmos direitos e
deveres dos demais cotistas, independentemente da quantidade de
cotas que possui.
- Tem ciência dos fatores de risco relativos ao fundo;
- Sabe que não há qualquer garantia contra eventuais perdas patrimoniais
que possam ser incorridas pelo fundo;
- Foi informado de que a concessão de registro para a venda de cotas do fundo não
implica, por parte da CVM, garantia de veracidade das informações prestadas ou
de adequação do regulamento do fundo à legislação vigente ou julgamento sobre
a qualidade do fundo ou de seu administrador, gestor e demais prestadores de
serviços;
- Tem conhecimento, se for o caso, de que as estratégias de investimento do fundo
podem resultar em perdas superiores ao capital aplicado e a consequente
obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do
fundo.
5.1.8 - Diferenciais do Produto para o
Investidor
Por que investir em um fundo de investimento se eu posso investir
diretamente nos ativos?
- Acessibilidade ao mercado de capitais;
- Diversificação;
- Gestão do risco;
- Gestão profissional;
- Liquidez.
5.1.9 - Divulgação de informações para venda
e distribuição
Os administradores de fundos de investimento devem
divulgar informações para os cotistas, a CVM e as entidades
do mercado como a ANBIMA. Para os cotistas, as
informações devem ser divulgadas de maneira equitativa e
simultânea, por meio eletrônico ou no site do administrador
ou do distribuidor.
- Diariamente:
- Mensalmente:
- Anualmente:
Histórico de rentabilidade
- Mês anterior;

- Utilizar, caso aplicável, todos os meses do ano corrente do calendário civil de forma
individual (mês a mês) ou com seu valor acumulado (acumulado no ano);
- Incluir anos anteriores do calendário civil;

- Incluir períodos de 12 (doze) meses do calendário civil, contados até o mês anterior à
divulgação dos últimos 12 (doze) meses, utilizando a mesma metodologia caso divulguem
períodos múltiplos de 12 (doze) meses;

- Se fundo tiver sido constituído a menos de 12 meses, deve constar a data de constituição do
Fundo até o mês anterior à divulgação;

- Qualquer divulgação de informação sobre os resultados do fundo só pode ser feita, por
qualquer meio, após um período de carência de 6 (seis) meses, a partir da data da primeira
A divulgação de rentabilidade do Fundo deve ser acompanhada da
comparação em relação ao benchmark do fundo.
A rentabilidade divulgada é sempre líquida das taxas de
administração e performance, porém, não é líquida de impostos.
Atos ou fatos
relevantes
O administrador de um fundo de investimento é obrigado a
divulgar, imediatamente a todos os cotistas, qualquer ato ou fato
relevante ocorrido ou relacionado ao funcionamento do fundo,
ou aos ativos financeiros integrantes de sua carteira.
5.1.10 - Aplicação de recursos e compra
de ativos por parte dos gestores
O fundo de investimento é considerado um 'veículo' de
investimento e, portanto, o fundo é responsável por 'aplicar' os
recursos do investidor e, claro, para isso, é necessário seguir
o regulamento do fundo.
- Aplicação de
recursos:
- Aplicação de recursos: - Resgate de recursos:
- Cotização: - Descotização:

- Resgate:
O fundo ainda pode ter...
- Resgate compulsório das cotas;
- Resgate em ativos financeiros.
- Cota de abertura: - Cota de fechamento:
5.1.11 - Taxa de administração, taxa de
performance, taxa de ingresso e taxa de saída
Um fundo de investimento, como já sabemos, é uma prestação
de serviço do administrador ao investidor. Essa prestação de
serviço, como qualquer outra, tem um custo.
- Taxa de entrada:
- Taxa de saída:
- Taxa de administração:
- Taxa de performance:
- Taxa de entrada:
- Taxa de saída:
- Taxa de administração:
- Taxa de performance:
O regulamento do fundo deve especificar se a taxa de performance é
cobrada:
I. Com base no resultado do fundo (método do ativo);
II. Com base no resultado de cada aplicação efetuada por cada cotista
(método do passivo);
III. Com base no resultado do fundo, acrescido de ajustes individuais (método
do ajuste) exclusivamente nas aplicações efetuadas posteriormente à data
da última cobrança de taxa de performance, até o primeiro pagamento de
taxa de performance como despesa do fundo, promovendo a correta
individualização dessa despesa entre os cotistas.
Taxa de performance x linha
d'água
5.1.12 - Instrumentos de divulgação das políticas
de investimento e rentabilidade
- Termo de adesão e ciência de risco:
- Regulamento:
- Lâmina de informações essenciais. (estudo de caso)
Material de publicidade
Estudo de caso (fundo administrado pelo Banco do
Brasil)
5.1.13 - Chinese
Wall
O exercício da Administração de Recursos de Terceiros deve ser segregado
das demais atividades das Instituições Participantes e de seu Conglomerado
ou Grupo Econômico que possam gerar conflitos de interesse.
A segregação das atividades tem o objetivo de...
- Mitigar a ocorrência de ilícitos legais ou contrários à Regulação;
- Promover a segregação funcional das áreas responsáveis pela Administração de Recursos
de Terceiros das demais áreas que possam gerar potenciais conflitos de interesse, de
forma a minimizar adequadamente tais conflitos;
- Garantir a segregação física de instalações entre a área responsável pela Administração
de Recursos de Terceiros e as áreas responsáveis pela intermediação e distribuição de
ativos financeiros;
- Propiciar o bom uso de instalações, equipamentos e informações comuns a mais de
um setor da empresa;
- Preservar informações confidenciais e permitir a identificação das pessoas que
tenham acesso a elas;
- Administrar e monitorar adequadamente as áreas identificadas como de potencial conflito de
interesses.
5.1.14 - Distribuição por conta e
ordem
O fundo de investimento pode autorizar o distribuidor a realizar a
subscrição de cotas do fundo por conta e ordem de seus
respectivos clientes.
O distribuidor deve ter um registro complementar de cotistas a titularidade das
cotas em nome dos investidores, atribuindo a cada cotista um código de cliente
e informando tal código ao administrador do fundo;
O Administrador deve registrar as cotas de forma especial no registro de
cotistas do fundo, adotando, na identificação do titular, o nome do distribuidor,
acrescido do código de cliente fornecido pelo distribuidor, e que identifica o
cotista no registro complementar.
As aplicações ou resgates realizados nos fundos de investimento
por meio de distribuidores que estejam atuando por conta e ordem
de clientes devem ser efetuadas de forma segregada, de modo
que os bens e direitos integrantes do patrimônio de cada um dos
clientes, bem como seus frutos e rendimentos, não se
comuniquem com o patrimônio do distribuidor.
Os distribuidores que estejam atuando por conta e ordem de
clientes assumem todos os ônus e responsabilidades
relacionadas aos clientes, inclusive quanto a seu cadastramento,
identificação e demais procedimentos que, na forma desta
Instrução, caberiam originalmente ao administrador.
5.2.1 - Tipos de Gestão
Fundo Passivo Fundo Ativo
Renda Fixa Renda Variável
- Taxa DI - Ibovespa
- Selic - IBRx
- Índice de preços - ISE
- IMA
Estratégias de gestão

- Posicionamento
- Hedge
- Alavancagem
5.3.1 - Classificação CVM
Os Fundos 555 devem ser classificados de acordo com seus
objetivos, políticas de investimento e composição da
carteira.
- Fundo de Renda fixa;
- Fundo Cambial;
- Fundo Multimercado:
- Fundo de Ações.
5.3.2 - Renda Fixa
Fundos de renda fixa aplicam, no mínimo, 80% do seu PL em ativos
de renda fixa.
- Renda fixa simples - Renda fixa referenciado

- Renda fixa dívida externa - Renda fixa curto prazo


5.3.3 - Cambial e Multimercado
Os fundos “Cambiais” investem, no mínimo, 80% do seu PL em
ativos cujo principal fator de risco seja a variação de preços de
moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial.
Os fundos "Multimercado" devem possuir políticas de investimento
que envolvam vários fatores de risco, sem o compromisso de
concentração em nenhum fator em especial.
- Fundo cambial - Fundo Multimercado

- Fundo de crédito privado


5.3.4 - Fundo de Ações
Os fundos de “Ações” investem, no mínimo 67% do seu PL, em
ativos cujo principal fator de risco seja a variação de preços de
ações admitidas à negociação no mercado organizado.
Um fundo de ações investe, no mínimo 67% do PL, em...
- Ações;
- Bônus ou recibos de subscrição;
- Certificados de depósito de ações;
- Cotas de fundos de ações e cotas dos fundos de índice de
ações;
- Brazilian Depositary Receipts classificado como nível II e III.
- Fundo de ações - Mercado de acesso
5.3.5 - Limites por emissor
- 100% Governo Federal
- 20% Instituição Financeira
- 10% S/A Não Financeira
- 5% Quando for PJ fechada ou quando for PF
5.3.6 - Limites por modalidade de ativo
financeiro
- Títulos públicos federais e operações compromissadas lastreadas
nestes títulos;
- Ouro, desde que adquirido ou alienado em negociações realizadas
em mercado organizado;
- Títulos de emissão ou coobrigação de instituição financeira autorizada
a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
- Valores mobiliários diversos, desde que objeto de oferta pública registrada
na CVM;
- Contratos derivativos
- Cotas de fundos de investimento;
- Cotas de fundos de investimento destinados exclusivamente a
investidores qualificados;
- Cotas de fundos de investimento em cotas de fundos de
investimento destinados exclusivamente a investidores qualificados;
- Cotas de Fundos de Investimento Imobiliário – FII;
- Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC;
- Cotas de Fundos de Investimento em Fundos de Investimento em
Direitos Creditórios – FICFIDC;
- Cotas de fundos de índice admitidos à negociação em mercado
organizado;
- Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI;
- Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios
Não-Padronizados
– FIDC-NP;
- Cotas de Fundos de Investimento em Fundos de Investimento em
Direitos Creditórios Não Padronizados – FIC-FIDC-NP;
Se for um fundo destinado a investidor qualificado, o limite mínimo
por ser o dobro do previsto nos slides anteriores
Se for um fundo destinado a investidor profissional, não é
necessário observar os limites de concentração de emissor,
nem de modalidade
5.3.7 - Fundos Restritos
Fundos destinados a investidor qualificado
Podem ser admitidos como cotistas de um fundo para investidores
qualificados os empregados ou sócios das instituições administradoras ou
gestoras deste fundo ou sociedades a elas ligadas, desde que
expressamente autorizados pelo diretor responsável da instituição perante
a CVM.
Fundos destinados a investidor profissional
• Podem ser admitidos como cotistas de um fundo para investidores
qualificados os empregados ou sócios das instituições
administradoras ou gestoras deste fundo ou sociedades a elas
ligadas, desde que expressamente autorizados pelo diretor
responsável da instituição perante a CVM.
• Investidores relacionados a investidor profissional por vínculo
familiar ou vínculo societário familiar, desde que no mínimo 90%
(noventa por cento) das cotas do fundo em que se pretenda
ingressar sejam detidas por tais investidores.
Fundo Exclusivo

Considera-se “Exclusivo” o fundo para investidores profissionais constituído


para receber aplicações exclusivamente de um único cotista
5.3.8 - Tributação em Fundos de Investimento
(555)
F

Fundo de ações
Antecipação semestral de IR
(come-cotas)
Come-cotas é o nome que se dá para uma antecipação no
recolhimento do Imposto de Renda em fundos de investimento
de renda fixa, cambial e multimercados do tipo aberto. Esse
recolhimento é feito, na maioria das vezes, semestralmente, nos
meses de maio e novembro.
o
- Come cotas de Longo Prazo:

- Come cotas de Curto Prazo:

- Cobrança do come cotas:

- Alíquota no resgate:

- Fundos que tem come cotas:

- Responsável pelo recolhimento:

- Diminui a quantidade de cotas:


5.3.8.1 - Compensação de
perdas
As perdas apuradas em um fundo de investimento podem ser
compensadas em aplicações realizadas no futuro no mesmo
ou em outro fundo de investimento.
5.3.9 - Outros Fundos: definição, público alvo e principais
características
5.3.10 - ETF - Exchange Traded
Fund
Definição
Também conhecidos como fundo de índice, os ETFs são fundos de
investimentos que replicam um determinado índice de mercado. Estes fundos
são listados na bolsa de valores e sua negociação é feita por meio de uma
corretora de valores, nos mesmos moldes do mercado de ações.
Características

- Fundo negociado em Bolsa;


- Regime de condomínio aberto;
- Regras para integralização e resgate de cotas;
- Tributação: 15% se operação normal, 20% se Day Trade. Recolhido
pelo próprio investidor via DARF.
- Regulados pela instrução CVM 359;
5.3.11 - Fundos de Investimento Imobiliário –
FII
Fundos Imobiliários (FII) são fundos de investimento fechados destinados à
aplicação em empreendimentos imobiliários, o que inclui, além da

aquisição de direitos reais sobre bens imóveis, o investimento em títulos

relacionados ao mercado imobiliário como, por exemplo, LCI e CRI


- O fundo será constituído sob a forma de condomínio fechado e poderá
ter prazo de duração indeterminado;
- Fundo Fechado;
- A denominação do fundo deve incluir a designação “fundo de
investimento imobiliário”;
- No mínimo 95% da receita com aluguel deve ser repassado aos cotistas;
- Não há resgate das cotas;
- Cotas são negociadas no mercado secundário;
Vantagens para o investidor
- Rendimentos;
- Ganho de capital.
Riscos de FII
- Risco de mercado;
- Risco de Liquidez;
- Risco de vacância.
5.3.12 - Tributação em – FII
Tributação em FII

- Ganho de Capital: 20% (tanto para PF quanto para PJ)


- Rendimento: 20% (PF pode ficar isento deste IR)
- Forma de recolhimento: Ganho de capital via DARF, rendimentos
são recolhidos pelo administrador.
Regras para isenção de IR no fundo imobiliário

- O FII deve possuir, no mínimo, 50 cotistas;


- O cotista não pode deter mais do que 10% das cotas do fundo;
- Cotas do FII devem ser negociadas em bolsa ou mercado de
balcão.
5.3.13 - Fundo de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC
Um FIDC é um fundo de investimento que busca retorno através de
direitos creditórios. Legalmente, destina 50% ou mais de seus
recursos em direitos creditórios.
Os fundos regulados por esta instrução terão as seguintes
características: I – serão constituídos na forma de condomínio
aberto ou fechado;
II. – somente poderão receber aplicações, bem como ter cotas negociadas no
mercado secundário, quando o subscritor ou o adquirente das cotas for
investidor qualificado;
III. – serão classificados ou terão os seus ativos classificados por agência
classificadora de risco em funcionamento no País;
IV. – terão valor mínimo para realização de aplicações de R$ 25.000,00 (vinte e
cinco mil reais).
- Direitos creditórios
- Cessão de direitos creditórios:
- FICFIDC
- Parcela preponderante
- Cedente
- Cota sênior
- Cota subordinada
- Amortização
5.3.14 - Fundo de investimentos
em participações - FIP
Fundo de investimento em participações são fundos destinados a
investidores qualificados que investem em empresas listadas ou
não listadas em bolsa com o objetivo de assumir o controle (ou
delegar a gestão) para valorização da companhia.
- Investida
- Desinvestimento
- Chamada de capital
Classificação de FIP

- Capital Semente;
- Empresas Emergentes;
- Infraestrutura (FIP-IE);
- Produção Econômica Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento
e Inovação (FIP-PD&I); e
- Multiestratégia.
Capital Semente
- As investidas devem ter receita bruta anual de até R$ 16.000.000,00
(dezesseis milhões de reais) apurada no exercício social encerrado em
ano anterior ao primeiro aporte do fundo, sem que tenha apresentado
receita superior a esse limite nos últimos 3 (três) exercícios sociais;
- estão dispensadas de seguir as práticas de governança
Empresas Emergentes
- As investidas devem ter receita bruta anual de até R$ 300.000.000,00
(trezentos milhões de reais) apurada no exercício social encerrado no
ano anterior ao primeiro aporte do fundo, sem que tenha apresentado
receita superior a esse limite nos últimos 3 (três) exercícios sociais.
FIP- Infraestrutura e FIP- Produção Econômica Intensiva em
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação:
O FIP-IE e o FIP-PD&I devem manter seu patrimônio líquido investido em
empresas que desenvolvam, respectivamente, novos projetos de infraestrutura
ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação
no território nacional, nos setores de:
I. energia;
II. transporte;
FIP- Infraestrutura e FIP- Produção Econômica Intensiva em
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação:
O FIP-IE e o FIP-PD&I devem manter seu patrimônio líquido investido em
empresas que desenvolvam, respectivamente, novos projetos de infraestrutura
ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação
no território nacional, nos setores de:
I. energia;
II. transporte;
III. água e saneamento básico;
IV. irrigação; e
V. outras áreas tidas como prioritárias pelo Poder Executivo Federal.
Multiestratégia
Multiestratégia é aquele que não se classifica nas demais categorias por admitir
o investimento em diferentes tipos e portes de sociedades investidas.
Estudo de caso
5.5.1 - Classificação Anbima de Fundos de
Investimentos
Ela agrupa fundos de investimento com as mesmas características,
identificando-os pelas suas estratégias e fatores de risco. Esse
agrupamento facilita a comparação de performance entre os diferentes
fundos e auxilia o processo de decisão de investimento, além de contribuir
para aumentar a transparência do mercado.
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos

Nível 3: Estratégia de
investimentos
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos

- Simples

Nível 3: Estratégia de
investimentos
Renda Fixa
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Simples - Renda Fixa Simples

Renda Fixa
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Simples - Renda Fixa Simples

- Indexado

Renda Fixa
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Simples - Renda Fixa Simples

- Indexado - Índices

Renda Fixa
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Simples - Renda Fixa Simples

- Indexado - Índices

- Baixa duração
Renda Fixa - Média duração
- Alta duração
- Livre duração
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Simples - Renda Fixa Simples

- Indexado - Índices

- Baixa duração - Soberano


Renda Fixa - Média duração
- Alta duração
- Livre duração
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Simples - Renda Fixa Simples

- Indexado - Índices

- Baixa duração - Soberano


Renda Fixa - Média duração - Grau de investimento
- Alta duração
- Livre duração
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Simples - Renda Fixa Simples

- Indexado - Índices

- Baixa duração - Soberano


Renda Fixa - Média duração - Grau de investimento
- Alta duração - Crédito LIvre
- Livre duração
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Simples - Renda Fixa Simples

- Indexado - Índices

- Baixa duração - Soberano


Renda Fixa - Média duração - Grau de investimento
- Alta duração - Crédito LIvre
- Livre duração
- Investimento
no exterior
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Simples - Renda Fixa Simples

- Indexado - Índices

- Baixa duração - Soberano


Renda Fixa - Média duração - Grau de investimento
- Alta duração - Crédito LIvre
- Livre duração
- Investimento - Investimento Exterior
no exterior
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Simples - Renda Fixa Simples

- Indexado - Índices

- Baixa duração - Soberano


Renda Fixa - Média duração - Grau de investimento
- Alta duração - Crédito LIvre
- Livre duração
- Investimento - Investimento Exterior
no exterior - Dívida externa
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado

Ações
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

Ações
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

- Ativo

Ações
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

- Ativo - Valor/Crescimento

Ações
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

- Ativo - Valor/Crescimento
- Dividendos

Ações
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

- Ativo - Valor/Crescimento
- Dividendos
- Sustentab/Governança
Ações
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

- Ativo - Valor/Crescimento
- Dividendos
- Sustentab/Governança
Ações - Small Caps
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

- Ativo - Valor/Crescimento
- Dividendos
- Sustentab/Governança
Ações - Small Caps
- Índice Ativo
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

- Ativo - Valor/Crescimento
- Dividendos
- Sustentab/Governança
Ações - Small Caps
- Índice Ativo
- Setoriais
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

- Ativo - Valor/Crescimento
- Dividendos
- Sustentab/Governança
Ações - Small Caps
- Índice Ativo
- Setoriais
- Livre
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

- Ativo - Valor/Crescimento
- Dividendos
- Sustentab/Governança
Ações - Small Caps
- Índice Ativo
- Setoriais
- Livre

- Específicos
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

- Ativo - Valor/Crescimento
- Dividendos
- Sustentab/Governança
Ações - Small Caps
- Índice Ativo
- Setoriais
- Livre

- FMP-FGTS
- Específicos
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

- Ativo - Valor/Crescimento
- Dividendos
- Sustentab/Governança
Ações - Small Caps
- Índice Ativo
- Setoriais
- Livre

- FMP-FGTS
- Específicos - Fechado
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

- Ativo - Valor/Crescimento
- Dividendos
- Sustentab/Governança
Ações - Small Caps
- Índice Ativo
- Setoriais
- Livre

- FMP-FGTS
- Específicos - Fechado
- Mono Ações
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

- Ativo - Valor/Crescimento
- Dividendos
- Sustentab/Governança
Ações - Small Caps
- Índice Ativo
- Setoriais
- Livre

- FMP-FGTS
- Específicos - Fechado
- Mono Ações
- Investimento
no Exterior
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Indexado - Índices

- Ativo - Valor/Crescimento
- Dividendos
- Sustentab/Governança
Ações - Small Caps
- Índice Ativo
- Setoriais
- Livre

- FMP-FGTS
- Específicos - Fechado
- Mono Ações
- Investimento - Investimento
no Exterior no Exterior
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Alocação - Balanceados

Multimercado
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Alocação - Balanceados
- Dinâmicos

Multimercado
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Alocação - Balanceados
- Dinâmicos

- Estratégia - Macro

Multimercado
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Alocação - Balanceados
- Dinâmicos

- Estratégia - Macro
- Trading
Multimercado
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Alocação - Balanceados
- Dinâmicos

- Estratégia - Macro
- Trading
Multimercado - Long and Short Neutro
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Alocação - Balanceados
- Dinâmicos

- Estratégia - Macro
- Trading
Multimercado - Long and Short Neutro
- Long and Short
Direcional
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Alocação - Balanceados
- Dinâmicos

- Estratégia - Macro
- Trading
Multimercado - Long and Short Neutro
- Long and Short
Direcional
- Juros e moedas
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Alocação - Balanceados
- Dinâmicos

- Estratégia - Macro
- Trading
Multimercado - Long and Short Neutro
- Long and Short
Direcional
- Juros e moedas
- Livre
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Alocação - Balanceados
- Dinâmicos

- Estratégia - Macro
- Trading
Multimercado - Long and Short Neutro
- Long and Short
Direcional
- Juros e moedas
- Livre
- Capital Protegido
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Alocação - Balanceados
- Dinâmicos

- Estratégia - Macro
- Trading
Multimercado - Long and Short Neutro
- Long and Short
Direcional
- Juros e moedas
- Livre
- Capital Protegido
- Estratégia Específica
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Alocação - Balanceados
- Dinâmicos

- Estratégia - Macro
- Trading
Multimercado - Long and Short Neutro
- Long and Short
Direcional
- Juros e moedas
- Livre
- Capital Protegido
- Estratégia Específica
- Investimento
no Exterior
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

- Alocação - Balanceados
- Dinâmicos

- Estratégia - Macro
- Trading
Multimercado - Long and Short Neutro
- Long and Short
Direcional
- Juros e moedas
- Livre
- Capital Protegido
- Estratégia Específica
- Investimento - Investimento
no Exterior no Exterior
Nível 1: Classe de ativos Nível 2: Riscos Nível 3: Estratégia de
investimentos

Cambial Cambial Cambial


5.6.1 - Resumo Associativo
- FIC x FI;
- Documentos dos fundos de investimentos;
- Funções dentro do fundo;
- Chinese Wall;
- Cotização x descotização;
- Classificação CVM;
- Tributação;
- FII
- FIDC
- ETF
- FIPE
- Código de regulação e melhores práticas
- Classificação Anbima
6.0.1 - O que esperar
Previdência complementar aberta: VGBL e PGBL
Proporção: DE 5 A 10%
Peso: 3 a 5 questões
6.1.1 - Panorama da Previdência
Definição

A Previdência Social é um seguro que garante a renda do contribuinte e de sua


família, em casos de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e velhice. Oferece
vários benefícios que juntos garantem tranquilidade quanto ao presente e em
relação ao futuro assegurando um rendimento seguro.
Regimes de previdência

- Regime Geral da Previdência Social (RGPS): previdência dos trabalhadores


da iniciativa privada e trabalhadores rurais. Esse regime é gerido pelo
Instituto Nacional de Seguridade Social, o INSS.

- Regime próprio de previdência social (RPPS): previdência dos trabalhadores


da iniciativa pública. Esse regime é gerido pelos Estados, Municípios e ainda
pela União.
Limitação da previdência

Por serem geridas sob o regime de repartição simples, o RGPS tem um limitador
de aposentadoria no valor R$ 7.087,22. Além disso, o RPPS federal também
possui o limitador, porém conta com a possibilidade do servidor contrar uma RPC
(Regime de previdência complementar).
Definição da previdência complementar

O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma


autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo,
baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado,
regulado por lei complementar.
6.2.1 - Características dos Produtos
Definição dos produtos

- FIE: fundo de investimento especificamente constituído para atender os


planos de previdência. É através deste instrumento que o dinheiro dos
investidores é alocado no mercado financeiro;
- VGBL: Vida Gerador de Benefício Livre.
- PGBL: Plano Gerador de Benefício Livre.

Os planos VGBL e PGBL são os produtos de previdência complementar que,


importante salientar, não são considerados produtos de investimentos, mas de
aposentadoria ou seguro.
Fases da previdência

- Diferimento: período compreendido entre o momento da contratação do


plano e o início do recebimento do benefício;
- Benefício: período em que o titular do plano passa a receber a aposentadoria.
6.2.2 - Custos da Previdência
Custos da previdência complementar

- Taxa de Carregamento: percentual cobrado sobre cada um dos aportes


realizados pelo titular do plano. Essa taxa pode ser cobrada no momento dos
aportes ou do resgate/benefício;
- Taxa de administração: percentual pelo FIE e calculado sobre o valor total do
fundo;
- Taxa de Performance: percentual cobrado pelo FIE e calculado sobre a
performance do fundo.
6.2.3 - Benefícios da previdência complementar
Tipos de benefícios

- Renda por sobrevivência: pago ao titular do plano após converter o saldo em


renda;
- Renda por invalidez: pago ao titular do plano, se contratado, renda em caso
de invalidez;
- Pecúlio por invalidez: indenização paga, se contratado, ao titular em caso de
invalidez;
- Pensão por morte: renda paga ao beneficiário do plano, se contratado, em
caso de morte do titular;
- Pecúlio por morte: indenização paga ao beneficiário do plano, se contratado,
em caso de morte do titular.
Tipos de renda por sobrevivência

- Renda vitalícia;
- Renda vitalícia conversível ao cônjuge;
- Renda vitalícia conversível ao cônjuge e continuidade aos filhos menores;
- Renda vitalícia com prazo mínimo;
- Renda temporária;
- Renda com prazo certo.
Resgate

Durante a fase de diferimento é permitido o resgate parcial ou total.

Há de se observar somente o prazo mínimo de carência de 60 dias e máximo de


60 meses para resgate total ou ainda, prazo mínimo de 60 dias e 6 meses para
resgate parcial.
6.2.4 - Declaração Anual de Ajuste de IR
Quem é obrigado a declarar IR

- Teve ganhos tributáveis a partir de R$ 28.559,70 no ano;


- Obteve ganhos isentos ou tributados exclusivamente na fonte, acima de R$
40 mil, incluindo FGTS e seguro-desemprego;
- A soma dos seus bens e direitos era de mais de R$300 mil
- Fez alguma operação na Bolsa de Valores;
- Obteve receita bruta em atividade rural acima de R$142.798,50;
- Quer compensar as perdas na área.
Modelos de declaração

- Simplificado: neste modelo a Receita Federal permite um abatimento da base


de cálculo de 20% sobre a renda, limitado a R$ 16.754,34;
- Completo: neste modelo o contribuinte informa a Receita despesas que teve
no ano anterior com educação, saúde, dependentes e previdência
complementar para abater no imposto.
6.2.5 - Tributação Progressiva
Definição

A tabela de imposto de renda progressiva também é chamada de compensável,


isso porque, o imposto retido através desta tabela é levado a declaração e está
sujeito a compensação ou ajustes. Em outras palavras, o imposto retido através
desta tabela, é passível de eventual restituição ou ainda, de um pagamento
adicional.

O cálculo do imposto é com base no valor a receber. Essa tabela deve ser
recomendada para clientes que terão pouco valor a receber ou ainda tem
horizonte de tempo curto
Tabela com base mensal

Base de cálculo mensal Alíquota Parcela a deduzir

até R$ 1.903,98 -

de R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65 7,5% R$ 142,80

de R$ 2.826,66 a R$ 3.751.05 15% R$ 354,80

de R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 22,5% R$ 636,13

Acima de R$ 4.664,68 27,5% R$ 869,36


Tabela com base anual
Base de cálculo anual Alíquota Parcela a deduzir

até R$ 22.847,76 -

de R$ 22.847,77 a R$ 33.919,80 7,5% R$ 1.713,60

de R$ 33.919,81 a R$ 45.012,60 15% R$ 4.257,60

de R$ 45.012,61 a R$ 55.976,16 22,5% R$ 7.633,56

Acima de R$ 55.976,16 27,5% R$ 10.432,32


Pontos importantes

- A tabela progressiva se aplica SOMENTE em caso de renda;


- O IR total devido só é conhecido pelo cliente no momento da declaração
anual de ajuste de IR.
6.2.6 - Tributação Regressiva
Definição

Também chamada de tabela definitiva, o imposto retido através desta tabela não
está sujeito a ajustes. Em outras palavras, não há possibilidade de eventual
restituição ou ainda, não há possibilidade de pagar mais do que já foi retido.

O cálculo do imposto é com base no tempo de permanência e, por isso, essa


tabela é recomendada para clientes que têm um horizonte de tempo longo.
Tabela regressiva

Prazo Alíquota
Até 2 anos 35%
de 2 a 4 anos 30%
de 4 a 6 anos 25%
de 6 a 8 anos 20%
de 8 a 10 anos 15%
acima de 10 anos 10%
Tabela regressiva (PEPS x PMP)

Prazo Alíquota
Até 2 anos 35%
de 2 a 4 anos 30%
de 4 a 6 anos 25%
de 6 a 8 anos 20%
de 8 a 10 anos 15%
acima de 10 anos 10%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
6.2.7 - Portabilidade
Definição

Durante a fase de diferimento é permitido ao titular do plano solicitar a


transferência do administrador do plano sem a necessidade de resgate.
Características

- Não tem imposto de renda;


- Somente o mesmo CPF;
- Somente de PGBL para PGBL de VGBL para VGBL;
- Pode haver cobrança de carregamento;
- Carência mínima de 60 dias e máximo de 180 dias.
6.2.8 - Riscos da previdência
Definição

Como qualquer outro produto do mercado financeiro, ao investir em previdência


complementar, o investidor precisa tomar ciência dos riscos. Além dos riscos
presentes nas demais modalidades de investimentos, temos de reforçar que
existe o risco de crédito da seguradora.
6.2.9 - Excedente Financeiro
Definição

A reversão de resultados financeiros, caso contratada, dar-se-á a partir da data de


concessão do benefício e pelo prazo que for estabelecido no regulamento do
plano. O saldo da provisão técnica de excedentes financeiros (observados à
época a periodicidade e o prazo de duração convencionados no regulamento do
plano) será pago diretamente ao assistido, ou revertido à provisão matemática de
benefícios concedidos, de maneira a proporcionar aumento ao benefício pago sob
a forma de renda.
6.3.1 - VGBL x PGBL
Definição

PGBL: permite a dedução de até 12% da renda bruta tributável do contribuinte.


Apesar da dedução na hora do aporte, quando do resgate (ou renda) o imposto de
renda é calculado sobre o valor total do plano (aporte + rendimento). Isso é o que
chamamos de diferimento de imposto.

VGBL: não permite nenhuma dedução de imposto de renda quando do aporte,


entretanto, no momento do resgate o imposto de renda será calculado somente
sobre o rendimento.
Regras do PGBL

- Limite de dedução é, no máximo, 12%;


- Fazer declaração de IR pelo modelo completo;
- Ser contribuinte de algum regime de previdência oficial.
6.3.2 - Planejamento PGBL
Tabela com base anual
Base de cálculo anual Alíquota Parcela a deduzir

até R$ 22.847,76 -

de R$ 22.847,77 a R$ 33.919,80 7,5% R$ 1.713,60

de R$ 33.919,81 a R$ 45.012,60 15% R$ 4.257,60

de R$ 45.012,61 a R$ 55.976,16 22,5% R$ 7.633,56

Acima de R$ 55.976,16 27,5% R$ 10.432,32


Simulação de imposto de renda VGBL

- Renda anual do cliente: R$ 100.000,00


- Aporte no VGBL: R$ 10.000,00
- Rendimento: 10% ao ano
- Saldo após 10 anos: R$ 25.937,42
- Rendimento: R$ 15.937,42
- Imposto de Renda: 10%
- Valor do imposto: R$ 1.593,74
- Saldo Líquido do Resgate: R$ 24.434,64
Simulação de imposto de renda VGBL

- Salário anual do cliente: R$ 100.000,00


- Imposto sobre a renda: R$ 17.067,68
- Saldo do salário: R$ 82.932,32
- Investimento no VGBL: R$ 10.000,00
- Saldo após o investimento: R$ 72.932,32
Simulação de imposto de renda PGBL

- Renda anual do cliente: R$ 100.000,00


- Aporte no PGBL: R$ 10.000,00
- Rendimento: 10% ao ano
- Saldo após 10 anos: R$ 25.937,42
- Imposto de Renda: 10%
- Valor do imposto: R$ 2.593,74
- Saldo Líquido do Resgate: R$ 23.343,68
Simulação de imposto de renda PGBL

- Salário anual do cliente: R$ 100.000,00


- Investimento no PGBL: R$ 10.000,00
- Nova base de cálculo do imposto: R$ 90.000,00
- Imposto sobre a renda: R$ 14.317,68
- Saldo do salário após o investimento: 75.682,32
7.0.1 - O que esperar
Mensuração e Gestão de Performance e riscos
Proporção: DE 10 A 20%
Peso: 6 a 12 questões
7.1.1 - Introdução a Estatística
7.1.2 - Medidas de posição central
Definição

Ramo da matemática que trata da coleta, da análise, da interpretação e da


apresentação de massas de dados numéricos.
Definição de Média

A média é o valor definido como uma grandeza equidistante dos extremos de


outras grandezas. No mercado financeiro vamos utilizar a média para representar
a rentabilidade histórica de um determinado investimento.
Definição de Mediana

A Mediana é o dado que está equidistante das extremidades de uma série de


dados. No mercado financeiro, utilizamos a mediana na leitura de projeção de
dados de mercado por vários especialistas. É útil para excluir as projeções mais
pessimistas e mais otimistas.
Definição de Moda

A moda é o elemento com maior frequência em uma série de dados. No mercado


financeiro utilizamos para projeções de frequência de um dado se repetir no
futuro.
7.1.3 - Medidas de dispersão
Medidas de dispersão

As medidas de dispersão são utilizadas para apontar a variação de determinados


indicadores em relação à média. No mercado financeiro é principalmente utilizado
para mensuração de riscos.
Definição de variância

A variância é uma medida de dispersão que mostra o quão distante cada valor
desse conjunto está do valor central. No mercado vamos utilizar para medir a
oscilação (risco de mercado) de um determinado ativo.
Definição de Desvio Padrão

É um parâmetro muito usado em estatística que indica o grau de variação de um


conjunto de elementos. Vamos utilizar o desvio padrão para medir o risco de
mercado dos ativos.
7.1.4 - Medidas de associação entre duas
variáveis
Definição de Covariância

A covariância, ou variância conjunta, é uma medida do grau de interdependência


numérica entre duas variáveis aleatórias. No mercado financeiro usamos
covariância para medir a diversificação de uma carteira.
Definição de Correlação

A correlação se refere a uma medida entre duas ou mais variáveis que se


relacionam. É uma medida que “deriva” da covariância e vamos utilizar para
mensurar a correlação de dois ou mais ativos.
Definição de Correlação

O coeficiente de correlação é uma medida que estará sempre no intervalo [-1, 1],
ou seja, entre -1 e 1. Quanto mais próximo de -1, maior a diversificação e mais
próximo de 1, menor a diversificação.
Coeficiente de determinação

O coeficiente de determinação, também chamado de R², é uma medida de ajuste


de um modelo estatístico linear generalizado, como a regressão linear simples ou
múltipla, aos valores observados de uma variável aleatória. No mercado financeiro
vamos utilizar o R2 para mensurar a variação de um ativo em razão de outro.
7.1.5 - Distribuição Normal
Definição

Em probabilidade e estatística, a distribuição normal é uma das distribuições de


probabilidade mais utilizadas para modelar fenômenos naturais. Vamos utilizar a
distribuição normal (também chamada de distribuição de Gauss ou curva de
Gauss) para definir a probabilidade de retorno de um dado investimento.
Intervalo Rentabilidade

Mês 1 2%

Mês 2 0,5%

Mês 3 -1%

Mês 4 1,5% Média: 1


Desvio Padrão: 1,27
Mês 5 2%
Média: 1%
Desvio Padrão: 1,27%
Intervalos de probabilidade

- Média + 1 DP e Média - 1 DP = 68% de probabilidade


- Média + 1,96DP e Média - 1,96DP = 95% de probabilidade
- Média + 2 DP e Média - 2DP = 95,44% de probabilidade
- Média + 3 DP e Média - 3 DP = 99% de probabilidade
7.1.6 - Risco de ativos x Risco de um portfólio
Definição

Como vimos ao longo do curso, todos os ativos financeiros têm, em maior ou


menor grau, riscos. Nesta aula veremos os tipos de riscos e o princípio da
dominância em investimentos.
Tipos de Riscos

- Risco de Crédito: probabilidade de inadimplência por parte de um emissor de


renda fixa. Pode ser mensurado por um mecanismo chamado Rating;
- Risco de Mercado: mudança de preço dos ativos. Pode ser mensurado pelo
desvio padrão;
- Risco de Liquidez: dificuldade de vender o ativo pelo preço justo. Pode ser
medido pelo volume de negociação do ativo no mercado.
Princípio da dominância entre ativos

O princípio da dominância afirma que o investidor racional prefere o investimento


que proporcione o maior retorno esperado para o mesmo nível de risco. Ou ainda
o menor risco para o mesmo retorno esperado.
Risco de um portfólio de investimentos

Ao analisar o portfólio de um investidor, temos de analisar o risco de todo o


portfólio e não apenas de um ativo. Para mensurar o risco de uma carteira de
ativos é necessário analisar a correlação entre os ativos.
7.1.7 - Risco Sistemático e Risco Não
Sistemático (diversificável)
Definição

O risco sistemático de um ativo está relacionado à sua exposição ao risco de todo


o sistema financeiro. O não sistemático está relacionado ao risco do ativo ou do
setor.
Quantidade de ativos

Quantidade de ativos
Coeficiente beta

O coeficiente beta de um investimento indica se o investimento é mais ou menos


volátil do que o mercado como um todo. É uma medida de mensurar o risco
sistemático de um ativo.
7.1.8 - Medidas de Performance e Risco
Índice de Sharpe
Índice de Sharpe é um indicador que mede o retorno excedente de uma aplicação
financeira em relação a outra aplicação livre de risco.
Dado uma Selic de 3%, dois fundos de investimento que renderam 9% num
período. Se o fundo A apresentou risco de 3% e o fundo B apresentou risco de 2%,
qual seria o melhor fundo?

Fundo A Fundo B
Índice de Treynor
Índice de Treynor é um indicador que mede o retorno excedente de uma aplicação
financeira em relação ao risco sistemático
7.2.1 - Risco de Taxa de Juros e Duration
Risco de Taxa de juros

Este risco está ligado à possibilidade da variação da taxa de juros durante o


período de um investimento. Os títulos de renda fixa são precificados diariamente
e, quanto maior a variação da taxa de juros (ou à expectativa de mudança), maior
tende a ser a oscilação de preço dos ativos (risco de mercado);
Duration

Duration de Macaulay é uma medida usada para estimar a maturidade média de


um fluxo de caixa. Esse conceito é muito usado na estimação do prazo médio de
um título de renda fixa com pagamento de cupom.
Duration Modificada
A Duration Modificada ajuda na precificação do ativo de renda fixa com cupom,
em função de alteração na taxa de juros de mercado.
Imunização de carteira
Deixar sua carteira imune à variação de taxas de juros. Para fazer isso, a
tesouraria da instituição financeira procura manter sua posição comprada e
vendida com a mesma duration.
7.2.2 - Risco de Crédito e Rating
Definição dos riscos de crédito

- Risco Soberano: risco presente em títulos públicos federais e considerado o


menor risco de todo o mercado;
- Risco de crédito privado: risco presente em títulos de renda fixa de emissão
privada.
Classificação de risco de crédito

O risco de crédito é classificado através de Ratings, ou seja, de notas de avaliação


de crédito que são elaboradas por agências classificadoras de crédito.
Covenant

Um contrato de empréstimo é uma condição em uma emissão de dívida que exige


que o tomador cumpra certas condições ou que proíbe o tomador de executar
determinadas ações.
Cross Default
Cross default, em tradução livre, quer dizer calote cruzado. Em outras palavras, é
quando o vencimento de uma dívida torna todas vincendas como vencidas.
Risco país
Emerging Markets Bond Index Plus (o EMBI+ ou, em tradução livre, o Índice de
Títulos da Dívida de Mercados Emergentes), o índice de atualização diária criado
pelo Banco estadunidense JP Morgan ainda na década de 1990.
7.2.3 - Risco de Contraparte e risco de liquidação
Risco de contraparte

O risco de contraparte é o risco de que a contraparte de um negócio não cumpra


as suas obrigações contratuais.
Risco de liquidação

Risco de que uma liquidação em um sistema de transferência não se realize


segundo o esperado.
7.2.4 - Gestão de risco de carteiras
Gerenciamento de riscos

O gerenciamento de riscos de carteira é feito através de uma modelagem de risco


conhecida no mercado como VAR (value at risk). O objetivo desta modelagem é
prever o risco de uma carteira de investimentos em um determinado intervalo de
tempo.
Definição VAR

Value at Risk é um método para avaliar o risco em operações financeiras. O VaR


resume, em um número, o risco de um produto financeiro ou o risco de uma
carteira de investimentos, de um montante financeiro.
BackTest

Backtesting é um processo de testagem de modelos matemáticos, utilizando


séries temporais, para predizer o comportamento de sistemas dinâmicos. É usado
em vários campos, tais como oceanografia, meteorologia e na indústria
financeira.
Stop Loss

O Stop Loss é uma ordem de desmontagem de operação disparada


automaticamente quando a carteira de investimentos excede os limites
estabelecidos pelo VaR.
Stress Test

Um teste de estresse, na terminologia financeira, é uma análise ou simulação


projetada para determinar a capacidade de um determinado instrumento
financeiro ou instituição financeira de lidar com uma crise econômica.
7.2.5 - Tracking Error e Erro Quadrático Médio
Tracking Error

O Tracking Error é uma medida do risco em um portfólio de investimentos devido


a decisões de gerenciamento ativas tomadas pelo gerente do portfólio; indica
quão perto uma carteira segue o índice ao qual é comparada.

Benchmark Retorno do Fundo

Fundo A 1,5% 1,45%

Fundo B 1,5% 1,60%


Erro Quadrático Médio
Erro Quadrático Médio ou simplesmente EQM, é um meio utilizado para analisar o
desempenho de fundos com gestão passiva.
O objetivo do EQM é comparar as variações das cotas do fundo e indicadores de
referência, também conhecidos como benchmark, por meio do cálculo ponderado
de seus desvios médios.

Benchmark Retorno do Fundo

Fundo A 1,5% 1,45%

Fundo B 1,5% 1,60%

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