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Sobre o autor:

Frederico Nobre é carioca, economista formado na UFRJ e especialista em


investimentos certificado pela ANBIMA, com mais de 6 anos de atuação no mercado
financeiro em diferentes departamentos. Atualmente trabalha como especialista de
produtos na empresa S&P Global Platts e é um dos fundadores e apoiadores do canal
de conhecimento financeiro Economia do Dia, voltado para pessoas que querem
saber mais sobre investimentos e finanças e/ou estudar para provas de certificação de
mercado.

Todo conteúdo informativo e material de


http://www.economiadodia.com.br/ divulgação é de responsabilidade do autor e não
tem vínculo formal com a ANBIMA

@economiadodia_
SOBRE A PROVA

A certificação CPA-20 faz parte do programa de educação continuada da ANBIMA e


é voltada para profissionais que atuam na distribuição de produtos de investimento
para clientes dos segmentos de varejo alta renda, private, corporate e investidores
institucionais em agências bancárias ou em plataformas financeiras. Ao obter a
certificação CPA-20, o profissional pode, automaticamente, exercer as atividades
abrangidas pela certificação CPA-10. O exame é computadorizado e não há pré-
requisito para inscrição.

A quem se destina:
Todas as pessoas que trabalham ou queiram trabalhar em instituições financeiras,
autarquias federais ou órgãos públicos que lidem com produtos de investimento

Questões: 60
Duração: 2h30
Aprovação: 70% de acertos
CONTEÚDO:

MÓDULO 1 – SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E PARTICIPANTES DO


MERCADO

MÓDULO 2 – COMPLIANCE LEGAL, ÉTICA E ANÁLISE DO PERFIL DO


INVESTIDOR

MÓDULO 3 - PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA E FINANÇAS

MÓDULO 4 - INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL, RENDA FIXA E


DERIVATIVOS

MÓDULO 5 – FUNDOS DE INVESTIMENTO

MÓDULO 6 – PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA (PGBL E VGBL)

MÓDULO 7 – MENSURAÇÃO E GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCOS


Sistema Financeiro Nacional - conjunto de órgãos que atuam para regulamentar,
fiscalizar e executar operações voltadas para políticas de moeda e crédito

SFN possui o papel de intermediar recursos entre agentes superavitários e deficitários

Agentes Sistema Financeiro Agentes


superávitários Nacional deficitários

Conjunto de instituições Tomador de recursos. Passa


Possui recursos disponíveis
viabilizam a transferência por dificuldades financeiras
e aplica em uma instituição
de recursos. Regulação e ou não consegue capital
financeira
fiscalização para trazer para investimento
confiabilidade aos negócios
Conselho Monetário Nacional (CMN)
Órgão máximo do SFN e tem como finalidade a formulação das políticas de moeda e crédito
Composição: Ministro da Economia ; Presidente do BACEN ; Secretário especial de fazenda
do Ministério da Economia
Objetivos:
. Equilibrar os meios de pagamento às necessidades da economia
. Regular o valor interno e externo da moeda (correção de desequilíbrios, prevenção de crises,
saúde financeira do balanço de pagamentos)
. Orientar a aplicação de recursos das instituições financeiras
. Promover o aperfeiçoamento das instituições financeiras para maior eficiência de mercado
. Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras
. Coordenar a política monetária, credítícia, orçamentária e fiscal
Competências:
. Autorizar emissões de papel moeda
. Direcionar a política cambial
. Disciplinar todas as modalidades de crédito
. Regular o funcionamento das Instituições Financeiras
. Limitar, sempre que necessário, taxas de operações ou serviços bancários
. Determinar um % máximo de empréstimos ao mesmo cliente ou grupo de clientes
. Expedir normas obrigatórias de contabilidade e estatística para as Instituições Financeiras
Banco Central do Brasil (BACEN)
Principal executor das orientações e normas do CMN
*O presidente do BACEN é nomeado pelo Presidente da República sob aprovação do Senado
Federal. Desde 2004, o presidente do BACEN ganhou status de Ministro de Estado

Finalidades:
. Formular, executar e monitorar políticas monetária, cambial, creditícia e financeira com o
exterior
. Gerir o Sistema Brasileiro de Pagamentos (SBP)
. Organizar, disciplinar e fiscalizar o SFN e o Sistema de Consórcio
Objetivos:
. Estabilidade de preços
. Manter as reservas internacionais em nível adequado
. Estimular a poupança
. Zelar pela liquidez da economia e pela estabilidade e aperfeiçoamento do sistema financeiro

Política econômica:

CMN – coordenação
BACEN – execução, acompanhamento e controle
Atribuições do BACEN:
. Emitir papel moeda e moeda metálica
. Executar os serviços do meio circulante
. Realizar operações de política monetária (redesconto, open market, depósito compulsório)
. Exercer o controle do crédito
. Autorizar o funcionamento das instituições financeiras (exceto empresas estrangeiras)
. Fiscalizar as instituições financeiras

Comissão de Valores Mobiliários (CVM)


Entidade autárquica, com autoridade administrativa, autonomia financeira e orçamentária que
zela pelo bom funcionamento do mercado de capitais
Objetivos:
. Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e balcão
. Proteger os investidores contra emissões irregulares, atos ilegais de profissionais do mercado e
uso de informação privilegiada
. Evitar fraudes e manipulações de mercado
. Estimular a formação de poupança e aplicação em valores mobiliários
. Garantir o acesso de investidores à informações sobre valores mobiliários e sobre as empresas
emissoras
Competências
. Disciplinar, fiscalizar e inspecionar companhias abertas e fundos de investimento
. Credenciar, fiscalizar e disciplinar atividades desempenhadas por auditores independentes,
administradores de carteiras, agentes autônomos, consultores e analistas de valores mobiliários
. Apurar através de inquérito administrativo atos e práticas ilegais de mercado

Títulos e valores mobiliários de responsabilidade da CVM:


Ações, Debêntures, Notas Promissórias, Cotas de Fundos de Investimento, Opções, Mercado a
Termo, Mercado Futuro, Swaps

Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)


Autarquia federal responsável por fiscalizar e controlar os mercados de seguro, previdência
privada aberta, capitalização e resseguro
SUSEP – supervisionar e regular
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) – órgão normativo

Competências:
. Fiscalizar a constituição e operação de seguradoras, resseguradoras, sociedades de
capitalização e entidades de previdência privada aberta
. Proteger a poupança de indivíduos efetuadas através de operações de seguros, resseguros,
capitalização ou previdência privada aberta
. Promover o aperfeiçoamento, estabilidade e expansão do sistema e das instituições vinculadas
ao Sistema Nacional de Seguros Privados e Sistema Nacional de Capitalização
. Zelar pela liquidez e solvência das instituições
. Monitorar investimentos das entidades que integram o mercado
. Cumprir as deliberações do CNSP e executar os serviços de secretaria executiva do CNSP

Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC)


É uma entidade governamental autônoma que tem como finalidade fiscalizar e supervisionar
entidades fechadas de previdência complementar e executar políticas para o regime de
previdência complementar
Competências:
. Fiscalizar, apurar e julgar infrações de entidades fechadas de previdência complementar
. Expedir instruções e determinar procedimentos para aplicação de normas
. Autorizar a constituição e funcionamento das entidades fechadas de previdência
complementar
. Mediar conflitos e promover a conciliação de entidades fechadas de previdência
complementar e seus participantes, assistidos ou patrocinadores
. Decretar intervenção ou liquidação extrajudicial de entidades fechadas de previdência
complementar
Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (ANBIMA)
Associação de bancos, gestoras, corretoras, distribuidoras e administradoras que possui quatro
objetivos principais: representar, autorregular, informar e educar

Informação – disponibilização de informações sobre segmentos de mercado baseada numa


sólida base de dados com objetivo de dar mais transparência ao mercado ; divulgação de preços
e índices de referência de mercado
Representação – proporciona o diálogo entre governo e setor privado para aprimoramento de
mercado ; incentiva boas práticas de mercado
Autorregulação – regras de adesão voluntária criadas pelo mercado em favor do mesmo e que
estão descritas nos Códigos de Autorregulação e Melhores Práticas
Educação – capacitação de profissionais por meio de certificações ; programa de educação
continuada ; conteúdo sobre educação financeira

Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação


Continuada
Tem o objetivo de estabelecer princípios de conduta e regras para atuação no mercado de
capitais através do aprimoramento técnico dos participantes. A obrigatoriedade de adesão é
apenas para instituições associadas (instituições não associadas podem assinar termo de adesão
por livre e espontânea vontade). O código NÃO se sobrepõe a legislação.
Principais padrões de conduta para profissionais certificados

Ética de mercado:
. Conhecer e observar as normas e regulamentos da ANBIMA
. Recusar a intermediação de investimentos ilícitos
. Não contribuir para a disseminação de notícias ou informações falsas
. Manter sigilo sobre informações confidenciais de clientes e empresas
Relação com a instituição empregadora:
. Não participar de atividades independentes que compitam com seu empregador
. Informar seu empregador sobre “ownership” de investimentos que possam influenciar a
atividade profissional
. Não manifestar opinião que possa degradar a imagem de seu empregador
Conduta de auxílio ao investidor:
. Manter independência e objetividade na recomendação de investimentos
. Distinguir fato de opinião
. Agir com ética e transparência em situações que possam gerar conflito de interesse
. Informar ao cliente sobre remuneração ou benefício sobre indicação de investimentos
. Orientar o cliente na tomada de decisão sobre investimentos
Risco de Imagem – impacto negativo da opinião pública (Ex: Petrobras e lava jato)
Risco Legal – perda por conta da impossibilidade de garantir os termos de um contrato

Controles Internos: resolução do CMN determina que as instituições financeiras


autorizadas a funcionar pelo BACEN devem implantar e implementar política de
controles internos, de acordo com a complexidade e risco das operações realizadas.
Cabe a diretoria das instituições implantar e implementar estrutura de controles
internos efetiva, estabelecer objetivos e procedimentos relativos aos mesmos e verificar
sistematicamente o cumprimente deles

As disposições de controles internos devem estar acessíveis para todos os funcionários


da instituição e devem conter:
. Definição de responsabilidades dentro da instituição
. Segregação de atividades de integrantes, para evitar possíveis conflitos de interesse
. Canais de comunicação confiáveis
. Avaliação contínua de riscos
. Testes periódicos de segurança da informação
Prevenção e combate a lavagem de dinheiro
Lavagem de dinheiro é o processo de transformação de recursos obtidos de forma ilegal em
ativos cuja origem é aparentemente legal

Processo:
Distanciamento de fundos Disfarce através de movimentações Disponibilização do
dinheiro “limpo”

Punição:
Reclusão de três a dez anos e multa aplicada pelo COAF, não superior ao:
- Dobro do valor da operação
- Dobro do lucro real obtido na operação
- R$20.000.000,00
Obs: pena pode ser reduzida de um a dois terços caso haja colaboração com autoridades e
aumentada de um a dois terços caso os crimes tenham sido cometidos de forma reincidente ou
por intermédio de organização criminosa
Operações que são indícios de crimes de lavagem de dinheiro:
. Aumento considerável no número de depósitos de pessoas físicas ou jurídicas
. Troca de muitas notas de pequeno valor por notas de maior valor
. Grandes transações de troca de moeda estrangeira
. Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio
. Movimentações em diversas contas para o mesmo indivíduo ou empresa

Fases da lavagem de dinheiro:

1 – Colocação: o criminoso quer ocultar a origem do dinheiro, movimentando recursos em


países com regras mais permissivas. Mecanismos: depósitos, compra de bens ou ativos
negociáveis. Estratégias: fracionamento de valores, estabelecimentos que aceitam apenas cash

2 - Ocultação: o criminoso quer dificultar o rastreamento do dinheiro para quebrar a cadeia de


evidências. Mecanismos: movimentação eletrônica (principalmente em países com regras de
sigilo bancário). Estratégias: utilização de contas anônimas ou contas fantasmas.

3 - Integração: o criminoso quer inserir os ativos formalmente no sistema econômico.


Mecanismos: investimentos em empreendimentos. Estratégias: holdings que prestam serviços
entre si, cadeia interconectada de serviços.
Exemplos:
Colocação – remessa de recursos ilícitos para outro país, compra de imóvel em cash com
dinheiro ilegal
Ocultação – envio de recursos para paraísos fiscais, troca de moeda
Integração – compra de hotéis, restaurantes, negócios, doações de contas fantasmas, empresas
de fachada

Identificação de clientes: a lei sobre crimes de lavagem de dinheiro exige que as instituições
financeiras mantenham o cadastro de clientes atualizado, bem como registro das transações
financeiras, títulos e demais ativos. As instituições devem atender todas as requisições do
COAF de acordo com prazo fixado pelo órgão judicial.
Cadastros e registros de transações devem ser armazenados por cinco anos e testes de
verificação devem ser feitos com prazo máximo de um ano para adequação de cadastro de
clientes

Pessoa politicamente exposta (PEP): agentes públicos que desempenham ou tenham


desempenhado cargos relevantes nos últimos cinco anos, bem como seus familiares próximos
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF): órgão máximo no combate à
lavagem de dinheiro que tem por finalidade identificar, examinar, disciplinar e aplicar penas
administrativas para operações financeiras ilícitas
Competências:
. Receber e avaliar suspeitas de atividades financeiras ilícitas
. Comunicar as autoridades competentes
. Coordenar e propor acordos de cooperação e troca de informações
. Disciplinar e aplicar penas administrativas

Comunicação ao COAF:
As instituições financeiras devem comunicar ao COAF:
. Depósitos ou saques superiores ao valor de 50 mil reais ou o equivalente em moeda
estrangeira no mês calendário
. Cheque, TED ou qualquer transferência superior a 50 mil reais
. Depósitos ou saques em espécie que apresentem indícios de ocultação da sua natureza
Obs: a comunicação deve ser feita até 1 dia útil após verificação
Convenção de Viena (1988) – convenção contra o tráfico ilícito de entorpecentes e de
substâncias psicotrópicas. A convenção foi aprovada pelo Congresso Nacional em 1991

Informação privilegiada – informação relevante fora de domínio público

Insider trader – tem acesso a informações privilegiadas e as utiliza em benefício próprio ou de


terceiros
Front runner – apropria-se de operações de clientes, executando primeiramente em sua própria
conta ou contas associadas

Confidencialidade – o profissional de investimentos deve manter sigilo sobre informações de


clientes, a menos que haja alguma solicitação de órgão de justiça

Conflito de interesse – qualquer situação na qual o profissional tem interesses próprios que
aparentemente podem influenciar seus objetivos. A recomendação é se conscientizar de
qualquer conflito, divulgá-lo abertamente e se oferecer para eliminá-lo.
Código de distribuição de produtos de investimento ANBIMA

Aderente: instituições que aderem ao código por meio contratual e estão comprometidas a
seguir as regras deste documento específico
Associada/filiada: instituições que têm vínculo associativo e que são comprometidas a seguir
todo o código de autorregulação da ANBIMA

Objetivos:
. Manter um elevado padrão de ética no mercado, promover a concorrência leal, a
padronização de procedimentos corretos, a transparência no relacionamento com investidores e
a qualificação de instituições e profissionais que atuam na distribuição de produtos de
investimento

Exigências mínimas para as instituições desempenharem atividade de distribuição de produtos


de investimento
. Estar em norma com a regulamentação e devidamente registrada
. Prestar informações efetivas aos clientes orientando sobre os riscos de cada aplicação
. Adotar procedimentos de “KYC” (conheça seu cliente ou “know your customer”)
. Adotar verificação dos produtos de investimento ao perfil do investidor (API)
Publicidade e divulgação de material sobre produtos de investimento
Todo material de publicidade é de responsabilidade de quem o divulga e a conformidade com o
código deve ser respeitada mesmo que o material tenha sido desenvolvido por prestadores de
serviço. É proibida a divulgação de comparativo de investimentos de categorias ou instituições
distintas

Regras de publicidade ANBIMA:

. Adesão ao código:
ESTA INSTITUIÇÃO É ADERENTE AO CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E
MELHORES PRÁTICAS PARA ATIVIDADES DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE
INVESTIMENTO NO VAREJO
. Rentabilidade:
A RENTABILIDADE DIVULGADA NÃO É LÍQUIDA DE IMPOSTOS
. Simulação de rentabilidade
AS INFORMAÇÕES PRESENTES NESSE MATERIAL SÃO BASEADAS EM
SIMULAÇÕES E OS RESULTADOS REAIS PODERÃO SER SIGNIFICATIVAMENTE
DIFERENTES
. Garantias:
TRATA-SE DE UMA MODALIDADE DE INVESTIMENTO QUE NÃO CONTA COM A
GARANTIA DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO (FGC)
Adequação de perfil do investidor (API):
instituições participantes devem eleger critérios próprios para estabelecimento de
procedimentos formais de cadastro e verificação do processo de API, em conformidade com as
diretrizes do Conselho de Regulação e Melhores Práticas. API não se aplica a pessoa jurídica
considerada investidor qualificado

Informações minimamente necessárias sobre os objetivos do investidor:


. Período de investimento
. Preferências declarada sobre risco
. Finalidade do investimento
Informações minimamente necessárias sobre a situação financeira do investidor:
. Valor de receitas regulares
. Valor dos ativos sob patrimônio
. Necessidade futura de recursos
Informações minimamente necessárias sobre o conhecimento do investidor:
. Tipos de produtos e operações que o cliente conhece
. Tipo, frequência e volume das operações que o cliente já realizou
. Formação acadêmica e experiência profissional

As instituições devem atualizar o perfil do investidor minimamente a cada dois anos


Finanças comportamentais e a decisão do investidor
As finanças comportamentais sugerem que apesar da maioria das decisões econômicas serem
tomadas de forma racional e deliberada, devemos também levar em conta decisões emocionais e
automáticas dos indivíduos, que muitas vezes se apegam a simplificações ou regras de bolso
conhecidas como heurísticas

As heurísticas podem nos induzir a erros de percepção e análise chamados de vieses:

Heurística da disponibilidade – decisões influenciadas por fatos recentes que ficam na cabeça
do investidor. Por conta do víes da facilidade de lembrança, indivíduos tendem a pensar que
determinados eventos são mais prováveis de acontecer.
Ex: vender ações de uma companhia ferroviária após noticiário mostrar acidente de trem

Heurística da representatividade – indivíduos fazem associações de estereótipos e julgam


eventos por aparência e semelhança, desconsiderando informações relevantes e as próprias
regras de estatística. Pode se manifestar por meio do viés da falta de sensibilidade a uma base
ou amostra, concepções erradas sobre o acaso e sobre a conjunção de eventos ou regressão à
média
Ex: nunca mais investir em ações por conta de uma experiência negativa
Heurística da ancoragem - informação prévia funciona como âncora, muitas vezes baseada em
um valor específico. Desta heurística surgem os vieses de ajuste insuficiente da âncora e excesso
de confiança
Ex: um investidor comprou ações a trinta reais e viu elas caírem para dezenove reais, mas
independentemente da perspectiva resolve que não vende as ações até que voltem para os trinta
reais

Aversão a perda – indivíduos tendem a dar mais importância as perdas do que aos ganhos.
Existem estudos que mostram que a dor da perda é sentida com mais intensidade do que o
prazer do ganho
Ex: jovem investe apenas em poupança por medo de perder dinheiro
3.1 Conceitos Básicos de Economia

PIB (Produto Interno Bruto)


. É a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país durante certo período de
tempo. Considera apenas os bens e serviços finais, para não calcular a mesma coisa
duas vezes (a matéria-prima usada na fabricação não é levada em conta)
. O PIB é obtido pela equação:
PIB = Consumo (C) + Investimentos (I) + Gastos do Governo (G) + Saldo da Balança
Comercial, ou seja, exportações – importações (X – N)

IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)


. Índice oficial de inflação no Brasil, calculado pelo IBGE, divulgado mensalmente e
utilizado como referência para meta de inflação definida pelo CMN para o COPOM

IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado)


. Calculado pela FGV e divulgado mensalmente
. Composto pelos índices: IPA (60%) – Índice de Preços por Atacado ; IPC (30%) –
Índice de Preços ao Consumidor; INCC (10%) – Índice Nacional de Custo de
Construção
Bancos Múltiplos
Instituição financeira que funciona como “Holding”, tendo obrigatoriamente uma carteira de
banco comercial e/ou de banco de investimentos e mais uma outra carteira que pode ser:
. Banco de desenvolvimento
. Sociedade de crédito imobiliário
. Sociedade de arrendamento mercantil
. Sociedade de financiamento e investimento

Distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários


Principal atividade destas instituições é executar ordens de compra e venda de títulos e valores
mobiliários para seus clientes
Outras atividades:
. Compra e venda de títulos e valores mobiliários por conta própria ou para terceiros
. Intermediação de ofertas públicas de títulos e valores mobiliários
. Administração de carteira e custódia de títulos e valores mobiliários
. Subscrição de títulos e valores mobiliários
. Atuar como agente fiduciário
. Criar, organizar e administrar fundos e clubes de investimento
. Intermediar operações no mercado de câmbio e metais preciosos
. Realizar operações compromissadas
. Realizar operações de conta margem
Investidor Qualificado: agentes econômicos que têm mais condições do que o investidor normal
para entender o mercado
Exemplos:
. Investidores Profissionais
. Pessoas físicas ou jurídicas com investimentos superiores a 1 milhão de reais e que
adicionalmente atestem por escrito que são investidores qualificados
. Pessoas aprovadas em exames de qualificação técnica reconhecidos pela CVM para agentes
autônomos, administradores de carteira, analistas e consultores de valores mobiliários (o status
de investidor qualificado vale apenas para recursos próprios)

Investidor Profissional: único tipo de investidor que pode aplicar em fundos exclusivos, com
cotista único
Exemplos:
. Instituições financeiras, seguradoras e sociedades de capitalização
. Fundos de Investimento
. Entidades abertas e fechadas de previdência complementar
. Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM
(apenas recursos próprios)
. Pessoas físicas ou jurídicas com investimentos superiores a 10 milhões de reais e que
adicionalmente atestem por escrito que são investidores profissionais
Selic Meta X Selic Over
. Selic Over é a taxa diária que reflete a média ponderada de juros cobrada por operações de
financiamento por um dia lastreadas em títulos públicos federais
. Selic Meta é definida pelo Copom, com base na Meta de Inflação. É a principal taxa de juros
da economia que norteia todas as demais

CDI – Certificado de Depósito Interfinanceiro


Títulos emitidos por instituições financeiras que tem como lastro operações interbancárias
. A função do CDI é transferir recursos de uma instituição financeira para outra
. A taxa média diária do CDI é utilizada como parâmetro para avaliar rentabilidade de fundos e
aplicações financeiras

TR (Taxa Referencial)
. Representa a Taxa Básica Financeira (TBF), deduzida de um redutor (R) e divulgada pelo
BACEN
. A TR é utilizada para remuneração dos títulos da dívida agrária (TDA), dos recursos das
cadernetas de poupança e do FGTS.
COPOM
. Adota desde 1999 as “Metas de Inflação” (definidas pelo CMN) – índice IPCA
. Composto pela diretoria colegiada do BACEN – (7 diretores + 1 diretor presidente)
. 8 reuniões ao ano, intervaladas em 45 dias, podendo haver exceções, desde que
convocadas pelo presidente do BACEN

Define a meta da taxa de juros – COPOM


Define a meta de inflação – CMN

Política Monetária
. Conjunto de medidas adotadas pelo Governo voltadas para alinhar os meios de
pagamento às necessidades da economia.

Os instrumentos de política monetária permitem definição das taxas de juros:


• Depósito compulsório
• Operações de Redesconto
• Open Market (operações de mercado aberto)
Depósito compulsório
Parcela dos recursos de contas bancárias que deve ser depositada no Banco Central
. Limita a criação de moeda pelas instituições financeiras
. Elevação do compulsório provoca redução da liquidez e elevação da taxa de juros

Operação de redesconto
Taxa de redesconto é a taxa que o Banco Central usa para emprestar dinheiro a bancos
comerciais
. Quando quer estimular a economia aumentando o crédito, o BACEN diminui a taxa
de redesconto

Open Market (mercado aberto)


Compra ou venda de títulos públicos executada pelo BACEN
. Instrumento mais eficaz e ágil de política monetária
Juros e atividade econômica
Com juros altos, o crédito fica mais caro, as pessoas compram menos, indústrias
produzem menos e a atividade econômica diminui. O oposto também é válido, mas o
aumento na demanda pode gerar elevação de preços (inflação)

Política Fiscal
Decisões do governo sobre arrecadação (impostos, taxas e contribuições) e destino dos
recursos disponíveis

Receita de Despesas não Superávit ou


Impostos financeiras déficit primário

Juros da dívida
pública

Superávit ou
déficit nominal
Política Cambial
Política do governo federal que direciona o comportamento do mercado de câmbio e da taxa de
câmbio
. O Brasil adota um regime de Política Cambial Flutuante suja sem banda cambial

Taxa de câmbio
Preço de uma unidade de moeda em relação a outra
PTAX – média das taxas de câmbio do mercado interbancário divulgada diariamente pelo
BACEN
Dólar Spot – taxa à vista
Dólar forward – mercado futuro

Contas Externas e Balanço de Pagamentos:


Registro das transações de um país com o resto do mundo.
. No Brasil, os valores sempre são expressos em dólares
Duas grandes contas formam o balanço de pagamentos de um país:

Conta Corrente: formada por três outras contas: a balança comercial, a conta serviços e rendas
e as transferências unilaterais
Balança comercial: exportações menos importações
Conta de Serviços e Rendas: comércio de bens, receitas/despesas com viagens internacionais,
aluguéis, serviços do governo e o pagamento/ recebimento de juros e de lucros e dividendos
Transferências Unilaterais: saldo líquido das remessas de recursos ou doações feitas entre
moradores do Brasil e do exterior

Conta de Capitais: saldo líquido da compra de ativos estrangeiros por residentes no Brasil
menos venda de ativos brasileiros a estrangeiros

3.2 – Conceitos básicos de finanças

Taxa de juros nominal e taxa de juros real

Taxa nominal é o valor dado da taxa de juros e taxa real desconta a inflação

𝟏+𝒕𝒂𝒙𝒂 𝒏𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍
Taxa Real = − 𝟏 𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝟏+𝒊𝒏𝒇𝒍𝒂çã𝒐
Capitalização simples e capitalização composta
Simples: juros incide apenas sobre o capital (não há “juros sobre juros”)

𝑭𝑽 = 𝑷𝑽 𝟏 + 𝑰 ∗ 𝑵

Composta: juros incide sobre o capital e juros dos períodos anteriores (juros sobre juros)

𝑭𝑽 = 𝑷𝑽(𝟏 + 𝑰)𝒏
Quando estamos descapitalizando a taxa de juros,
FV = valor futuro do investimento juro composto é inferior aos juros simples
PV = valor presente do investimento
I = taxa de juros ou taxa de desconto Quando estamos capitalizando a taxa de juros, juro
N = número de períodos de capitalização composto é superior a juros simples

Cupom Zero: título cuja remuneração será paga apenas no vencimento, sem incidência de
cupom
Taxa Interna de Retorno (TIR): taxa utilizada para calcular a rentabilidade de um investimento
de acordo com seus fluxos de pagamento trazidos ao valor presente. Para que determinado
investimento seja atrativo, a TIR deve superar o custo de oportunidade
Custo de oportunidade
Quanto um investidor deixa de ganhar em outra opção de investimento

Taxa livre de risco


Ativo de pouca volatilidade e baixo risco cuja taxa de remuneração é utilizada como proxy para
aplicações seguras. No Brasil os participantes do mercado utilizam a taxa SELIC como
parâmetro de ativo livre de risco. Em geral a taxa livre de risco pode ser usada como
comparativo de custo de oportunidade

WACC (Weighted Average Cost of Capital)


Custo médio ponderado de capital
. Considera capital próprio (acionistas) e de terceiros (detentores de dívidas) avaliados a preços
de mercado

Alavancagem financeira
𝑫í𝒗𝒊𝒅𝒂
𝑨𝒍𝒂𝒗𝒂𝒏𝒄𝒂𝒈𝒆𝒎 =
𝑬𝒒𝒖𝒊𝒕𝒚
Ativos de renda variável são aqueles cujos rendimentos não são conhecidos. Ações e
derivativos são os principais exemplos.

Ações: são frações do capital social de uma empresa e seus principais tipos são:
Ordinárias (ON): possuem direito a voto em assembleias de acionistas
Preferenciais (PN): não possuem direito a voto, mas têm preferência no pagamento de
dividendos e recebem 10% a mais em dividendos do que as ordinárias. Caso a empresa
fique 3 anos sem distribuir dividendos, a ação PN passa a ter direito a voto.
Obs: empresas que abrem capital devem ter minimamente 50% de suas ações ON

Bonus de subscrição: títulos negociáveis que garantem aos titulares o direito de


subscrever ações de uma empresa. A emissão é caracterizada como alienada caso o
investidor pague por esse direito

Depositary Receipts (DR): recibos de depósito com lastro em ações de empresas


instaladas em outro país
BDR: Brazilian Depositary Receipt (Ex: ação da Apple negociada no Brasil)
ADR: American Depositary Receipt (Ex: ação da Vale negociada nos EUA)
Assembleia Geral Ordinária (AGO):
Organizada anualmente entre os quatro primeiros meses seguintes ao término do ano
fiscal para:
. Analisar as contas dos administradores e validar demonstrações financeiras
. Discutir sobre o destino do lucro e pagamento de dividendos
. Eleger administradores e membros do conselho (caso necessário)
. Aprovar correção monetária do capital social

A empresa deve enviar para a CVM um edital de convocação da AGO até quinze dias
antes da data marcada. Posteriormente, deve publicar a ata e sumário das decisões em
até 7 dias após a assembleia

Assembleia Geral Extraordinária (AGE):


A assembleia geral extraordinária é assim considerada para todos os casos cujo
objetivo não esteja listado acima
Caso a AGE seja motivada por uma possível mudança no estatuto, a primeira
convocação será concluída apenas com a presença de acionistas que representem
conjuntamente 2/3 do capital com direito a voto, mas poderá ocorrer segunda
convocação sem restrições
Dividendos: distribuição de parte do lucro das empresas aos acionistas (minimamente
25% garantido por lei no Brasil). O valor pago em dividendos é descontado do preço da
ação

Juros sob capital próprio: proventos pagos em dinheiro que são dedutíveis do lucro
tributável da empresa

Direito de subscrição: direito de aquisição de ações por conta de um aumento de


capital. Semelhante ao direito de um titular de opção de compra (“call”)

Direitos do acionista minoritário:


. Participação de lucros
. Participação em assembléias (e voto se for ação ON)
. Ter acesso aos demonstrativos financeiros da empresa
. Fiscalizar, de acordo com a lei das S.A.
. Participação em caso de liquidação

Acionista controlador: agente econômico, empresa ou grupo de empresas que possui


maioria dos votos nas deliberações de AGO e exerce influência no processo de decisão
e funcionamento de uma companhia
Tag Along: quando há mudança de controle de companhia aberta, os acionistas com
direito a voto devem receber uma oferta de no mínimo 80% do valor pago por ação

Operação de underwriting: captação de recursos via emissão de ações no mercado


primário
Agentes underwriters: bancos de investimento, bancos múltiplos com carteira de
investimento, sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários

Mercado primário: novas emissões (captação de recursos)


Mercado secundário: negociação de ativos em mercados organizados, onde
investidores transferem títulos e valores mobiliários entre si. Principal objetivo do
mercado secundário é fornecer liquidez para ativos financeiros.

Liquidação de ações: ocorre em D+2

Compras e vendas de ações são realizadas por intermédio de corretoras (CTVM) ou


distribuidoras (DTVM). Quando as transações são efetuadas em ambiente online,
utiliza-se o “Home Broker”
Corretagem: custo cobrado pelas corretoras para executar ordens de compra e venda de
ativos
Lote padrão: conjunto determinado de títulos de características e quantidades
idênticas determinadas pela bolsa. Ex: 1 lote de ações na B3 = 100 ações
Emolumentos: taxa cobrada pela bolsa (0.035% do valor financeiro da operação)
Taxa de custódia: tarifa de manutenção de conta cobrada por algumas corretoras

Empresas de capital aberto x capital fechado


Abertas: negociação em bolsa ou mercado balcão, muitos sócios (acionistas), maior
nível de transparência
Fechadas: negociação de balcão não organizado (sem garantias), poucos sócios em
geral, menor grau de transparência

Indicadores relevantes:
LPA: Lucro por Ação = Lucro Líquido / Número de Ações
P/L: Preço/Lucro = Preço por Ação / Lucro por Ação
*P/L indica quantos anos levaria para o investidor reaver o capital
Análise Técnica (Gráfica) – avalia projeções com base no comportamento passado de
preço e volume de ativos, de acordo com a oferta e demanda de agentes econômicos
representada em gráficos

Análise Fundamentalista – considera informações sobre a empresa, setor no qual está


inserida e conjuntura econômica. O analista fundamentalista busca descobrir o valor
intrínseco de uma empresa e compara com seu valor de mercado para concluir se o
preço praticado está barato ou caro

Grupamento (Inplit) – reduz a quantidade de ações e aumenta o valor de cada ação


(objetivo é reduzir o risco)
Desdobramento (Split) - aumenta a quantidade de ações e reduz o valor de cada ação
(objetivo é aumentar a liquidez)

*Obs: tanto no inplit como no split, o montante investido não se altera


Governança corporativa – alinhamento de interesses entre a administração de uma
empresa e seus acionistas. Sistema de mecanismos de controle e de incentivo que
envolve relacionamento entre investidores, conselho de administração, diretoria,
auditoria independente e conselho fiscal. As boas práticas de governança se traduzem
em transparência, equidade de tratamento dos acionistas e responsabilidade
administrativa. Principais mecanismos de governança corporativa: conselho de
administração que atue com independência; maioria obrigatória de conselheiros
independentes com sólida reputação de mercado ; comitê de auditoria composto
apenas por membros independentes
Tributação de ações:
Operação normal – 15%, sendo 0.005% na fonte
Day Trade (compra e venda no mesmo dia) – 20%, sendo 1% na fonte
IOF – não há
Cobrança sempre é efetuada no resgate e o responsável pelo recolhimento é o
investidor através do Documento de Arrecadação da Receita Federal (DARF) até o
último dia útil do mês seguinte a venda.
*Obs: vendas de ações por pessoa física (exceto day trade) com valor igual ou inferior a
R$20.000,00 são isentas de IR

Compensação de perdas: é permitida para ganhos líquidos auferidos no próprio mês ou


em meses subsequentes até o limite anterior de perda e para operações na mesma classe
de ativos. Exemplo: investidor perde 30 mil reais em janeiro no mercado de ações e
lucra 25 mil reais no mesmo mercado em fevereiro. Os ganhos de fevereiro não serão
tributados. Caso fosse ao contrário (ganho em janeiro e perda em fevereiro), o
investidor pagaria o IR sobre os ganhos de janeiro normalmente.

São isentos de IR: templos religiosos, partidos políticos e suas fundações, bem como
associações sindicais sem fins lucrativos
Renda Fixa – ativo cujos rendimentos são determinados no momento da compra.
Podem ser prefixados (rendimentos conhecidos no início da operação) ou pós-fixados
(rendimentos indexados e conhecidos no final da operação). Os juros podem ser pagos
periodicamente (título com cupom) ou apenas no resgate (zero cupom).

PU – preço unitário do título, isto é, preço de negociação em determinado momento. É


o valor presente dos fluxos de pagamento de um título de renda fixa. O PU é
inversamente proporcional a taxa de juros (quanto maior a taxa de juros, menor o PU).

Títulos Públicos Federais – títulos emitidos pelo governo, com liquidez diária
(possibilidade de recompra pela Secretaria do Tesouro Nacional) que fazem parte da
dívida pública federal
*Obs: apesar dos nomes dos títulos públicos terem sido alterados, a ANBIMA ainda
usa a nomenclatura antiga para efeitos de prova
Resumo títulos públicos federais:
Títulos privados bancários:
. Certificado de depósito bancário (CDB)
. Letras financeiras (LF)
. Depósito à prazo com garantia especial (DPGE)

CDB – emitido por bancos comerciais, bancos de investimento e bancos múltiplos.


Pode ter rentabilidade prefixada ou pós-fixada. CDB pode ser negociado no mercado
secundário ou resgatado antecipadamente (caso o banco emissor concorde). CDB’s não
podem estar indexados à variação cambial. Contam com a proteção do Fundo
Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de 250 mil reais.
LF – emitida por bancos comerciais, bancos de investimento e bancos múltiplos,
sociedades de crédito, caixa econômica, sociedades de crédito imobiliário, companhias
hipotecárias e pelo BNDES. Possui prazo mínimo de 24 meses, sendo proibido resgate
antecipado. A emissão possui valor mínimo de 1 milhão de reais e o título não é
coberto pelo FGC.
DPGE – título de depósito à prazo que confere um direito de crédito contra o emissor
(bancos comerciais, múltiplos, de investimento, desenvolvimento, sociedades de
crédito e caixas econômicas). Pode ser prefixado ou pós-fixado e o prazo não pode ser
inferior a 6 meses nem superior a 36 meses, sendo vedado o resgate antecipado. O total
de créditos para instituições associadas ao FGC deve respeitar o valor máximo de 20
milhões de reais
Títulos corporativos:
. Debêntures
. Debêntures incentivadas
. Notas Promissórias

Debêntures: funcionam como instrumento de captação de médio/longo prazo para


empresas S.A. não financeiras. Não existe padronização de características, ou seja,
pode existir qualquer prazo de vencimento, amortização, resgate e tipo de
remuneração. Em alguns casos, existe a possibilidade de conversão da debênture em
ações da empresa (debênture conversível). Em geral, o valor de emissão não pode
ultrapassar o capital social da companhia. Debêntures não estão cobertas pelo FGC,
mas pode existir garantia contra o inadimplento. Qualquer emissão pública de
debêntures exige a nomeação de um agente fiduciário, que tem a função de proteger o
interesse dos debenturistas, através de fiscalização ativa e do estabelecimento de
relação de confiança e lealdade com os credores. Em caso de inadimplência, o agente
fiduciário pode:
. Executar garantias reais ou requerer a falência do emissor na ausência de garantias
. Representar os interesses de debenturistas em processos de falência ou recuperação
judicial
Garantias Debêntures:
. Garantia real: garantia forte, tem preferência sobre os demais credores e proíbe a
alienação do bem registrado como garantia
. Garantia flutuante: privilégio sobre o ativo da companhia, embora haja possibilidade
de negociação dos bens que compõem tal ativo
. Garantia quirografária: não oferece privilégio sobre o ativo da emissora, não há
nenhum tipo de preferência em relação aos outros credores
. Garantia subordinada: em um cenário de falência, oferece preferência apenas em
relação aos acionistas

Cross Default: se uma dívida de determinada empresa vence e o emissor fica


inadimplente, suas debêntures também estarão vencidas de forma automática. O
mesmo vale para o inverso.

Escritura: documento legal que mostra as “regras do jogo” sob as quais as debêntures
foram emitidas. Descreve os direitos dos debenturistas, deveres do emissor, condições
de remuneração e garantias.
Debêntures incentivadas: emitida apenas para financiamento de projetos do setor de
logística e transporte. Diferenças em relação à debêntures comuns:
. Prazo médio ponderado mínimo de 4 anos
. Isenção de IR para pessoa física e menor alíquota de IR para pessoa jurídica (15%)

Notas Promissórias: emitidas por S.A. não financeiras, funcionam como fonte de
financiamento de curto prazo sem garantia real. O prazo mínimo é de 30 dias e
máximo de 180 para empresas de capital fechado e 360 para empresas de capital
aberto. Notas promissórias não podem ser remuneradas por índice de preços e não são
garantidas pelo FGC.

Títulos do segmento agrícola e imobiliário:


. Letra de Crédito Imobiliário (LCI)
. Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
. Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI)
. Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA)
. Cédula de Produtor Rural (CPR)
. Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA)
. Cédula de Crédito Imobiliário (CCI)
LCI: emitida por bancos comerciais, caixa econômica, sociedades de crédito
imobiliário, companhias hipotécárias e associações de poupança e empréstimos. LCI’s
são obrigatoriamente registradas na Cetip e lastreadas em créditos imobiliários
garantidos por hipoteca ou alienação. Existe isenção de IR para pessoa física e
cobertura do FGC até 250 mil reais.
LCA: créditos de recebíveis do agronegócio emitidos por bancos e cooperativas de
crédito. Existe isenção de IR para pessoa física e cobertura do FGC até 250 mil reais.
CRI: emitidos por companhias securitizadoras com lastro em empreendimentos
imobiliários. A oferta pública de CRI só é autorizada após concessão de registro e
verificação de normalidade da instituição securitizadora junto à CVM. Apenas CRI’s
de valor de face superior a 300 mil reais podem ser objeto de distribuição pública.
Existe isenção de IR para pessoa física mas não há cobertura do FGC.
CRA: emitidos por companhias securitizadoras de direitos creditórios do agronegócio,
pode ser distribuido publicamente ou negociado em bolsa/balcão. Existe isenção de IR
para pessoa física mas não há cobertura do FGC.
CPR: título sob o qual produtores rurais ou cooperativas vendem antecipadamente a
produção. O emitente procura um banco ou seguradora para agregar um seguro ou aval
a emissão. O penhor rural é a garantia mais utilizada. Existe isenção de IR para pessoa
física mas não há cobertura do FGC.

* Os demais títulos não costumam ser cobrados em prova


Caderneta de poupança: fonte de captação de recursos para instituições financeiras
que fazem parte do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), incluindo
Caixa Econômica Federal (CEF), Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI),
Associações de Poupança e Empréstimos, Bancos Múltiplos com carteira de SCI.
Existe cobertura do FGC até o limite de 250 mil reais e garantia do governo no caso da
CEF. Não há cobrança de tarifas para manutenção de conta poupança.
Remuneração: total liquidez porém baixa rentabilidade. Governo alterou regras em
maio de 2012 com a Selic em patamares mais baixos
Até 03/05/2012: 6% ao ano + TR
Após 03/05/2012:
Selic > 8.5% ao ano – 6% ao ano
Selic < 8.5% ao ano – 70% da Selic
Periodicidade de juros:
Pessoa física e jurídica isenta – mensal (0.5% a.m.)
Pessoa jurídica – trimestral (1.5%)
Depósitos efetuados nos dias 29, 30 e 31 recebem juros apenas no dia 1 do mês
subsequente
Não há incidência de IR para pessoa física
Tributação em renda fixa:
IOF: para resgates em até 29 dias, existe cobrança de IOF sobre os rendimentos. O
IOF é regressivo e incide sempre antes do IR.
IR: a regra é a mesma para CDB, DPGE, LF, debêntures, poupança, títulos do
segmento agrícola e imobiliário, notas promissórias e títulos públicos federais
Alíquotas:
22,5% - resgates em até 180 dias
20% - resgates entre 181 e 360 dias
17,5% - resgates entre 361 e 720 dias
15% - resgates acima de 721 dias
Isenção de IR para pessoa física: todos os títulos do segmento imobiliário/agronegócio
e poupança

Fundo Garantidor de Crédito (FGC) – entidade privada, sem fins lucrativos cuja
principal função é proteger o sistema financeiro e investidores até os limites
estabelecidos contra eventuais insolvências de instituições associadas, contribuindo
para a estabilidade do sistema e prevenindo crises de contágio. Para isso, em caso de
liquidação, os associados devem contribuir com 0,0125% do saldo de contas referentes
aos ativos cobertos.
Ativos cobertos: depósitos á vista, poupança, depósitos à prazo, CDB, RDB, Letra de
Câmbio (LC), Letra Hipotecária (LH), LCI e LCA
Derivativos: ativos financeiros que têm valores e características derivados de outros
ativos.
Tipos de derivativos:
. Opções
. Mercado Futuro
. Mercado a Termo
. Swap

Participantes:
. Hedger – busca proteção
. Especulador – aposta na variação de preços
. Arbitrador – monitora o mercado em busca de distorções e lucro sem risco

Mercado a termo: compromisso de compra e venda futura de ativos. Prazo mínimo de


16 e máximo de 999 dias. Pode haver liquidação antecipada ou não. Direitos e
proventos são distribuídos ao comprador do termo e não alteram o preço do contrato.
Garantias:
Vendedor: cobertura (depósito da totalidade dos títulos)
Comprador: conta margem
*Obs: contratos a termo NÃO são padronizados e são negociados em mercado de
balcão e bolsa
Mercado futuro: funciona de forma semelhante ao mercado a termo, porém a
liquidação é diferente pois existe ajuste diário e a negociação funciona somente em
bolsa, com contratos padronizados, com garantia da bolsa de valores. Todos os dias
existe uma verificação de preços nos contratos e apuração de perdas/ganhos. O
mercado futuro traz liquidez e padronização ao mercado financeiro. Os participantes
podem encerrar suas posições a qualquer momento e o ajuste diário limita perdas,
embora possa gerar instabilidade de fluxo de caixa por conta da possível necessidade
de depósitos adicionais. Existe a possibilidade de operação alavancada via conta
margem.
Exemplos de contratos de commodities: açúcar cristal, boi gordo, café, ethanol anidro
e hidratado, milho, ouro, petróleo, soja
Exemplos de contratos de juros e moeda: cupom cambial, cupom de IPCA, taxa DI

Exemplo ajuste diário:


Preço café ontem – 10 reais
Preço café hoje – 11 reais
Comprador – recebe 1 real por unidade de contrato
Vendedor – paga 1 real por unidade de contrato
Mercado de Swap: troca de posições que podem ter como objeto moedas, índices,
commodities, etc.. São negociados em balcão e não são padronizados. Funcionam
basicamente como uma troca de fluxo de caixa.
Principais características:
. Liquidação em D+1 na Cetip (os demais derivativos liquidam na BM&F)
. Possibilidade de hedge contra o dólar ou CDI
. Ajustes diários ou periódicos

Mercado de opções: direito de compra ou venda de lote de ações padronizado.


Lançador: vende uma opção e possui obrigação de honrar seu compromisso
Titular: tem o direito de exercer ou negociar uma opção
Prêmio: preço de negociação da opção (fração do preço do ativo-objeto)
Strike: valor de exercício da opção
Vencimento: sempre na terceira segunda-feira do mês

Call – opção de compra de ações (titular aposta na alta e lançador na baixa)


Put – opção de venda de ações (titular aposta na baixa e lançador na alta)
Formas de exercer a opção:
Americana – pode ser exercida a qualquer momento durante a vigência do contrato
Europeia – apenas na data de vencimento

O preço do ativo objeto determina se a opção está In The Money (ITM) ou dentro do
dinheiro; At the Money (ATM) ou no dinheiro; Out of the Money (OTM) ou fora do
dinheiro

ITM – opção será exercida ( call: strike < preço do ativo objeto ; put: strike > preço do
ativo objeto)
ATM – opção será exercida (strike = preço do ativo objeto)
OTM – opção não será exercida ( call: strike > preço do ativo objeto ; put: strike <
preço do ativo objeto)

*Obs: Quando há distribuição de dividendos ou proventos, o preço de exercício é


ajustado!!

Garantias:
Titular: não há garantias (pode perder no máximo o prêmio pago)
Lançador: coberto (possui títulos referentes à opção) ; descoberto (deposita margem de
prêmio e de risco)
Vantagens: alavancagem, proteção, baixo montante necessário, possibilidade de
encerramento de posição
Desvantagens: alto risco, alta capacidade de perda, baixa liquidez em alguns casos

Tributação em derivativos: em geral são tributados da mesma forma que ações, mas há
exceções
São tributados como renda fixa: operações com rendimentos predeterminados,
operações “box” com opções e termo, operações no mercado balcão
Swaps: 20% sobre rendimentos até 31/12/2004 e tributação de renda fixa após esta
data. O recolhimento é de responsabilidade da pessoa jurídica que efetuar o pagamento
do rendimento e o prazo é até o terceiro dia útil da semana subsequente. Não é
permitida a compensação de perdas para operações de swap

Certificado de Operações Estruturadas (COE) – mistura elementos de renda fixa e


renda variável e pode funcionar com valor nominal protegido (garantia do
investimento) ou valor nominal em risco (possibilidade de perda do capital protegido).
Emitido por bancos e registrados na Cetip (B3).
Principais características:
. Possibilidade de resgate antecipado sem garantia e sujeito a marcação à mercado
. Exige assinatura de termo de risco por parte do investidor e não tem garantia do FGC
. Tributação regressiva de renda fixa
Clearing houses: funcionam para mitigar o risco de liquidação
Principais Clearing Houses:
SELIC: Títulos público federais
CETIP (B3): títulos privados e cotas de fundos de investimento
BM&F Bovespa: ações e derivativos

Ofertas Públicas: necessita de um ou mais bancos coordenadores (sendo um deles


coordenador líder) para intermediação da oferta e de um banco mandatário para
validar a autenticidade e validade da emissão.
Underwriting: subscrição integral da emissão que garante a colocação de títulos no
mercado, sendo o risco do intermediário financeiro
Best efforts: não há garantia do intermediário na colocação da totalidade de títulos no
mercado e a empresa emissora assume os riscos
Bookbuilding: mecanismo de consulta prévia a investidores para formação de preços
Lote suplementar: caso haja demanda extra, pode haver distribuição de lote
suplementar desde que conste previamente na Lâmina de Informações
Complementares e não ultrapasse 15% a mais do que a quantidade original
Prospecto: documento oficial que contém informações sobre a empresa, perspectivas,
riscos e quadro administrativo. É obrigatória a entrega deste documento de forma
física ou digital
Fundos de investimento: compram ativos (ações, títulos de renda fixa, derivativos, etc..)
Fundos de investimento em cotas: compram cotas de outros fundos

Cota: menor fração do patrimônio líquido de um fundo


Valor da cota: Patrimônio líquido / Número de cotas
O valor do patrimônio líquido e da cota devem ser divulgados diariamente

Chinese Wall: segregação/separação de recursos próprios e de terceiros com objetivo de


evitar conflitos de interesse

Assembleia Geral dos Cotistas e suas principais atribuições:


. Debater demonstrações contábeis
. Debater substituição do administrador, gestor ou custodiante
. Fusão, incorporação, transformação ou liquidação do fundo
. Aumento da taxa de administração
. Alteração da política de investimentos
. Emissão de novas cotas (fundos fechados)
. Alteração do regulamento (exceto por exigência geral da CVM, atualização cadastral
ou redução da taxa de administração)
Convocação da Assembleia Geral deve ser feita com no mínimo 10 dias de
antecedência da data de realização e será instalada com presença de qualquer número
de cotistas.

Assembleia Geral Ordinária (AGO) é convocada anualmente em até 120 dias após o
exercício social para debater sobre as demonstrações contábeis do fundo. Deve ser
convocada no mínimo 30 dias após estarem disponíveis as demonstrações auditadas.
Qualquer outra convocação é chamada de Assembleia Geral Extraordinária (AGE)

O cotista deve ser informado sobre:


. Objetivo, política de investimento e riscos associados ao fundo
. Taxas de administração e demais taxas cobradas
. Condições de emissão, resgate e prazo de carência (caso haja)
. Critérios de divulgação de informações
. Advertência de que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura
. Inexistência de garantias ou seguros

Para avaliação de performance é recomendável minimamente período de 12 meses


Direitos dos cotistas:
O cotista deve ter acesso ao regulamento, valor do patrimônio líquido, da cota e a
rentabilidade mensal do fundo, bem como composição da carteira. O cotista deve
receber mensalmente um extrato de seus investimentos e anualmente um
demonstrativo para Imposto de Renda.

Obrigações dos cotistas:


. Aportar recursos em caso de PL negativo
. Pagar taxa de administração
. Observar riscos e prazos mínimos
. Comparecer nas Assembleias Gerais
. Manter seus dados cadastrais atualizados

Segregação de funções:
Administrador: responsável legal pelo funcionamento do fundo e também pela
comunicação com os cotistas
Custodiante: responsável pela “guarda” dos ativos
Gestor: responsável pela compra e venda de ativos
Distribuidor: responsável pela venda de cotas do fundo (pode ser o próprio gestor)
Auditor Independente: responsável por validar as contas do fundo uma vez por ano
Tipos de fundos:

Fundos abertos são aqueles cujos cotistas podem solicitar o resgate de seu investimento
a qualquer momento. Quando há aportes, são geradas mais cotas. Quando há resgates,
as cotas referentes deixam de existir. Fundos abertos em geral investem em ativos de
maior liquidez.
Fundos fechados são aqueles cujos cotistas só podem solicitar resgates após término do
prazo de duração do fundo ou em caso de encerramento. Este tipo de fundo tem prazo
de vida definido e o cotista só recebe seu investimento de volta após esse prazo, ou
caso venda suas cotas para outro investidor.
Fundo restrito: organizado para receber recursos de um grupo específico de cotistas,
como family offices ou empresas de um determinado grupo econômico. Fundos
restritos normalmente são destinados a investidores qualificados.
Fundo exclusivo: fundo restrito formado por um cotista único que obrigatoriamente
deve ser investidor profissional. A marcação a mercado é opcional.

Carência: o regulamento de um fundo pode ou não estabelecer prazo de carência para


resgates. No caso da existência de prazo de carência, o resgate antecipado das cotas
terá cobrança de IOF (0.5% ao dia). Caso não haja prazo de carência, o resgate pode
ser solicitado a qualquer momento.
Taxa de administração: é o valor pago pelos cotistas para remunerar os prestadores de
serviço de um fundo. A taxa é anual, porém calculada e deduzida diariamente,
afetando dessa forma o valor da cota do fundo. A rentabilidade divulgada é sempre
líquida da taxa de administração.

Taxa de performance: fundos podem ou não cobrar taxa de performance quando a


rentabilidade supera um indicador de referência. A cobrança é feita apenas sobre os
rendimentos que excederem o tal indicador e é calculada após dedução de todas as
despesas. A periodicidade de cobrança é semestral.
Linha d’agua: metodologia de cálculo da taxa de performance que estabelece uma
linha de corte no ponto mais alto do patrimônio líquido do fundo já utilizado
anteriormente para cobrança. Funciona de modo que o cotista não seja cobrado mais
de uma vez.

Taxa de entrada ou saída: não são tão comuns no mercado mas podem ser cobradas. A
taxa de saída geralmente é cobrada em fundos com carência, para resgates dentro do
prazo de carência
Despesas e encargos dos fundos: taxa paga ao administrador, impostos, despesas com
publicidade, formulátios e relatórios, honorários e despesas com o auditor,
emolumentos e taxas por operação, taxa de custódia e taxas pagas para constituição ou
encerramento do fundo

Documentos:
Regulamento: estabelece as regras de funcionamento do fundo e deve discriminar
todas as taxas cobradas.
Formulário de Informações Complementares (FIC): documento que contém a política
de divulgação de material do fundo e informações complementares. É um documento
virtual que deve ser disponibilizado no site do administrador e do distribuidor
Lâmina: documento de uma única página que resume objetivo, políticas de
investimento e características operacionais da aplicação, tais como valores mínimos,
taxas, horários de aplicação e resgate. Deve ser atualizada mensalmente até o dia 10 de
cada mês com os dados do mês anterior.
Termo de adesão: documento pelo qual o cotista atesta, antes de entrar no fundo, que
deve acesso ao regulamento, lâmina e FIC e tem conhecimento sobre os fatores de
risco e ausência de garantias em caso de perda
Aplicação/Resgate – quando há novas aplicações (compra de cotas), o gestor compra
ativos. Quando há resgates (venda de cotas), o gestor vende ativos para honrar seu
compromisso. Em casos de resgates incompatíveis com a liquidez existente ou que
possam prejudicar os demais cotistas, o administrador pode declarar o fechamento do
fundo para resgates. Caso o fundo permaneça fechado por mais de 5 dias consecutivos,
deve ser convocada obrigatoriamente Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para
discutir a substituição do administrador e/ou gestor, reabertura ou não para resgates,
possibilidade do pagamento de resgate em ativos, cisão ou liquidação do fundo.

Fundos passivos: buscam acompanhar um índice de referência (benchmark).


Justamente por isso os gestores possuem menor liberdade na escolha de ativos
Fundos ativos: buscam superar um benchmark
Fundos alavancados: apresentam alguma possibilidade (ainda que remota) de perda
superior ao patrimônio líquido

Principais benchmarks de renda fixa: DI, SELIC, IPCA, IGPM, IMA Geral

*IMA Geral (Índice de Mercado Anbima) é um agregado de índices de renda fixa que
representam preços de mercado da dívida pública federal. Subíndices: IRF-M
(prefixados) e IMA-B (indexados ao IPCA)
Principais benchmarks de renda variável: Ibovespa, IBrX, ISE

Ibovespa – principal índice do mercado de ações brasileiro, criado em 1968 e que


acompanha o desempenho das principais empresass negociadas na B3. O índice é
reavaliado a cada 4 meses, sendo resultado de uma carteira teórica de ativos que
correspondem a cerca de 80% do volume de negócios e do volume financeiro do
mercado de capitais no Brasil.
IBrX – índice que representa o desempenho médio de uma carteira teórica composta
pelas 100 ações de maior negociabilidade e representatividade do mercado brasileiro
Também existe na sua versão IBrX50.
ISE – representa a performance das empresas listadas na B3 sob o aspecto da
sustentabilidade corporativa, baseada em eficiência econômica, equilíbrio ambiental,
justiça social e governança corporativa

Principais modalidades de fundos de investimento:


Fundos de renda fixa: investem pelo menos 80% do patrimônio líquido em ativos de
renda fixa, que acompanham juros ou índices de preço. Os fundos de renda fixa são
caracterizados como longo prazo se o prazo médio da carteira superar 365 dias. É
proibida a cobrança de taxa de performance para fundos de renda fixa, a não ser para
investidores qualificados. Alguns tipos de fundos de renda fixa são:
a) Fundo de renda fixa curto prazo: aplica exclusivamente em títulos públicos ou
títulos privados de baixo risco de crédito. O prazo máximo dos títulos em carteira
não pode ultrapassar 375 dias e o prazo médio deve ser inferior a 60 dias. Nesse
caso, há obrigação de inclusão do sufixo “curto prazo” na denominação do fundo.
b) Fundo de renda fixa referenciado: 95% dos ativos em carteira devem acompanhar
direta ou indiretamente um índice de referência. Além disso, 80% desses ativos
deve ser de baixo risco de crédito, sendo permitido o uso de derivativos apenas para
proteção (hedge). Há obrigação de inclusão do sufixo “referenciado” seguido do
nome do índice na denominação do fundo.
c) Fundos de renda fixa simples: 95% dos ativos em carteira em títulos da dívida
pública federal ou títulos de instituições financeiras com características de risco
equivalente. O nome do fundo deve conter o sufixo “simples” e a cobrança de taxa
de performance é proibida, bem como a realização de investimentos no exterior,
concentração em créditos privados ou transformação do fundo em fundo fechado.
A lâmina de informações desse tipo de fundo deve comparar sua performance com
a variação da taxa SELIC.
d) Fundos de renda fixa de dívida externa: aplica minimamente 80% de seu
patrimônio em títulos da dívida externa de responsabilidade da União. Podem
cobrar taxa de performance.
Fundo Cambial: possui como principal fator de risco a variação de preços de moeda(s)
estrangeira(s) ou de derivativos relacionados. No mínimo 80% dos ativos em carteira
devem pertencer a alguma destas classes. Importante ressaltar que fundos cambiais
NÃO acompanham diretamente a variação do dólar, euro ou qualquer outra moeda.
Pode existir cobrança de taxa de performance.

Fundo de Ações: deve alocar pelo menos 67% do seu patrimônio líquido em ações.
Algumas estratégias:
a) Market timing: aumento ou diminuição do percentual alocado em ações de acordo
com as perspectivas econômicas para tentar superar um benchmark
b) Stock picking: maior exposição em empresas específicas
c) Arbitragem: compra e venda do mesmo ativo utilizando títulos ou mercados
distintos

Fundos multimercado: não há compromisso de concentração em nenhum fator


específico de risco, pode cobrar taxa de performance e utilizar derivativos para
alavancagem.
Regras para concentração em crédito privado: os fundos que excederem o limite de
50% do patrimônio líquido alocado em modalidades de crédito privado devem conter
em sua denominação a expressão “crédito privado”. No regulamento, FIC e material
de publicidade deve estar claro para o investidor que o fundo pode estar sujeito a
perdas substanciais em caso de default.

Fundo de investimento em cotas (FIC): mantém 95% dos ativos investidos em cotas de
outros fundos de uma mesma classe. No caso dos FIC multimercado, é permitido
investimento em cotas de fundos de classes distintas. Os 5% restantes podem ser
aplicados em títulos públicos federais, títulos de instituições financeiras e operações
compromissadas. Na denominação do fundo deve conter “fundo de investimento em
cotas” e a classe das cotas.

Fundo de índice ou exchange traded fund (ETF): deve alocar pelo menos 95% do
patrimônio de modo a acompanhar a rentabilidade de um índice de referência.

Fundos de investimento imobiliário (FII): são fundos fechados com duração


determinada ou não e que investem em empreendimentos imobiliários. Fundos
imobiliários devem distribuir pelo menos 95% dos lucros e é proibida operação em
mercados de derivativos.
Fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC e FIC-FIDC): fundo que aplica
pelo menos 50% de seu patrimônio em operações de crédito feitas entre empresas e
bancos. O banco vende seus empréstimos ao FIDC e libera sua carteira, enquanto as
empresas se beneficiam da maior liquidez. FIDCs podem ser fundos abertos ou
fechados e as cotas podem ser senior ou subordinada (mais baixa prioridade em caso de
default). Para o investidor, o risco está relacionado a probabilidade de inadimplência.
FIDCs são destinados apenas para investidores qualificados e podem utilizar
derivativos para proteção. O valor mínimo para aplicação é 25 mil reais e o fundo pode
ser liquidado caso o PL fique abaixo de 500 mil reais por três meses consecutivos.

Fundo de investimento em participações (FIP): versão brasileira dos fundos de


“private equity”, deve investir 90% do patrimônio líquido em participações de
empresas em fase de desenvolvimento através de títulos como ações, bônus de
subscrição, debêntures conversíveis, etc..

Fundos Off-Shore: investem seus recursos no exterior

IOF em fundos de investimento: cobrado sobre os rendimentos para resgates em até 29


dias, calculado antes do imposto de renda, de acordo com tabela regressiva. Há
isenção para fundos de ações.
Imposto de renda em fundos de investimento:

*Obs: pessoas físicas estão isentas do pagamento de IR para rendimentos


distribuidos por fundos imobiliários negociados exclusivamente em bolsa
desde que hajam minimamente 50 cotistas e o titular pessoa física não
tenha mais de 10% da totalidade de cotas
Código ANBIMA de regulação e melhores práticas para fundos de investimento: visa
orientar a concorrência leal, a padronização de procedimentos no mercado, a maior
quantidade e qualidade de informações para o investidor e a elevação dos padrões
fiduciário e de melhores práticas. A adesão é voluntária e o código não se sobrepõe à
legislação. Para registro de fundos, deve ser encaminhado lâmina, regulamento,
comprovante de pagamento da taxa de registro e formulário de cadastro.

a) Marcação a mercado: o fundo deve reconhecer e informar todos os dias o valor de


mercado de seus ativos (preço de fechamento para ativos de renda fixa e preço médio
de negociação do dia para ativos de renda variável). O objetivo da marcação a mercado
é evitar a transferência de riqueza entre cotistas e o administrador deve divulgar uma
versão simplificada da metodologia.
b) Divulgação de rentabilidade: proibida divulgação de performance anterior a 6 meses
ou compraração de fundos de classes distintas sem qualificá-los, obrigatória
discriminação de fatores de risco

Classificação de fundos ANBIMA:


Agrupamento de fundos com características semelhantes de acordo com classificação
em três níveis: classes de ativos, riscos e estratégias de investimento
Todas os detalhes nesse link: http://www.classificacaodefundos.com.br/cartilha-nova-
classificacao-de-fundos.pdf
Previdência social: benefício pago pelo INSS, é uma forma de seguro administrado pelo
governo para pagar aposentadorias e auxílios gravidez/acidente/doenças
Previdência privada: investimento opcional de longo prazo para acúmulo de reservas

Conceitos:
Taxa de administração: despesas com a gestão financeira que incidem durante toda a
fase de contribuição sobre o capital total investido. O valor percentual da taxa tem que
ser aprovado pela Susep e pode variar de acordo com o plano
Taxa de carregamento: cobrança na entrada do plano ou a cada depósito para arcar com
despesas administrativas e de corretagem. As instituições financeiras podem cobrar até
10% de taxa de carregamento para planos VGBL e PGBL mas isso não é comum no
mercado por conta da concorrência. Existem três formas de taxa de carregamento:
a) antecipada: incide no momento do aporte e diminui conforme o depósito ou
montante aumenta
b) postecipada: incide em casos de resgate ou portabilidade e diminui conforme o tempo
de permanência no plano aumenta
c) híbrida: cobram na entrada e na saída, podendo diminuir devido ao aumento de
capital quanto e ao prazo de permanência
Portabilidade: transferência total ou parcial de recursos entre planos de previdência
. Não é permitido mudar de modalidade (VGBL para PGBL e vice-versa). Nesse caso o
investidor deve fazer um resgate, pagar o imposto devido e aplicar no outro plano
posteriormente
Resgates programados: são definidas datas específicas para retirada do dinheiro e o
saldo que continuar no plano segue rendendo Resgate total: retirada total de recursos

Regimes de tributação: podem ser progressivos ou regressivos. Uma vez que o


investidor escolhe o método de tributação regressivo, não poderá haver mudança. No
caso do PGBL, a tributação incide sobre o valor total acumulado e no caso do VGBL
apenas sobre os lucros

Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) – indicado para investidores que fazem a
declaração do imposto de renda completa, pois existe a possibilidade de abatimento de
até 12% do IR . Não existe nenhuma garantia de rentabilidade e o resgate pode ser
feito no prazo de 60 dias em um único pagamento ou em parcelas mensais.
Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) – indicado para investidores que não
possuem renda tributável ou que querem investir mais de 12% de sua renda bruta em
previdência, já que não existe dedução de IR. Também não existe garantia de
rentabilidade e os prazos de resgate variam de 2 meses a 2 anos, sendo que após o
segundo ano também podem ser efetuados em janelas de 2 meses.
Regime de tributação regressivo: Regime de tributação progressivo:
Indicado para quem planeja investir no Indicado para prazos mais curtos ou caso o objetivo
plano por mais tempo do investidor seja uma renda mensal que não
ultrapasse a alíquota de 7,5%
Risco de um investimento – medida de incerteza, probabilidade de o retorno não
corresponder às expectativas. Taxa livre de risco: investimento que não possui risco de
crédito (no caso brasileiro o mais aproximado seria a taxa selic)
Risco de crédito: associado a probabilidade de default do juros ou principal por parte do
emissor. Agências de rating tem o papel de dar transparência ao mercado e quanto pior
for a avaliação, maior será a taxa de retorno exigida pelos investidores.
Risco de liquidez: traduzido pela dificuldade de vender um ativo no prazo e preço
esperados
Risco de liquidação: traduzido pela possibilidade de não entrega dos títulos (liquidação
física) ou do valor financeiro (liquidação financeira). Esse risco é mitigado pelas
clearing houses.
Risco de imagem: impacto negativo da opinião pública
Risco de contraparte: possibilidade de uma das partes envolvidas em uma transação não
honrar com seus compromissos
Risco soberano: capacidade do país de honrar a dívida pública
Risco de mercado: risco da variação diária de ativos, volatilidade, medido pelo desvio
padrão. Risco de mercado pode ser dividido em risco sistemático (afeta todos os ativos)
e risco não sistemático (específico de determinada empresa ou setor).
*Obs: apenas o risco não sistemático é diversificável
Conceitos de estatística que serão necessários para a prova: média, moda, mediana,
variância e desvio padrão

Covariância: avalia como duas variáveis se correlacionam de forma linear.


Exemplo: quando os juros sobem, os preços de títulos prefixados caem
O exemplo mostra covariância negativa entre as variáveis, ou seja, elas se movem em
direções opostas. Por outro lado, quando a covariância é positiva, as variáveis tendem
a caminhar na mesma direção. Quanto mais próxima de zero a covariância, menos
pode-se identificar comportamento interdependente entre as variáveis

Coeficiente de correlação: medida adimensional que varia entre -1 e 1 e indica o grau


de interdependência entre duas variáveis.

-1 0 1
Máxima diversificação. As Não há diversificação. As
Não há
variáveis X e Y se movem variáveis X e Y se movem
relação entre
em sentidos opostos e na em sentidos iguais e na
as variáveis
mesma proporção mesma proporção
Coeficiente de determinação (R2): mostra o percentual da variação de um ativo que é
explicada por outro ativo e o percentual de fatores aleatórios. É o quadrado do
coeficiente de correlação.

Beta: é uma medida associada ao risco sistemático, não diversificável ou risco de


mercado. Assume-se que o índice Ibovespa no do Brasil seria uma proxy para o risco de
mercado e o coeficiente beta de uma carteira apenas com o índice seria igual a 1.

Valor do beta:
0 retorno esperado é a taxa livre de risco
0 > beta < 1 retorno esperado é menor do que a carteira de mercado
beta = 1 retorno esperado é igual a carteira de mercado
beta > 1 retorno esperado é maior do que a carteira de mercado

*Obs: quanto maior o retorno esperado, maior o risco. Dessa forma, carteiras com
betas mais elevados são mais agressivas.

Distribuição normal: busca explicar a probabilidade de eventos ocorrerem diante de


um determinado intervalo de confiança: 67% de confiança = 1 desvio padrão ; 95% de
confiança = 2 desvios padrão ; 99% de confiança = 3 desvios padrão
Value at Risk (VAR): metodologia para obtenção do pior cenário de perda dentro de
um de um determinado tempo e considerando um intervalo de confiança.
Exemplo: VAR de 2% para 1 dia e 99% de confiança
Há 99% de chance do valor de perda da carteira em 1 dia não ultrapassar 2%
Back testing: simulações feitas com dados históricos para testar os limites do VAR
Stop loss: ferramenta utilizada para diminuir posições de risco e minimizar perdas,
executando operações que ultrapassem um certo limite de preço pré estabelecido
Stress test: avaliação de cenário de stress de mercado para mensurar a maior perda
potencial para os casos que o VAR não fornece informações. Normalmente é utilizado
em conjunto com o VAR.

Tracking error: mede o desvio padrão das diferenças de retorno entre um portfolio e
um índice, indicando o quão aproximadamente uma carteira replica o benchmark. Para
fundos passivos o tracking error deve ser zero ou muito próximo disso.

Erro quadrático médio: calcula a diferença ao quadrado das médias de retorno de um


fundo e seu benchmark. Será sempre positivo ou igual a zero caso o retorno do fundo
seja igual ao do benchmark e por isso é utilizado para medir a gestão passiva.
*Obs: não é útil quando os retornos são negativos
Risco x Retorno: o investidor sempre quer maximizar o retorno e minimizar o risco.
Considerando que o retorno sempre será medido pelo retorno esperado (média de
retornos) e o risco é avaliado pelo desvio padrão, o princípio da dominância sempre
será válido, ou seja, para dois ativos de mesmo retorno esperado, escolhe-se aquele
com menor risco e para dois ativos com mesmo risco esperado, escolhe-se aquele com
maior expectativa de retorno.

Índice Sharpe: é uma medida para avaliar risco/retorno de investimentos

𝑹𝒆𝒕𝒐𝒓𝒏𝒐 𝒅𝒐 𝒇𝒖𝒏𝒅𝒐 − 𝒕𝒂𝒙𝒂 𝒍𝒊𝒗𝒓𝒆 𝒅𝒆 𝒓𝒊𝒔𝒄𝒐


Í𝒏𝒅𝒊𝒄𝒆 𝑺𝒉𝒂𝒓𝒑𝒆 =
𝑹𝒊𝒔𝒄𝒐 𝒅𝒐 𝒇𝒖𝒏𝒅𝒐 (𝒅𝒆𝒔𝒗𝒊𝒐 𝒑𝒂𝒅𝒓ã𝒐)

Quanto maior o índice, melhor a relação de risco e retorno e melhor o desempenho do


fundo. O índice sharpe não pode ter valor negativo e muitas vezes é calculado em sua
versão modificada (com o benchmark do fundo ao invés da taxa livre de risco).

Índice de Treynor: é uma medida de excesso de retorno em relação ao risco sistemático


e portanto difere-se do índice sharpe no denominador, onde é utilizado o coeficiente
beta
Prazo x Risco x Retorno – títulos de prazos mais elevados tendem a oferecer maiores
riscos e melhores retornos

Duration de Macauley – prazo médio ponderado de um título de renda fixa. Para


títulos zero cupom, a duration é igual ao vencimento e para títulos que pagam cupom,
a duration é menor do que o prazo de vencimento.
*Obs: quanto maior a duration mais o preço do título irá cair em um cenário de
aumento de taxas de juros.

Convexidade – complementa o conceito de duration para formar uma estimativa mais


precisa da relação entre a variação dos juros e do preço do título ou carteira. Quanto
maior a convexidade, mais resiliente é o título para variações de juros.
A nossa apostila chegou ao final, mas você ainda tem muitos exercícios pra fazer antes
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